PROMOVE PROCESSOS QUÍMICOS DA REFINARIA HIDROCRAQUEAMENTO CATALÍTICO (HCC)

Documentos relacionados
PROMOVE PROCESSOS QUÍMICOS DA REFINARIA CRAQUEAMENTO CATALÍTICO (FCC)

PROMOVE PROCESSOS TÉRMICOS

INTRODUÇÃO À INDÚSTRIA DO PETRÓLEO UNIDADE IV REFINO DE PETRÓLEO

HIDROTRATAMENTO. Prof. Marcos Villela Barcza

O PROCESSO DE REFORMA Fluxograma de uma unidade Chevron Rheiniforming (semi-regenerativo)

PROMOVE PROCESSOS DE CONVERSÃO

PROMOVE NOÇÕES DA CADEIA DE PETRÓLEO

Prof: Francisco Sallas

Química Aplicada. QAP0001 Licenciatura em Química Prof a. Dr a. Carla Dalmolin

4 Produtos do Petróleo

Petróleo. Petróleo. Prof: Alex

Análise Preliminar de Risco

PROMOVE PROCESSOS DE TRATAMENTO

COMPOSIÇÃO PETRÓLEO BRUTO

PROMOVE NOÇÕES DA CADEIA DE PETRÓLEO

Combustíveis Derivados do Petróleo

EVOLUÇÃO DAS REFINARIAS

Operador de Processo e Produção. Módulo V

2 Processo de Refino no Brasil e Mercado

O PETRÓLEO COMO FONTE DE ENERGIA

Unidade 04 Química C HIDROCARBONETOS

2. Descrição do Problema O Refino de Petróleo

COMBUSTÍVEIS. Diesel

Rotas de Produção de Diesel Renovável

O Petróleo. Prof. Iara Santos

Combustão é uma reação química de óxido-redução entre um combustível e um comburente, sendo obtido calor (energia) e sub-produtos.

5 O Modelo de Planejamento Estratégico da Cadeia Integrada de Petróleo

por Craig C. Freudenrich, Ph.D. - traduzido por HowStuffWorks Brasil

QUÍMICA. Energias Químicas no Cotidiano. Petróleo, Gás Natural e Carvão, Madeira, Hulha, Biomassa, Biocombustíveis e Energia Nuclear

Petróleo e Meio Ambiente

Mecânica dos Fluidos e Processos de Separação

Tecnologia de Refino. Califórnia USA FUNDAMENTOS DO REFINO DE PETRÓLEO

FUVEST ª Fase (Questões 1 a 7)

PRODUÇÃO DE HIDROGÊNIO A PARTIR DA REFORMA DO ETANOL

Hidrogenação / Desidrogenação

SUMÁRIO. 2 P á g i n a

Ministério da Educação Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro

USINA TERMOELÉTRICA DO NORTE FLUMINENSE,MACAE, RIO DE JANEIRO

INFLUÊNCIA DA POLUIÇÃO VEICULAR NA SAÚDE HUMANA

AVALIAÇÃO DAS CINÉTICAS DO PROCESSO DE CRAQUEAMENTO TÉRMICO DE PETRÓLEO

Étore Funchal de Faria. Engenheiro Civil, D.Sc.

Refino do Petróleo Prof. Marcos Villela Barcza

SIMULAÇÃO DA DESATIVAÇÃO DE CATALISADORES NiMo/Al 2 O 3 EM UMA UNIDADE INDUSTRIAL DE HIDROTRATAMENTO. Bruno Barufi Krause

PETRÓLEO Métodos Analíticos empregados em PETRÓLEO

Temas de Dissertação. Programa de Pós-graduação em Engenharia Química da Universidade Federal Fluminense. Lisiane Veiga Mattos

Desenho e Projeto de Tubulação Industrial Nível II

ANEXO I: Os Processos de Refinação do Petróleo

Dissertação apresentada à Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa para a obtenção do grau de Mestre em Energia e Bioenergia

Química Professora: Raquel Malta 3ª série Ensino Médio FONTE DE HIDROCARBONETOS

PROMOVE NOÇÕES DA CADEIA DE PETRÓLEO 1 - INTRODUÇÃO AO PETRÓLEO

É uma representação quantitativa da oferta de energia, ou seja, da quantidade de recursos energéticos oferecidos por um país ou por uma região.

CARACTERIZAÇÃO DA NAFTA PETROQUÍMICA PARA A PRODUÇÃO DE AROMÁTICOS

1/14 PROCESSO DE REFORMA A VAPOR PARA A REDUÇÃO DO TEOR DE ALCATRÃO EM CORRENTES DE GÁS DE SÍNTESE

Refino do Petróleo Prof. Marcos Villela Barcza

Química D Semi-Extensivo V. 4

4º Seminário Internacional de Logística Agroindustrial 15 e 16/03/2007 ESALQ/USP Piracicaba/SP

A INDÚSTRIA DO PETRÓLEO

Escola Secundária de Lagoa. Ficha de Trabalho 4. Química 12º Ano Paula Melo Silva. Conteúdos e Metas

Processamento Primário de Petróleo / Noções de Processo de Refino

Composição. O gás natural é uma mistura de hidrocarbonetos leves, que, à temperatura ambiente e pressão atmosfé

EQO Tecnologia Orgânica I

8º Encontro Nacional do PROMINP

O PAPEL DA INOVAÇÃO TECNOLÓGICA NA INTEGRAÇÃO REFINO PETROQUÍMICA NO BRASIL

PROMOVE- PROCESSOS DE SEPARAÇÃO. Extração

MODELAGEM E SIMULAÇÃO DO PROCESSO DE CRAQUEAMENTO CATALÍTICO DO GASÓLEO APLICANDO CÁLCULO VARIACIONAL PARA DETERMINAÇÃO DO PERFIL ÓTIMO DE TEMPERATURA

Projeto Básico Padronizado de Fornos de Processo

Soluções usadas em escala industrial ou escala ampliada

Planejamento Operacional de Refinarias

Projeto de Final de Curso

Processo Oxo Prof. Marcos Villela Barcza

RECURSOS ORGÂNICOS RENOVÁVEIS NÃO RENOVÁVEIS

Aula de. Química Orgânica. Petróleo

Capítulo 1 Introdução Capítulo 2 Os Processos de Refino

Perspectivas Mundiais dos Biocombustíveis

QUÍMICA 12.º ANO UNIDADE 2 COMBUSTÍVEIS, ENERGIA E AMBIENTE 12.º A

Fluido térmico orgânico NSF HT1, para transferência de calor é uma opção vantajosa para indústria alimentícia.

MODELAGEM CINÉTICA DO REATOR DE UMA UNIDADE DE COQUEAMENTO RETARDADO. Barbara Damásio de Castro Cioqueta

EVOLUÇÃO DAS ESPECIFICAÇÕES DA GASOLINA AUTOMOTIVA NO BRASIL A PARTIR DE 2002

Perspectiva sobre a precificação futura da Nafta. Novembro 2008

Dissertação de Mestrado

14 COMBUSTÍVEIS E TEMPERATURA DE CHAMA

Perspectivas para os Setores Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis

RECURSOS ENERGÉTICOS. Prof. Dr. Adilson Soares E- mail: Site:

DESTILAÇÃO CATALÍTICA DE RESÍDUO ATMOSFÉRICO DE PETRÓLEO (RAT) UTILIZANDO ZEÓLITAS HZSM-5 E HY

PQI 3211 LISTA DE EXERCÍCIOS BALANÇOS MATERIAIS COM REAÇÕES QUÍMICAS

QUÍ MÍCA: ORGA NÍCA ÍV (REAÇO ES)

Em nosso planeta o hidrogênio é encontrado na forma combinada, na água, nos oceanos, nos rios, nos minerais e até nos seres vivos.

TÉCNICAS DE REFINO PARA MELHORIA DA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DOS DERIVADOS DE PETRÓLEO

2. Qual é o cronograma para implantação do diesel de baixo teor de enxofre?

para contato:

3URMHWR*DVWR/LTXLG*7/

PROJETO E MONTAGEM DE REATOR PILOTO PSEUDO-ADIABÁTICO COM APLICAÇÃO EM PROCESSO DE HIDRORREFINO. Jefferson Roberto Gomes

Petróleo. O petróleo é um líquido oleoso, menos denso que a água, cuja cor varia segundo a origem, oscilando do negro ao âmbar.

Prof. Alberto Wisniewski Jr - DQI-UFS 18/05/2010

MODELAGEM MATEMÁTICA E SIMULAÇÃO COMPUTACIONAL DO FORNO DE UMA UNIDADE DE COQUEAMENTO RETARDADO

LUBRIFICANTES CTS MARÇO Produtos de Alta Performance. Desenvolvidos para você!

Capítulo 5 Chuva Ácida

Do crude ao GPL e aos fuéis: destilação fraccionada e cracking do petróleo O Petróleo

CB - Combustíveis e Biocombustíveis

PEA 3420 : Produção de Energia. SISTEMAS HÍBRIDOS (Solar Eólico)

Transcrição:

HIDROCRAQUEAMENTO CATALÍTICO (HCC)

O hidrocraqueamento catalítico (HCC) consiste na quebra de moléculas existentes na carga de gasóleo com a ação do catalisador, com altas temperaturas e pressões (acima de 100 atm). O processo ocorre em presença de grandes volumes de hidrogênio. Benefícios obtidos com a adição de H2: Reduzir a deposição de coque sobre o catalisador; Hidrogenar os compostos aromáticos polinucleados, facilitando a sua decomposição; Fazer a hidrogenação de olefinas e diolefinas formadas no processo de craqueamento, aumentando a estabilidade química dos produtos finais; Eliminação de compostos de enxofre e nitrogênio.

Histórico do Processo

O HCC surgiu na década de cinqüenta, atingindo seu apogeu no início dos anos setenta, pouco antes da crise do petróleo. Aumento do preço do gás natural, principal matéria-prima para obtenção do hidrogênio, afetando bastante a rentabilidade do processo. Isto fez com que houvesse retração na implantação de novas unidades, tanto nos Estados Unidos, quanto nos demais países.

Vantagens Desvantagens Altos rendimentos em nafta e em óleo diesel; Nafta de boa octanagem e boa suscetibilidade ao CTE (chumbo tetra-etila); Produção de uma quantidade apreciável de fração C3/C4 (GLP); Elevado investimento entre US$ 400.000.000 a US$ 700.000.000; Elevadas pressões e temperaturas são usadas, o que obriga a utilização de equipamentos caros e de grande porte; Possibilita a conversão de cargas que FCC não poderia Necessidade de implantação de uma decompor (tais como resíduo de vácuo, gasóleos de grande unidade de geração de reciclo, extratos aromáticos e outras cargas residuais) hidrogênio, cujo consumo no processo em nafta, querosene de jato e óleo diesel. é extremamente alto. Cargas altamente refratárias ao craqueamento Qualidade das frações no que diz respeito a catalítico, porém facilmente craqueadas em contaminantes. Diante das severíssimas condições em presença de hidrogênio e catalisadores que ocorrem as reações, praticamente todas as apropriados. impurezas, como compostos de enxofre, nitrogênio, oxigênio e metais, são radicalmente reduzidas ou eliminadas dos produtos.

Descritivo do processo 10/01/2012 6

O hidrocraqueamento pode ser operado em uma ou duas etapas. Processo com duas etapas mais utilizado devido a algumas vantagens como: Permite uma grande flexibilidade de cargas para o processo; Admite cargas com um teor de impurezas mais elevado; Proporciona uma boa flexibilidade na produção de diversas frações, dependendo de como anda o mercado.

os produtos recebem uma corrente de hidrogênio frio (chamado de quench) Normalmente, no segundo estágio, trabalha-se a pressões e temperaturas superiores ao primeiro, além de se operar com um catalisador um pouco mais ativo, embora suscetível a envenenamentos. É comum ter-se temperaturas entre 450ºC e 550ºC e pressões entre 180 e 250 kg/cm 2.

Conforme o interesse da refinaria na maximização de leves (GLP e nafta), as correntes de querosene e diesel podem ser total ou parcialmente recicladas ao processo. Unidades instaladas nos Estados Unidos operam visando à maximização de nafta, Enquanto que plantas européias e japonesas trabalham visando à maximização de querosene de jato e óleo diesel.

Hidrocraqueamento Catalítico Brando É uma variante do processo HCC e é conhecido como MHC ( MildHydrocraking ), utilizando menos pressão na sua unidade, ou seja, possui condições de operações mais amenas (brandas). Uma das suas vantagens é que a partir de uma carga de gasóleo tipo convencional, é possível produzir um grande volume de óleo diesel de altíssima qualidade, tendo pouca quantidade de gasolina gerada. Porém é necessário um grande investimento para montar este tipo de unidade e por conseqüência se torna às vezes inviável. Sua origem vem da década de oitenta nos Estados Unidos e na França.