Soluções Tecnológicas Nacionais para o Governo Digital Virgilio A. F. Almeida Secretário de Políticas de Informática Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação Brasília, Abril de 2015
Brasil 100% Digital: três questões 1.Qual a visão para o Brasil Digital? 2.Por que o Brasil está preparado para dar o salto para o futuro digital? 3.Qual a agenda para o futuro?
Brasil 100% Digital: três questões 1.Qual a visão para o Brasil Digital? 2.Por que o Brasil está preparado para dar o salto para o futuro digital? 3.Qual a agenda para o futuro?
Agenda para o Brasil Digital Áreas de Ação Sociedade Digital Competitividade Digital Governo como Plataforma Ações Estruturantes Soberania Tecnológica & Digital
Contexto A natureza transversal das tecnologias digitais (TICs) permeia e transforma toda sociedade, alterando significativamente o trabalho, a educação e o lazer dos brasileiros. A natureza pervasiva do digital, software, serviços de TI, comunicações e as grandes massas de dados representam um ecossistema que abrange cada vez mais toda economia do país. A necessidade de uma visão de longo-prazo que focalize nas qualificações das pessoas e da mão-de-obra do país, na infraestrutura adequada (física e virtual) e na segurança cibernética necessária ao desenvolvimento do Brasil Digital As limitações e potencialidades do estado e do mercado para construirem os pilares essenciais da economia digita: parcerias público-privadas.
O Brasil Digital deverá ter: Pilares de uma Visão de Futuro 1. Todo brasileiro com acesso ao Brasil Digital. 2. Cidadãos confiantes e habilitados a usarem os recursos e serviços digitais, de modo a aumentar a qualidade de vida e as possibilidades de trabalho. 3. O setor da economia digital forte, inovador e competitivo internacionalmente. 4. Empresas brasileiras, especialmente as pequenas e médias, usando amplamente as tecnologias digitais, de modo a operar online, capturar oportunidades locais e globais, aumentando o faturamento doméstico e internacional. 5. Crescimento sustentável, inteligente e inclusivo.
Brasil 100% Digital: três questões 1.Qual a visão para o Brasil Digital? 2.Por que o Brasil está preparado para dar o salto para o futuro digital? 3.Qual a agenda para o futuro?
PANORAMA DIGITAL DO BRASIL
(*) SindiTelebrasil Expansão da Banda Larga no Brasil(*)
Brasil: sociedade aberta e receptiva as tecnologias digitais 2,5 milhões de profissionais de TI 25 empresas brasileiras na Global Fortune 2000 197,3 milhões de conexões de banda larga 2,4% do mercado mundial de TI (SSW) 4º mercado mundial de PCs 47,4% da América Latina 281,7 milhões de celulares 8º maior mercado interno de TI (SSW) 4º mercado mundial de celulares (70.3 mi/vend) 105 milhões de usuários de Internet 70 Mi de usuários no Facebook 3º 41,2 Mi de usuários no Twitter 2º 4 milhões no Flickr 19 milhões de usuários do Linkedln 3º 17,6 milhões no Skype Fontes: ABES (2014); ANATEL (2014); BRASSCOM (2013), FGV (2014), FORBES (2014); TELECO (2015), STATISTA.COM (2015); IDC BRASIL (2015); TELEBRASIL (2015); LINKEDIN (2015).
Harvard Business Review, fev/2015
Em 2014, as transações via Mobile Banking cresceram expressivamente, quarto canal de maior relevância em volume Transações Bancárias por Origem (Em bilhões de Transações ) +13% a.a. +14% 46 TACC 10-14 28 4% 5% 14% 13% 4% 32 12% 12% 27% 4% 1% 2% 4% 36 11% 13% 26% 4% 6% 4% 40 10% 13% 23% 3% 3% 12% 8% 13% 21% 3% Mobile Correspond. Contact Center Agências POS ATM +209% +6% -1% -2% +13% +5% 29% 36% 39% 39% 41% 41% Internet +17% 2010 2011 2012 2013 2014 Fonte: Pesquisa FEBRABAN de Tecnologia Bancária 2014; Análises Strategy& 1 3
A penetração mais acelerada de smartphones em todas classes sociais alavancará o crescimento para as transações via Mobile Banking Penetração de Acesso a Internet e Smartphones (% total da população) Comentários 100% 80% 60% 40% Penetração internet 1 55% 41% EUA FRA ALE UK Zona de convergência Penetração de economias desenvolvidas hoje 80-85% 75-80% Níveis atuais de países com maior penetração smartphone Bancos consolidaram gradativamente a imagem de solidez e segurança em canais digitais, reduzindo barreiras de utilização de consumidores Mais da metade da população (55%) tem acesso a internet, e a penetração de smartphone continua apresentando crescimento importante, atingindo 41% em 7 anos Brasil pode atingir níveis de penetração de internet e smartphones de países desenvolvidos em até 10 anos Existe uma tendência de convergência entre diferentes plataformas para os próximos anos Internet e smartphones serão canais complementares Adaptação de funções dos canais, devido a complementaridade, que deverão oferecer elementos adequados para cada perfil de uso Coreia UK EUA 20% Penetração smartphone 2 Noruega EAU 0% 1% 08 09 10 11 12 13 14 + 5 anos +10 anos 1) Valores estimados para 2014 2) Considera a penetração de pessoas com acesso a smartphones Fonte: Banco Mundial, International Telecommunication, Union, World Telecommunication/CT, Cetic, IPC Target, Análises Strategy& 14
Despesas e investimentos com tecnologia pelos bancos Despesas e Investimentos em Tecnologia por Bancos no Brasil (Em R$ Bilhões) 16.9 22% 29% 18.3 22% 33% +6% a.a. 20.0 21% 37% 20.8 18% 40% 21.5 17% 39% Outros Telecom Software TACC 10-14 +2% +16% Comentários Investimentos em Software vêm crescendo a taxas maiores, mostrando que bancos se preocupam cada vez mais com o serviço ao cliente, experiência do consumidor e eficiência Despesas de um modo geral estão se estabilizando, evidenciando a preocupação dos bancos com medidas de eficiência investimentos continuam a crescer acima da taxa de inflação (11% a.a.) Crescimento maior em Hardware no último ano foi pontual em alguns Bancos em função do aumento da capacidade e modernização da armazenagem de dados expurgando estes investimentos pontuais, software seria responsável por 42% do total de despesas e investimentos Os novos desenvolvimentos / manutenção evolutiva representam 57% dos gastos com desenvolvimento em 2014, seguidos pela manutenção corretiva/sustentação, com 24%; investimentos com regulamentação e legislação representam 12% Desenvolvimento de aplicações com recursos internos foi o tipo de gasto que mais cresceu (47% a.a.) nos últimos 5 anos, mostrando que os bancos estão se preocupando cada vez mais em criar capacitações e ofertas diferenciadas 47% 42% 40% 41% 43% Hardware +6% 2010 2011 2012 2013 2014 Nota: Outros incluem despesas e investimentos, incluindo novas tecnologias que não são classificadas hardware,software ou telecom pelos bancos; Fonte: Pesquisa FEBRABAN de Tecnologia Bancária 2014, Análise Strategy& 15
Brasil é um dos principais participantes na indústria mundial de tecnologia para serviços financeiros Despesas e Investimentos em Tecnologia do Sistema Financeiro (em bilhões de USD - 2014) Total de gastos em TI pela indústria bancária: USD351 Bi (2014) 1,2 CHI 1,8 ARG 4,1 Participação do Setor Financeiro no Total de Gastos com TI do País (1) (% do total de gastos com TI 2014) 5,6 7,7 11,9 RUS MEX IND BRA FRA ALE CHI INGL 17,2 22,8 24,3 36,9 40,3 JAP 178,8 EUA Total de gastos em TI no Brasil: USD 59 Bi (2014) Comentários A indústria de serviços financeiros é o maior investidor em tecnologia dentre as indústrias globalmente No Brasil, gastos com TI das instituições financeiras representam 18% da totalidade das indústrias do país em 2014: Também é a indústria que mais investe em TI no país do total de USD 59 Bi Este % de investimento também está em linha com os principais países desenvolvidos e emergentes Do total de USD 351 Bi gastos em TI na indústria de serviços financeiros globalmente em 2014, o Brasil representou USD 11,9 Bi (equivalente a R$ 27,3 Bi) Os bancos brasileiros têm o desafio de planejar esse investimento de forma adequada, balanceando eficiência e experiência do consumidor por meio de uma plataforma integrada de canais e ofertas aos clientes 17% 18% 16% 16% 19% 18% 18% 17% 17% 19% 17% 18% CHI ARG RUS MEX IND BRA FRA ALE CHI INGL JAP EUA Nota: (1) Incluindo Bancos e Seguradoras; Fonte: Pesquisa FEBRABAN de Tecnologia Bancária 2014, Gartner, Análise Strategy& 16
Arcabouço Legal e Institucional do Brasil Digital Indústria: Lei de Informática CERTICS PADIS Lei do Bem Sociedade: CGI Comitê Gestor da Internet Marco Civil da Internet, Lei de Proteção de Dados Pessoais (*) Programas estratégicos: TI Maior, CI-Brasil
Brasil 100% Digital: três questões 1.Qual a visão para o Brasil Digital? 2.Por que o Brasil está preparado para dar o salto para o futuro digital? 3.Qual a agenda para o futuro?
P&D para o Brasil Digital 1. Hardware, Semiconductores e Displays: incentivos: Lei de Informática e PADIS 2. Software: TI MAIOR 3. Ciber-Infra-estrutura para P&D
MODELO DO SISTEMA NACIONAL DE INOVAÇÃO Agências Reguladoras Federais GOVERNO FEDERAL FINEP/CNPq BNDES/CAPES ESTADOS Secretarias de C,T&I & Fundações de Amparo à P&D INVESTIMENTO Projetos Cooperativos de P&D Instituições Científicas e Tecnológicas (Universidades e Centros de Pesquisa) Recursos Humanos Aceleradoras Parques Tecnológicos Incubadoras EMPRESAS
Lei de Informática 8.248/91 O Congresso aprovou a extensão da Lei de Informática até 2029, Empresas incentivadas: 489 (2014) Faturamento bruto total: R$ 86 Bilhões (2013) Renúncia fiscal: 5 bilhões (2013) Investimentos em P&D (pesquisa e desenvolvimento) exigidos: R$ 1,5 Bilhão (2013) Geração de empregos diretos: 130 mil postos de trabalho (2013) Recursos Humanos de Nível Superior: 32 Mil profissionais Profissionais de Nível Superior em atividades de P&D: 5600 20 centros privados de P&D: Instituto Eldorado, Instituto Cesar, CITS, Von Braun, FITEC, Instituto Atlântico, FIT, Instituto Samsung, Instituto Recôncavo e Venturus. Portaria 950 de tecnologia nacional.
INICIATIVAS: Centros Globais de P&D Ecosistemas Digitais
Ciber-infraestrutura de P&D Ciber-infraestrutura: Rede + armazenamento + computação-nuvem + supercomputação Rede Nacional de Pesquisa (RNP): usuários, 27 estados 1.219 instituições, 3.5 milhões de Computação em nuvem para universidades: Manaus 2 data-centers, Recife e Centro petaflópico de computação de alto-desempenho: supercomputação avançada na rede - aprox. 1,1 Petaflops de capacidade com 2.5 Petabytes de armazenamento e arquitetura híbrida (CPU/GPU- INTEL XEON- PHI), com nó de alta memória compartilhada 6 Tbytes, da BULL e transferência de tecnologia da França para o Brasil com Centro de Pesquisa e de Aplicações da BULL no Brasil
Números do Programa STARTUP BRASIL TOTAL DE PROJETOS SUBMETIDOS EM 2 ANOS (4 turmas) = 2.855 80% nacionais e 20% internacionais (37 países diferentes) TOTAL DE PROJETOS APOIADOS ATÉ AGORA(4 turmas) = 239 87% nacionais e 13% internacionais PRIMEIRA TURMA NACIONAL GRADUADA EM 06 DE NOVEMBRO em São Paulo: 38 startups PRIMEIRA TURMA INTERNACIONAL GRADUADA EM 09 de DEZEMBRO em San Francisco: 11 startups INVESTIMENTO PÚBLICO NAS PRIMEIRA E SEGUNDA TURMAS R$ 17,5 MILHÕES & PRIVADO R$ 33,32 MILHÕES (aceleradoras 3,52M e novos investidores 29,8M)
CENTROS GLOBAIS DE 1 bilhão investimento privado - 4 anos P&D
Total acumulado de softwares certificados (até março/2015) 213 13 135 213 13 135 30 30 21 21 26
Formação de Capital Humano para TI e Computação Pós-Graduação 69 programas de pós em computação no Brasil (7 programas nivel int. CAPES) 25 programas de doutorado e 67 mestrados nas universidades brasileiras Graduação Mais de 2000 cursos superiores na área: Cciência da Computação, Engenharia da Computação, Sistemas de Informação, Tecnologia da Informação, Mais de 300.000 alunos matriculados em cursos da área Programa CI-Brasil: mais de 600 projetistas de circuitos integrados formados BRASIL +TI plataforma de capacitação online do TI MAIOR MCTI+MEC Mais de 150.000 jovens em dois anos
Futuro: Brasil Digital - Competitividade global - Transparência digital - Dados abertos - Soberania tecnológica
Pilares de P&D para o Brasil Digital Metas de médio prazo: Fortalecer a soberania tecnológica e digital do país Ter uma força de trabalho altamente qualificada para criar e desenvolver tecnologias da informação e suas aplicações para todos setores da sociedade. Ampliar capacidade científica e tecnológica para gerar conhecimentos e tecnologias inovadoras e de classe mundial. Ter uma infraestrutura digital (física e regulatória) para que a sociedade e a economia operem em ambientes digitais seguros e que garantam a liberdade, privacidade e direitos humanos dos brasileiros. P&D em áreas estratégicas: BIGDATA, IoT, DATA SCIENCE, CIBER-SEGURANÇA,
Em direção à Soberania Tecnológica e Digital Segurança Cibernética: desenvolvimento de tecnologia nacional TI MAIOR e Jornadas de Defesa Cibernéticas: Defesa e MCTI Política Industrial para Segurança Cibernética:. Portaria 950 e CERTICS. CEITEC Semicondutores Desenvolvimento nacional (MCTI-Defesa). antivírus e defesa de perímetro Formação de recursos humanos especializados: mestres e doutores Ciber-infraestrutura avançada para P&D
Competitividade Global: ações de P&D o Expansão do TI Maior: Ampliar ações para empreendedorismo e empresas nascentes: Startup Software e Startup hardware, em articulação com a iniciativa privada; Incentivar empresas de pequeno porte para soluções de governo digital: Startup governo, em articulação com outros órgãos do governo; Aprimorar ações para ampliar o acesso ao mercado e a internacionalização de empresas de TI; Promover arranjos para inovação aberta em parceria com iniciativa privada; o o o Colaboração internacional para P&D em áreas estratégicas, como cibersegurança, computação em nuvem e internet das coisas, big data Formação de recursos humanos (mestres e doutores) em áreas estratégicas, especialmente ciber-segurança e data science; Revisão e aprimoramento dos instrumentos vigentes: Lei da Informática e PADIS.
Prioridades para o Brasil Digital o Acelerar a expansão da Banda Larga o Reduzir o custo dos dispositivos de TI e equipamentos o Otimizar o uso de tecnologias digitais e Internet por parte das empresas o Ampliar o uso de tecnologias digitais no governo para aumento de transpare ncia e eficie ncia do setor pu blico o Fortalecer o setor de software no Brasil: TI MAIOR o Fortalecer o setor de hardware e semicondutores no Brasil o Investir em pesquisa e desenvolvimento em TI o Investir na formação de capital humano para a TI o Investir na criação e tratamento de grandes bases de dados (big data) o Consolidar o arcabouço legal para o espaço cibernético brasileiro: o Criar uma visão integrada e coordenada das ações de governo rumo ao Brasil Digital
Obrigado! virgilio.almeida@mcti.gov.br
Lei de Informática: investimentos em P&D