Plaquetopenia (Camila Villa)

Transcrição

1 Plaquetopenia (Camila Villa) Para os portadores de plaquetopenia, também chamada de trombocitopenia, uma condição que causa a diminuição do número das plaquetas na corrente circulatória pelo desequilíbrio na produção e pela sua destruição. A doença pode ser resultado de vários fatores, sendo hereditária ou adquirida pelo uso de antibióticos, ingestão de grande quantidade de álcool, uso de diuréticos e uso constante de remédios para a coagulação sanguínea. Cerca de 12% da população mundial possui a doença que tem como elemento básico para controle em casos mais extremos é puramente humano, o sangue, que é coletado em doações por hemocentros espalhados por todo o mundo. Os hemocentros na região do ABC hoje estão com baixo estoque de bolsas de sangue devido a pouca quantidade de doadores voluntários. Com isso, a quantidade de sangue que o hemocentro recebe para mandar aos hospitais é bastante inferior à ideal. Mas pior é a situação das plaquetas sanguíneas que é um componente presente no sangue formado na medula óssea, com a função de formar coágulos, que, por exemplo, fazem um ferimento parar de sangrar. As plaquetas são essenciais para o processo de cura, desde um pequeno corte até uma cirurgia mais séria. O risco de um ferimento simples se complicar é maior em pacientes que têm o número de plaquetas diminuído, já que sem elas um sangramento demoraria para cessar, causando uma hemorragia e, em casos mais extremos, a morte. É essencial perceber as diferenças entre as doações, já que só transfusão de sangue não é o suficiente para os portadores de plaquetopenia e a realização de uma plaquetáfrase, como é chamado o processo, normalmente utilizada para a reposição de plaquetas em pacientes que sofrem leucemia (tipo de câncer que afeta as células brancas do sangue) e outros tipos de câncer. O diagnóstico é complexo já que existem uma série fatores que podem levar a uma diminuição do numero de plaquetas no sangue. A hematologista Silvia Paz Lemes explica que quando abaixa em 150 mil já é uma plaquetopenia. As causas podem ser variáveis, desde um processo viral até tratamentos com quimioterapia. Os sintomas também são variáveis, abaixo de 50 mil plaquetas, a pessoa afetada pode ter sangramentos pela gengiva, nariz, manchas roxas espalhadas pelo corpo, sangramento anal e períodos menstruais intensos, a medida que diminui a quantidade de plaquetas, maior o risco do paciente ter uma hemorragia. As pessoas com plaquetopenia correm o risco de desenvolver hemorragias cerebrais sem que haja qualquer pancada, além de cirurgias e acidentes também se tornarem perigosos, devido a dificuldade de deter a hemorragia, por isso é essencial o acompanhamento médico frequente em pessoas portadoras.

2 Nos piores casos a doença pode evoluir para um tipo de câncer, conhecido popularmente como leucemia, que atinge as células do sangue e da medula óssea. [FRASE DA ENTREVISTA EXPLICANDO] completa a hematologista. *Trabalhando abaixo da margem. No meio da entrevista a Coordenadora Regional da COLSAN, Associação Beneficente De Coleta De Sangue, no ABC, Solange Aparecida Rios recebe um fax com os números de coletas realizados no dia anterior todos os dias verificamos os números da região do ABC e mais uma vez infelizmente não atingimos a meta de 75% ficamos nos 63%. Os valores sempre costumam ser baixos, nunca chegando a capacidade total do hemocentro como nos contou Solange, [trecho falando sobre os números mensais]. O hemocentro conta com setores de coleta e processamento de sangue, armazenamento e distribuição aos hospitais públicos da região, mas mesmo assim a quantidade de doadores ainda é escassa, a doação deveria ser de espontânea vontade, mas as pessoas só vão até lá por causa de amigos, familiares ou de uma campanha maior. Um dos principais motivos para a baixa no estoque de plaquetas é a falta de conhecimento sobre esta modalidade de doação. O processo, que dura cerca de 90 minutos, se assemelha ao procedimento realizado para a doação sanguínea tradicional. O sangue retirado é bombeado para o interior de um equipamento que irá separar o sangue dos seus elementos retirando apenas uma parte das plaquetas e devolvendo para o doador seu sangue. Além de pouca divulgação, ainda há outro problema enfrentado pelos hemocentros. Enquanto o sangue comum pode ser conservado por cerca de um mês, já as plaquetas tem vida útil de apenas cinco dias. Por esta razão, o número de doadores deveria ser ainda maior porque o material não utilizado acaba sendo desperdiçado. A COLSAN é a responsável pelo banco de sangue de São Bernardo do Campo e acaba de se instalar em seu novo posto no centro da cidade, próximo a Prefeitura do Município, em frente ao Poupa Tempo, um local de fácil acesso para quem quer doar. A inauguração do centro foi em setembro de 2010, a prefeitura cedeu o terreno já para construção do prédio e da infra-estrutura ficou por conta da COLSAN e da UNIFESP (Universidade Federal de São Paulo) que é parceira da instituição. Consciência X Solidariedade Mesmo com uma grande parcela da população sabendo da necessidade e da falta de doadores de sangue, boa parte não costuma se mobilizar na hora de ir até os hemocentros, então nem sempre as campanhas para informar são revertida em um número significante de doadores.

3 A gente tenta fazer o trabalho de formiguinha, passa para um, passa para o outro e tenta trazer um pouquinho de gente para suprir a falta de doadores., afirmou Naldi Couto Vanderley, captadora de doadores da COLSAN, após citar que tenta fazer campanha no Poupa Tempo. O trabalho de Naldi é diário, ligando para familiares de pacientes que estão na fila para transfusões e buscando voluntários pela região, só que nem sempre os resultados são positivos como nós verificamos, já que as 10 horas da manhã o hemocentro se encontrava apenas com dois doadores na sala de espera. Naldi Couto Vanderley, captadora de doadores da COLSAN, afirma A gente tenta fazer o trabalho de formiguinha, passa para um, passa para o outro e tenta trazer um pouquinho de gente para suprir a falta de doadores. após citar que tenta fazer campanha no Poupa Tempo. Se pelo menos um familiar de cada uma das 20 famílias que liguei ontem tivesse comparecido, já teríamos um bom número, já que a uma da tarde encerramos as coletas completa Naldi com um certo ar de decepção. Os esforços mesmo sendo grande na hora da divulgação, já que existem desde campanhas envolvendo comunidades religiosas até universidades, não parece ser o suficiente para o aumento dos índices diários, uma vez que no momento da campanha um numero grande de doadores é registrado e após o evento ele volta a diminuir, servindo como medida paliativa. Já para o auxiliar de administração Thiago Madureira acha que deveria haver mais campanhas, especialmente por meio de redes sociais, porque elas incentivam a doar sangue mostrando que a doação não é nenhum bicho de sete cabeças e que ainda pode salvar vidas. A ampliação das campanhas para a internet já aprece em alguns sites em forma de comunidades e fóruns de discussão, só que nem todo caso vem das campanhas de divulgação como verificamos com Juliana Lanzani de 18 anos e está em sua segunda doação e começou a doar voluntariamente: Eu acho que vale a pena, porque a gente está salvando um monte de vidas, porque não é só uma pessoa que vai receber nosso sangue. Não existe contra indicações para qualquer que seja a modalidade de doação, em qualquer hemocentro os pacientes passam por uma triagem ou por um médico ou técnico em coleta especializado em hematologia, então no momento antes do inicio da doação são tiradas todas as duvidas sobre o processo. Após sair da máquina de coleta o doador recebe um lanche e um atestado válido para o dia todo, e de preferência que quem esteja doando venha alimentado, não é necessário jejum para doação comum de sangue e plaquetas. Na região do Abc são três hemocentros, um em Santo André, em São Bernardo e um em São Caetano, todos fazem coletas comum de sangue já para plaquetas os interessados devem se dirigir ao endereço de São Caetano.

4 PARA DOAR SANGUE VOCÊ DEVE: Portar documento oficial de identidade com foto (RG, Carteira Profissional, Carteira de Habilitação); Ter entre 18 e 65 anos de idade; Pesar acima de 50 Kg; Estar em boas condições de saúde; Estar alimentado, porém evitar refeições pesadas (gordurosas). Homens podem doar a cada 2 meses, até no máximo 4 vezes no período de 12 meses. Mulheres podem doar a cada 3 meses, até no máximo 3 vezes no período de 12 meses. PARA DOAR SANGUE VOCÊ NÃO DEVE: Ter risco acrescido para doenças transmissíveis pelo sangue (usuário de drogas injetáveis e inalatórias, prática de sexo não seguro e vários parceiros sexuais ou ser parceiro sexual de portadores de Aids ou Hepatite). Para doação de plaquetas você deve: Ter três doações convencionais conosco; Não fazer uso de anti-inflamatórios não hormonais (AAS, Cataflan, Voltaren ) uma semana antes da doação; Solicitar a inclusão de seu nome em nosso cadastro, no setor de recepção; Quando necessário, será chamado. Agendaremos previamente, por telefone, um horário para doação. NÚCLEO REG. DE HEMOT. DR. AGUINALDO QUARESMA Rua Rio de Janeiro, 602 Olímpico - São Caetano do Sul-SP Tel.: (11) Segunda a Sexta-feira das 8:00 às 12:00 CENTRO HOSPITALAR SANTO ANDRÉ Av. João Ramalho, Santo André-SP Tel.: (11) Segunda a Sábado das 8:00 às 13:00 hs

5 COLSAN HEMOCENTRO REGIONAL SÃO BERNARDO DO CAMPO Rua. Pedro Jacobucci, 440, Jardim das Américas São Bernardo do Campo-SP Tel.: (11) Segunda a Sábado das 08:00 às 13:00 hs