Painel: Desafios e Caminhos para a Operação das Instalações Elétricas e do SIN

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Transcrição:

Ministério de Secretaria de Energia Elétrica Painel: Desafios e Caminhos para a Operação das Instalações Elétricas e do SIN 7º SENOP Brasília, junho de 2016. 1

Ambiente Institucional 2

Ambiente Institucional Energia Elétrica Ministério de Secretarias: atividades finalísticas Planejamento e Desenvolvimento Energético Geologia e Mineração Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis Decreto n o 7.798, de 12 de setembro de 2012. Zelar pelo equilíbrio conjuntural e estrutural entre a oferta e a demanda de energia elétrica no País. 3

Ambiente Institucional Secretaria de Energia Elétrica Monitoramento Secretaria do CMSE Luz para Todos Gestão de tarifas; Smart Grid I - monitorar a expansão dos sistemas elétricos para assegurar o equilíbrio entre oferta e demanda, conforme as políticas governamentais; II - monitorar o desempenho dos sistemas de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica, considerados os aspectos de continuidade e segurança; III - coordenar o desenvolvimento de modelos e mecanismos para monitorar a expansão dos sistemas elétricos e o desempenho da operação; IV - acompanhar as ações de integração elétrica com os países vizinhos, nos termos dos acordos internacionais firmados; 4

Ambiente Institucional Secretaria de Energia Elétrica V - participar na formulação de política tarifária e no acompanhamento da sua implementação, tendo como referências a modicidade tarifária e o equilíbrio econômico-financeiro dos agentes setoriais; VI - coordenar as ações de comercialização de energia elétrica no território nacional e nas relações com os países vizinhos; VII - gerenciar programas e projetos institucionais relacionados ao setor de energia elétrica, promovendo a integração setorial no âmbito governamental; VIII - participar na formulação da política de uso múltiplo de recursos hídricos e de meio ambiente, por meio de acompanhamento de sua implementação e garantia da expansão da oferta de energia elétrica de forma sustentável; IX - articular os agentes setoriais e os órgãos de meio ambiente e de recursos hídricos, para viabilizar a expansão e funcionamento dos sistemas elétricos; X - funcionar como núcleo de gerenciamento dos programas e projetos em sua área de competência; XI - prestar assistência técnica ao CNPE e ao Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico - CMSE. 5

Ambiente Institucional - CMSE Lei 10.848, de 15 de Março de 2004 Decreto 5.175, de 05 de Agosto de 2004 Acompanhar e avaliar permanentemente a continuidade e a segurança do suprimento eletroenergético em todo o território nacional. 6

CMSE Diretrizes para Adequações Regulatórias Diretrizes para Garantia do Atendimento Diretrizes para Planejamento da Expansão Monitoramento da Expansão da Oferta Monitoramento do Desempenho dos Sistemas Monitoramento das Condições de Atendimento A função de Monitoramento (Lei 10.848/2004) 7

Desafios e caminhos para a operação 8

Desafios e caminhos Existência de pontos de estrangulamento na rede básica devido ao atraso na implantação dos planos de expansão do sistema Elétrico Leilões de transmissão com elevado percentual de lotes vazios; Atrasos na implantação das obras outorgadas; Paralisação de obras (Abengoa, Braxenergy,...) 54% 73% *Leilão 007/2015 composto por um único lote (2º Bipolo de Belo Monte). Fonte: Aneel Fonte: DMSE 9

Desafios e caminhos Não proponentes no leilão Estrangulamento do sistema de transmissão; Atrasos de obras Paralização de obras 54% Caminhos: Aumento da utilização de sistemas especiais de proteção e controle; Confiabilidade da base de dados; 73% Limite dos equipamentos; Capacidade de armazenamento das usinas hidráulicas; Avaliação dos critérios de segurança (flexibilização dos limites de intercâmbios e dos esquemas de preservação de carga); 10

Desafios e caminhos Coordenar a operação do sistema utilizando fontes de geração intermitentes ou com grande variabilidade de geração anual; Caminhos: Aperfeiçoamento das técnicas de previsão de geração intermitente; Avaliar os montantes de reserva girante e inércia por subsistema. Geração eólica nos sistemas Nordeste e Sul verificada nos dias 11 a 13 de junho de 2016. 54% 73% Valores integralizados em 30 min. Fonte: ONS. 11

Desafios e caminhos Inserção de geração distribuída (Smart Grid); Aumento de variações de carga e de geração com reflexos na transmissão; Dificuldade de controle de tensão; Aprimoramento da inteligência da rede; Automatização dos procedimentos operativos; Realização de manobras on line e automáticas; 54% Incorporar a base de dados operacional ao 73% sistema de supervisão; Aumento dos recursos à operação (PMU); Revisão dos programas computacionais ( Fluxo de Carga, Curto-Circuito e Estabilidade) 12

Conclusões CMSE tem sido importante fórum de avaliação das condições de atendimento; O atraso na implantação dos planos de expansão tem provocado estrangulamentos em alguns pontos do sistema com reflexos na segurança elétrica e na modicidade tarifária; Oportunidade de aprimoramento dos processos de planejamento e de construção da transmissão; A inserção de fontes de geração intermitentes ou com grande variabilidade de geração anual tem ampliado a complexidade da operação do sistema; O crescimento da geração distribuída impactará significativamente na operação do Sistema Interligado Nacional; 54% Oportunidade de aprimoramento da regulamentação da geração distribuída; As inovações tecnológicas representam ferramentas importantes de auxílio à operação do sistema e das instalações, não abstendo do efetivo controle da instalação; Aumento da complexidade na busca do equilíbrio entre segurança no atendimento e modicidade tarifária (custos operativos). 13

Muito obrigado! Fabio Lopes Alves Secretário de Energia Elétrica Ministério de see@mme.gov.br +55 61 2032 5923 14