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Transcrição:

AGRAVO INTERNO. DECISÃO MONOCRATICA EM APELAÇÃO QUE NEGOU SEGUIMENTO AO RECURSO INTERPOSTO. DIREITO DO CONSUMIDOR. DESISTÊNCIA DA COMPRA DE PASSAGENS AÉREAS. PLEITO INDENIZATÓRIO POR DANOS MORAIS E RESSARCIMENTO INTEGRAL DO VALOR DA PASSAGEM. SENTENÇA DE IMPROCEDÊNCIA. INCONFORMISMO. VALOR INDENIZADO QUE CORRESPONDE EXATAMENTE AOS DESCONTOS REALIZADOS. INAPLICABILIDADE DO ART. 49, CDC, EIS QUE O AUTOR TEM A MESMA CIÊNCIA DO SERVIÇO CONTRATADO, SEJA ADQURINDO EM SUA RESIDÊNCIA OU JUNTO AO BALCÃO DA COMPANHIA AÉREA. PRECEDENTE DESTE E. TRIBUNAL. INEXISTÊNCIA DE DANO MORAL. RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO FORNECEDOR. ROMPIMENTO, ENTRETANTO, DO NEXO CAUSAL, PELA INEXISTÊNCIA DE DEFEITO NA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO (ART. 14, 3º, I, CDC). AUTOR PLENAMENTE CIENTIFICADO A RESPEITO DOS DESCONTOS A SEREM REALIZADOS, POSTO QUE ESTES ERAM A COMPENSAÇÃO PELA AQUISIÇÃO DE PASSAGENS COM VALORES ESPECIAIS. DESPROVIMENTO DO RECURSO. Vistos, relatados e discutidos estes autos do Agravo Interno na apelação n 0040776-88.2010.8.19.0001 que tem por Agravante e Agravado as partes epigrafadas. A C O R D A M os Desembargadores que integram a Décima Sexta Câmara Cível do, por 1

unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso, nos termos do voto do Desembargador Relator. Cuida-se de agravo interno (fls. 122/127), interposto pelo apelado contra decisão de fls. 116/120, pela qual, monocraticamente, foi negado seguimento ao recurso de apelação interposto, com base no art. 557, caput, do CPC. No presente recurso, o Agravante requer a reforma da decisão, repisando os argumentos de sua apelação. É o breve relatório. Passo a decidir. O recurso não merece provimento. Não obstante os argumentos expendidos pelo Agravante, os mesmos não têm o condão de infirmar os fundamentos lançados na decisão hostilizada, não ensejando, assim, a reforma pretendida. Conforme já exposto, pugna o Agravante pela reforma do decisum guerreado, requerendo o julgamento do processo por esta Colenda Câmara. De início, ressalto acerca da possibilidade de o relator decidir o recurso monocraticamente, com fulcro no art. 557 do Código de Processo Civil, encontra-se superada pela jurisprudência tranqüila do Egrégio Superior Tribunal de Justiça. 2

Neste sentido: PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. RECURSO ESPECIAL. DECISÃO MONOCRÁTICA. NEGATIVA DE SEGUIMENTO. RELATOR. POSSIBILIDADE. ART. 557 DO CPC. REDAÇÃO DA LEI 9.756/98. INTUITO. DESOBSTRUÇÃO DE PAUTAS DOS TRIBUNAIS. FAZENDA PÚBLICA. EXECUÇÃO NÃO EMBARGADA. HONORÁRIOS. CABIMENTO. AÇÃO COLETIVA. PRECEDENTES. AGRAVO DESPROVIDO. I - A discussão acerca da possibilidade de o relator decidir o recurso interposto isoladamente, com fulcro no art. 557 do Código de Processo Civil, encontra-se superada no âmbito desta Colenda Turma. A jurisprudência firmou-se no sentido de que, tratando-se de recurso manifestamente improcedente, prejudicado, deserto, intempestivo ou contrário a jurisprudência dominante do respectivo tribunal, do Supremo Tribunal Federal ou de Tribunal Superior, inocorre nulidade da decisão quando o relator não submete o feito à apreciação do órgão colegiado, indeferindo monocraticamente o processamento do recurso. II - Na verdade, a reforma manejada pela Lei 9.756/98, que deu nova redação ao artigo 557 da Lei Processual Civil, teve o intuito de desobstruir as pautas dos tribunais, dando preferência a julgamentos de recursos que realmente reclamam apreciação pelo órgão colegiado. III - A Eg. Corte Especial deste Tribunal pacificou entendimento no sentido de que, nas execuções individuais contra a Fazenda Pública oriundas de sentença genérica proferida em ação coletiva, são devidos os honorários advocatícios, ainda que não embargada a execução, não havendo que se fazer distinção em relação à ação civil pública. Precedentes. IV - Agravo interno desprovido. 3

(AgRg no REsp 899.438/RS, Rel. Ministro GILSON DIPP, QUINTA TURMA, julgado em 10.05.2007, DJ 29.06.2007 p. 712) Conforme decidido monocraticamente por esta relatoria, impõe-se afirmar, desde logo, a incidência ao caso do Código de Proteção e Defesa do Consumidor. O Autor é consumidor, conforme dispõe o artigo 2º, do Código de Proteção e Defesa do Consumidor, e o Réu se amoldam ao conceito jurídico de fornecedor, tal qual constante do artigo 3º, caput, da mesma lei. Presentes os elementos da relação jurídica de consumo, inafastável a incidência da Lei nº 8.078/90, composta por normas de ordem pública e de interesse social. a este o autor. Inicialmente, quanto ao ressarcimento integral do valor, não faz jus Isto porque, ao contratar com a ré, por valor sabidamente inferior à tabela, justamente por não serem aceitos cancelamentos, devia estar ciente da informação publicada pela ré acerca dos encargos que incidiriam sobre eventual desistência. Assim, foram descontados 20% sobre o valor integral das passagens, descontados os adicionais (fls. 13) bem como a multa de R$ 50,00 (cinquenta reais) por trecho, ou seja, duas vezes, perfazendo assim um total retido de R$ 140,00 (cento e quarenta reais). 4

Ressalte-se a inaplicabilidade do art. 49 e seu parágrafo único, do CDC, eis que não há qualquer diferença entre a contratação presencial e a feita em casa especificamente na prestação do serviço de transporte aéreo, pelo que não há o que se falar em desistência acompanhada do ressarcimento integral do valor, conforme já decidido por este E. Tribunal: 0069072-96.2005.8.19.0001 (2008.001.33979) - APELACAO - 1ª Ementa - DES. MARIA HENRIQUETA LOBO - Julgamento: 04/02/2009 - SETIMA CAMARA CIVEL PASSAGEM AEREA COMPRA POR TELEFONE OU INTERNET DESISTENCIA VOLUNTARIA COBRANCA DE TAXA DE SERVICO PERCENTUAL SOBRE O VALOR DA PASSAGEM CONDUTA LICITA Ação civil pública. Danos materiais e morais. Venda de passagens aéreas fora do estabelecimento comercial, em especial pela Internet e por telefone. Desistência voluntária manifestada pelo consumidor. Alegada contrariedade ao disposto no artigo 49 da Lei n. 8.078/90, que conferiria ao consumidor o prazo de sete dias para desistir do serviço contratado. Direito de arrependimento. Afastamento. Ausência de vulnerabilidade do consumidor. A situação do comprador de passagem aérea no estabelecimento comercial da transportadora é idêntica à do comprador do mesmo produto pela internet, pelo menos no que se refere ao conhecimento do que está sendo adquirido. Desta forma, se um ou outro consumidor desiste da viagem, por conveniência pessoal, não há porque conferir-se a apenas àquele que comprou o bilhete pela internet - e o fez até com mais comodidade e conforto - o direito ao reembolso integral. Retenção lícita por parte da companhia 5

aérea de 10% (dez por cento) do valor da passagem. Sentença de improcedência. Desprovimento do recurso de apelação e não conhecimento do agravo retido. Não obstante isso, o próprio autor narra em sua peça a necessidade de cancelamento por circunstâncias alheias a sua vontade, em nada se relacionando com insatisfação com a qualidade de produto ou serviço o qual não teve acesso na data da contratação. Quanto à alegação de existência de danos morais indenizáveis, a sistemática adotada pelo Código de Proteção e Defesa do Consumidor, no que se refere à responsabilidade civil, é a de que responde o fornecedor pela reparação dos danos a que der causa, independentemente da verificação de culpa, isto é, objetivamente, nos termos de seu artigo 14, cujo parágrafo terceiro traz autêntica hipótese de inversão do ônus da prova ope legis: 3º - O fornecedor de serviços só não será responsabilizado quando provar: I que tendo prestado o serviço, o defeito inexiste; II a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro. Assim, não há o que falar em indenização devido ao rompimento do nexo causal, na forma do art. 14 3º, I, do CDC, eis que não foi provado nenhum defeito na prestação do serviço, tendo o réu apenas cumprido o estabelecido no contrato amplamente divulgado no site da ré.. 6

De tal modo, de ser conhecido e negado provimento ao agravo interno, confirmando-se por seus próprios fundamentos a decisão monocrática proferida nos autos da apelação. Rio de Janeiro, 19 de fevereiro de 2013. Desembargador MARCO AURÉLIO BEZERRA DE MELO Relator 7