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São Paulo, 1º de dezembro de 2017.

Transcrição:

AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA 2.155 SÃO PAULO RELATOR AUTOR(A/S)(ES) PROC.(A/S)(ES) RÉU(É)(S) PROC.(A/S)(ES) : MIN. LUIZ FUX :MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO :PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO :MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARANÁ :PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ CONFLITO DE ATRIBUIÇÃO (CF, ART. 102, INCISO I, ALÍNEA F). MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO X MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARANÁ. SUPOSTO CRIME DE ADULTERAÇÃO DE SINAL IDENTIFICADOR DE VEÍCULO AUTOMOTOR, (CP, ART. 311). AUTOMÓVEL COM PLACA CLONADA, FLAGRADO EM VELOCIDADE SUPERIOR À MÁXIMA PERMITIDA PELA VIA EM MUNICÍPIO DO ESTADO DE SÃO PAULO. VEÍCULO ORIGINAL QUE ESTAVA EM UMA OFICINA MECÂNICA EM MARINGÁ/PR NO MOMENTO DA OCORRÊNCIA DA INFRAÇÃO DE TRÂNSITO. ATRIBUIÇÃO DECLINADA AO MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO PELO MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARANÁ. FATOS ATINENTES À CONSUMAÇÃO DO DELITO. ART. 72 2 C/C ART. 83, AMBOS DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL. ATRIBUIÇÃO DO PARQUET DO ESTADO DO PARANÁ. - Conflito negativo resolvido no sentido de declarar a atribuição do Ministério Público do Estado do Paraná/ Comarca de Maringá.

DECISÃO: Trata-se de conflito negativo de atribuição suscitado pelo Ministério Público do Estado de São Paulo em face do Ministério Público de Estado do Paraná nos autos do Inquérito Policial nº 0000692-39.2013.8.26.0294, instaurado para apurar a prática, em tese, de crime de adulteração de sinal identificador de veículo automotor, previsto no art. 311 do Código Penal, consistente na suposta clonagem do veículo automotor da marca Fiat, modelo Uno Mille Way Econ, fabricado em 2009, placa ARQ-3671, pertencente à Eliane de Brito. Verifica-se que Eliane de Brito noticiou à Delegacia de Polícia Civil de Maringá/PR, que recebeu uma notificação de infração de trânsito do Departamento de Polícia Rodoviária Federal por transitar em velocidade superior à máxima permitida em mais de 50% (cinquenta por cento) na BR 116, Km 545/SP, relacionada ao automóvel supracitado. A noticiante declarou à Polícia, na mesma oportunidade, que não é responsável pela referida infração de trânsito, sustentando que o veículo se encontrava na oficina New Service Martelinho de Ouro, localizada em Maringá/PR, alegando que a placa detectada no radar provavelmente seria clonada ou dublê. A Procuradoria da República em Maringá/PR declinou de sua atribuição para o Ministério Público do Estado de São Paulo, sustentando que o delito de adulteração de sinal identificador de veículo automotor consumou-se na Comarca de São Paulo, Estado de São Paulo, onde a placa do veículo da vítima Eliane de Brito teria sido clonada.(...) Assim, tendo em vista que na Comarca de São Paulo/SP, é que se consumou o delito ora apurado,(...) compete para processar e julgar os fatos narrados. (fls. 35-36-v). O Parquet de Jacupiranga/SP, por sua vez, suscitou o presente conflito negativo de atribuição, argumentando que não há elementos sobre a consumação do delito naquela Comarca, mas apenas informações sobre a infração de trânsito ocorrida na BR 116, KM, 545, no Município de Barra do Turvo/SP. Alega ainda, que a autoridade policial do lugar em que se encontra o veículo com a placa original é que o teria reais condições de apuração do delito no momento. O autor requer que seja dirimido o conflito negativo de atribuições 2

surgido na hipótese em exame, declarando-se a atribuição do Parquet da Comarca de Maringá/PR. A Procuradoria Geral da República manifestou-se no sentido de que a atribuição é do Ministério Público Federal do Estado do Paraná, Comarca de Maringá, verbis: Conflito Negativo de Atribuição entre o Ministério Público do Estado de São Paulo e o Ministério Público do Estado do Paraná. Adulteração de sinal identificador de veículo automotor. Automóvel com placa clonada, flagrado em velocidade superior à máxima permitida pela via em município do Estado de São Paulo. Veículo original que estava em uma oficina mecânica em Maringá/PR no momento da ocorrência da infração de trânsito. Ressalva da possibilidade de o órgão legitimado à emissão da opinio delicti manter, excluir, substituir ou acrescentar tipificação legal. Adequação dos fatos à redação típica do crime em tela, previsto no artigo 311, caput, do Código Penal. Falta de informações acerca do local da consumação e sobre o autor da infração penal. Parecer pelo reconhecimento da atribuição do Ministério Público do Estado do Paraná. É o relatório. DECIDO. O Supremo Tribunal Federal é competente para julgar conflito negativo de atribuição entre o Ministério Público Federal e o Ministério Público Estadual (cf. PET nº 3.631, DJ de 17.12.2007; ACO nº 853, DJ de 27.04.2007, Rel. Min. Cezar Peluso; e PET nº 3.528, Rel. Min. Marco Aurélio, DJ de 03.03.2006). O Ministério Público do Estado de São Paulo tem razão. O objeto da investigação no Inquérito Policial nº 0000692-39.2013.8.26.0294, é o suposto crime de adulteração de sinal identificador de veículo automotor, tipificado no art. 311 do Código Penal, resultante do depoimento exposto pela vítima, posto que foi notificada por infração de trânsito. O Ministério Público do Estado do Paraná determinou o encaminhamento do inquérito ao Ministério Público Federal do Estado de São Paulo, à luz do art. 70, caput, do CPP: A competência será, de regra, 3

determinada pelo lugar em que se consumar a infração, ou, no caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado o último ato de execução. Eis os respectivos trechos do despacho proferido pelo parquet Paranaense (fls. 23/24): (...) Ocorre que, compulsando os presentes autos verifica-se que o delito de adulteração de sinal identificador de veículo automotor consumou-se na Comarca de São Paulo, Estado de São Paulo, onde a placa do veículo da vítima Eliane de Brito teria sido clonada. Sobre a consumação do delito de adulteração de sinal identificador de veiculo automotor, oportuno trazer à colação as lições do mestre Fernando Capez: Consuma-se com a efetiva adulteração ou remuneração do número de chassi ou qualquer sinal identificador de veículo automotor, de seu componente ou equipamento Ademais, conforme se extrai do relatório de fls. 21/22, a própria Autoridade Policial concluiu que o delito teria ocorrido na cidade de São Paulo, no Estado de São Paulo. Destarte, o entendimento do Supremo Tribunal Federal quanto ao crime previsto no art. 311 do Código Penal, é de que, além da modificação da numeração do chassi ou monobloco, também se configura, em tese, como crime a adulteração da placa numerada dianteira ou traseira do veiculo automotor, conforme se vê do acórdão proferido no HC 79.780/SP, cuja a ementa possui o seguinte teor: EMENTA: Crime de adulteração de sinal identificador de veículo automotor (art. 311 do Código Penal, com o conteúdo introduzido pela Lei nº 9.426-96). Tipifica, em tese, a sua prática, a adulteração de placa numerada dianteira ou traseira do veículo, não apenas da numeração do chassi ou monobloco. (HC 79.780/SP, Min. Rel. Octavio Gallotti, Dje de 18.08.2000). Desse modo, a prática da conduta delituosa consiste em adulterar ou 4

remarcar o sinal identificador de veículo automotor, considerando tal prática como obstáculo a sua identificação original. Deveras, a consumação do delito penal se dá com a mera prática da conduta tipificada no art. 311 Código Penal, adulterar ou remarcar ( ). A Procuradoria-Geral da República assim destacou em seu parecer, verbis: (...) No caso, não há informações sobre o lugar da consumação do delito. Dessa forma, a fixação da competência deverá considerar como critério o domicílio ou a residência do autor do ilícito penal, nos termos do artigo 72, caput, do Código de Processo Penal. Entretanto, não consta dos autos qualquer informação sobre a autoria do delito, mas apenas que o veículo clonado estava em trânsito na BR 116, Km 545, no município de Barra do Turvo/SP, quando foi flagrado em velocidade incompatível com a via por meio de equipamento de fiscalização eletrônica de velocidade utilizado pela Polícia Rodoviária Federal Nesse contexto, a solução cabível ao presente conflito negativo de atribuição é a aplicação analógica da regra da prevenção, contemplada pela legislação processual penal como critério subsidiário de fixação da competência (artigos 72 2, e 83, do Código de Processo Penal). O art. 83 do Código de Processo Penal dispõe, verbis: Verificar-se-á a competência por prevenção toda vez que, concorrendo dois ou mais juízes igualmente competentes ou com jurisdição cumulativa, um deles tiver antecedido aos outros na prática de algum ato do processo ou de medida a este relativa, ainda que anterior ao oferecimento da denúncia ou da queixa (arts. 70, 3 o, 71, 72, 2 o, e 78, II, c). (grifei) No caso sub examine, o momento da consumação do delito (adulteração de sinal identificador de veículo automotor) não é 5

conhecido, por isso que se impõe reconhecer, por analogia a competência do Juízo da Comarca de Maringá-PR, a teor do disposto no art. 72, 2 do Código de Processo Penal, verbis: Art. 72. Não sendo conhecido o lugar da infração, a competência regular-se-á pelo domicílio ou residência do réu. (...) 2 o Se o réu não tiver residência certa ou for ignorado o seu paradeiro, será competente o juiz que primeiro tomar conhecimento do fato. (grifei) Ex positis, e em consonância com o parecer ministerial, conheço do conflito para declarar a atribuição do Ministério Público Federal do Estado do Paraná, Comarca de Maringá. Publique-se. Brasília, 19 de agosto de 2014. Ministro LUIZ FUX Relator Documento assinado digitalmente 6