19/08/2012 PROCESSO PENAL II PROCESSO PENAL II

Documentos relacionados
12/08/2012 PROCESSO PENAL II PROCESSO PENAL II

DIREITO PROCESSUAL PENAL Procedimento Penal

Direito Processual Penal

DIREITO ELEITORAL. Processo penal eleitoral Parte 2. Prof. Roberto Moreira de Almeida

PROCESSO E PROCEDIMENTO PROF. DR. VANDER FERREIRA DE ANDRADE

DIREITO PROCESSUAL PENAL

DIREITO PROCESSUAL PENAL III. AULA DIA 03 DE MARÇO DE 2015 Docente: TIAGO CLEMENTE SOUZA

Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Procedimento comum: ordinário e sumário. Gustavo Badaró aulas 22 e 29 de março de 2017

Procedimento comum ordinário.

Docente: TIAGO CLEMENTE SOUZA

31. Nos exatos termos do art. 253 do CPP, nos juízos coletivos, não poderão servir no mesmo processo os juízes que forem entre si parentes,

Procedimento sumário.

4. AÇÃO CIVIL EX DELICTO 4.1 Questões

Resposta à Acusação Defesa Prévia. Aula 3

DIREITO PROCESSUAL PENAL

ROTEIRO REVISÃO. Prof. Nidal Ahmad

DIREITO PROCESSUAL PENAL IV

XXIII EXAME DE ORDEM PROCESSO PENAL PROF CHRISTIANO GONZAGA

CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DE JATAÍ - CESUT A s s o c i a ç ã o J a t a i e n s e d e E d u c a ç ã o

Pós Penal e Processo Penal. Legale

23/09/2012 PROCESSO PENAL I PROCESSO PENAL II

03/05/2017 DEUSDEDY SOLANO DIREITO PROCESSUAL PENAL CÓDIGO DE PROCESSO PENAL

Pós Penal e Processo Penal. Legale

Direito Processual Penal

Juizados Especiais Criminais

SUMÁRIO 1. PEÇAS DE LIBERDADE, 17 PREFÁCIO, 5 SUMÁRIO, 7

Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Sentença Penal. Gustavo Badaró aula de

PONTOS INICIAS: Procedimentos a) COMUM: a.1) Ordinário (395/405) pena máxima igual ou sup. a 4 anos

LEI Nº , DE 20 JUNHO DE 2008.

19/08/2012 PROCESSO PENAL II

Capítulo 1 Introdução...1. Capítulo 2 Inquérito Policial (IP)...5

SUJEITOS NO PROCESSO PENAL...

DIREITO PROCESSUAL PENAL IV

CURSO DE DIREITO PROCESSUAL PENAL. Volume IV

SUMÁRIO. Abreviaturas...

COLEÇÃO SINOPSES PARA CONCURSOS GUIA DE LEITURA DA COLEÇÃO AGRADECIMENTOS NOTA À 5ª EDIÇÃO APRESENTAÇÃO PREFÁCIO...

26/08/2012 PROCESSO PENAL II PROCESSO PENAL II

23/09/2012 PROCESSO PENAL I. Processo penal I

QUAL O MOMENTO PROCESSUAL ADEQUADO PARA O RECEBIMENTO DA EXORDIAL ACUSATÓRIA NOS PROCEDIMENTOS COMUM ORDINÁRIO E SUMÁRIO?

Ação civil ex delicto

TJ-BA. Noções de Direito Processual Penal. Prof. Guilherme Rittel

SUMÁRIO PARTE 1 PEÇAS PRÁTICO-PROFISSIONAIS E TEORIA ASSOCIADA CAPÍTULO 1. PEÇAS DE LIBERDADE...

CURSO TJMG Nível Médio Oficial de Apoio Nº. Ementa III SENTENÇA Decisões interlocutórias. Despachos de mero expediente.

MANDAMENTOS PARA A APROVAÇÃO CONHEÇA E RESPONDA A PROVA

SUJEITOS NO PROCESSO PENAL...

Sumário CAPÍTULO I CAPÍTULO II

TJ - SP Processo Penal NILMAR DE AQUINO

Prof. Rodrigo Capobianco

AÇÃO PENAL. PROF. VILAÇA

DIREITO ELEITORAL. Processo Penal Eleitoral. Prof. Rodrigo Cavalheiro Rodrigues

16/09/2012 PROCESSO PENAL II PROCESSO PENAL II

Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Correlação entre acusação e sentença. Gustavo Badaró aula de

Em várias situações a legislação consagra da junção das jurisdições civil e criminal.

Autoritarismo do Código de Processo Penal de 1941 vs. Constituição Federal de Processo Penal...8. Sistema Acusatório...

DIREITO ELEITORAL. Processo Penal Eleitoral. Prof. Karina Jaques

SUMÁRIO. 1. DOS PRINCípIOS DO DIREITO PROCESSUAL PENAL 2. DO INQUÉRITO POLICIAL

Júri moderno: Inglaterra - Willian o conquistador/ jurados. *Papa Inocente III, 1215, 4º Concílio de Latrão, proibiu o uso das ordálias

QUESTÃO 1 ASPECTOS MACROESTRUTURAIS QUESITOS AVALIADOS

Pós Penal e Processo Penal. Legale

QUESTÃO 1 ASPECTOS MACROESTRUTURAIS QUESITOS AVALIADOS

DISPOSIÇÕES PENAIS. CRIMES ELEITORAIS São todas condutas que, durante o

DIREITO PROCESSUAL PENAL

Sumário PARTE I TEORIA CAPÍTULO 1 TEORIA PASSO A PASSO

DIREITO PROCESSUAL PENAL

PROCESSO PENAL MARATONA OAB XXI PROF. FLÁVIO MILHOMEM

AÇÃO PENAL. Noções preliminares e conceito. Características:

Sumário. Capítulo 1 Introdução Capítulo 2 Processo Penal Capítulo 3 Ação Penal... 5

16/09/2012 DIREITO PROCESSO PENAL I. Processo penal I

DIREITO PROCESSUAL PENAL PIETRO PONTO 1: PROCEDIMENTOS PENAIS PONTO 2: ESPECIAIS PONTO 3: COMUM ORDINÁRIO

DIREITO PROCESSUAL PENAL

DIREITO PROCESSUAL PENAL IV

Prof. Magda Hofstaetter SENTENÇA

Aula 10. Qual o vício quando o Ministério Público oferece denúncia em face de agente que possui apenas 17 anos?

SUMÁRIO. Capítulo 5 Inquérito policial (arts. 4º a 23 do cpp) 5.1 Conceito

Professor Wisley Aula 05

INICIO DA AÇÃO PENAL

PROCEDIMENTOS PARTE I PROCEDIMENTO ORDINÁRIO

REINALDO ROSSANO LÉO MATOS INFORMÁTICA EXERCÍCIOS QUADRIX LINUX DIREITO PROCESSUAL PENAL

DIREITO PROCESSUAL PENAL

SUMÁRIO I TEORIA GERAL DO DIREITO PENAL

TJ - SP Exercício Processo Penal Exercício I Emerson Castelo Branco Copyright. Curso Agora Eu Passo - Todos os direitos reservados ao autor.

QUESTÃO 1 ASPECTOS MACROESTRUTURAIS QUESITOS AVALIADOS

Início da ação penal: Oferecimento ou Recebimento da Denúncia

Pós Penal e Processo Penal. Legale

DIREITO PROCESSUAL PENAL

SENTENÇA PENAL. a) Sentenças definitivas, decisões definitivas e decisões com força de definitivas

SUMÁRIO MANDAMENTOS PARA A APROVAÇÃO CONHEÇA E RESPONDA A PROVA

PEDIU PRA PARAR, PAROU!

LÚCIO SANTORO DE CONSTANTINO Advogado criminalista. Professor de Direito

DIREITO PROCESSUAL PENAL

SUMÁRIO A ȃ.!... A ȃ.x.! A...

Direito Processual Penal. Recursos

1. Procedimento sumaríssimo continuação:

Em primeiro lugar, deverá o examinando requerer, em preliminar, o desentranhamento das provas ilícitas.

30/09/2012 PROCESSO PENAL I. Processo penal I

SUMÁRIO CAPÍTULO I FUNÇÃO E CARREIRA DO ADVOGADO...

Sentença absolutória.

Pós Penal e Processo Penal. Legale

Crimes com pena máxima igual ou superior a 4 anos. Crimes com pena máxima inferior a 4 anos

Transcrição:

II 4ª - Parte Professor: Rubens Correia Junior 1 II Acessem!!!!!! www.rubenscorreiajr.blogspot.com 2 1

Conteúdo programático UNIDADE I PROCESSOS E PROCEDIMENTOS PENAIS: Tribunal do júri, comum, sumário, ordinário, especiais etc UNIDADE II DAS NULIDADES: UNIDADE III DOS RECURSOS: Agravo, apelação, RSE, Embargos, RE, RO etc UNIDADE IV HABEAS CORPUS E MANDADO DE SEGURANÇA: PROCESSOS E PROCEDIMENTOS PENAIS Forma padrão de procedimento - ordinário (art.395 a 405 CPP) Procedimento comum - sumário (531 a 538) - sumaríssimo (9.099/95) Procedimento do júri (406 a 497 CPP); Procedimentos Falimentares (503 a 512 CPP); Procedimentos do crimes contra funcionário público (519 a 523 CPP); Procedimento de restauração de autos (541 a 548); 2

PROCESSOS E PROCEDIMENTOS PENAIS Sistemas processuais Sistema inquisitorial. Acusações difusas, procedimentos secretos, concentração da função de investigar, acusar e julgar na mesma autoridade; Sistema acusatório (adotado pelo CPP) Acusações delimitadas, procedimentos públicos, separação de funções acusar x defender x julgar PROCESSOS E PROCEDIMENTOS PENAIS - ordinário (art.395 a 405 CPP) Procedimento comum - sumário (531 a 538) - sumaríssimo (9.099/95) Ordinário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada for igual ou superior a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade; Roubo, furto, extorsão, estupro! Subsidiariamente aplica-se este procedimento nas lacunas referentes aos demais procedimentos; Art. 395 a 398 deve-se utilizar em todo procedimento exceção LAD e crimes de funcionário público 3

Sumário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada seja inferior a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade; a 4 anos é ordinário!!! Sumaríssimo, para as infrações penais de menor potencial ofensivo, na forma da lei. (9.099/95) art. 77 a 83 (Contravenções penais + crimes de pena máxima de 2 anos) Celeridade processual - ordinário sumário = poucas diferenças após 2008; PROCESSOS E PROCEDIMENTOS PENAIS ANTES DE 2008 Procedimentoordinário Crime apenados com reclusão Procedimento sumário Crimes apenados com detenção Critério: natureza da sanção penal X pena máxima cominada 4

Dosimetria / Qualificadoras / procedimento adequado: interfere diretamente no procedimento, pois qualificadoras não fazem parte de nenhuma das fases da dosimetria e sim deve ser levada em conta em momento anterior!!! Portanto parte-se da pena já qualificada!!! Dosimetria / causas de aumento e diminuição / procedimento adequado: Pela doutrina deve-se valorar as causas de aumento e somente depois optar pelo procedimento correto; Dosimetria / agravantes e atenuantes/ procedimento adequado: Como não podem alterar os limites da pena não influenciam; Processos em conexão? Pela doutrina deve-se seguir o procedimento do crime mais grave! Existem divergências!!! Processo sumaríssimo exceções: 1- autor do fato não localizado para citação art. 66 LJPC (deve-se então citar por edital deixa de ser célere) 2 complexidade da causa 5

É a fase procedimental onde serão colhidos os elementos necessários à formação do livre convencimento do juiz. Processo monofásico! Início: após o recebimento da denúncia ou queixa / outros autores deixam claro que ela se inicia com o oferecimento da defesa (pois o processo penal prima pelo contraditório) ; Audiência de testemunhas / julgamento instrução e julgamento / inquirição de interrogatório do réu / perícias / debates / Antes de 2008 o primeiro ato era o interrogatório?!?!!? após a denúncia o que resta ao juiz fazer? 1 - Rejeitar a denúncia com base no art. 395 CPP sempre com base no inciso III que abarca todos os outros; I - for manifestamente inepta (peça controversa que não forneça dados robustos para que o réu exerça o contraditório); II - faltar pressuposto processual ou condição para o exercício da ação penal; (suspeição / competência / possibilidade jurídica do pedido / interesse de agir prescrição / legitimidade. ) condições de procedibilidade ex: audiência de reconciliação nos crimes contra a honra III - faltar justa causa para o exercício da ação penal. 6

após a denúncia o que resta ao juiz fazer? - pode aceitar em parte a denúncia (eu não concordo pelo princípio da segurança jurídica e imparcialidade do juiz) mas não pode retificar a denúncia; - o juiz pode modificar a definição jurídica do crime? Só após a instrução criminal emendatio libelli / mutatio libelli; já a teoria minoritária pugna pela possibilidade de emendar a denúncia - pode o juiz rejeitar e o tribunal aceitar? Se a negativa se deve a consideração de incabível a ação penal, pode sim o tribunal receber Após a denúncia o que resta ao juiz fazer? 2 - Receber a denúncia e ordenar a citação para que o acusado responda em 10 dias; Art. 396-A. Na resposta, o acusado poderá argüir preliminares e alegar tudo o que interesse à sua defesa, oferecer documentos e justificações, especificar as provas pretendidas e arrolar testemunhas, qualificando-as e requerendo sua intimação, quando necessário Argumentar 397 CPP + incompetência de juízo + coisa julgada + ilegitimidade das partes + negar os fatos + oferecer documentos + especificar provas + arrolar testemunhas Não ofereceu em 10 dias? Nomeia defensor!!! 7

Após a denúncia o que resta ao juiz fazer? 3 - Após o recebimento da defesa inicial o juiz deverá absolver sumariamente se presente um destes requisitos I - a existência manifesta de causa excludente da ilicitude do fato; II - a existência manifesta de causa excludente da culpabilidade do agente, salvo inimputabilidade; III - que o fato narrado evidentemente não constitui crime; IV - extinta a punibilidade do agente REVISÃO TEORIA DO CRIME CAUSA EXCLUDENTE DA ILICITUDE DO FATO; ANTIJURÍDICO ESTADO DE NECESSIDADE LEGITIMA DEFESA ESTRITO CUMPRIMENTO DO DEVER LEGAL EXERCÍCIO REGULAR DE DIREITO 8

REVISÃO TEORIA DO CRIME CAUSA EXCLUDENTE DA CULPABILIDADE DO AGENTE CULPÁVEL INEXIGIBILIDADE DE CONDUTA DIVERSA POTENCIAL CONSCIÊNCIA DA ILICITUDE IMPUTABILIDADE Como causas excludentes da exigibilidade de conduta diversa, a doutrina costuma apontar a Coação Moral Irresistível e a Obediência Hierárquica; art. 22 CP Errodeproibição art.21cp; Embriaguezacidental art.28cp; Após a denúncia o que resta ao juiz fazer? 3 - Após o recebimento da defesa inicial o juiz deverá absolver sumariamente se presente um destes requisitos Na prática não está surtindo efeito os juízes optam pela colheita de provas durante a instrução criminal; Não há tempo e provas robustas que justifiquem a postura de absolver sumariamente; Absolvendo sumariamente deve-se determinar a oitiva do MP, para garantir o contraditório; Fato narrado não constitui crime? Se não constitui por que dez dias antes o juiz aceitou a denúncia??? 9

LEMBRETES Hipóteses de absolvição art,.386cpp Rol não taxativo Estar provada a inexistência do fato (impossibilita a ação civil); Não haver prova da existência do fato (possibilita a ação civil, não possibilita a ação de regresso ao trabalho de FP); Não constituir o fato infração penal; (pode haver discussão civil de reparação de danos) Estar provado que o réu não concorreu para a infração penal (impossibilita a ação civil); 19 LEMBRETES Hipóteses de absolvição Não existir prova de ter o réu concorrido para a infração penal (possibilita a ação civil, não possibilita a ação de regresso ao trabalho de FP); Existirem circunstâncias que excluam o crime ou isentem o réu de pena (caso de excludente de ilicitude não obsta a demanda cível), ou mesmo se houver fundada dúvida sobre sua existência (não obsta a demanda cível ) Não existir prova suficiente para a condenação (possibilita a ação civil, não possibilita a ação de regresso ao trabalho de FP); O réu pode recorrer da decisão de absolvição!!! 10

Após a denúncia o que resta ao juiz fazer? 3 - Após o recebimento da defesa inicial o juiz deverá absolver sumariamente se presente um destes requisitos extinta a punibilidade do agente??? É decisão declaratória de extinção de punibilidade que poderá ser feita a qualquer momento pelo juiz - de ofício art. 61 CPP. E não seria portanto desnecessário!!!! uma espécie Conseqüências civis ação ex deliti!!!!! de absolvição sumária, rubensjrconsultor@gmail.com. rubenscorreiajr.blogspot.com. www.afag.com.br/professorrubens Obrigado! 22 11