COMARCA:FORO CENTRAL DA COMARCA DA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA

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APELANTE: FAZENDA PÚBLICA DO MUNICÍPIO DE CASCAVEL APELADO: FARMÁCIA VIDAS VIVE LTDA RELATOR: DES. DIMAS ORTÊNCIO DE MELO

Transcrição:

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ 3ª CÂMARA CÍVEL TEXTO DA DECISÃO MONOCRÁTICA TIPO DE DOCUMENTO:DECISÃO MONOCRÁTICA COMARCA:FORO CENTRAL DA COMARCA DA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA PROCESSO:0640790-3 RECURSO:AGRAVO DE INSTRUMENTO RELATOR:PAULO HABITH EMENTA:TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL. NOMEAÇÃO À PENHORA DE CRÉDITO DE PRECATÓRIO REQUISITÓRIO. POSSIBILIDADE. INOCORRÊNCIA DE OFENSA À GRADAÇÃO LEGAL DO ARTIGO 11 DA LEI Nº. 6.830/80. JURISPRUDÊNCIA CONSOLIDADA DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA E DESTA CORTE. RECURSO NÃO PROVIDO. A jurisprudência dominante deste Tribunal tem admitido a nomeação à penhora de crédito, atinente a precatório expedido para fins de garantia do juízo. RELATÓRIO. Trata-se de agravo de instrumento interposto pela Fazenda Pública do Estado do Paraná contra a decisão1 que entendeu que o precatório equipara-e a dinheiro quando utilizado para garantia e que esta seria a forma menos onerosa para o devedor, nos termos do art. 620, do CPC, indeferindo o pedido de penhora on line.nas suas razões de recurso2, a agravante sintetiza sua contrariedade nos seguintes temas: a) do cabimento do agravo na forma de instrumento; b) da ordem legal e da prioridade da penhora em dinheiro e c) cita precedentes jurisprudenciais.deu-se o processamento do recurso3.foram apresentadas as contrarrazões4.a juíza em 1º grau informou que foi cumprido o contido no art. 526, do CPC e manteve a decisão atacada5.a D. Procuradoria de Justiça do Estado do Paraná, em seu parecer6, manifestou-se pelo provimento do recurso ofertado.é o relatório, em síntese. DECIDO. Presentes os pressupostos recursais de admissibilidade intrínsecos (legitimidade, interesse, cabimento e inexistência de fato impeditivo e extintivo) e extrínsecos (tempestividade e regularidade formal), conheço do recurso interposto.

Da análise dos autos, verifica-se que a ora agravante pretende que seja reconhecida a possibilidade da penhora on line através do sistema Bacen-Jud. Todavia, sem razão. Interessante transcrever o entendimento do ilustre doutrinador Humberto Theodoro Júnior: "Não há motivo para o exeqüente recusar a nomeação de precatório à penhora, mormente quando se trate de título representativo de débito da própria Fazenda que promove a execução." (Lei de Execução Fiscal, Editora Saraiva, 9ª Ed., 2004, p. 108).Neste sentido é o posicionamento do Superior Tribunal de Justiça: "TRIBUTÁRIO - EXECUÇÃO FISCAL - PENHORA SOBRE PRECATÓRIO - POSSIBILIDADE - RELATIVIZAÇÃO DA ORDEM ESTABELECIDA NO ARTIGO 11 DA LEI N. 6.830/80 E NO ARTIGO 656 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL - EQUIVALÊNCIA À PENHORA DE CRÉDITO. 1. A Primeira Seção, no julgamento do EREsp 434.711/SP, de relatoria da Ministra Eliana Calmon, entendeu que o crédito de precatório é direito plenamente penhorável, aplicando-se o regramento de penhora de créditos previsto no Código de Processo Civil. 2. Não se há falar na aplicação do enunciado da Súmula 126/STJ na espécie, porquanto o julgado recorrido pautou-se exclusivamente na aplicação das disposições contidas na Lei n. 6.830/80 - Lei de Execuções Fiscais, logo, despicienda a interposição de recurso extraordinário na hipótese presente. Agravo regimental improvido." (AgRg no REsp 963.047/SP, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA TURMA, julgado em 09/12/2008, DJe 03/02/2009) "PROCESSUAL CIVIL - EXECUÇÃO FISCAL - PENHORA DE PRECATÓRIO - POSSIBILIDADE - PRECEDENTES. 1. Esta Corte considera que o crédito representado por precatório é um bem penhorável, mesmo que a entidade dele devedora não seja a própria exeqüente. Assim, a recusa, por parte do exeqüente, da nomeação feita pelo executado, pode ser justificada por qualquer das causas previstas no artigo 656 do Código de Processo Civil, mas não pela impenhorabilidade do bem oferecido. 2. Ainda que se reconheça que a substituição da penhora, sem aquiescência da Fazenda Pública, somente pode se dar por depósito em dinheiro ou fiança bancária, descabida a recusa da Fazenda Pública na indicação do precatório em garantia da execução. Agravo regimental improvido." (AgRg no REsp 997.022/SP, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA TURMA, julgado em 04/12/2008, DJe 18/12/2008) "PROCESSO CIVIL E TRIBUTÁRIO. AGRAVO DE INSTRUMENTO. ART. 527 DO CPC. DECISÃO DO RELATOR PROVENDO LIMINARMENTE O AGRAVO. ART. 557, 1.º-A DO CPC. POSSIBILIDADE. DEVIDO PROCESSO LEGAL. EXECUÇÃO FISCAL. BEM NOMEADO À PENHORA. PRECATÓRIO EXPEDIDO CONTRA PESSOA JURÍDICA DISTINTA DA EXEQÜENTE. POSSIBILIDADE. PRECEDENTES DA 1ª SEÇÃO. (...) 6. A execução deve ser promovida pelo meio menos gravoso ao devedor. Inteligência do art. 620 do CPC. 7. O crédito representado por precatório é bem penhorável, ainda que a entidade dele devedora não seja a própria exeqüente. Precedentes da 1ª Seção do STJ. (ERESP. n.º 870428/RS, DJ. 13.08.2007; EAG n.º 746184/SP, DJ.

06.08.2007). 8. Recurso especial improvido." (STJ, REsp 892.560/RS, Rel. Min. Luiz Fux, 1ª Turma, julg. em 02.10.2007, p. 180) Portanto, não há dúvidas de que é possível indicar à penhora créditos advindos de precatório, pois, conforme se extrai de excerto do voto de lavra do Eminente Min. Humberto Gomes de Barros: "(...) O Estado não pode exigir penhora de dinheiro daquele a quem, comprovadamente, está devendo. A penhora feita sobre precatório emitido contra o Estado-exeqüente é válida. Tal constrição deve ser aceita, de bom grado, como se dinheiro fosse.(...)". Sendo assim, não há que se invocar violação à gradação prevista no art. 11 da Lei nº 6.680/30, uma vez que não pode ser interpretada de forma absoluta devendo a execução ser operada pelo meio menos gravoso ao executado, conforme prevê o art. 620 do CPC.Assim já decidiu o STJ: "É pacífico nesta Corte o entendimento acerca da possibilidade de nomeação à penhora de precatório, uma vez que a gradação estabelecida no artigo 11 da Lei n. 6.830/80 e no artigo 656 do Código de Processo Civil tem caráter relativo, por força das circunstâncias e do interesse das partes em cada caso concreto. Execução que se deve operar pelo meio menos gravoso ao devedor. (STJ, EREsp 834.956/RS, 1ª Seção, Rel. Min. Humberto Martins, DJ de 7.5.2007). "RECURSO ESPECIAL. EXECUÇÃO FISCAL. SUBSTITUIÇÃO DE BEM PENHORADO POR PRECATÓRIO. POSSIBILIDADE. 1. É possível a substituição de bem penhorado por precatório. Não-violação do art. 11 da Lei 6.830/80. Precedentes. 2. Recurso especial desprovido." (STJ, REsp 980.395/RS, Rel. Min. Denise Arruda, 1ª T., julg. em 20.11.2007). "PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL. PENHORA. DIREITO DE CRÉDITO DECORRENTE DE PRECATÓRIO. POSSIBILIDADE. 1. O crédito representado por precatório é bem penhorável, mesmo que a entidade dele devedora não seja a própria exeqüente. Assim, a recusa, por parte do exeqüente, da nomeação feita pelo executado, pode ser justificada por qualquer das causas previstas no CPC (art. 656), mas não pela impenhorabilidade do bem oferecido. 2. O reconhecimento da penhorabilidade de precatório não significa reconhecimento da compensabilidade desse crédito, seja com a dívida em execução, seja com qualquer outra. O regime aplicável à penhora de precatório é o da penhora de crédito, inclusive para efeitos de ordem de nomeação a que se referem o art. 655 do CPC e art. 11 da Lei 6.830/80. 3. Recurso especial parcialmente conhecido e, nessa parte, provido. (STJ, REsp 962.321/RS, Rel. Min. Teori Albino Zavascki, 1ª T., julg. em 06.09.2007). "PROCESSUAL CIVIL - AGRAVO DE INSTRUMENTO - DECISÃO MONOCRÁTICA - ARTS. 527 E 557 DO CPC - PENHORA - PRECATÓRIO CONTRA AUTARQUIA - 1. O relator está autorizado a decidir monocraticamente o agravo de instrumento, apenas na hipótese de negativa de seguimento, desde que o recurso esteja em confronto com Súmula ou jurisprudência dominante do respectivo tribunal, do STF ou de outro tribunal superior. 2. Inexiste ofensa ao art. 557 do CPC, quando há julgamento do agravo regimental interposto no agravo de instrumento, pelo órgão colegiado do tribunal a quo. 3. Admite-se a indicação à penhora apenas de precatório judicial tirado contra a própria exeqüente. 4. Recurso Especial provido

em parte." (STJ - RESP 200601614603 - (870428 RS) - 2ª T. - Rel. Min. Castro Meira - DJU 26.10.2006 - p. 297). Na mesma toada é o entendimento deste Tribunal de Justiça: "AGRAVO INTERNO. DECISÃO MONOCRÁTICA QUE MANTEVE A CONCESSÃO DE LIMINAR EM MEDIDA CAUTELAR. EXPEDIÇÃO DE CERTIDÃO NEGATIVA OU POSITIVA COM EFEITO DE NEGATIVA, ANTE O OFERECIMENTO DE CAUÇÃO ANTES DO AJUIZAMENTO DA AÇÃO EXECUTIVA. PRECEDENTES DO STJ. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. "(...) I - A jurisprudência dominante deste Tribunal tem admitido a nomeação à penhora de crédito, atinente a precatório expedido para fins de garantia do juízo. Precedentes: AGA nº 551.386/RS, Rel. Min. DENISE ARRUDA, DJ de 10/05/04; AGA nº 524.141/SP, Rel. Min. JOÃO OTÁVIO DE NORONHA, DJ de 03/05/04; e EREsp nº 399.557/PR, Rel. Min. FRANCIULLI NETTO, DJ de 03/11/03. II - Nada impede que a penhora recaia sobre precatório cuja devedora seja outra entidade pública que não a própria exeqüente, devendo-se pôr em relevo que a penhora sobre o crédito do executado previsto em precatório obedece ao regime próprio da penhora de crédito, que indica a sub-rogação do credor no direito penhorado (AgRg no REsp nº 826.260/RS, Rel. p/ac. Min. TEORI ALBINO ZAVASCKI, DJ de 07/08/2006). III - É cabível o oferecimento de caução de bens, de maneira antecipada, como forma de garantir o ajuizamento de futura execução fiscal, possibilitando assim a expedição de certidão positiva com efeitos de negativa. Precedentes: EREsp nº 815.629/RS, Rel. p/ac. Min. ELIANA CALMON, DJ de 06/11/06; EREsp nº 823.478/MG, Rel. Min. TEORI ALBINO ZAVASCKI, DJ de 05/03/07 e REsp nº 881.804/RS, Rel. Min. CASTRO MEIRA, DJ de 02/03/07. IV - Recurso especial improvido."(stj, REsp 962451 / RS, Ministro FRANCISCO FALCÃO, 1ª Turma, DJ 11.10.2007)". (TJPR, Ac. nº 30711, 3ª C.C., Rel. Des. Manassés de Albuquerque, julg. em 22.01.2008). "AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO FISCAL. PENHORA. CRÉDITOS DECORRENTES DE PRECATÓRIO REQUISITÓRIO. AUSÊNCIA DE HOMOLOGAÇÃO JUDICIAL. POSSIBILIDADE. ENTENDIMENTO MAJORITÁRIO NESTE TRIBUNAL. RECURSO DESPROVIDO. Na formação da jurisprudência o objetivo não é destacar a opinião pessoal do relator, mas sim manter critérios de razoabilidade no julgamento em colegiado, visto que é necessário manter a segurança jurídica perante o jurisdicionado. Por este motivo adoto o posicionamento jurisprudencial dominante no sentido de que: "(...) O Estado não pode exigir penhora de dinheiro daquele a quem, comprovadamente, está devendo. A penhora feita sobre precatório emitido contra o Estado-exeqüente é válida. Tal constrição deve ser aceita, de bom grado, como se dinheiro fosse. 2. A recusa de penhora realizada sobre precatório, que consiste num crédito liquido e certo contra o próprio cobrador-exeqüente, não atende ao Princípio da execução menos gravosa ao devedor (CPC, art. 620). 3. Precedentes. 4. Recurso provido. (STJ - Resp nº 365095/ES, 1ª Turma, j. 18.11.2003, rel. Min. Humberto Gomes de Barros)"(TJPR, AI 0432556-2, 1ª C.C., Rel.: Juiz Conv. Fernando César Zeni, julg. em 11.12.2007) Ressalta-se, por fim, que a indicação à penhora de precatório tem somente o condão de garantir a execução fiscal, sendo que a compensação somente poderá ser deferida pela Fazenda Pública, cabendo ao Poder Judiciário a análise de eventual ilegalidade do ato administrativo.

Diante do exposto, nos termos do entendimento da Corte Superior anteriormente citada e com base no disposto no art. 557, caput, do CPC, nego provimento ao presente agravo de instrumento. Publique-se e intimem-se. Curitiba, 02 de março de 2010. PAULO HABITH Desembargador Relator 1 Fl. 91 2 Fls. 04/25 3 Fl. 99 4 Fl. 129 5 Fls. 591/596 6 Fls. 135/138