TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO QUINTA CÂMARA CRIMINAL CORREIÇÃO PARCIAL PROCESSO

Documentos relacionados
IMPROCEDENTE. Nº COMARCA DE TEUTÔNIA A C Ó R D Ã O

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO

JF CONVOCADO ANTONIO HENRIQUE CORREA DA SILVA em substituição ao Desembargador Federal PAULO ESPIRITO SANTO

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores ADEMIR BENEDITO (VICE PRESIDENTE) (Presidente) e XAVIER DE AQUINO (DECANO).

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO

AGRAVO EM EXECUÇÃO SEGUNDA CÂMARA CRIMINAL - REGIME DE EXCEÇÃO COMARCA DE JAGUARÃO

Vistos, relatados e discutidos os autos.

I - Trata-se de apelação cível interposta contra sentença (ref. mov. 28.1) prolatada em ação de transcrição de assento de casamento, autos nº

Tribunal de Justiça de Minas Gerais

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo Câmara Especial ACÓRDÃO

AGRAVO DE INSTRUMENTO N

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores NEVES AMORIM (Presidente) e JOSÉ JOAQUIM DOS SANTOS.

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO

JUSTIÇA ELEITORAL TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RIO GRANDE DO SUL

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

VALDECIR SOARES DOS SANTOS MINISTÉRIO PUBLICO A C Ó R D Ã O

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SEGUNDA CÂMARA CRIMINAL

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

Registro: ACÓRDÃO

ESTADO DO CEARÁ PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA

PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 18ª REGIÃO 1ª TURMA

DÉCIMA QUINTA CÂMARA CÍVEL DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO AGRAVO

@ (PROCESSO ELETRÔNICO) SBN Nº (Nº CNJ: ) 2018/CRIME

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

Agravante: MINISTÉRIO PÚBLICO Agravado: FLÁVIO RODRIGUES SILVA Relator: DES. ANTONIO JOSÉ FERREIRA CARVALHO

PODER JUDICIÁRIO FEDERAL JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 1ª REGIÃO

PODER JUDICIÁRIO FEDERAL JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 1ª REGIÃO

MARCIAL LUCAS GUASTUCCI A C Ó R D Ã O

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

PODER JUDICIÁRIO FEDERAL JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 1ª REGIÃO

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores DIMAS RUBENS FONSECA (Presidente) e CESAR LACERDA.

TURMA DE CÂMARAS CRIMINAIS REUNIDAS CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA Nº 42317/ CLASSE I COMARCA DE SORRISO

RICARDO DIP (PRES. DA SEÇÃO DE DIREITO PÚBLICO) RELATOR Assinatura Eletrônica

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO SÃO PAULO ACÓRDÃO

PODER JUDICIÁRIO Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO

10ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro ( ) EMENTA

TRIBUNAL SUPREMO 1ª SECÇÃO DA CÂMARA CRIMINAL ACÓRDÃO

Poder Judiciário da União Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO. Registro: ACÓRDÃO

ESTADO DO TOCANTINS PODER JUDICIÁRIO 2ª CÂMARA CRIMINAL GAB. DES. CARLOS SOUZA

Dados Básicos. Ementa. Íntegra

Autos: ª Vara da Fazenda Pública do Estado de São Paulo Autores: SINDIPROESP e APESP Ré: Fazenda Pública do Estado de São Paulo

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIÃO RELATÓRIO

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores MAGALHÃES COELHO (Presidente) e COIMBRA SCHMIDT.

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO

JUSTIÇA ELEITORAL TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RIO GRANDE DO SUL

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº ( ) DE ANÁPOLIS

AG Nº AG/M S P 102 A C Ó R D Ã O

DIREITO ELEITORAL. Processo penal eleitoral Parte 2. Prof. Roberto Moreira de Almeida

Apelante: Otacília Lourenço Rodrigues da Silva

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO. Registro: ACÓRDÃO

Impetrado : Juiz de Direito da 1ª Vara Cível da Comarca de Porto Velho - RO

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADO DE SÃO PAULO 8ª CÂMARA DE DIREITO CRIMINAL

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

ESTADO DO CEARÁ PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA GABINETE DESEMBARGADOR FRANCISCO MARTÔNIO PONTES DE VASCONCELOS

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO

PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 11ª REGIÃO

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

APELAÇÃO CÍVEL. MANDADO DE

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO

Rio de Janeiro, 16 de maio de 2017.

Poder Judiciário do Estado do Rio de Janeiro Vigésima Quinta Câmara Cível A C Ó R D Ã O

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

ESTADO DO CEARÁ PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA GABINETE DESEMBARGADOR FRANCISCO MARTÔNIO PONTES DE VASCONCELOS

AGRAVO N.º /03, DA DÉCIMA OITAVA VARA CÍVEL DO FORO CENTRAL DA COMARCA DA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA DES.ª VILMA RÉGIA RAMOS DE REZENDE

ANDERSON BAGE FONTOURA A C Ó R D Ã O

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIÃO RELATÓRIO

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores A.C.MATHIAS COLTRO (Presidente sem voto), JAMES SIANO E MOREIRA VIEGAS.

Vistos, relatados e discutidos estes autos de APELAÇÃO CÍVEL n /0-00, da Comarca de CAMPINAS, em que é recorrente o

A C Ó R D Ã O COMARCA DE CAPÃO DA CANOA Nº (N CNJ: )

Tribunal de Justiça de Minas Gerais

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

Dados Básicos. Ementa. Íntegra

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO

28/04/13 <NÚMERODETOKENSNODOCUMENTO \18><COMPOSIÇÃODEACÓRDÃOEMENTA \TEXTO="(INSIRA AQUI O TÍTULO DA EMENTA)^P^

i mm um mi um um um um mi nu m

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo ACÓRDÃO

ESTADO DO CEARÁ PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ACÓRDÃO. São Paulo, 12 de abril de Salles Rossi Relator Assinatura Eletrônica

Transcrição:

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO QUINTA CÂMARA CRIMINAL CORREIÇÃO PARCIAL PROCESSO 0065537-84.2013.8.19.0000 RECLAMANTE: CARLOS ALBERTO SIMÕES RECLAMADO: JUÍZO DE DIREITO DA SEGUNDA VARA CRIMINAL DA COMARCA DE DUQUE DE CAXIAS RELATOR: DESEMBARGADOR CAIRO ÍTALO FRANÇA DAVID EMENTA Correição Parcial ajuizada pela defesa, inconformada com a decisão que deferiu pedido ministerial de diversas diligências a destempo. 1. O cerne da reclamação envolve a possibilidade do Órgão Ministerial poder requerer diligências após a conclusão da audiência de instrução e julgamento, já na fase de apresentação das alegações finais. 2. O artigo 402 do CPP dispõe que Produzidas as provas, ao final da audiência, o Ministério Público, o querelante e os assistentes e, a seguir, o acusado poderão requerer diligências cuja necessidade se origine de circunstâncias ou fatos apurados na instrução. 3. Constata-se dos autos que foi assegurado ao Ministério Público na AIJ a oportunidade de requerer às diligências que julgasse convenientes. O artigo 403 do mesmo diploma legal prevê que não sendo requeridas diligências ou havendo indeferimento, segue a fase de alegações finais. 4. Na hipótese em tela, o Ministério Público não requereu diligências após a audiência de instrução e julgamento e o feito prosseguiu e na fase de alegações finais é que foi feito este requerimento, portanto, de modo intempestivo. 5. As diligências foram deferidas e após manifestação da defesa, a MM. Juíza reconsiderou o despacho e as indeferiu, entretanto, outro Magistrado, posteriormente, veio a deferir o pleito do Ministério Público. 6. Correição Parcial deferida, para considerar intempestivo o requerimento de diligências feito pelo Órgão Ministerial, mantendo, assim, a decisão que indeferiu esse pedido. ACÓRDÃO Vistos, relatados e examinados estes autos de Correição Parcial, processo nº 0065537-84.2013.8.19.0000, onde figura como reclamante CARLOS ALBERTO SIMÕES e reclamado o JUIZO DE DIREITO DA SEGUNDA VARA CRIMINAL DA COMARCA DE DUQUE DE CAXIAS/RJ.

ACORDAM os Desembargadores que compõem a Quinta Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, por unanimidade, em conhecer e, por maioria, dar provimento à Correição Parcial, vencida a Desembargadora DENISE VACCARI que a julgava improcedente. Sessão de Julgamento, 20 de fevereiro de 2014. DES. CAIRO ÍTALO FRANÇA DAVID Relator

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO QUINTA CÂMARA CRIMINAL CORREIÇÃO PARCIAL PROCESSO 0065537-84.2013.8.19.0000 RECLAMANTE: CARLOS ALBERTO SIMÕES RECLAMADO: JUÍZO DE DIREITO DA SEGUNDA VARA CRIMINAL DA COMARCA DE DUQUE DE CAXIAS RELATOR: DESEMBARGADOR CAIRO ÍTALO FRANÇA DAVID RELATÓRIO Correição Parcial interposta pela defesa, pretendendo cassar a decisão interlocutória proferida pelo JUÍZO DE DIREITO DA SEGUNDA VARA CRIMINAL DA COMARCA DE DUQUE DE CAXIAS, que deferiu pedido ministerial de diversas diligências após a conclusão da audiência de instrução e julgamento (peça 00002). Esclareceu em suas razões que:... Não pode, portanto, o Ministério Público ao argumento de que estaria em busca da verdade real, pugnar por diligências após o interrogatório dos acusados, extemporaneamente, invertendo a ordem processual, causando tumulto, prejudicando os acusados. Parecer da Procuradoria de Justiça, da lavra da Drª. MARIA TERESA DE ANDRADE RAMOS FERRAZ, às fls. 01/08, da peça 00014 e peça 00032, opinando pela procedência da reclamação, para que seja mantida a decisão do Juízo de Direito da 2ª Vara da Comarca de Duque de Caxias que considerou intempestivo o requerimento ministerial de diligências. Destacou que:... Aberto o prazo para a apresentação das alegações finais, está caracterizado o término da instrução, não podendo o MP em nome da verdade real aumentar seu prazo para diligenciar, uma vez que atua como parte e a igualdade deve ser mantida. É o relatório.

VOTO A defesa, fazendo uso da presente Correição Parcial, busca a cassação da decisão monocrática, que deferiu pedido ministerial de diversas diligências após a conclusão da audiência de instrução e julgamento (peça 00002). Sustentou, em síntese, a intempestividade do pleito Ministerial. Destacou que o momento processual oportuno para requerimento de diligências, conforme preceitua o art. 402, do Código de Ritos, é durante a AIJ. A Procuradora de Justiça opinou pelo provimento da reclamação. A Magistrada à frente da 2ª Vara Criminal de Duque de Caxias, Drª MONIQUE ABREU DAVID, despachou no sentido de deferir as diligências então requeridas pelo parquet; posteriormente, a defesa requereu a reconsideração deste decisum ao argumento de estar encerrada a instrução processual. Ao analisar o pleito defensivo, entendeu a Juíza de 1º grau por revogar a sua decisão que antes autorizava as diligências requeridas pelo parquet (peça 00002 anexo um). O Ministério Público, insatisfeito com a decisão, requereu reconsideração da reconsideração, obtendo êxito em seu pleito, tendo deferido o requerimento Ministerial o magistrado Dr. CARLOS MÁRCIO DA COSTA CORTAZIO CORREA (peça 00070 anexo 1). O cerne da reclamação envolve a possibilidade das partes poderem requerer diligências após a conclusão da audiência de instrução e julgamento, ou seja, depois de encerrada a instrução processual, já na fase de apresentação de alegações finais. Constata-se dos autos que foi assegurado ao Ministério Público, na AIJ do dia 05/06/2013, a oportunidade de requerer as diligências que julgasse conveniente (peça 00040 anexo1), mas ele quedou-se inerte. Somente no momento da elaboração das alegações finais, é que verificou a necessidade de realização de diligências imprescindíveis para a verdade real, oportunidade em que requereu as suas diligências em 04/07/2013, após o encerramento da instrução processual (peça 00059 anexo 1). O artigo 402 do CPP dispõe que: Produzidas às provas, ao final da audiência, o Ministério Público, o querelante e os assistentes e, a seguir, o acusado poderão requerer diligências cuja necessidade se origine de circunstâncias ou fatos apurados na instrução. Conforme bem destacado pela ilustre Procuradora de Justiça em seu parecer:

... Desse modo percebe-se que o legislador não conferiu à diligência uma fase autônoma do procedimento. Agora, as diligências são requeridas na própria audiência. Ademais, o pedido de diligência deve se limitar a circunstâncias ou fatos apurados durante a audiência de instrução. Assim, das cinco diligências requeridas pelo parquet (a, b, c, d e), acima descritas, apenas a postulada na alínea a configura fato apurado durante a audiência de instrução. As demais são anteriores à audiência, como por exemplo, a vinda de AECD, RO e cópia de declarações. Contudo, muito embora a diligência da alínea a seja fruto de fatos apurados durante a instrução criminal, as partes devem requerê-las após o término da colheita dos depoimentos e interrogatório do denunciado. Esse prazo não foi respeitado pelo Promotor de Justiça que atuou na audiência. Acusação e Defesa não requereram diligências, incidindo, assim, o instituto da preclusão. Destarte, verifica-se que o prazo não foi respeitado pelo Promotor de Justiça que atuou na audiência, incidindo, assim, o instituto da preclusão. Feitas estas considerações, posiciono-me no sentido do conhecimento e provimento da Correição Parcial, para manter a decisão do Juízo de Direito da 2ª Vara da Comarca de Duque de Caxias que considerou intempestivo o requerimento ministerial de diligências. É como voto. Sessão de Julgamento, 20 de fevereiro de 2014. DES. CAIRO ÍTALO FRANÇA DAVID Relator