AU A LA 2 Prof. VannaCoelho Cabral

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Transcrição:

AULA 2 Prof. Vanna Coelho Cabral

DA TUTELA PROVISÓRIA

DA TUTELA PROVISÓRIA A crise das Providências Emergenciais `O que é Tutela? O que é Tutela Provisória? O que é Tutela Definitiva? O que é Liminar?

O QUE SÃO AS TUTELAS PROVISÓRIAS DO NCPC? CPC 2015. Art. 294, caput. urgência ou evidência. A tutela provisória pode fundamentar-se em Sem correspondente no CPC de 1973

O QUE SÃO AS TUTELAS PROVISÓRIAS DO NCPC? TUTELA PROVISÓ ÓRIA Tutela de Urgência Tutela de Evidência Tutela Cautelar Tutela Antecipada

O QUE SÃO AS TUTELAS DE URGÊNCIA DO NCPC? Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do dire eito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. As denominadas tutelas de urgência podem ter ser: a) Tutelas de urgência de caráter cautelar b) Tutelas de urgência de caráter antecipado Art. 300. 3o A tutela de urgência de natureza antecipada não será concedida quando houver perigo de irre eversibilidade dos efeitos da decisão. Art. 301. A tutela de urgência de natureza cautelar pode ser efetivada mediante arresto, sequestro, arrolamento de bens, registro de protesto contra alienação de bem e qualquer outra medida idônea para asseguração do direito.

TUTELA DE URGÊNCIA ANTECIPADA X TUTELA DE URGÊNCIA CAUTELAR O tempo é um ônus que, muitas vezes, o autor não pode suportar e precisa que a tutela pretendida fosse antecipada. Como dito, antes que a tutela antecipada fosse introduzida no Código de Processo Civil, em 1994, era o processo cautelar que cumpria essa finalidade. Daí não raro há confusão entre tutela antecipada e cautelar.

CARACTERÍSTICAS DAS TUTELAS PROVISÓRIAS

PRECARIEDADEE CPC 2015. Art. 296, caput. A tutela provisória conserva sua eficácia na pendência do processo, mas pode, a qualquer tempo, ser revogada ou modificada. Art. 273. 4 o A tutela antecipada poderá ser revogada ou modificada a qualquer tempo, em decisão fundamentada. Art. 807. As medidas cautelares conservam a sua eficácia no prazo do artigo antecedente e na pendência do processo principal; mas podem, a qualquer tempo, ser revogadas ou modificadas.

PRECARIEDADEE Revogabilidade de ofício (?) e a requerimento Aliteração do Estado de Fato Efeito Ex tunc

AUTONOMIA CPC 2015. Art. 296. Parágrafo único. Salvo decisão judicial em contrário, a tutela provisória conservará a eficácia durante o período de suspensão do processo. Art. 807. Parágrafo único. Salvo decisão judicial em contrário, a medida cautelar conservará a eficácia durante o período de suspensão do processo.

FORMA DE REQUERIMENTO CPC 2015. Art. 294. Parágrafo único. A tutela provisória de urgência, cautelar ou antecipada, pode ser con ncedida em caráter antecedente ou incidental. Sem correspondente no CPC de 1973

GRATUIDADE DA TUTELA PROVISÓRIA INCIDENTAL CPC 2015. Art. 295. A tutela provisória requerida em caráter incidental independe do pagamento de custas. Sem correspondente no CPC de 1973

PODER GERAL DE CAUTELA CPC 2015. Art. 297. O juiz poderá determinar as medidas que considerar adequadas para efetivação da tutela provisória. Art. 798. Além dos procedimentos cautelares específicos, que este Código regula no Capítulo II deste Livro, poderá o juiz determinar as medidas provisórias que julgar adequadas, quando houver fundado receio de que uma parte, antes do julgamento da lide, cause ao direito da outra lesão grave e de difícil reparação. Art. 799. No caso do artigo anterior, poderá o juiz, para evitar o dano, autorizar ou vedar a prática de determinados atos, ordenar a guarda judicial de pessoas e depósito de bens e impor a prestação de caução.

PODER GERAL DE EFETIVAÇÃO CPC 2015. Art. 297. Parágrafo único. A efetivação da tutela provisória observará as normas referentes ao cumprimento provisório da sentença, no que couber. Art. 273. 3 o A efetivação da tutela antecipada observará, no que couber e conforme sua natureza, as normas previstas nos arts. 588, 461, 4 o e 5 o, e 461-A

PODER DISCRICIONÁRIO DO JUIZ A norma inserta no art. 297 não confere ao juiz um poder discricionário, uma vez que o juiz não tem a discricionarieda ade de escolher entre conceder ou não o provimento provisório se verificar que os pressupostos para a sua concessão estão presentes. Não há, nesses casos, aquele tipo de discricionariedade em que é facultado ao aplicador da norma agir ou se omitir, tomar ou não uma medida.

TUTELAS PROVISÓRIASS DE OFÍCIO Fredie Didier nega a possibilidade de concessão ex oficio das tutelas provisórias sob três fundamentos: - Principio da Congruência: O juiz é adstrito ao que for pedido pelas partes\ - A responsabilidade civil é objetiva, então, se a tutela provisória causar à parte dano, sendo ela determinada de oficio pelo juiz, quem deveria reparar o dano provocado? - O art. 295 dispõe: A tutela provisória requerida em caráter incidental independe do pagamento de custas José Roberto Bedaque admite a concessão de oficio

FUNDAMENTAÇÃO DA DECISÃO ACERCA DAS TUTELAS PROVISÓRIAS. CPC 2015. Art. 298. Na decisão que conceder, negar, modificar ou revogar a tutela provisória, o juiz motivará seu convencimento de modo claro e preciso. Art. 273. 1 o Na decisão que antecipar a tutela, o juiz indicará, de modo claro e preciso, as razões do seu convencimento.

RECORRIBILIDADE CPC 2015. Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem sobre: I - tutelas provisórias; Art. 522. Das decisões interlocutórias caberá agravo, no prazo de 10 (dez) dias, na forma retida, salvo quando se tratar de decisão suscetível de causar à parte lesão grave e de difícil reparação, bem como nos casos de inadmissão da apelação e nos relativos aos efeitos em que a apelação é recebida, quando será admitida a sua interposição por instrumento.

COMPETÊNCIA CPC 2015. Art. 299. A tutela provisória será requerida ao juízo da causa e, quando antecedente, ao juízo competente para conhecer do pedido principal. Parágrafo único. Ressalvada disposição especial, na ação de competência originária de tribunal e nos recursos a tutela provisória será requerida ao órgão jurisdicional competente para apreciar o mérito. Art. 800. As medidas cautelares serão Art. 800. As medidas cautelares serão requeridas ao juiz da causa; e, quando preparatórias, ao juiz competente para conhecer da ação principal. Parágrafo único. Interposto o recurso, a medida cautelar será requerida diretamente ao tribunal

TUTELA PROVISÓRIA REQUERIDA PELO RÉU Todo aquele que alegar ter direito à tutela definitiva pode pedir tutela provisória. Sendo assim, autor, réu, terceiros intervenient tes podem requerer tutela provisória. Quando o réu for reconvinte, é indiscutível sua legitimidade para requerer a tutela provisória. Questão polêmica é sua legitimidade quando a demanda não tenha caráter dúplice.

TUTELA PROVISÓRIA REQUERIDA PELO MINISTÉRIO PÚBLICO É indiscutível que tenha legitimidade para equerer tutela provisória quando for parte e quando atuar na qualidade de assistente diferenciado de incapaz (art. 178, II). É polêmica sua legitimidade na qualidade de fiscal da ordem jurídica. Para Didier e Antônio Claudio da Costa Machado, é possível apenas participar de pleito formulado por outrem, apoiando, repelindo ou sugerindo. Não teria ele legitimidade para requerer tutela provisória. Em sentido contrário, Cristiano Chaves e Scarpinella Bueno admitem sua legitimidade.

EFEITOS ANTECIPÁVEIS DA TUTELA PROVISÓRIA Não se antecipa a própria tutela definitiva, mas sim seus efeitos. Antecipa-se a eficácia social da sentença e não sua eficácia jurídica. A tutela provisória antecipada satisfaz de imediato no plano fático e não no plano jurídico.

DA TUTELA DA EVIDÊNCIA

EVIDÊNCIA X URGÊNCIA CPC 2015. Art. 311, caput. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando: Sem correspondente

MODALIDADES Há duas modalidades de tutela de Evidencia: - Punitiva (art. 311, I) - Documentada: quando há prova documental suficiente das alegações da parte

CLÁUSULA GERAL DE NEGOCIAÇÃO Na tutela de evidencia documentada, em face da nova disposição do CPC, que permite às partes estipular mudanç ças no procedimento, é possível a convenção de que os documentos não terão aptidão para fundamentar a concessão de tutela provisória.

TUTELA DE EVIDENCIA PUNITIVA CPC 2015. Art. 311. I - ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório da parte; Art. 273. II - fique caracterizado o abuso de direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório do réu

TUTELA DE EVIDENCIA PUNITIVA Conceitos Indeterminados Conduta Abusiva sem dano processua al Abuso do direito de defesa x Manifesto propósito protelatório Tutela Punitiva x Multa por litigância de má-fé.

ABUSO DE DIREITO DE DEFESA E MANIFESTO PROPÓSITO PROTELATÓRIO ANTES DA CITAÇÃO Quanto ao abuso do direito de defesa é indiscutível que só pode haver depois de citado, pois antes disso não há defesa. Já quanto ao manifesto proposito protelatório do réu antes da contestação e até mesmo antes da sua citação é controvertido Humberto Theodoro Jr. admite a possibilidade da antecipação até mesmo antes da citação, pois o abuso de defesa ou o manifesto propósito protelatório do réu "tanto pode ocorrer na contestação como em atos anteriores à propositura da ação, como notificação, interpelações, protestos ou troca de correspondência entre os litigantes". Didier afirma: ao que parece a litispendência é pressupostos para a concessão da tutela antecipada com base neste inciso, mas é possível que, apos citado o réu, se conceda a providencia em razão de comportamento da parte anterior à formação do processo.

TUTELA PUNITIVA E LITISCONSÓRCIOO CPC 2015. Art. 117. Os litisconsortes serão considerados, em suas relações com a parte adversa, como litigantes distintos, exceto no litisconsórcio unitário, caso em que os atos e as omissões de um não prejudicarão os outros, mas os poderão beneficiar. Art. 48. Salvo disposição em contrário, os litisconsortes serão considerados, em suas relações com a parte adversa, como litigantes distintos; os atos e as omissões de um não prejudicarão nem beneficiarão os outros.

TUTELA DE EVIDENCIA EM RAZÃO DE PRECEDENTE OBRIGATÓRIO CPC 2015. Art. 311. II - as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante; Sem correspondente

TUTELA DE EVIDENCIA EM RAZÃO DE PRECEDENTE OBRIGATÓRIO 1. Requisitos Para que existe esta modalidade é preciso o preenchimento de 2 requisitos, um de fato e um de direito: a) as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente: Requisito de fato. É necessário a prova documental ou documentada (prova emprestada ou prova produzida antecipadamente) a) houver tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante Requisito de direito.

TUTELA DE EVIDENCIA DOCUMENTADA EM CONTRATO DE DEPÓSITO CPC 2015. Art. 311. III - se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do contrato de depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto custodiado, sob cominação de multa; Sem correspondente

TUTELA DE EVIDENCIA DOCUMENTADA EM CONTRATO DE DEPÓSITO Fim do procedimento especial da ação de depósito O NCPC extingui a ação de deposito. Agora cabe à parte mover uma ação de execução (o contrato de deposito é título executivo extrajudicial), ou mesmo que o contrato atenda os requisitos para a formação de titulo executivo, mover uma ação de conhecimento. Tanto na execução como na ação de conhecimento é possível a concessão da tutela de evidencia. Tutela de evidencia específica. A tutela de evidencia é limitada à concessão o da entrega do objeto custodiado, sob cominação de multa e não o seu equivalentee em dinheiro. Cominação de Multa O CPC previu a imposição de multa, mas nada impede que ele utilize qualquer outro meio.

TUTELA DE EVIDENCIA DOCUMENTADA NA AUSÊNCIA DE CONTRAPROVA DOCUMENTAL SUFICIENTE Pressupostos Prova Exclusivamente Documental Deve se tratar de causa cuja prova seja basicamente documental ou documentada (prova emprestada e prova produzida antecipadamente) ou, ainda, fatos que dispensem a produção de prova, como os notórios. Prova Documental Suficiente A prova documental apresentada pelo autor seja suficiente para demonstrar o fato constitutivo de seu direito. Ausência de contraprova documental suficiente do réu. O CPC não menciona, mas a ausência de prova do réu é ausência de prova documental.

DA TUTELA DE URGÊNCIA

PRESSUPOSTOSS Novo CPC Tutela Antecipada Cautelar CPC 2015. Art. 300. A Art. 273. O juiz poderá, a Art. 798. Além dos tutela de urgência será requerimento da parte, procedimentos cautelares concedida quando houver antecipar, total ou específicos, que este elementos que evidenciem a probabilidade do direito e parcialmente, os efeitos da tutela pretendida no pedido Código regula no Capítulo II deste Livro, poderá o juiz o perigo de dano ou o risco inicial, desdee que, existindo determinar as medidas ao resultado útil do prova inequívoca, se provisórias que julgar processo. convença verossimilhança alegação e: da da adequadas, quando houver fundado receio de que uma parte, antes do julgamento I - haja fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação; ou da lide, cause ao direito da outra lesão grave e de difícil reparação. II - fique caracterizado o abuso de direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório do réu.

PRESSUPOSTOS Probabilidade do direito Cumpre uma distinção. Diz o artigo: houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito. O CPC reclamaa a probabilidade do direito. Os fatos devem ter verossimilhança. Perigo da Demora Este perigo deve apresentar as seguintess características: a) concreto (certo), e, não, hipotético ou eventual, decorrente de mero temor subjetivo da parte; b) atual, que está na iminência de ocorrer, ou esteja acontecendo; c) grave, que se a de grande ou média intensidade e tenha aptidão para prejudicar ou impedir a fruição do direito.

PRESSUPOSTOS Dano Irreparável Dano de Difícil reparação Perigo da Demora x Inexistência de Dano

REVERSIBILIDADE CPC 2015. Art. 300. 3 o A tutela de urgência de natureza antecipada não será concedida quando houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão. Art. 273. 2o Não se concederá a antecipação da tutela quando houver perigo de irreversibilidade do provimento antecipado.

REVERSIBILIDADE Argumentos Contra Irreversibilidade Recíproca Argumentos a favor Contracautela

CONTRACAUTELA CPC 2015. Art. 300. 1 o Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução real ou fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer, podendo a caução ser dispensada se a parte economicamente hipossuficiente não puder oferecê-la. Art. 804. É lícito ao juiz conceder liminarmente ou após justificação prévia a medida cautelar, sem ouvir o réu, quando verificar que este, sendo citado, poderá torná-la ineficaz; caso em que poderá determinar que o requerente preste caução real ou fidejussória de ressarcir os danos que o requerido possa vir a sofrer.

MOMENTO DA CONCESSÃO CPC 2015. Art. 300. 2 o A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após justificação prévia. Sem correspondente

ESPÉCIES DE TUTELA DE URGÊNCIA CAUTELAR CPC 2015. Art. 301. A tutela de urgência de natureza cautelar pode ser efetivada mediante arresto, sequestro, arrolamento de bens, registro de protesto contra alienação de bem e qualquer outra medida idônea para asseguração do direito. Art. 273. 3 o A efetivação da tutela antecipada observará, no que couber e conforme sua natureza, as normas previstas nos arts. 588, 461, 4 o e 5 o, e 461-A.

RESPONSABILIDADE CIVIL CPC 2015. Art. 302. Independentemente da reparação por dano processual, a parte responde pelo prejuízo que a efetivação da tutela de urgência causar à parte adversa, se: Parágrafo único. A indenização será liquidada nos autos em que a medida tiver sido concedida, sempre que possível. Art. 811. Sem prejuízo do disposto no art. 16, o requerente do procedimento cautelar responde ao requerido pelo prejuízo que Ihe causar a execução da medida: Parágrafo único. A indenização será liquidada nos autos do procedimento cautelar.

RESPONSABILIDADE CIVIL CPC 2015. Art. 302. I - a sentença lhe for desfavorável; I - se a sentença no processo principal Ihe for desfavorável;

RESPONSABILIDADE CIVIL CPC 2015. Art. 302. II - obtida liminarmente a tutela em caráter antecedente, não fornecer os meios necessários para a citação do requerido no prazo de 5 (cinco) dias; III - se, obtida liminarmente a medida no caso do art. 804 deste Código, não promover a citação do requerido dentro em 5 (cinco) dias;

RESPONSABILIDADE CIVIL CPC 2015. Art. 302. III - ocorrer a cessação da eficácia da medida em qualquer hipótese legal; III - se ocorrer a cessação da eficácia da medida, em qualquer dos casos previstos no art. 808, deste Código;

RESPONSABILIDADE CIVIL CPC 2015. Art. 302. IV - o juiz acolher a alegação de decadência ou prescrição da pretensão do autor. IV - se o juiz acolher, no procedimento cautelar, a alegação de decadência ou de prescrição do direito do autor (art. 810).

DO PROCEDIMENTO DA TUTELA ANTECIPADA REQUERIDA EM CARÁTER ANTECEDENTE

DO PROCEDIMENTO DA TUTELA ANTECIPADA REQUERIDA EM CARÁTERR ANTECEDENTE Tutela Antecipada Incidente Não precisa toda tutela antecipada ser concedid da liminarmente, isto é, antes do contraditório ser aperfeiçoado. Nada impede que a tutela antecipada seja concedida, presentes os requisitos, ao longo do processo, mesmo no segundo grau de jurisdição, quando, só então, surgiu o risco de dano. Mesmo que o risco já existisse desde a fase postulatória, pode acontecer de, somente após a instrução, o direito se apresentou como provável. Ora, se é possível antecipar a tutela sem sequer ouvir o réu, seria irracional proibir que ela fosse antecipada em momento posterior. Questão intrigante se mostra com a apelação tendo, em regra, efeito suspensivo e, uma das hipóteses em que a apelação será recebida apenas no efeito devolutivo é se a sentença confirmar ou conceder tutela anteriormente conce edida. Tutela Antecipada Antecedente A tutela de urgência antecipada antecedente é aquela requerida dentro do processo em que se pretende pedir a tutela definitiva, no intuito de adiantar seus efeitos, mas antes da formulação do pedido de tutela final.

PETIÇÃO INICIAL CPC 2015. Art. 303. Nos casos em que a urgência for contemporânea à propositura da ação, a petição inicial pode limitar-se ao requerimento da tutela antecipada e à indicação do pedido de tutela final, com a exposição da lide, do direito que se busca realizar e do perigo de dano ou do risco ao resultado útil do processo. 5 o O autor indicará na petição inicial, ainda, que pretende valer-se do benefício previsto no caput deste artigo. Sem correspondente Sem correspondente

PETIÇÃO INICIAL Na petição inicial, diante da situação de urgência, limitar-se-á o autor a: a) requerer a tutela antecipada; b) indicar o pedido de tutela definitiva - que será formulado no prazo previsto em lei para o aditamento; c) expor a lide, o direito que se busca realizar (e sua probabilidade), e o perigo da demora; d) indicar o valor da causa considerando o pedido de tutela definitiva que pretende formular (art. 303, 4o, CPC); e, f) explicitar que pretende valer- se do benefício da formulação do requerimento de tutela antecipada em caráter antecedente, nos moldes do caput do art.. 303, CPC (ar t. 303, 5o, CPC).

VALOR DA CAUSA CPC 2015. Art. 303. 4 o Na petição inicial a que se refere o caput deste artigo, o autor terá de indicar o valor da causa, que deve levar em consideração o pedido de tutela final. Sem correspondente

Procedimento diante da concessão da tutela de urgência antecipada

INTIMAÇÃO DO AUTOR PARA QUE PROMOVA O ADITAMENTO DA PETIÇÃO INICIAL CPC 2015. Art. 303. 1 o Concedida a tutela antecipada a Sem correspondente que se refere o caput deste artigo: I - o autor deverá aditar a petição inicial, com a Sem correspondente complementação de sua argumentação, a juntada de novos documentos e a confirmação do pedido de tutela final, em 15 (quinze) dias ou em outro prazo maior que o juiz fixar; 3 o O aditamento a que se refere o inciso I do 1 o deste Sem correspondente artigo dar-se-á nos mesmos autos, sem incidên ncia de novas custas processuais. CPC 2015. Art. 303. 2 o Não realizado o aditamento a que Sem correspondente se refere o inciso I do 1 o deste artigo, o processo será extinto sem resolução do mérito.

CITAÇÃO E INTIMAÇÃO DO RÉU PARA QUE CUMPRA A PROVIDÊNCIA DEFERIDA CPC 2015. Art. 303. 1 o II - o réu será citado e intimado para a audiência de conciliação ou de mediação na forma do art. 334; Sem correspondente

Procedimento diante da não concessão da tutela de urgência antecipada

EMENDA DA PETIÇÃO INICIAL CPC 2015. Art. 303. 6 o Caso entenda que não há elementos para a concessão de tutela antecipada, o órgão jurisdicional determinará a emenda da petição inicial em até 5 (cinco) dias, sob pena de ser indeferida e de o processo ser extinto sem resolução de mérito. Sem correspondente

ESTABILIDADE DA DECISÃO CONCESSIVA DE TUTELA ANTECIPADA NÃO IMPUGNADA PELO RÉU. CPC 2015. Art. 304. A tutela antecipada, concedida nos termos do art. 303, torna-se estável se da decisão que a conceder não for interposto o respectivo recurso. 1 o No caso previsto no caput, o processo será extinto. 3 o A tutela antecipada conservará seus efeitos enquanto não revista, reformada ou invalidada por decis são de mérito proferida na ação de que trata o 2 o. Sem correspondente Sem correspondente Sem correspondente

PRESSUPOSTOS ESTABILIZAÇÃO PARA A CPC 2015. Art. 303. 5 o O autor indicará na petição inicial, ainda, que pretende valer-se do benefício previsto no caput destee artigo. Sem correspondente Decisão concessiva Somente a decisão concessiva gera estabilidade. Tanto pode ser a decisão que concedeu a tutela antecipada no primeiro grau, ou a decisão procedente do agravo contra a decisão denegatória da tutela antecipada pelo juízo a quo. Ausência de requerimento expresso do autor no sentido do prosseguimento do feito. É preciso que o autor não tenha manifestado, na petição inicial, a sua intenção de dar prosseguimento ao processo após a obte enção da pretendida tutela antecipada. Trata-se de pressuposto negativo. O silêncio do autor deve ser entendido comoo opção da estabilidade. Mas é possível que o autor prefira dar seguimento à ação, a fim de ter um pronunciamento protegido pela coisa julgada.

INÉRCIA DO RÉU CPC 2015. Art. 304. A tutela antecipada, concedida nos termos do art. 303, torna-se estável se da decisão que a conceder não for interposto o respectivo recurso. Sem correspondente

INÉRCIA DO RÉU Inercia total Embora o artigo se refira apenas à inercia diante do recurso, deve se entender a total inercia do réu. Não deverá ele usar nenhum mecanismo de impugnação (ex. mandado de segurança, pedido de reconsideração, contestação), desde que no prazo do recurso. Recurso Inadmitido Havendo o réu recorrido tempestivamente, pouco impostará se o recurso será ou não recebido. A estabilidade já estará perdida. Eduardo Talamini defende que a inercia deve atingir também a resposta do réu, assumindo ele a condição de revel. A questão que aqui se apresentee é quanto ao prazo. Em regra, o prazo para a resposta do réu demorará ainda para ter início, frente ao pronto deferimento da tutela antecipada (e citação e intimação do réu), que abre e, por conseguinte, o prazo recursal. Recurso interposto por Assistente/Litisconsorte Não haverá estabilidade nos casos em que o assistente ou o litisconsorte do réu impugnar a concessão da tutela antecipada. Quanto ao último é preciso se verificar se a fundamentação da defesa do litisconsorte aproveita também ao réu inerte.

CLÁUSULA GERAL DE NEGOCIAÇÃO Nada impede que, independente dos pressupostos previstos do CPC, as partes, usando a cláusula geral de nego ociação, prevista no art. 190, estabeleçam livremente os requisitos para a estabilização.

ESTABILIDADE PARCIAL Duas situações podem acontecer: 1) O autor formulou vários pedidos de apenas algum(s), não impugnados pelo A decisão que concede a tutela antecipada apenas parcialmente tem aptidão para a estabilização? Didier defende que sim. tutela antecipada e o juiz concedeu réu. 2) Das mais de uma tutelas antecipadas concedidas, pode o réu ter impugnado apenas uma ou algumas. Quanto ao ponto não atacado pelo réu a tutela estaria estável seguindo o processo apenas sobre o assunto restante.

ESTABILIDADE DIANTE DA INÉRCIA DO AUTOR(?) Manda o CPC que, em caso de tutela antecipada antecedente, uma vez concedida a tutela, deve o autor adi itar a petição inicial, sob pena de extinção do processo. Uma dúvida há: se a tutela antecipadaa é concedida, o réu não recorre e o autor não adita a petição inicial, a demanda será extinta com ou sem estabilidade? Didier defende que deve sempre prevalecer a estabilidade.

AÇÃO REVISIONAL CPC 2015. Art. 304. 2 o Qualquer das partes poderá demandar a outra com o intuito de rever, reformar ou invalidar a tutela antecipada estabilizada nos termos do caput. Sem correspondente

COMPETÊNCIA CPC 2015. Art. 304. 4 o Qualquer das partes poderá requerer o desarquivamento dos autos em que foi concedida a medida, para instruir a petição inicial da ação a que se refere o 2 o, prevento o juízo em que a tutela antecipada foi concedida. Sem correspondente

ESTABILIDADE X JULGADA COISA CPC 2015. Art. 304. 5 o O direito de rever, reformar ou invalidar a tutela antecipada, previsto no 2 o deste artigo, extingue-se após 2 (dois) anos, contados da ciência da decisão que extinguiu o processo, nos termos do 1 o. 6 o A decisão que concede a tutela não fará coisa julgada, mas a estabilidade dos respectivos efeitos só será afastada por decisão que a revir, reformar ou invalidar, proferida em ação ajuizada por uma das partes, nos termos do 2 o deste artigo. Sem correspondente Sem correspondente

DO PROCEDIMENTO DA TUTELA CAUTELAR REQUERIDA EM CARÁTER ANTECEDENTE

PETIÇÃO INICIAL CPC 2015. Art. 305. A petição inicial da ação que visa à prestação de tutela cautelar em caráter antecedente indicará a lide e seu fundamento, a exposição sumária do direito que se objetiva assegurar e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. Art. 801. O requerente pleiteará a medida cautelar em petição escrita, que indicará: I - a autoridade judiciária, a que for dirigida; II - o nome, o estado civil, a profissão e a residência do requerente e do requerido; III - a lide e seu fundamento; IV - a exposição sumária do direito ameaçado e o receio da lesão; V - as provas que serão produzidas.

FUNGIBILIDADE CPC 2015. Art. 305. Parágrafo único. Caso entenda que o pedido a que se refere o caput tem natureza antecipada, o juiz observará o disposto no art. 303. Art. 273. 7o Se o autor, a título de antecipação de tutela, requerer providência de natureza cautelar, poderá o juiz, quando presentes os respectivos pressupostos, deferir a medida cautelar em caráter incidental do processo ajuizado.

DESPACHO DA PETIÇÃO INICIAL Emenda da petição inicial Indeferir a petição inicial Deferir a petição inicial Uma vez deferida a petição inicial, o juiz deverá: i) julgar o requerimento liminar de tutela cautelar, se assim formulado, ou mediante justificação prévia, se necessária; ii) ordenar o cumprimento da medida (se def ferida); iii) determinar a citação do réu para, no prazo de 5 dias, caso queira, contestar o pedido e especificar provas que pretende produzir

RESPOSTA DO RÉU SOBRE O PEDIDO CAUTELAR CPC 2015. Art. 306. O réu será citado para, no prazo de 5 (cinco) dias, contestar o pedido e indicar as provas que pretende produzir. Art. 802. O requerido será citado, qualquer que seja o procedimento cautelar, para, no prazo de 5 (cinco) dias, contestar o pedido, indicando as provas que pretende produzir.

RESPOSTA DO RÉU SOBRE O PEDIDO CAUTELAR CPC 2015. Art. 307. Não sendo contestado o pedido, os fatos alegados pelo autor presumir-se-ão aceitos pelo réu como ocorridos, caso em que o juiz decidirá dentro de 5 (cinco) dias. Parágrafo único. Contestado o pedido no prazo legal, observar-se-á o procedimento comum. Art. 803. Não sendo contestado o pedido, presumir-se-ão aceitos pelo requerido, como verdadeiros, os fatos alegados pelo requerente (arts. 285 e 319); caso em que o juiz decidirá dentro em 5 (cinco) dias. Parágrafo único. Se o requerido contestar no prazo legal, o juiz designará audiência de instrução e julgamento, havendo prova a ser nela produzida.

INÉRCIA DO RÉU Revelia A presunção de veracidade desta revelia segue o regime jurídico geral, previsto no art. 344, CPC. O mandato de citação constará a advertência do art. 344, sob pena de se verificarem os efeitos da revelia quanto à presunção de verdade em favor do requerente. Alcance da Revelia A presunção de veracidade da revelia não invade o processo principal, pois conserva projeção apenas endoprocessual, limitando-se à confirmação da existência do fumus boni irus e do periculum in mora, autorizando o deferimento da medida de urgência.

CONTESTAÇÃOO TEMPESTIVA Contestado o pedido no prazo de lei, o juiz prosseguirá pelo procedimento. Outras Respostas do réu O artigo faz menção apenas à contestação, assim como o faz o CPC 1973. A doutrina defende, para o CPC de 1973, que o réu pode além dela, opor exceção. A doutrina a e jurisprudência resistem à possibilidade de admissão de reconvenção. Incompetência Relativa Entende-se hoje que a inação do réu em sede de cautelar quanto à incompetência relativa do juízo, retira-lhe a possibilidade de argui-la na abertura da ação principal, por entender-se que sua inércia resulta na prorrogação da competência, não apenas em relação à demanda preparatória, como também à ação principal. Como novo CPC a questão não está resolvida.

FORMULAÇÃO DO PEDIDO PRINCIPAL CPC 2015. Art. 308. Efetivada a tutela cautelar, o pedido principal terá de ser formulado pelo autor no prazo de 30 (trinta) dias, caso em que será apresentado nos mesmos autos em que deduzido o pedido de tutela cautelar, não dependendo do adiantamento de novas custas processuais. 2 o A causa de pedir poderá ser aditada no momento de formulação do pedido principal. Art. 806. Cabe à parte propor a ação, no prazo de 30 (trinta) dias, contados da data da efetivação da medida cautelar, quando esta for concedida em procedimento preparatório. Sem correspondente

PEDIDO CAUTELAR INCIDENTE CPC 2015. Art. 308. 1 o O pedido principal pode ser formulado conjuntamente com o pedido de tutela cautelar. Sem correspondente

PROCEDIMENTO PÓS FORMULAÇÃO DO PEDIDO PRINCIPAL E RESPOSTA DO RÉU SOBRE O PEDIDO PRINCIPAL CPC 2015. Art. 308. 3 o Apresentado o pedido principal, as partes serão intimadas para a audiência de conciliação ou de mediação, na forma do art. 334, por seus advogados ou pessoalmente, sem necessidade de nova citação do réu. Sem correspondente

PROCEDIMENTO PÓS FORMULAÇÃO DO PEDIDO PRINCIPAL E RESPOSTA DO RÉU SOBRE O PEDIDO PRINCIPAL CPC 2015. Art. 308. 4 o Não havendo autocomposição, o prazo para contestação será contado na forma do art. 335. Sem correspondente

CESSAÇÃO DA EFICÁCIA CPC 2015. Art. 309. Cessa a eficácia da tutela concedida em caráter antecedente, se: I - o autor não deduzir o pedido principal no prazo legal; Art. 808. Cessa a eficácia da medida cautelar: I - se a parte não intentar a ação no prazo estabelecido no art. 806;

CESSAÇÃO DA EFICÁCIA CPC 2015. Art. 309. II - não for efetivada dentro de 30 (trinta) dias; II - se não for executada dentro de 30 (trinta) dias;

CESSAÇÃO DA EFICÁCIA CPC 2015. Art. 309. III - o juiz julgar improcedente o pedido principal formulado pelo autor ou extinguir o processo sem resolução de mérito. II II - se o juiz declarar extinto o processo principal, com ou sem julgamento do mérito.

EFICÁCIA PRECLUSIVA DO PEDIDO CAUTELAR CPC 2015. Art. 309. Parágrafo único. Se por qualquer motivo cessar a eficácia da tutela cautelar, é vedado à parte renovar o pedido, salvo sob novo fundamento. Parágrafo único. Se por qualquer motivo cessar a medida, é defeso à parte repetir o pedido, salvo por novo fundamento.

AUTONOMIA CPC 2015. Art. 309. O indeferimento da tutela cautelar não obsta a que a parte formule o pedido principal, nem influi no julgamento desse, salvo se o motivo do indeferimento for o reconhecimento de decadência ou de prescrição. Art. 810. O indeferimento da medida não obsta a que a parte intente a ação, nem influi no julgamento desta, salvo se o juiz, no procedimento cautelar, acolher a alegação de decadência ou de prescrição do direito do autor