Transição da Idade Média

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Transcrição:

Transição da Idade Média para a Idade Moderna I

Monarquias Nacionais (Absolutismo) Início da Idade Moderna Expansão Marítima Européia Renascimento Cultural Reforma Protestante

Monarquias Nacionais Absolutismo Luís XIV

O Estado Moderno formou-se em oposição a duas forças características da Idade Média: ao Regionalismo político, ao universalismo religioso.

Nos séculos finais da Idade Média, a crise do feudalismo levou ao fortalecimento do poder dos reis e a formação de monarquias nacionais. o empobrecimento dos senhores feudais pelo elevado custo das Cruzadas

A formação das Monarquias Nacionais resultou da aliança entre a burguesia que tinha interesse em derrubar as rígidas estruturas do sistema feudal, e o rei, que pretendia centralizar o poder em suas mãos. Durante o período feudal, a Europa estava dividida em diversos reinos e o poder político descentralizado nas mãos dos senhores feudais. Os reis tinham o poder de direito, mas de fato não o exerciam. No final da Idade Média, esse domínio local da nobreza feudal passou a representar um grande obstáculo para o crescimento das cidades e para o desenvolvimento do comércio, pois não havia uma unificação da moeda e os impostos eram regionalizados, dificultando a expansão das atividades comerciais.

Aliados com a burguesia, para concentrar riqueza e poder, os reis passaram a: comandar exércitos próprios, arrecadar tributos para concentrar poder, unificar as leis e a justiça, organizar um corpo burocrático, adotar uma única língua nacional e a valorizar as tradições.

Os principais pensadores que defenderam o absolutismo foram: Nicolau Maquiavel (1469-1527) é considerado o precursor da teoria política do Estado Moderno. Pregou a construção de um Estado forte, e para tanto acreditava na necessidade de concentração de poder nas mãos de um único governante. Para ele o resultado das ações do soberano é o que conta tão somente, os fins justificam os meios. Escreveu a obra O Príncipe.

Jean Bodin (1530-1596) defendeu o conceito do soberano perpétuo e absoluto, cuja autoridade representava a vontade de Deus, a teoria da origem divina do poder real.

Thomas Hobbes (1588-1679) escreveu o livro Leviatã, em que comparou o Estado a um monstro todo poderoso criado para acabar com a anarquia das sociedades primitivas, onde o homem era o lobo do próprio homem. Para ele só havia uma solução para pôr fim à brutalidade, entregar o poder a um só homem, o rei, que governaria a sociedade eliminando a desordem e dando segurança a todos.

Jacques Bossuet (1627-1704) reforçou a teoria da origem divina do poder real. O rei seria um homem predestinado por Deus para governar, por isso, não precisava justificar seus atos, somente Deus poderia julgá-los. Criou uma frase que se tornaria o lema do Estado absolutista, um rei, uma fé, uma lei.

Mercantilismo Correspondeu a uma serie de práticas que garantia a manutenção da riqueza do Estado e, portanto, do poder real. Foi a política econômica das monarquias européias, essencial ao regime absolutista, que se caracterizou pela intervenção do Estado na economia. O Estado definia todas as regras econômicas relativas a assuntos como exportações e importações, preços, salários, produção, e outros

Principais Princípios: Balança Comercial Favorável Protecionismo Metalismo Colonialismo e Monopólio

O sistema colonial atendeu à política mercantilista dos Estados absolutistas europeus: Colônia Metrópole PACTO COLONIAL Monopólio Comercial

Expansão Marítima Européia

As novas monarquias nacionais passaram a incentivar e a financiar as navegações, pois tinham interesse em conquistar terras e expandir as atividades comerciais, aumentando seu poder. Por sua vez, a burguesia também tinha grande interesse na expansão comercial, que significava aumento de seus lucros. A busca por novos caminhos para o Oriente (as Índias) por motivação: Romper o monopólio de Veneza e Gênova O encarecimento cada vez maior das tão desejadas especiarias A tomada de Constantinopla em 1453

Portugal e depois Espanha se tornaram pioneiros nas chamadas Grandes Navegações Portugal buscou contornar a África para tentar chegar ao Oriente Espanha seguiu para o Oeste, buscando também alcançar o Oriente

Mapa do Século XV

No início do século XV, avanços tecnológicos facilitaram a expansão marítima européia. O aperfeiçoamento do uso da bússola e do astrolábio e a invenção das caravelas possibilitaram a navegação em mar aberto. Outras invenções, como a pólvora (armas de fogo) e a imprensa (divulgação de novas descobertas), embora não estivessem relacionadas diretamente com a atividade náutica, contribuíram indiretamente. A Escola de Sagres, dirigida pelo Infante D. Henrique, filho de D. João I, reuniu navegadores, cartógrafos, matemáticos, geógrafos e astrônomos, que trabalhavam para aperfeiçoar instrumentos de navegação, mapas e embarcações.

Principais Viagens Vasco de Balboa 1513 Cabral 1500 Ceuta 1415 Gil Eanes 1434 Vasco da Gama 1498 Bartolomeu Dias 1488

Tratado de Tordesilhas de 1494 Terras pertencentes à Espanha Terras pertencentes a Portugal

Navegações de ingleses, franceses e holandeses Os ingleses acabaram atingindo as costas da América do Norte. No entanto, não conseguindo obter vantagens comerciais com sua descoberta, voltaram-se para a pirataria e ao contrabando. Os franceses realizaram incursões na região onde hoje se situa o Canadá. Tentaram também estabelecer-se no Brasil, fundando colônias no Rio de Janeiro e no Maranhão, mas acabaram expulsos pelos portugueses. Os holandeses financiaram grande parte da expansão marítima portuguesa e mais tarde, o estabelecimento da indústria açucareira no Brasil. No século XVII, o nordeste brasileiro e as Antilhas na América Central, estiveram por algum tempo sob seu domínio.

Conseqüências das Grandes Navegações: Declínio das cidades italianas a partir do deslocamento do eixo econômico para o Atlântico Formação de Impérios coloniais Europeização do mundo