UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES

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Transcrição:

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES. DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA (PIBID) ESCOLA ESTADUAL MASCARENHAS HOMEM Natal/ RN Abril de 2014

Continente Europeu O continente Europeu é um dos menores, superando somente a Oceania, diante disso, ocupa uma área territorial de 10.530.751 quilômetros quadrados. Esse continente possui uma particularidade, está fisicamente ligado à Ásia, juntos são conhecidos como Eurásia (Europa e Ásia). Muitos definem a Europa não como continente, mas sim como uma península, em razão do seu litoral recortado. A Europa está localizada no oeste da Eurásia, acima do paralelo do Equador, ou seja, no hemisfério norte. O território desse continente limita-se ao norte com o Oceano Glacial Ártico, com os mares Mediterrâneo, Cáspio e Negro ao sul, Oceano Atlântico a oeste e com os montes Urais ao leste. Sob os aspectos históricos, politico e social, entretanto, a Europa é considerada um continente devido a fatores que a distinguem tanto do conjunto mundial como da própria Ásia. Durante séculos a Europa foi o centro de movimentos importantes, com desdobramentos em todo o mundo, como a democracia grega, o direito romano, o renascimento cultural e artístico, o capitalismo, a revolução Industrial (1750), a revolução francesa (1789), entre outros. CONTINENTES Fonte: http://commons.wikimedia.org/wiki/file: Continentes_EU.png

Fonte: IBGE Informações Importantes sobre a Europa! A Europa é composta por 43 países. População da Europa: 738 milhões de habitantes. (2010); Principal moeda: Euro; Existe no continente um forte bloco econômico chamado de União Europeia (UE).

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES. DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA (PIBID) ESCOLA ESTADUAL MASCARENHAS HOMEM NOME: SÉRIE: TURMA: BOLSISTAS: Walquíria Almeida/ Wesley Lacerda. PROFESSORA: Fatima Edilia da Silva. TURNO: DATA: / / Atividade 1. 1. Localize e destaque no mapa múndi abaixo o continente Europeu.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES. DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA (PIBID) ESCOLA ESTADUAL MASCARENHAS HOMEM Blocos econômicos São associações de países que estabelecem relações econômicas privilegiadas entre si e que tendem a adotar uma soberania comum, com o objetivo de facilitar o comércio entre os países membros. Adotam redução ou isenção de impostos ou tarifas alfandegárias e buscam soluções em comum para problemas comerciais. Em alguns casos, se estende também a integração social desses países. Os blocos econômicos podem se classificar em Zona de Livre Comércio, União Aduaneira, Mercado Comum e União Econômica e Monetária. Zona de Livre Comércio União Aduaneira Quando se constituem uma Zona de Livre Comércio (ZLC), os países parceiros reduzem ou eliminam as barreiras alfandegárias, tarifárias e não tarifárias, que incidem sobre a troca de mercadorias dentro do bloco. A União Aduaneira caracteriza-se por adotar uma Tarifa Externa Comum, a qual permite estabelecer uma mesma tarifa aplicada a mercadorias provenientes de países que não integram o bloco. Nessa fase dá-se inicio à formação de comissões parlamentares conjuntas, aproximando-se o Poder Executivo dos Estados nacionais de seus respectivos Legislativos.

Mercado Comum União Econômica e Monetária O Mercado Comum apresenta-se como um processo bastante avançado de integração econômica, garantindo-se a circulação de bens, serviços e os fatores de produção (capitais e mão-de-obra). Pressupõem-se a coordenação de políticas macroeconômica, devendo todos os países membros seguir os mesmos parâmetros para fixar taxas de juros e de câmbio e para definir políticas fiscais. Constitui o estágio mais avançado do processo de formação de blocos econômicos, nesse estágio tem de existir uma moeda única e uma política monetária inteiramente unificada e conduzida por um Banco Central comunitário. Mas para se chegar a esse estágio, há que se atravessar toda uma série de momentos que demandam tempo e discussões entre os países-membros. No mapa abaixo estão localizados alguns dos principais blocos econômicos do mundo.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES. DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA (PIBID) ESCOLA ESTADUAL MASCARENHAS HOMEM NOME: SÉRIE: TURMA: BOLSISTAS: Walquíria Almeida/ Wesley Lacerda. PROFESSORA: Fatima Edilia da Silva. TURNO: DATA: / / Atividade 2. 1. Defina blocos econômicos. 2. O que se espera com a criação de um bloco econômico? 3. De acordo com o conteúdo trabalhado em sala de aula, qual o bloco econômico mais desenvolvido no mundo?

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES. DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA (PIBID) ESCOLA ESTADUAL MASCARENHAS HOMEM A construção da União Europeia Etapas de formação de uma potência econômica O plano Marshall O Benelux Ao final da segunda Guerra Mundial a Europa, principal campo de batalha do conflito encontrava-se devastada. Muitas de suas cidades, indústrias, campos de cultivo e meios de transportes apresentavam-se, em grande parte, destruídos. Em 1947 o secretário dos Estados Unidos, George Marshall, e seus assessores elaboraram um plano para a recuperação econômica Europeia. O Plano Marshall, como ficou conhecido, foi aplicado em a partir de 1948 e oferecia, entre outras vantagens, a importação de produtos estadunidenses a preços baixos, créditos para a importação de equipamentos e empréstimos a juros reduzidos e com vencimento a longo prazo. Além dos interesses econômicos dos Estados Unidos, havia nesse plano, motivações geopolíticas: a principal era manter o sistema capitalista nos países europeus, diante do avanço do socialismo. Entre 1943 e 1944, em plena segunda guerra mundial, a Bélgica, Países Baixos e Luxemburgo mantinham negociações sobre a formação de um bloco econômico para impulsionar suas economias. Assim os recursos oferecidos pelo Plano Marshall facilitaram a implantação do Benelux Be de Bélgica, ne de Nederland (Países Baixos) e lux de Luxemburgo. União aduaneira ou alfandegária cujo primeiro passo foi dado em 1º de janeiro de 1948, quando os três países assinaram um acordo de eliminação das barreiras comerciais entre eles. O Benelux foi a primeira experiência de integração econômica entre países. Seu sucesso inspirou a formação de outros blocos na Europa e em todo o mundo.

Comunidade Europeia do Cravão e do Aço Em 18 de Abril de 1951 foi assinado em Paris o Tratado que institui a Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (Ceca), entrando em vigor no ano seguinte, reunindo França, Itália, Bélgica, Alemanha, Luxemburgo e Países Baixos. Trata-se de uma união aduaneira do carvão mineral, do aço e do minério de ferro, objetivando também a expansão econômica, do emprego e do nível de vida da população dos países-membros. A Ceca superou as divergências entre a França e a Alemanha sobre as jazidas de minério de ferro e carvão mineral e sobre o parque siderúrgico localizado na fronteira entre os dois países. As regiões do Vale de Ruhr e de Sarre, na Alemanha, e da Alsácia e Lorena, na França, haviam sido disputadas por estes países no século XIX e na primeira metade do século XX, mas, ao instituir uma soberania compartilhada sobre essas regiões, a Ceca colocou um fim nessas discórdias. A harmonização dos interesses franceses e alemãs possibilitou o sonho de uma Europa unida. O Mercado Comum Europeu e a Comunidade Econômica Europeia. A experiência bem sucedida da Ceca levou os seis países fundadores a assinar, em 1957, o tratado de Roma, que instituiu o Mercado Comum Europeu (MCE), ampliando a abrangência do acordo anterior e permitindo a livre circulação de pessoas, capitais e serviços entre países membros. Com o passar do tempo, o êxito alcançado pelo MCE incentivou outros países a aderir ao bloco. Em 1973, ingressaram Dinamarca, Reino Unido e a Irlanda, em 1981, a Grécia, que não havia aderido ainda em função de uma ditadura em vigor no país entre 1962 e 1974 o ingresso no MCE estava condicionado à vigência da democracia no país pretendente. Foi esse também o caso de Espanha e Portugal. Espanha viveu uma ditadura fascista exercida por Francisco Franco entre 1939 e 1975, enquanto Portugal esteve sob a ditadura comandada Oliveira Salazar e Marcelo Caetano entre 1932 e 1974. Em 1986, esses dois países ingressaram no MCE. Da Europa dos seis, passou-se para a Europa dos doze. Em 1985, o MCE, já formando uma grande comunidade de países, mudou o nome para Comunidade Econômica Europeia. União Europeia O fim do socialismo real do Leste Europeu, por volta do final dos anos de 1980, a desagregação da União Soviética, em dezembro de 1991, e o consequente encerramento da guerra fria e da ameaça soviética permitiram que ocorresse a reunificação alemã em 1990.

Ao se tornar o país economicamente mais poderoso da Europa, criou-se um clima de tensão e de preocupação pela possibilidade de ressurgirem antigas rivalidades, principalmente entre a França e a Alemanha. A alternativa encontrada para solucionar politicamente a questão foi aprofundar ainda mais a integração europeia. Assim, em 1992 assinou-se o Tratado de Maastricht (na cidade holandesa de mesmo nome), que substituiu o Tratado de Roma de 1957 e tinha como objetivos implantar a união econômica e monetária e uma politica externa e de defesa comuns. Com isso o bloco passou a se chamar União Europeia (UE). A assinatura desse tratado encerrou as desconfianças anteriores, pois solidificou a aliança franco-alemã e deu origem a um bloco econômico poderoso. Estabeleceram-se, assim a livre circulação de mercadorias, capitais, serviços e pessoas; a eliminação de tarifas para o comércio entre os países-membros; a adoção de um passaporte único; a introdução de uma moeda única, o euro (Figura 1); a criação do Banco central Europeu, que passou a regular a nova moeda (Figura 2); e a criação do parlamento Europeu, organismo de decisões políticas da UE. Em 1995, três anos após a assinatura do tratado, Suécia, Finlândia e Áustria passaram a integrar a União Europeia formando a Europa dos quinze. Em 2004, após cumprirem várias exigências, foram admitidos na União Europeia mais dez países: Chipre, Eslovênia, Eslováquia, Hungria, Polônia, Malta, Letônia, Lituânia, Estônia e República Checa. Constituiu-se assim a Europa dos Vinte e Cinco. Com a admissão de Bulgária e da Romênia, em 2007 a União Europeia passou a contar com 27 países (Europa dos vinte e sete). No mapa abaixo vemos os vinte e sete países membros da UE até o ano de 2007. Em 2013 mais um país foi anexado a este bloco a Croácia. Fonte: Google imagens.

Em 1º de Janeiro de 1999, o euro começou a vigorar, sendo adotado de início por 12 dos então 15 países da União Europeia; Reino Unido, Suécia e Dinamarca não o adotaram. Figura 1. Símbolo do euro em frente ao Banco Central Europeu, na cidade de Frankfurt, Alemanha. Figura 2. Você pode obter mais informações sobre a União Europeia no site: http://europa.eu/index_pt.htm Fonte: Google.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES. DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA (PIBID) ESCOLA ESTADUAL MASCARENHAS HOMEM NOME: SÉRIE: TURMA: BOLSISTAS: Walquíria Almeida/ Wesley Lacerda. PROFESSORA: Fatima Edilia da Silva. TURNO: DATA: / / Atividade 3 Mapa de apoio as atividades: Fonte: http://europa.eu/index_pt.htm

1. Como o bloco se chamava em 1951, quando foi criado? 2. Em 1957, o Tratado de Roma deu prosseguimento ao desenvolvimento do bloco, criando a Comunidade Econômica Europeia (CEE). Tal tratado definiu as chamadas "liberdades fundamentais", presentes até hoje na essência da UE. Elas são: 3. O nome União Europeia só foi adotado pelo bloco em 1992, com o Tratado de Maastricht. Tal acordo também decidiu algo importante para uma melhor unificação do grupo cite dois exemplos: 4. Em que ano houve a maior ampliação do bloco? Quais países entraram nesse ano? Identifique no mapa abaixo estes países.

Fonte: http://www.geografia-ensino.com/ 5. Quais países atualmente são candidatos a entrar na União Europeia? 6. Quais foram os motivos iniciais para a unificação da Europa em uma comunidade econômica e social?

7. Ao entrar em vigor, em 1º de Novembro de 1993, o Tratado da União Europeia, assinado em 7 de Fevereiro de 1992 em Maastricht, na Holanda, conferiu uma nova dimensão à construção europeia, tendo como principais características: Marque com (V) as alternativas verdadeiras e com (F) as alternativas falsas. ( ) A substituição da sigla CEE (Comunidade Econômica Europeia) por CE (Comunidade Europeia). ( ) A criação de um regime autoritário. ( ) A livre circulação e segurança dos cidadãos. ( ) A adesão ao Euro por todos os países membros. ( ) A previsão da construção de uma união econômica e monetária.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES. DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA (PIBID) ESCOLA ESTADUAL MASCARENHAS HOMEM Texto de apoio: Os desafios econômicos, políticos e sociais da União Europeia A desigualdade econômica existente entre os países membros tem sido um dos principais problemas enfrentados pelo bloco. Enquanto alguns países são altamente industrializados e servidos por uma moderna rede de transportes, como são o caso da Alemanha, Bélgica e França, outros países, como Portugal, Grécia e os recentes integrantes ex-socialistas do Leste Europeu, são pouco articulados à rede viária europeia e mantêm nas atividades primárias e terciárias suas maiores fontes de divisas. Além disso, os países ex-socialistas, recém integrados ao bloco, deverão passar por uma longa fase de adaptação e resolver seus problemas socioeconômicos internos para saírem da condição de periferia imediata para Europa desenvolvida. Esses aspectos criam, portanto, contrastes regionais entre os países pertencentes à União Europeia. Os problemas de ordem política e social também vêm sendo bastante discutidos nas reuniões entre os dirigentes europeus. Em nível político, a atuação de grupos terroristas separatistas e a ascensão de partidos xenófobos ao poder têm colocado em risco a democracia em alguns países da União Europeia. No que se refere aos problemas sociais, o crescimento das taxas de desemprego e da pobreza entre os países membros vem gerando sérias preocupações. Calcula-se que, hoje, a taxa média de desemprego na União Europeia seja de 8,3% do total da PEA, o que representa aproximadamente 27 milhões de trabalhadores sem emprego. A modernização dos setores industrial e de serviços, a transferência de empresas europeias para os países subdesenvolvidos e a entrada de grandes contingentes de imigrantes tem contribuído para uma significativa diminuição dos postos de trabalho e dos valores dos salários pagos pelas empresas. Como consequência, os governos dos países membros são obrigados a destinar maiores recursos para assistir à população mais pobre, que está crescendo de forma contínua.

Outra grande dificuldade enfrentada pela União Europeia é a oposição da população e de setores econômicos de alguns países a determinadas metas traçadas pelos dirigentes europeus no Tratado de Maastricht, em 1993. O fim do protecionismo para as atividades agropecuárias e a liberação da entrada de produtos agrícolas mais baratos no mercado europeu, por exemplo, vêm revoltando os produtores rurais de vários países membros. Esses produtores sentem-se lesados pela diminuição do apoio financeiro oferecido pelo governo e também pela abertura de seus mercados à concorrência estrangeira. A não adesão ao euro por parte de alguns países membros importantes, como o Reino Unido e a Dinamarca, também coloca em risco as metas do Tratado de Maastricht. Nesses países, a opinião pública acredita que o euro, devido à sua instabilidade em relação ao dólar, não se sustentará como moeda forte por muito tempo. Dessa forma, a população recusa-se a abrir mão das moedas nacionais, que constituem símbolos do poderio econômico de seus países há várias décadas. Também no que se refere à unificação monetária, outro aspecto que desagrada os europeus são as exigências contidas no Tratado, que obriga os governos dos países membros a adotar uma série de medidas econômicas, objetivando a diminuição do déficit público. Entre essas medidas, estão: cortes nos gastos com serviços sociais, como educação e saúde; diminuição do quadro de funcionários públicos; e ampliação do tempo de serviço dos trabalhadores, aumentando a idade mínima para se aposentar. Isso significa a perda de benefícios sociais conquistados, sobretudo nas últimas cinco décadas pelos trabalhadores desses países. Separatismo e xenofobia, desemprego e pobreza, desigualdades regionais e recusa à unificação monetária. Esses são alguns dos desafios que e colocam diante dos dirigentes europeus e que deverão ser resolvidos habilmente neste início de século, para que não ponha em risco a consolidação do projeto de uma Europa totalmente integrada, sem barreiras econômicas e unida em torno dos mesmos ideais políticos e sociais. Fonte: www.cmjf.com.br/cmjf24horas/aluno/material/1178890825.doc

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES. DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA (PIBID) ESCOLA ESTADUAL MASCARENHAS HOMEM NOME: SÉRIE: TURMA: BOLSISTAS: Walquíria Almeida/ Wesley Lacerda. PROFESSORA: Fatima Edilia da Silva. TURNO: DATA: / / Atividade 4 1. De acordo com o texto lido e discutido Os desafios econômicos, políticos e sociais da União Europeia, percebemos outras características em relação ao bloco econômico que estamos estudando. Usando como base o texto e as discussões em sala, cite alguns problemas encontrados na União Europeia.