Capítulo 5 cariótipos

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Transcrição:

Capítulo 5 cariótipos Compilação por Paulo de Oliveira, Universidade de Évora. Apresentação e PDF para uso exclusivo dos alunos de Genética da Universidade de Évora

Cariótipos de jumento da raça marchadora brasileira com vários tipos de coloração Giemsa Giemsa Bandas G Giemsa Bandas C Giemsa Bandas NOR

Fluorescent In Situ Hybridization Prometafase de Elephantulus (primata) com bandeamento G, em microscopia convencional (esq.) e de fluorescência. Na imagem da direita destaca-se a coloração de um braço cromossómico por hibridação com sequências do cromossoma 11 humano (chromosome painting) Metafase marcada para a presença de sequências teloméricas

Cariótipo humano Ideograma do cariótipo humano prometafásico, com os cromossomas alinhados pelos seus centrómeros, e escala aproximada em μm e em pares de bases FISH pela técnica de chromosome painting; à esquerda, a prometafase tal como foi fotografada, à direita o ordenamento dos cromossomas (cariótipo 46, XY)

Chromosome painting de núcleo interfásico e prometafase. Reconstituição do cariótipo 46, XX a partir da prometafase

Cromossomas politénicos

Demonstração, em microscopia electrónica de transmissão, do paralelismo entre cromossomas replicados num cromossoma politénico, e o aspecto das bandas e interbandas Ideograma da composição do cromossoma politénico em cromátides, e interpretação das bandas e puffs

Sucessão (da esquerda para a direita) de alterações na compactação de bandas, durante um curto período do desenvolvimento embrionário, com 5 puffs a formarem-se na segunda, terceira e/ou quarta fotos Núcleos interfásicos das glândulas salivares, com cromossomas politénicos (vermelho) e uma proteína de choque térmico (verde), a qual se liga aos cromossomas em resposta a uma elevação de temperatura (grupo de baixo)

Bivalentes do paquíteno (milho)

Exemplo da complexidade de padrões de segregação num autotetraplóide. Em cada esquema, representa-se à esquerda a formação de crossovers entre dois pares de homólogos e a linha de segregação do tetravalente 2:2 na primeira divisão da meiose (linha oblíqua a tracejado); na anafase II a linha horizontal representa a separação entre as células após a divisão precedente, e as setas horizontais simbolizam a separação entre cromátides irmãs, onde diferentes combinações produzem tétradas diferentes, ilustradas à direita

Aneuploidias FISH dos heterossomas e do cromossoma 21 em 3 espermatozóides humanos, um dos quais dissómico (YX)

Datura stramonium

Anomalias numéricas em clones celulares Exemplo de célula de cancro de 61 cromossomas, com diversas aneuploidias: nulissomias (18, 21) monossomias (X, e não identificado) trissomias (1, 2, 3, 4, 5, 7, 8, 13, 15, 16, 19) tetrassomias (11, 12) e hexassomia (9) além de deleções e uma translocação (setas)

Variação estrutural Em B o heterozigótico para a inv(61;66) implica a separação parcial entre homólogos nas regiões adjacentes (67, 68) à ansa de emparelhamento na região invertida

Translocações não equilibrada 7q+, t(7;21)(q..;qter) recíproca t(7;21)(q..;q..) não equilibrada 4q+, t(4;12)(q..;qter) Roberstoniana

Segregação na meiose com uma translocação recíproca entre o par azul e o par vermelho (segmentos translocados: 1 e 4), em três alternativas (ligação do centrómeros às fibras do fuso reforçadas a negro). Estas situações não levam em conta a formação de crossovers, que colocam maneiras alernativas de resolver os quiasmas, como ilustrado nas aulas (e dão outros rearranjos no final da meiose)

Segregação na meiose heterozigótica para uma translocação Robertsoniana representada pela fusão cêntrica entre um elemento do par azul e um do par vermelho (neste caso, uma t(14;21), situação recorrente na espécie humana), em três alternativas (ligação do centrómeros às fibras do fuso reforçadas a negro).

Efeitos de posição (inversões) Repressão de ADE2 pela vizinhança ao telómero resulta em acumulação de pigmento vermelho nas leveduras Repressão de white pela vizinhança à heterocromatina resulta em ausência de cor nos olhos facetados

Cariótipos comparativos Homo Mus

Múltiplas translocações a separarem todas as espécies (excepto o cromossoma X), mas dentro de cada bloco de genes a ligação e ordem entre eles (sintenia) está preservada

Orientações invertidas de blocos de sintenia entre cromossomas X

ratazana cavalo murganho (ratinho) Opossum boi

Homo Inversões pericêntricas subtis estabelecem a diferenca do cromossoma 1 humano em relação aos seus homólogos nas espécies mais próximas, além doutras pequenas alterações, mas a semelhança global é evidente (esquerda); cromossoma 2 humano parece resultar duma translocação Robertsoniana, e cromossoma 3 do orangotango exibe uma inversão pericêntrica (direita) Pan

Proposta de origem comum do cromossoma 3 humano (regiões 24, 28, 6 e 7) e dum segmento do cromossoma 21

Comparação dos cariótipos de cavalo, mula e burro

Determinação do sexo em Drosophila Produção das alternativas de DSX (M/F) em função de SXL mediada por TRA Caracteres diferenciadores entre os sexos

A activação do Sxl como ponto de decisão sobre o sexo (M/F) da Drosophila