MARINHA DO BRASIL DIRETORIA DE PORTOS E COSTAS CURSO DE OPERADOR DE CONTROLE DE LASTRO - COPL DISCIPLINA: CONTROLE DE ESTABILIDADE DE UNIDADES OFFSHORE - II MÓDULO II SIGLA: CTE-II CARGA HORÁRIA: 48 HORAS SUMÁRIO 1) OBJETIVO GERAL DA DISCIPLINA Proporcionar ao aluno conhecimentos e habilidades para o exercício das atividades de Operador de Controle de Lastro em uma Unidade Offshore. 2) LISTA E PROPÓSITOS DAS UNIDADES DE ENSINO 1. NOÇÕES DE OCEANOGRAFIA E METEOROLOGIA... 04 HORAS 1.1 - compreender os elementos meteorológicos: pressão atmosférica; temperatura e umidade do ar; os efeitos do vento nas superfícies estruturais e dentro da estabilidade estática e dinâmica; e os efeitos das correntes e marés, e as forças na amarração da unidade offshore; 1.2 - acessar ao sistema de dados meteorológicos local (se disponível); 1.3 - definir as características de ondas e efeitos na estrutura; 1.4 - identificar os estados do mar e seus efeitos na unidade flutuante; 1.5- descrever a aplicação dos procedimentos operacionais de segurança para a estabilidade em caso de mau tempo, a partir da previsão meteorológica; 2. ALTERAÇÕES DA ESTABILIDADE E PLANOS DE CONTINGÊNCIA....16 HORAS 2.1 - compreender a influência do peso das âncoras e das linhas de ancoragem na força vertical e na estabilidade; 2.2 - analisar as situações críticas para a estabilidade na força de ancoragem; 2.3 - compreender, na estabilidade, as influências das Cargas de Perfuração, da Carga no gancho, tensões de risers, cabos guia e outros; 2.4 - analisar as situações críticas das cargas de perfuração na estabilidade; 2.5 - compreender, na estabilidade, as influências das Cargas de produção, das Operações de pull-in, pull-out e tensões de risers; 2.6 - analisar as situações críticas das cargas de produção para a estabilidade; 2.7 - interpretar o Boletim de Estabilidade e as variáveis registradas; 2.8 - realizar o preenchimento correto do Boletim de Estabilidade; 2.9 - planejar alternativas de contingência em caso de mau tempo e avaria; 2.10 - listar os principais tipos de planos de contingência; 2.11 - citar os principais esforços que afetam a resistência estrutural das plataformas; e 2.12 - compreender os efeitos da estrutura dos tanques decorrentes de: pressão, temperatura e superfície livre. 3. ANCORAGEM E MOVIMENTAÇÃO DE PLATAFORMA...08 HORAS 3.1 - citar as atribuições do Operador de Lastro relativas à ancoragem; 3.2 - mencionar os procedimentos para desancoragem movimentação e ancoragem; 3.3 - citar os procedimentos e os Sistemas de Apoio quanto ao posicionamento sobre Locações; 3.4 - descrever os tipos de Embarcações de Apoio Offshore; - 1 -
3.5 - descrever os procedimentos e recursos necessários em uma ancoragem com Sistema Misto e Sistema Pré-lançado; 3.6 - explanar os recursos necessários para pescaria; 3.7 - identificar os procedimentos de operação, tipos de guinchos e componentes principais nos guinchos de âncoras; 3.8 - identificar os procedimentos e tarefas, sistemas de ancoragem e guinchos, arranjo do sistema de reboque e calado de sobrevivência no reboque oceânico de plataformas semisubmersíveis (SS): comunicação com o rebocador líder; vistorias prévias; e segurança da tripulação; 3.9 - identificar os sistemas de ancoragem de unidades FPSO; 3.10 - identificar os procedimentos e tarefas, e sistema de reboque de Jackup; 3.11 - detalhar os procedimentos em emergência de plataforma à deriva ; e 3.12 - identificar controle da deriva em um sistema de ancoragem distribuída. 4. CERTIFICAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO NAVAL...04 HORAS 4.1 - apresentar o Histórico das Sociedades Classificadoras e da IMO; 4.2 - listar as Entidades Reguladoras e Estatutárias (IACS, IMO, Bandeiras e Port State Control); 4.3 - listar os Principais Códigos e Convenções (MODU, SOLAS, ILLC, MARPOL, STCW, Resolução A.891); 4.4 - comparar Certificação com Classificação; 4.5 - compreender as Sistemáticas das Vistorias de Manutenção de Classe; 4.6 - identificar os pontos críticos nas vistorias de unidades semi-submersíveis, FPSO, Jackup e Monocoluna; e 4.7 - Comentar as Normas da Autoridade Marítima Brasileira (NORMAM) de maior aplicação nas UOM : NORMAM-01; NORMAM-04; NORMAM-07; NORMAM-08; NORMAM- 15, etc. 5. SISTEMAS DE ARMAZENAGEM DE ÓLEO...08 HORAS 5.1 - descrever a propriedade do petróleo, do gás, o perigo de incêndio e explosões. Regras instrucionais (STCW Code, Seção A-V/1); 5.2 - identificar tanques de armazenagem de carga, limites de pressão, projeto, ventilação, descarga, válvulas e respiros; 5.3 - descrever os principais sistemas e operações da FPSO; - carregamento e descarregamento (óleo cru e derivados); - operações de alívio (offloading) estabilidade e prevenção da poluição; - limpeza de tanques e recirculação; - lastro de tanques; - gás inerte (GI); - suspiro fechado dos tanques de carga; - desgaseificação dos tanques; - sistema de fechamento e de estanqueidade; - sistema de descarga dos tanques de sobra (slop); e - sistema de esgoto da praça de máquinas. 5.4 - citar as medidas preventivas para o acesso a compartimentos confinados (NR-33) visando realizar limpezas, manutenção ou reparos, utilizando material que produza centelhas, solda, lixadeira. 6. PREVENÇÃO E MEDIDAS DE CONTROLE DA POLUIÇÃO...08 HORAS 6.1 - definir meio ambiente (equilíbrio e proteção); 6.2 - exemplificar licenciamento ambiental; 6.3 - apresentar a Lei do óleo implantação, laudos, multas, detenção e crime ambiental; - 2 -
6.4 - citar os agentes poluidores; 6.5 - explicar as consequências da poluição por lixo, óleo, água, esgoto, água de lastro (MARPOL 73 e emendas); 6.6 - identificar o sistema de informações; 6.7 - listar os procedimentos de emergência e prevenção da poluição em FPSO; 6.8 - descrever o controle de poluição em plataformas de produção de petróleo (SOPEP); 6.9 - explicar gerenciamento de resíduos; 6.10 - mostrar os equipamentos para combate e controle da poluição a bordo (Kit SOPEP); 6.11 - identificar derramamento de óleo: convés, no mar, no cais ou no porão; 6.12 - identificar o vazamento de gases tóxicos; 6.13 - citar a técnica para minimizar e retirar hidrocarbonetos da água; e 6.14 - registrar as medidas adotadas para a prevenção ou controle da poluição. 3) DIRETRIZES ESPECÍFICAS ESTÁGIO EMBARCADO a) a parte prática será realizada obrigatoriamente em três (03) embarques, totalizando, no mínimo, quarenta (40) dias de embarque; b) por questões de segurança, é indicado que o número de estagiários a bordo para parte prática seja de até três (03) alunos por unidade offshore; c) após concluir com aproveitamento a parte teórica, o aluno terá até três meses para iniciar o estágio embarcado, caso não inicie não receberá o certificado em face dessa lacuna de conhecimentos; d) caberá à Instituição de Ensino realizar os contatos com as Empresas operadoras que ofereceram o estágio na fase de matrícula, e encaminhar um documento contendo: declaração de que o aluno foi aprovado na parte teórica do curso; relação das disciplinas, unidades de ensino; e instruções sobre o estágio e o preenchimento do livro/relatório do estágio; e) ao longo do período do Estágio Embarcado o aluno acompanhará o orientador técnico, designado formalmente junto à Instituição de Ensino pela empresa operadora da plataforma, durante a realização de procedimentos técnicos, os quais deverão ser registrados em livro/relatório específico do estágio. Após a conclusão deste período, o aluno deverá levar à Instituição de Ensino o livro/relatório do estágio, que conterão o registro das tarefas realizadas com resultado: satisfatório ou insatisfatório, rubricados pelo orientador técnico designado. Após o registro das tarefas e avaliações deverá ser feita uma declaração de capacitação e aprovação técnica para operar o lastro, obrigatória, que conste: "O Senhor..., CPF..., ID..., foi qualificado para as atividades de Operador de Controle de Lastro.", a qual será assinada pelo orientador técnico e o GIO ou GEPLAT; f) após completar o Estágio embarcado, o aluno deverá levar o livro/relatório, em até quinze (15) dias, ao Coordenador do Curso para avaliar os trabalhos realizados durante a prática. Caberá a Instituição de Ensino avaliar o livro/relatório e esclarecer quaisquer dúvidas quanto às informações contidas junto ao orientador ou ao aluno; e verificar se o aluno cumpriu as tarefas atribuídas. 4) AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM E APROVAÇÃO. a) as avaliações teóricas serão realizadas por meio de quatro (04) provas escritas, duas (02) em cada módulo, dispondo de dezesseis (16) tempos, valendo 60% da nota total; b) poderá ser aplicado um trabalho individual das matérias que compõem cada uma das provas. A nota deste trabalho equivalerá a 40% do total da nota de cada prova; c) estão previstos quatro (04) tempos de aula para a apresentação de trabalhos individuais selecionados pela coordenação do curso; - 3 -
d) para a aprovação, o aluno terá que obter nota igual ou superior a 6,0 (seis), em uma escala de 0 a 10 (zero a dez) em cada uma das quatro(4) avaliações teóricas. Caso o aluno não obtenha nota igual ou superior a 6,0 (seis) em cada avaliação teórica, mas tenha obtido nota igual ou superior a 3,0 (três), terá oportunidade a uma segunda chamada; e a avaliação prática será realizada ao longo do desenvolvimento do Estágio Embarcado, por meio de atividades práticas a bordo, lançada no livro/relatório. Para a aprovação, o aluno terá que obter o conceito SATISFATÓRIO em, no mínimo, 60% das tarefas realizadas ao final do Estágio Embarcado. Ao final do Estágio, o Gerente da Unidade atestará a capacitação prática do aluno, conforme modelo de atestado e responsabilidade técnica. e) se cumpridas todas as exigências de aprovação previstas, a Instituição de Ensino poderá expedir o certificado de acordo com a NORMAM-24, para homologação pela Capitania dos Portos. Mantendo em arquivo os relatórios de notas e frequência. 5) RECURSOS INSTRUCIONAIS a) slides (Power Point); b) transparências; c) vídeos; d) folha de exercícios; e) calculadora científica; f) diagrama dos sistemas de Carga e Lastro (Load and OffLoad); g) manual de Operações de FPSO e SS; e h) caso disponível, o uso de simulador de estabilidade facilitará as tarefas do aluno embarcado, embora não seja obrigatório. 6) REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS a) M. HANCOX, Stability And Ballast Control (The Oilfield Seamanship Series by Oilfield Publications Limited Herefordshire England). b) P. SPRINGETT, An Introduction to Offshore Safety And Survival (The Oilfield Publication Limited Herefordshire England). c) The International Convention on Standards of Training, Certifications and Watchkeeping for Seafarers, 1995 (STCW 1995). d) International Convention for the Safety of Life at Sea, 1974 (SOLAS 1974), as emended. e) IMO Life-Saving Appliances Code (LSA Code). f) Resolution A.414(XI) - Code for the Construction and Equipment of Mobile Offshore Drilling Units (MODU CODE) London IMO, 1979. g) Resolution A.863(16) - Code for the Construction and Equipment of Mobile Offshore Drilling Units (MODU CODE) London IMO, 1989. h) Resolution A.863(20) - Code of Safe Practice for the Carriege of Cargoes and Persons by Offshore Supply Vessels (OSV Code), 1997. i) International Safety Management Code (ISM CODE) London IMO, 1997. - 4 -
j) Code on Alarms and Indicators London IMO, 1996. k) Resolution A.891(21) Recommendations on Training of Personnel on Mobile Offshore Units (MOUs) London IMO, 1999. l) International Convention for the Prevention of Pollution from Ships, 1973 (MARPOL 73/78). m) International Conference on Load Line, (Load Line 66) - London IMO, 1966. n) Diretoria de Portos e Costas. Normas da Autoridade Marítima. Disponível em: <http://www.dpc.mar.mil.br/normam/tabela_normam.htm>. ILQUES BARBOSA JUNIOR Vice-Almirante Diretor - 5 -