Documentário Despertar Para a Vida. Adriana CALAZANS Felipe KREUSCH Ketlin PEREIRA Universidade do Sul de Santa Catarina, Palhoça, SC



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Transcrição:

Documentário Despertar Para a Vida Adriana CALAZANS Felipe KREUSCH Ketlin PEREIRA Universidade do Sul de Santa Catarina, Palhoça, SC RESUMO A leucemia atinge grande parte da população mundial. Em 2008 foram 351 casos em todo o mundo e desses quase 80% vieram a óbito. Por essa ser uma doença com sintomas muito parecidos com outras patologias e muitas vezes ser diagnosticada em um estágio avançado. O grupo escolheu esse temática para desmistificar e mostrar o que realmente é a leucemia, mostrando o dia a dia dos profissionais que trabalham nesta área, bem como pacientes que passaram e passam pelo tratamento. O documentário mostra que a força de vontade é o principal requisito para vencer o câncer, o bem estar e a vontade de viver do paciente faz diferença no tratamento. Procuramos humanizar o tema, mostrando também a relação dos pacientes como os médicos e enfermeiros que participam dessa fase complicada em suas vidas. PALAVRAS-CHAVE: leucemia, tratamento, quimioterapia, diagnóstico 1 INTRODUÇÃO O documentário traz dados do INCA (Instituto Nacional do Câncer) relacionados a Leucemia no Brasil e no mundo. Explica a doença de forma didática, mostrando as várias formas de diagnósticos e os sintomas que são muito parecidos com diversas doenças, que acabam confundindo o paciente, pensando que a principio parecem ser inofensivas mais que podem levar a leucemia. A doença é classificada de acordo com o tipo de leucócitos que afetam, e por isso são chamadas de leucemia linfocítica, linfoblástica, ou linfoide, quando atinge os linfócitos; e leucemia mieloide, quando atinge os mielócitos. Além disso, podem se apresentar de duas formas, aguda ou crônica. São mostrados três casos de famílias que passaram ou passam pela luta contra a doença, além de mostrar como funciona o tratamento e as possíveis formas de cura existentes. Para todos os tipos de leucemia, a quimioterapia (destruição das células malignas) é indicada. Em alguns pacientes é necessária a transfusão de eritrócitos (glóbulos vermelhos)

para tratar a anemia, plaquetas para tratar os sangramentos e antibióticos para tratar as infecções. Outro tratamento também implantado é a associação de vários medicamentos (poliquimioterapia), para o controle das complicações infecciosas, hemorrágicas e prevenção do controle da doença no sistema nervoso central (cérebro e medula espinhal). Há casos em que é necessário, radioterapia, imunoterapia, ou transplante de medula óssea. Cada indivíduo apresenta a doença de forma diferente, podendo ter um dos sintomas listados, ou mais que um. A medula óssea deixa de produzir quantidade suficiente de células sanguíneas normais, gerando falta de ar, fadiga e anemia, isso ocorre em razão da falta de hemácias no sangue; infecção e febre, pela baixa quantidade de leucócitos; sangramentos que podem ser nasais, nas gengivas, ou manchas roxas na pele em face da quantidade excessivamente baixa de plaquetas no sangue. Outros sintomas também podem aparecer, como perda do apetite, perda de peso, aumento dos gânglios (íngua) linfáticos, aumento do fígado e baço, calafrios e dores nas articulações. Dores de cabeça, náuseas, vômitos, visão dupla e irritabilidade podem ser sintomas de que células cancerosas migraram para o sistema nervoso central. Ainda não se sabe ao certo qual a real causa da leucemia, mas acredita-se que fatores genéticos e ambientais podem interferir no aparecimento desse tipo de câncer. Assim como os outros tipos de cânceres, a leucemia é resultado de mutações no DNA, que podem se dar espontaneamente ou por exposição à radiação e substâncias cancerígenas. Alguns especialistas associam alguns tipos de vírus com o aparecimento da leucemia, assim como a anemia de Fanconi também pode ser fator de risco para o aparecimento desse tipo de câncer. O diagnóstico da leucemia é feito baseando-se no histórico do paciente e através de vários exames como hemograma completo, tomografia computadorizada, raios-x, biópsia da medula óssea, ou biópsia de um gânglio (íngua) linfático. Há casos em que é necessário fazer punção do líquido presente na medula espinhal.

A doação de medula óssea é a última e, às vezes, única alternativa que determinados pacientes possuem para driblar doenças, como: leucemias, determinados linfomas, mielomas múltiplos, síndrome mielodisplásica, aplasia medular, alguns tipos de anemia, hemoglobinúria paroxística noturna e imunodeficiências congênitas, primárias, ou secundárias. Para que se realize o transplante, é necessário encontrar-se um doador compatível, característica esta analisada pela semelhança entre os antígenos do possível doador e do paciente. Entre parentes há, aproximadamente, 35% de chances de se encontrar alguém compatível; e, entre pessoas não aparentadas, 0,1%. No segundo caso, é feita uma triagem no banco de dados do Ministério da Saúde (o REDOME), verificando nesta listagem um doador compatível em potencial. Com o consentimento do voluntário, este passará por um exame clínico, a fim de averiguar seu estado de saúde. Tendo as condições propícias para tal, a cirurgia é realizada. O local a ser retirada a medula, vai depender da escolha do médico, todos os procedimentos levam anestesias. O paciente vai receber a nova medula, por meio de um cateter venoso. Estas células migrarão via circulação sanguínea para o interior dos ossos, onde começarão a produzir novas células sanguíneas. Antes do transplante, ele é previamente tratado com dosagens de quimio e/ou radioterapia, a fim de destruir sua medula e diminuir as defesas de seu sistema imunitário, evitando as chances do tecido doado ser rejeitado por seu organismo. Quanto a isso, ele também recebe dosagens de imunossupressores - medicamentos estes que diminuem a ação das células imunes transplantadas contra o organismo do indivíduo receptor. 2 OBJETIVO O objetivo desse documentário é informar a população sobre todos os aspectos que giram em torno da leucemia. Não apenas os tipos existentes da doença, mas também como ela se apresenta, desmistificar o transplante de medula óssea que não é a opção mais recomendada

pelos médicos, além de mostrar casos de pessoas que foram curadas da doença, pessoas que estão em tratamento e familiares que perderam pacientes para a leucemia. 3 JUSTIFICATIVA Este documentário se justifica pelo fato de ser de interesse público, desmistificando um assunto que muitas vezes é tratado de forma superficial pela grande mídia, como exemplo colocando o transplante de medula óssea como a cura para a doença, o que não é verdade, sendo que são pouquíssimos os pacientes com indicação para transplante, além de o risco de não aceitação da medula ser muito maior o de a chance de cura. 4 MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS A construção do documentário foi feita por temáticas, primeiramente explicando o que é a doença, depois sobre os sintomas, a noticia, o inicio do tratamento, as consequências do tratamento e o final de tudo que foi diferente para cada um dos entrevistados. A trilha do documentário listada a baixo, foi escolhida por trazer emoção e as letras de cada música retratarem o sentimentos dos pacientes parentes e profissionais que nos deram depoimentos. A inserção da trilha foi feita em momentos de emoção dos entrevistados como no caso da Deise, do Paulo e todos os outros: Cold play - Coldplay - The scientist Cold Play - In My Place RHCP - under the bridge David Beats Goliath Maisie Neville Cold Play Lost No final optamos por atualizar o estado de Simone e Heleno, pacientes que estão em tratamento ainda, Simone continua a espera de um doador e Heleno continuou lutando pela vida até a finalização da produção audiovisual.

5 DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO As gravações ocorreram nas redondezas do HU - Hospital Universitário da UFSC, assim captando as entrevistas com os médicos, farmacêuticos e enfermeiros no local, pois não podiam sair do ambiente de trabalho e com os pacientes da mesma forma levando-os para o lado de fora do hospital. Na direção e imagens procuramos deixar os entrevistados enquadrados em plano americano sempre ao lado esquerdo ou direito da tela para não centralizar as imagens. Utilizamos duas câmeras sendo a principal e a câmera de apoio para imagens de cobertura das falas e de detalhes de cada um. Ao invés de usarmos OFF s para introduzir temas novos, procuramos ao máximo colocar as entrevistas em sequencia, um dando continuidade a fala do outro, quando foi necessária a troca de temas, utilizamos telas pretas com GC trazendo informações do que será abordado a seguir, utilizando trilha no fundo para trazer emoção e chamar a tenção para a leitura. Utilizamos GC s com tela preta na parte inferior da tela para explicar quem são Heleno e Zilda já que seus parentes não o fizeram. Já o GC com o nome e função de cada entrevistado foi colocado de forma diversificada na parte da tela que estava vazia. Utilizamos também além das imagens de apoio para cobertura de cada entrevistado, imagens explicando como funciona a evolução da leucemia e dos tipos da doença, além de imagens gerais de pacientes fazendo quimioterapia e da preparação dos medicamentos. REFERÊNCIAS LOUREDO, Paula. Leucemia. Brasil Escola. Disponível em: http://www.brasilescola.com/doencas/o-que-e-leucemia.htm. Acessado em: 12 de setembro de 2013 ARAGUAIA, Mariana. Transplante de medula óssea. Brasil Escola. Disponível em: http://www.brasilescola.com/doencas/transplante-medula-ossea.htm. Acessado em: 14 de setembro de 1013

INCA Instituto Nacional de Câncer. Imunoterapia. Disponível em: http://www.inca.gov.br/conteudo_view.asp?id=104. Acessado em: 15 de setembro de 2013