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LEITE E DERIVADOS SETEMBRO / 2014 /2014/2009 1. Mercado nacional 1.1 Preços pagos ao produtor Os preços nominais médios brutos 1 pagos ao produtor em setembro, ponderados pela produção, dos sete estados pesquisados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da Universidade de São Paulo (CEPEA/ESALQ/USP), para o leite entregue em agosto, situou-se em R$ 1,0896/l (US$ 0,4672/l), apresentando redução de - 0,7% na comparação com o mês anterior, alta de + 1,6% na comparação com a média dos últimos doze meses, e redução de - 2,4% na comparação com o mesmo mês do ano anterior (Tabela 1). O preço nominal médio nacional, líquido de frete e CESSR, situou-se em R$ 1,0037/l. Conforme as informações do CEPEA, para os sete estados da pesquisa, houve, em agosto, alta de + 5,4% no índice de captação (ICAP) relativamente ao mês anterior e de + 16,5% na comparação com o mesmo mês do ano anterior. O aumento da captação deveu-se à proximidade do período de pico na safra sulista, ao início da safra nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, às boas condições climáticas, com chuvas nessas regiões, e à redução dos preços do alimento concentrado. Em valores corrigidos pelo IGP-M de setembro/2014, o preço pago ao produtor em setembro situou-se em - 0,9% inferior ao do mês anterior e em - 5,7% inferior ao mesmo mês do ano anterior. O IGP-M evoluiu + 3,5% entre setembro/2013 e setembro/2014 (Gráfico 1). 1 Inclui o valor do frete (variável) e da Contribuição Especial da Seguridade Social Rural (CESSR), antiga Contribuição Previdenciária sobre a Comercialização Rural/FUNRURAL (2,3%). 1

1.2 Produção sob inspeção Em 17/9, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou a produção nacional de leite sob inspeção, federal, estadual e municipal, do primeiro semestre de 2014, que aumentou + 8,6% relativamente ao mesmo semestre do ano anterior, alcançando um total de 11,9 bilhões de litros (Tabela 2). Com exceção da região Norte (- 1,4%), todas as regiões apresentaram aumento de produção no primeiro semestre na comparação com o mesmo período do ano anterior: região Nordeste (+ 19,5%), região Sudeste (+ 11,1%), região Sul (+ 4,3%); e região Centro-Oeste (+ 12,7%). Os três estados da região Norte que apresentaram redução foram: Rondônia (- 3,8%); Acre (- 13,2%); e Roraima (- 11,6%). Minas Gerais, principal estado produtor em 2013, aumentou a sua produção no primeiro semestre de 2,8 para 3,2 bilhões de litros, ou + 14,5%. O Rio Grande do Sul, segundo maior estado produtor, alcançou uma produção de 1,6 bilhão de litros, um aumento de + 3,9% na comparação com o mesmo semestre do ano anterior. O Paraná, terceiro maior produtor, aumentou a sua produção para 1,3 bilhão de litros no primeiro semestre, ou + 4,0%. São Paulo, quarto maior estado produtor em 2013, aumentou a sua produção em + 2,9%, de 1,1 bilhão de litros para 1,2 bilhão de litros. Santa Catarina, quinto estado maior produtor em 2013, aumentou a sua produção no primeiro trimestre em + 5,5%, de 968,5 milhões de litros para 1,0 bilhão de litros. 2

1.3 Preços dos derivados no atacado e varejo em São Paulo Conforme as informações do Instituto de Economia Agrícola (IEA), os preços nominais em setembro, no atacado, na cidade de São Paulo, apresentaram, relativamente ao mês anterior, o seguinte 3

comportamento: leite em pó integral (+ 8,4%); leite longa vida (- 1,2%); leite tipo C (+ 1,5%); queijo mussarela (+ 1,3%); queijo prato (+ 2,1%); e manteiga sem sal (+ 3,6%) (Tabela 3 e Gráfico 2). No varejo, em setembro, relativamente ao mês anterior, os preços apresentaram o seguinte comportamento: leite em pó integral (- 2,8%); leite longa vida (+ 2,1%); leite tipo C (estável); leite condensado (+ 4,6%); queijo mussarela (+ 0,1%); queijo tipo prato (- 2,6%); e manteiga (+ 1,7%) (Tabela 4 e Gráfico 3). 1.4 Balança comercial de lácteos Nos primeiros nove meses de 2014, a balança comercial de lácteos (NCMs 0401 0000 a 0406 9999) apresentou déficit de US$ 82,7 milhões, tendo sido de US$ 367,8 milhões no mesmo período do ano 4

anterior, com exportações de US$ 235,6 milhões (60,7 mil t 2 ) e importações de US$ 318,3 milhões (75,9 mil t) (Tabela 5). As exportações apresentaram aumento de + 259,6% e as importações recuaram - 26,5%, ambas em valor, na comparação com o mesmo período do ano anterior. No mês de setembro, as exportações aumentaram + 228,7% e as importações recuaram - 49,4%, ambas em valor, na comparação com o mesmo mês do ano anterior. Nesses três primeiros trimestres de 2014, foram importadas 19,9 mil t de leite em pó integral - NCM 0402 2110 - (US$ 94,6 milhões e US$ 4.736,2/t), representando 29,7 % do valor total importado, enquanto no mesmo período do ano anterior foram importadas 43,9 mil t (US$ 177,8 milhões e US$ 4.041,7/t), representando 41,0% do valor total importado, uma redução de - 54,6% em quantidade e de - 46,8% em valor. As origens das importações de leite em pó integral, entre janeiro e setembro, foram: Argentina (66,6% do valor total, a um preço médio de US$ 4.761,7/t); Uruguai (19,9% do valor total importado, a um preço médio de US$ 4.724,4/t); e Chile (13,4% do valor total importado, a um preço médio de US$ 4.630,1/t). 2 Não trata-se de quantidade em equivalente leite. É o peso líquido do produto exportado/importado. 5

O segundo produto mais importado entre janeiro e setembro foi o leite em pó desnatado (NCM 0402 1010), representando 17,6% do valor total importado ou US$ 56,1 milhões e 11,7 mil t; seguido pelo soro de leite (NCM 0404 1000) representando 10,7% do valor total importado no período, ou US$ 33,9 milhões e 18,9 mil t. Seguem-se outros vinte derivados lácteos complementando o valor total importado. Em setembro, o produto mais importado foi o leite em pó integral (NCM 0402 2110), representando 30,7% do valor importado no mês ou US$ 10,5 milhões e 2,4 mil t (US$ 4.307,0/t); seguido pelo leite em pó desnatado (NCM 0402 1010), no valor de US$ 5,6 milhões e 1,2 mil t (US$ 4.687,7/t), representando 16,6% do valor total importado no mês; e pelo queijo mussarela (NCM 0406 1010), representando 7,5% do valor mensal importado ou US$ 2,5 milhões e 575,4 t (US$ 4.481,8/t). No que se refere às exportações, nos primeiros nove meses do ano foram exportadas 27,7 mil t de leite em pó integral (NCM 0402 2110), em um valor total de US$ 145,9 milhões (US$ 5.264,7/t), representando 61,9 % do valor total exportado, enquanto no mesmo período do ano anterior foram exportadas apenas 118,5 t dessa commodity, representando 1,3% do valor total exportado. O segundo produto mais exportado entre janeiro e setembro foi o leite condensado (NCM 0402 9900), representando 20,0% do valor total exportado ou US$ 47,0 milhões e 20,7 mil t (US$ 2.270,7/t); seguido por Outros cremes de leite (NCM 0401 5029), representando 6,2% do valor total exportado, ou US$ 14,5 milhões e 5,4 mil t. Seguem-se outros vinte e cinco derivados lácteos complementando o valor total exportado no período. Em setembro, o produto mais exportado foi o leite em pó integral (NCM 0402 2110), representando 55,6% do valor total exportado, no valor de US$ 8,6 milhões e 1,5 mil t (US$ 5.726,7/t); seguido pelo leite condensado (NCM 0402 9900), representando 25,3% do valor mensal total exportado, ou US$ 3,9 milhões e 1,7 mil t (US$ 2.215,1/t). Em terceiro lugar, encontram-se as exportações de Outros cremes de leite (NCM 0401 5029) representando 6,7% do valor total importado, ou US$ 1,0 milhão e 424,0 t (US$ 2.454,4/t). 2. Mercado internacional 2.1 Preços internacionais das commodities lácteas Os preços internacionais das commodities lácteas na Oceania (média das cotações mínima e máxima) divulgados pelo International Dairy Market News Report, do United States Department of Agriculture / Agricultural Marketing Service - (USDA/AMS), durante o mês de setembro, apresentaram as seguintes modificações relativamente ao mês anterior: leite em pó integral (- 5,0%); leite em pó desnatado (- 13,6%); manteiga (- 8,2%); e queijo cheddar (- 3,0%) (Tabela 6 e Gráfico 4). Na Nova Zelândia, as condições climáticas são normais e as pastagens estão boas nas duas ilhas. A produção de agosto situou-se aproximadamente + 5% acima do mesmo mês do ano anterior. O preço ao produtor nesse país recuou - 12,7% entre julho e agosto, seguindo a redução dos preços das commodities. A matéria-prima está sendo direcionada para a produção de leite em pó integral ao invés do desnatado devido à redução do diferencial de preços entre as duas commodities e ao aumento da oferta de desnatado em outros mercados globais. A maior parte das commodities lácteas está disponível para compra imediata. Na Austrália, as chuvas estão sendo inferiores ao normal e prejudicam o desenvolvimento das lavouras. Os sistemas de irrigação estão sendo acionados antes do prazo usual. A demanda por exportações, principalmente de leite em pó desnatado, está firme mas enfrenta concorrência com outras regiões. 6

Na Europa Ocidental, os preços das commodities (média das cotações mínima e máxima) apresentaram o seguinte comportamento em setembro na comparação com o mês anterior: leite em pó integral (- 14,4%); leite em pó desnatado (- 13,7%); manteiga (- 9,6%); e soro em pó (- 3,1%) (Tabela 6 e Gráfico 5). Na Europa Ocidental, a produção está na entressafra, mas em níveis acima do mesmo período do ano anterior. Os preços médios ao produtor estão bons, havendo recuado apenas - 2,1% entre julho e agosto, sendo negociado em US$ 51,24/100 kg. O clima nessa região está favorável, o rebanho está em expansão e é muito boa a oferta de ração e forragem. No entanto, o embargo russo às exportações européias de lácteos exerce pressão de baixa nos preços das commodities, principalmente dos queijos. A produção está sendo direcionada para manteiga e leite em pó. O sistema PSA para manteiga e leite em pó tem recebido pouca adesão, e o leite em pó desnatado está sendo escoado para mercados importadores, como a Argélia. As commodities estão competitivas no mercado global devido à desvalorização do euro. A produção entre janeiro e julho está + 5,8% superior ao mesmo período do ano anterior. Gráfico 4 Oceania: Preços internacionais quinzenais do leite em pó desnatado, integral, manteiga e queijo cheddar, FOB porto, jan/2010 a out/2014 - Em US$/t US$ / t 6.000,00 5.500,00 5.000,00 4.500,00 4.000,00 Leite em pó desnatado Leite em pó integral Manteiga Queijo Cheddar Fonte: USDA. MHF/out 14 jan 2014 Gráfico 5 Europa Ocidental: Preços quinzenais internacionais do leite em pó desnatado, integral, soro em pó e manteiga, FOB porto, jan/2010 a out/2014 Em US$/t 7.000 jan 2014 6.000 5.000 4.000 3.000 US$ / t Fonte: USDA. MHF/out 14 3.500,00 3.000,00 2.500,00 7/1/2010 4/3/2010 29/4/2010 24/6/2010 19/8/2010 14/10/2010 9/12/2010 4/2/2011 31/3/2011 27/5/2011 21/7/2011 15/9/2011 10/11/2011 5/1/2012 1/3/2012 26/4 2012 21/6/2012 16/08/2012 11/10/2012 6/12/2012 31/1/2013 28/3/2013 23/5/2013 18/7/2013 12/9/2013 21/11/2013 16/1/2014 13/3/2014 8/5/2014 2/07/2014 28/8/2014 2.000 1.000 0 7/1/2010 4/3/2010 29/4/2010 24/6/2010 Leite em pó desnatado Soro em pó 19/8/2010 14/10/2010 9/12/2010 4/2/2011 31/3/2011 27/5/2011 21/7/2011 15/9/2011 10/11/2011 5/1/2012 1/3/2012 26/4 2012 21/6/2012 16/08/2012 11/10/2012 Leite em pó integral Manteiga 6/12/2012 31/1/2013 28/3/2013 23/5/2013 18/7/2013 12/9/2013 21/11/2013 16/1/2014 13/3/2014 8/5/2014 2/07/2014 28/8/2014 7

2.2 Principais países e regiões exportadoras e importadoras De acordo com o relatório da Organization for Economic Cooperation and Development e Food and Agriculture Organization (OECD/FAO), Agricultural Outlook 2014-2023, de 2014, os principais exportadores líquidos (exportações menos importações) estimados de manteiga, no período 2011-13, são: Nova Zelândia (421,8 mil t); UE - 28 (95,2 mil t); Estados Unidos (46,6 mil t); Austrália (30,3 mil t); e Argentina (22,4 mil t), com uma participação de 73,0% do total as exportações dessa commodity, percentual que deve aumentar para 77,2% em 2023 (Tabela 7). 8

Os principais exportadores líquidos de queijo, no mesmo período, foram: UE - 28 (667,1 mil t); Nova Zelândia (263,0 mil t); Estados Unidos (123,3 mil t); Austrália (91,8 mil t); e Argentina (51,0 mil t), representando 50,7% do total exportado no período, percentual que se estima deve aumentar para 67,3% no final do período. Os principais exportadores líquidos de leite em pó desnatado, na média do período 2011-13, foram: UE - 28 (478,6 mil t); Estados Unidos (465,4 mil t); Nova Zelândia (390,0 mil t); e Austrália (143,6 mil t), representando 81,9% das exportações no período, percentual que aumenta para 86,1% em 2023. Os principais exportadores líquidos de leite em pó integral, entre 2011-13, foram: Nova Zelândia (1.119,0 milhão de t); UE - 28 (378,2 mil t); Argentina (204,7 mil t); e Austrália (89,3 mil t), representando 81,3% das exportações mundiais, sendo que esse grupo de países aumenta a sua participação para 83,6% em 2023. O leite em pó desnatado será a commodity que mais ampliará as suas exportações nos próximos dez anos, aumentando + 34,0% entre a média do período 2011-13 e 2023, evoluindo de 1,8 milhão de t para 2,4 milhões de t no final do período. Será seguido pelo queijo, que aumentará as suas exportações em + 24,9%, de 2,3 milhões de t para 2,9 milhões de t em 2023; pelo leite em pó integral, cujas exportações aumentarão de 2,2 milhões de t em média no período 2011-13 para 2,7 milhões de t em 2023, ou + 24,5%; e pela manteiga, cujas exportações devem evoluir + 9,4%, de 844,4 mil t para 923,6 mil t no fim do período. Os maiores importadores líquidos de manteiga, descontadas eventuais exportações, na média do período 2011-13, foram: Rússia (155,9 mil t), Norte da África (105,2 mil t), Arábia Saudita (53,9 mil t), Irã (45,2 mil t), China (43,6 mil t) e México (20,6 mil t). Os maiores importadores líquidos de queijo, entre 2011-13, foram: Rússia (397,4 mil t), Japão (227,0 mil t), México (90,7 mil t), Coréia do Sul (79,9 mil t), China (39,1 mil t), Brasil (29,0 mil t) e Indonésia (19,7 mil t). Os maiores importadores líquidos de leite em pó desnatado, na média entre 2011 e 2013, foram: México (226,1 mil t), Norte da África (203,4 mil t), China (168,6 mil t), Indonésia (136,8 mil t), Filipinas (106,9 mil t); Malásia (85,2 mil t), Vietnam (74,6 mil t) e Rússia (41,9 mil t). Os maiores importadores líquidos de leite em pó integral, no mesmo período, foram: China (421,0 mil t), Norte da África (238,0 mil t), Arábia Saudita (89,4 mil t), Brasil (66,5 mil t), Nigéria (60,6 mil t) e Indonésia (50,9 mil t). Entre os maiores exportadores, o estudo da OECD/FAO estima, na comparação da média entre 2011-13 e 2023, que a Nova Zelândia deve reduzir a sua participação no mercado mundial de manteiga (- 6,3%) e de leite em pó desnatado (- 10,3%), ganhando participação em queijo (+ 14,1%) e leite em pó integral (+ 12,0%). A Austrália deverá perder participação, na comparação dos dois períodos, em leite em pó desnatado (- 10,3%) e leite em pó integral (- 14,1%), ganhando participação em manteiga (+ 30,0%) e queijo (+ 24,9%). A UE - 28 deve reduzir sua participação no mercado mundial de leite em pó integral (- 26,7%) e desnatado (- 3,3%) e aumentar a sua participação em manteiga (+ 10,4%) e queijo (+ 29,3%). Os Estados Unidos ganham participação no mercado internacional de manteiga (+ 102,1%), queijo (+ 114,5%) e leite em pó desnatado (+ 31,6%). A Argentina deve reduzir a sua participação no mercado mundial de manteiga (- 20,0%) e queijo (- 8,8%), e aumentará a sua participação no comércio mundial de leite em pó integral (+ 14,9%). O comércio internacional de lácteos é crescentemente influenciado pelo grande número de Acordos de Livre Comércio e Acordos Regionais de Comércio, em vigor e que estão sendo negociados, ampliando a demanda, melhorando as condições de acesso e viabilizando acordos de sanidade. Maria Helena Fagundes E-mail: mh.fagundes@conab.gov.br Tel.: 55 (61) 3312 6375 9