infooutubro/novembro ancipa Alergias e intolerâncias alimentares



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SUPLEMENTO I SÉRIE ÍNDICE. Ministério das Finanças. Terça-feira, 24 de janeiro de 2012 Número 17

Transcrição:

2014 infooutubro/novembro ancipa Alergias e intolerâncias alimentares

F o r m a ç ã o C a l e n d á r i o 2 0 1 4 2 º S E M E S T R E 2 Contatos: Dina Lopes; dinalopes@ancipa.pt Marta Gonçalves; martagoncalves@ancipa.pt Largo de São Sebastião da Pedreira, nº 31, 4º 1050-205 Lisboa Portugal [t] (+351) 21 352 88 03 [f] (+351) 21 315 46 65 [e] geral@ancipa.pt [w] www.ancipa.ptt Preço com IVA incluído Curso Data Local Duração Associado Não Associado Interpretação APCER SA8000 24 e 25 Nov Lisboa 14 horas 222 296 Fundo de Compensação: Como Acionar 25/nov Lisboa 4 horas 80 105 Informação ao Consumidor Regulamento nº1169/2011 03/dez Lisboa 7 horas 123 184,5 Finanças para Não Financeiros 03/dez Lisboa 7 horas 123 184,5 Faça a sua inscrição online em www.ancipa.pt NOTA: As ações de formação poderão ser adiadas ou anuladas, caso não reúnam um número suficiente de participantes, ou qualquer outro motivo de gestão, procedendo ao reembolso da inscrição quando a mesma tenha sido regularizada. O cancelamento poderá ser efetuado até às 48 horas anteriores à data marcada. A não comparência na ação de formação, e as desistências após o início do curso, implica o pagamento total do valor da inscrição. Parceria: A ANCIPA cumpre com os requisitos da norma NP EN ISO 9001:2008 Pelas actividades de: Serviços prestados aos Associados- Promoção, Comunicação, Consultoria e Formação

E d i t o r i a l Como reagimos ao facto de ter em casa uma criança com intolerâncias ou alergias alimentares graves? A frase qualquer informação pode salvar uma vida traduziu essa realidade e fez com que muitos dos participantes e oradores do Seminário sobre o Regulamento (UE) nº 1169/2011, no passado dia 8 de outubro, em Aveiro, ficassem com uma nova perspectiva sobre este assunto. O tema de capa da edição de outubro/ novembro da infoancipa é um tema sensível e que obriga a uma reflexão ponderada por parte de todos os operadores da cadeia alimentar. A ANCIPA procurou nesta edição reunir os diversos pontos de vista, desde a Associação Portuguesa de Alergias e Intolerâncias Alimentares até às empresas que facultam a informação através da rotulagem dos seus produtos, da venda on line ou nos locais de consumo imediato, como a restauração e as pastelarias. Dina Lopes Coordenadora geral AN C I PA A ssociação Nacional de Comerciantes e Industriais de Pro dutos Alimentares Instituição de Utilidade Pública Largo de S. Sebastião de Pedreira, n.º 31-1050-205 Lisboa Tel. 21 352 88 03/27 Fax 21 315 46 65 Email: geral@ancipa.pt http://www.ancipa.pt Coordenador editorial: Ângela Pécurto Redação: Dina Lopes Publicidade: Lurdes Rito Depósito legal: 321057/10 Design Gráfico: Victor Carôco; Sandra Lucas; Ângela Pécurto (victorcaroco@gmail.com) Impressão: IDG Imagem Digital Gráfica Tiragem: 2500 exemplares Esta publicação foi redigida ao abrigo do novo acordo ortográfico. A entrada em aplicação do Regulamento (UE) nº 1169/2011, a partir de 13 de dezembro, implica novas obrigações por parte das nossas empresas no que respeita à informação ao consumidor, estando o destaque dos alergéneos na linha da frente. Aguardamos ainda a publicação das medidas nacionais, relativas aos produtos não pré-embalados, esperando que a proposta de Portaria seja adaptada às exigências do mercado actual e que reflicta algumas das preocupações já transmitidas pela ANCIPA e associações congéneres. A forma como a informação é facultada nos diferentes canais disponíveis é um dos pontos cruciais, existindo ainda muitas questões por clarificar. Cada vez mais fundamental é a transmissão de conhecimento ao longo da cadeia e a existência de recursos humanos qualificados e com formação adequada. Este é um tema sensível independentemente das medidas que serão tomadas. Os operadores das empresas do setor alimentar terão que formar convenientemente os seus colaboradores sobre esta questão: a dos alergéneos presentes nos produtos. A ANCIPA está, como sempre, ao dispor das empresas associadas para apoiar esta formação. Dina Lopes Coordenadora geral 06 10 12 15 19 22 23 Qualidade Publireportagem Em Foco FIscalidade Ambiente Legislação Protocolos

4 Metrologia do Setor Alimentar reúne profissionais da área Novas Regras de Rotulagem em debate na 2ª edição do Alimentas ANCIPA partcipou como Advisory Board nos Food & Nutrition Awards A coordenação da ANCIPA participou no Seminário Metrologia no Setor Alimentar, promovido pelo Instituto Português da Qualidade (IPQ), a 30 de outubro. O evento teve como objetivo, promover e dinamizar a discussão de todos os temas relevantes para a comunidade profissional com atividade no setor alimentar, focalizando e difundindo a importância da Metrologia nas vertentes legal, aplicada e científica, nos contextos nacional e internacional. Dina Lopes, coordenadora da Associação, integrou a Mesa Redonda na qual foram abordados aspectos como as Medições, Garantia da Qualidade e da Segurança Alimentar. A 2ª edição do Seminário de Segurança Alimentar Alimentas decorreu em outubro, em Aveiro, tendo como foco a recente publicação do Regulamento (UE) n.º 1169/2011, relativo à informação aos consumidores sobre géneros alimentícios. A ANCIPA participou no evento, abordando a Perspetiva da Indústria na Implementação do Regulamento, tendo ainda sido apresentado um caso prático da empresa Rui Costa e Sousa & Irmão, onde se verificam os desafios para a indústria dos produtos da pesca na implementação das novas exigências de rotulagem e a relação com a legislação vertical (como o Regulamento (UE) nº 1379/2013). A ANCIPA entregou a 2ª Menção Honrosa da Categoria de Serviço Inovação do Food & Nutrition Awards 2014, na Cerimónia destes Prémios, que decorreu no Dia Mundial da Alimentação, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa. Adopte um Agricultor: MyFarm Free My Farm, foi o projeto galardoado e distingue-se por se tratar de uma plataforma online com um ambiente amigável, na qual os consumidores compram quadrados de legumes aos quais estão associados uma produção total, durante um determinado período. Os melhores produtos, projetos e iniciativas no que respeita à inovação e ao empreendedorismo no setor agroalimentar e ciências da nutrição em Portugal foram mais uma vez distinguidos.

ACTUA- LIDADE 5 50% das vendas em 2020 devem ser no mercado externo Gumelo recebe prémio de Inovação no SIAL 2014 As 10 empresas que controlam o que comemos i n f o a n c i p a o u t / n o v Uma em cada cinco empresas portuguesas do setor agroalimentar espera obter 50% das suas vendas no mercado externo em 2020. Segundo um estudo da Deloitte apresentado no V Congresso da Federação das Indústrias Portuguesas Agroalimentares (FIPA), sob o tema Competitividade e Crescimento, as empresas portuguesas apostam sobretudo na captação de novos clientes noutros mercados, enquanto as de origem internacional estão mais focadas no mercado doméstico. A Gumelo, start-up portuguesa que aderiu recentemente ao programa Portugal Sou Eu, venceu o prémio SIAL Innovation 2014 para a categoria de frutas e produtos hortícolas, distinção que recebeu no passado mês, no SIAL Paris. Localizada em Almeirim, a Gumelo é uma empresa que produz, desde 2012, cogumelos, utilizando a borra de café como substrato. Certificação Sabor do Ano volta em 2015 O site Food for Thought reuniu as 10 principais empresas que controlam o mundo da alimentação, tendo por base o relatório de 2013, da Oxfam International. Disponibilizando informações como as receitas de cada empresa e o seu lucro líquido, o site decidiu reunir informações base sobre cada uma delas, colocando-as pela seguinte ordem de liderança: Associated British Foods, Coca-Cola, Grupo Danone, General Mills, Kellogg Company, Mars Incorporated, Mondelez Internacional, Nestlé, PepsiCo, Unilever Group. As exportações do setor subiram 7% nos últimos 5 anos e crescem acima do conjunto da economia. A certificação Sabor do Ano vai voltar em 2015 e as inscrições já estão abertas, contando atualmente com 20 marcas inscritas para a edição do próximo ano. Na edição de 2014, foram 27 os produtos eleitos pelos consumidores portugueses para receber a certificação Sabor do Ano. A certificação, que caminha para a 8ª edição em Portugal, testou este ano perto de uma centena de produtos.

QUALI- DADE Proposta de alteração à Portaria do pão sob consulta 6 O site da Comissão Europeia publicou a proposta de alteração referente à Portaria n.º 425/98, de 25 de julho, que fixa as características a que devem obedecer os diferentes tipos de pão e de produtos afins do pão, bem como a regular alguns aspetos da sua comercialização. O documento resulta de um trabalho conjunto entre a DGAV e diversas Entidades, do qual a ANCIPA participou ativamente, colaborando na compilação de legislação, normas técnicas e guidlines de Entidades. A proposta aplica uma norma transitória, segundo a qual é permitido, durante um período de doze meses a contar da data da entrada em vigor do diploma, o fabrico e comercialização, de pão e produtos afins do pão ou de padaria fina que obedeçam ao disposto na Portaria n.º 425/98, de 25 de julho. Consulte o documento na íntegra em http://www.ancipa.pt/ index.php?option=com_content&view=article&id=210:propos ta-de-alteracao-a-portaria-do-pao-sob-consulta&catid=10:noti cias&itemid=155

Esclarecimento da DGAV sobre ausência ou presença reduzida de glúten 7 Da análise ao Regulamento de Execução (UE) nº 828/2014 da Comissão, de 30 de julho de 2014, relativo aos requisitos de prestação de informações aos consumidores sobre a ausência ou a presença reduzida de glúten nos géneros alimentícios, foi colocada a seguinte questão por parte da indústria: A partir da data de entrada em vigor do referido regulamento, os alimentos sem glúten ou com teor reduzido de glúten estão sujeitos a novas regras, sendo que as fórmulas para lactentes e fórmulas de transição estão proibidas de ostentar as menções isento de glúten ou teor muito baixo de glúten. Vai continuar a ser obrigatória a notificação dos géneros alimentícios (à exceção das fórmulas) que obedecem aos requisitos deste Regulamento de Execução? A DGAV esclarece que a partir de 20 de julho de 2016 (data de aplicação do Regulamento de Execução (UE) nº 828/2014), este tipo de produtos passam a ser considerados como géneros alimentícios comuns, pelo que a sua comercialização não obrigará a notificação prévia. Aquela Direção Geral encontra-se a analisar as possíveis alternativas quanto à notificação dos géneros alimentícios que obedecem aos requisitos do Regulamento de Execução (UE) nº 828/2014. i n f o a n c i p a o u t / n o v Investigadores criam pão com algas para substituir sal Investigadores do Instituto Politécnico de Leiria desenvolveram um pão de algas substitutas do sal, produto que em 2015 deverá começar a ser comercializado por uma panificadora com o intuito de dar novos usos aos recursos marinhos. Na Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar de Peniche, o projeto arrancou há pouco tempo, mas os investigadores já confirmaram que é possível substituir sal por algas marinhas, sem se obter um pão insonso. O pão de algas e respetivas características nutricionais vão continuar em estudo até março de 2015, devendo começar a ser comercializado no segundo semestre desse ano por uma panificadora com estabelecimentos comerciais abertos ao público em Caldas da Rainha e Peniche.

QUALI- DADE Utilização de biocidas na indústria alimentar 8 A Direcção Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) emitiu um esclarecimento que visa informar os operadores do setor alimentar sobre a obrigação legal que sobre eles recai, no que diz respeito à utilização de biocidas. A colocação no mercado e utilização de biocidas são regulamentadas pelo Decreto-Lei n.º 121/2002 de 3 de maio (alterado e republicado pelo Decreto-Lei n.º 112/2010 de 20 de outubro) e pelo Regulamento (UE) n.º 528/2012 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 22 de maio. Os biocidas utilizados no setor alimentar, até à fase em que os géneros alimentícios de origem animal são transformados, devem ser de uso veterinário e devem ter sido autorizados pela DGAV. As instalações onde devem ser utilizados biocidas de uso veterinário, autorizados pela DGAV, incluem: Explorações pecuárias, incluindo aquiculturas, Salas de ordenha, Matadouros, salas de desmancha, salas de fabrico de preparados de carne, carne picada e carne separada mecanicamente, Estabelecimentos de fabrico de produtos à base de carne, exceto os locais onde apenas sejam processados ou armazenados géneros alimentícios transformados, Lotas e estabelecimentos de preparação de produtos da pesca, exceto os locais onde apenas sejam processados ou armazenados géneros alimentícios transformados, Centros de expedição e depuração de moluscos bivalves vivos, Estabelecimentos de processamento de produtos lácteos, exceto os locais onde apenas sejam processados ou armazenados produtos transformados, Centros de classificação e embalagem de ovos, Pastelarias industriais onde são utilizados ovos, exceto nos locais onde apenas sejam processados ou armazenados géneros alimentícios transformados, Melarias, Entrepostos frigoríficos e centros de reacondicionamento, Estabelecimentos de preparação de caça e locais onde é efetuada a preparação inicial e exame inicial de caça. A lista de biocidas de uso veterinário autorizados está disponível no seguinte link: http://www.dgv.minagricultura.pt/portal/page/portal/dgv/generi cos?generico=17307&cboui=17307

Análise comparativa: A nova edição do BRC issue 7 e os novos requisitos da Rotulagem dos géneros alimentícios 10 O BRC (British Retail Consortium) está na fase final da revisão do referencial Global Standard for Food Safety versão 7 (BRC issue 7) com previsão de emissão em janeiro de 2015 e entrada em vigor a 1 de Julho de 2015. A 13 de Dezembro deste ano entra também em vigor a maioria dos requisitos do Regulamento UE nº 1169/2011 relativo à prestação de informação aos consumidores sobre os géneros alimentícios. A revisão da norma BRC issue 7 introduz algumas alterações relacionadas com a informação prestada aos consumidores através de requisitos aplicáveis à rotulagem. O presente artigo tem como objetivo identificar esses requisitos, tendo em conta as orientações do Regulamento UE nº 1169/2011. Segundo o Regulamento UE nº 1169/2011: Artigo 1º Objetivo e âmbito de aplicação 1. O presente regulamento estabelece a base para garantir um elevado nível de defesa do consumidor no que se refere à informação sobre os géneros alimentícios, tendo em conta as diferenças de perceção e as necessidades de informação dos consumidores, e assegurando simultaneamente o bom funcionamento do mercado interno. Tendo em conta que nos géneros alimentícios as informações relevantes para o esclarecimento dos consumidores são transmitidas essencialmente nos rótulos é importante analisar os requisitos do referencial BRC issue 7. As grandes novidades relativamente a este assunto são a introdução de um requisito específico para a Rotulagem dos produtos dentro do Capítulo 5 - Controlo do Produto e de um requisito classificado como Fundamental relativamente ao Controlo de rótulos e embalagens dentro do Capítulo 6 - Controlo do processo, a acrescentar aos 10 requisitos fundamentais da versão 6 (a versão 7 tem assim 12 requisitos classificados como fundamentais). É de salientar que a existência de uma não conformidade maior ou crítica num requisito identificado como fundamental não permite a certificação da organização. É expectável que as palavras rótulo e rotulagem devam aparecer referenciadas mais de 20 vezes na norma e palavras da família alergénios cerca de 40 vezes A análise das informações emitidas pelo BRC permite-nos listar as principais alterações de requisitos expectáveis no domínio da rotulagem: Controlo do produto Novo requisito: Rotulagem dos produtos A rotulagem dos produtos deve cumprir os requisitos legais adequados e conter informações que permitam a manipulação, visualização, armazenamento e preparação do produto na sua cadeia de fornecimento ou pelo cliente. Requisito existente: ( ) Deverá existir um processo para verificar que a rotulagem dos ingredientes e alérgenos está correta com base na receita e nas especificações dos ingredientes. Nesta atividade de verificação deverão ser introduzidas as especificações dos ingredientes Novo requisito: Deverão existir processos implementados e eficazes para assegurar que a informação dos rótulos é revista sempre que ocorram alterações nas seguintes situações: Receita do produto; Matérias-primas; Fornecedor de matérias-primas; Legislação; País de origem (quando identificado nos rótulos). Requisito existente: Quando um produto é desenvolvido para permitir uma alegação que satisfaz um grupo de consumidores (por exemplo uma alegação nutricional: livre de, redução de açúcar ), a organização deve assegurar que a formulação do produto e o processo de produção estão totalmente validados para cumprir com a alegação declarada. Neste requisito foi apenas acrescentado nos exemplos o livre de. Será relevante, por exemplo, para produtos declarados como não tendo determinado alergénio. Novo requisito: Quando a informação do rótulo é da responsabilidade do cliente ou de uma denominada terceira parte a organização deverá fornecer: Informações para que as informações do rótulo sejam desenvolvidas corretamente; Informação sempre que ocorra uma alteração que possa afetar as informações do rótulo. Controlo do processo - Fundamental

PUBLI- REPOR- TAGEM Novo requisito: Deverá existir um processo formal de colocação dos materiais de embalagens nas linhas de embalamento que assegurem que apenas se encontram disponíveis nos equipamentos de embalamento, as embalagens para uso imediato. Quando existe uma codificação ou impressão da embalagem fora da linha, devem ser implementados controlos que assegurem que apenas se encontram disponíveis nos equipamentos de embalamento, material corretamente impresso. Requisito revisto integralmente: Deve existir um procedimento documentado e implementado que assegure que os produtos estão a ser embalados nas embalagens corretas e corretamente rotulados. Este procedimento deve incluir, para garantir que os são utilizados os materiais de embalagem corretos, controlos: No início do embalamento; Durante o embalamento; Sempre que sejam alterados lotes ou materiais de embalagem; No final de cada embalamento. Esses controlos também devem incluir a verificação de qualquer impressão que seja efetuada na etapa de embalamento, tal como (quando apropriado): Código de data; Código do lote; Indicações de quantidades; Informações sobre o preço; Código de barras; País de origem. As alterações indicadas promovem a melhoria da comunicação com o consumidor através do rótulo e a garantia do controlo interno sobre os processos de conceção e colocação de rótulos pelos produtores. Para as empresas certificadas ou em processo de implementação a aplicação da Regulamentação supracitada fica facilitada. Andreia Magalhães Gestora de Projeto e Negócio APCER Agro&Food 11 i n f o a n c i p a o u t / n o v

EM FOCO 12 Alergias e intolerâncias alimentares Apesar de inofensivos para a maioria da população, os produtos ou substâncias passíveis de causar alergias e ou intolerâncias alimentares podem ser fatais para os indivíduos suscetíveis. Com a entrada em vigor do Regulamento (UE) nº 1169/2011, em dezembro de 2014, todos os operadores do setor alimentar, incluindo aqueles que vendem diretamente ao consumidor final o produto acabado, não embalado (por exemplo: refeições) serão obrigados a indicar todos os ingredientes utilizados no fabrico ou na preparação de um género alimentício (GA), nomeadamente as substâncias ou produtos suscetíveis de causar alergias e ou intolerâncias alimentares (alergénios). Os operadores económicos que não colocaram a declaração nutricional antes desta data terão de o fazer até 13 de dezembro de 2016. Neste regulamento, a definição de estabelecimento de restauração coletiva difere da terminologia habitualmente usada em Portugal, englobando «qualquer estabelecimento (incluindo um veículo ou uma banca fixa ou móvel), tal como um restaurante, uma cantina, uma escola, um hospital e uma empresa de serviços de restauração, no qual, no âmbito de uma atividade empresarial, são preparados GA prontos para consumo pelo consumidor final. No que concerne especificamente aos

GA não pré-embalados, o Regulamento permite aos Estados-Membros adotarem normas nacionais relativas ao modo como as menções, ou elementos das mesmas, são comunicadas e a respetiva forma de expressão e apresentação. A informação a fornecer ao consumidor assume especial relevância no que diz respeito aos GA não préembalados na medida em que os dados disponíveis parecem indicar que a maior parte dos incidentes relacionados com alergias alimentares têm origem nos mesmos, sendo fundamental fornecer ao consumidor a informação sobre potenciais alergénios. Dada a relevância que as doenças do foro alérgico e intolerâncias alimentares têm vindo a assumir, a ANCIPA convidou a Presidente da ALIMENTA Associação Portuguesa de Alergias e Intolerâncias Alimentares, Inês Ramires, a desmistificar algumas questões relacionadas com as imposições legais da indústria alimentar e a crescente prevalência deste tipo de patologias no mundo ocidental. ciências de produtos para casos de intolerâncias e alergias? IR: Em primeiro, a ausência ou falta de diversidade nos produtos adaptados a quem sofra de alergias ou intolerâncias alimentares, incluindo produtos certificados. (CONSULTE a proposta de medidas nacionais em http://www. ancipa.pt/images/projeto_dl_ normas_execucao_fipa.pdf) Em segundo lugar, o modo como é efetuada a rotulagem. do mercado por omissão na rotulagem), o que procuramos fazer em colaboração com a empresa em causa. 4 - Quais são os principais alergénios detetatos na indústria? IR:Leite, glúten, ovo, amendoins e frutos secos de casca rija. 5 - A restauração está preparada/informada para casos de intolerâncias? IR: Há uma clara falta de consciencialização e de informação da restauração em Portugal para esta temática, o que leva a que alguém que sofra de alergia ou intolerância alimentar em Portugal normalmente evite comer fora de casa. Um dos principais objetivos da Alimenta neste momento é, por isso, contribuir para a divulgação destas questões junta da restauração, incluindo todos os profissionais envolvidos nessa indústria. 6 Qual a diferença entre intolerância e alergia alimentar? 13 i n f o a n c i p a o u t / n o v 1 A indústria alimentar está a adaptarse a novas exigências de mercado. As intolerâncias alimentares já são um fator de alerta? IR: Enquanto consumidores, verificamos que as alergias e intolerâncias alimentares são vistas como um factor distintivo dos produtos apenas por uma parcela bastante reduzida das empresas da industria alimentar. A grande maioria das empresas cumpre o que a lei determina neste âmbito (e acreditamos que o mesmo sucederá com a legislação que se prepara para entrar em vigor) mas nem sempre o faz de maneira que transmita total confiança para o consumidor com alergias ou intolerâncias alimentares. 2- Quais são as principais lacunas/defi- 3- A Alimenta tem um papel de sensibilização. Qual é a vossa relação/cooperação com as empresas? IR: A Alimenta existe apenas há um ano, não tendo ainda tido possibilidade de avançar com projetos que têm idealizados e que poderão envolver a industria alimentar. No entanto, temos total disponibilidade para cooperar com a industria em todas as ações que consideremos relevantes para a divulgação das questões relativas às alergias ou intolerâncias alimentares, ou que contribuem para melhorar a qualidade de vida de quem delas sofre. Temos também como política difundir os comunicados de empresas relacionados com esta temática (nomeadamente quando está em causa a necessidade de retirar algum produto IR: A alergia alimentar consiste numa reação alérgica do sistema imunológico contra um determinado alimento considerado inofensivo para a maioria das pessoas. Os sintomas das alergias surgem rapidamente (entre poucos minutos até duas horas após o contato), após a ingestão, a inalação ou o simples contacto cutâneo, e podem ser originados pelo contato com meros vestígios. As reações alérgicas surgem sempre que há exposição ao alimento e a sua gravidade não depende da quantidade do alergénio a que se é exposto. A alergia alimentar pode ser fatal nos casos de choque anafilático, que é uma

14 A alergia alimentar consiste numa reação alérgica do sistema imunológico contra um determinado alimento considerado inofensivo para a maioria das pessoas. reação alérgica generalizada grave, que pode resultar em dificuldade respiratória, perda de consciência ou mesmo morte se não for imediatamente tratada. Já a intolerância alimentar é uma reação adversa ao alimento que não envolve o sistema imunológico, resultando, frequentemente, de alterações ou distúrbios do metabolismo do alimento. Os sintomas são mais lentos a surgir do que nos casos de alergia, e estão mais dependentes das doses ingeridas. As reações não têm o mesmo potencial de gravidade da resposta alérgica (nomeadamente não são fatais) e desenvolvem-se com maior frequência ao nível gastro-intestinal, podendo afetar o crescimento de crianças, por exemplo. 7 Que cuidados deve ter o consumidor com intolerância alimentar no momento da compra? IR: Quem sofre de alergia ou intolerância alimentar procede sempre a uma leitura rigorosa do rótulo, mesmo quando se trata de um produto que consume regularmente. Importa ainda reter que a regra nº 1 na compra é em caso de dúvida não comprar. 8 Como é que enquadra Portugal relativamente a outros países na oferta de soluções para as intolerâncias alimentares detectadas? A intolerância alimentar é uma reação adversa ao alimento que não envolve o sistema imunológico, resultando, frequentemente, de alterações ou distúrbios do metabolismo do alimento. IR: Infelizmente em Portugal, e ao contrário de outros países europeus por exemplo, a oferta de soluções para quem necessita fazer uma alimentação adaptada é ainda muita diminuta quer para quem pretende comprar produtos destinados ao consumo em casa, quer ao nível da industria da restauração ou hoteleira. A oferta que existe consiste sobretudo nas lojas de venda de produtos naturais ou biológicos (que não têm no entanto uma implementação nacional) ou nas grandes superfícies (que começam a ter alguns produtos, inclusivamente de marca branca, mas longe de corresponder às necessidades e à procura de quem sofre de alergias ou intolerâncias alimentares). Inês Ramires Presidente da Direção da ALIMENTA

FISCA LIDADE Prazo para certificação de programas de faturação adiado O Fisco adiou, pela quarta vez este ano, agora para 01 de janeiro, um ano depois do inicialmente previsto, o prazo de certificação dos programas de faturação produzidos internamente pelas empresas. A falta de certificação não era alvo de multas até ao final de setembro, mas no último dia desse mês o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Paulo Núncio, assinou um despacho - publicado no portal das Finanças que adia para 1 de janeiro a obrigatoriedade de certificação de software produzido internamente pelas empresas. No anterior despacho de prorrogação do prazo, assinado por Paulo Núncio a 30 de junho, o «elevado número pendente» de pedidos de certificação das empresas foi o motivo invocado, assim como a «elevada especificidade» desses programas de faturação criados internamente pelas empresas. O Orçamento Retificativo prevê um agravamento de 375 euros para 1.500 euros da coima mínima pela utilização de programas e equipamentos informáticos de faturação não certificados. «A falta de utilização de programas ou equipamentos informáticos de faturação certificados é punida com coima variável entre 1.500 euros e 18.750 euros», lê-se no diploma que revoga o regime com coimas entre os 375 euros e os 18.750. 15 i n f o a n c i p a o u t / n o v Atualização das rendas para 2015 Valores mantêm-se inalterados Pelo Aviso nº 11680/2014, de 21.10 (2ª série do DR), foi publicado o coeficiente de atualização anual de renda dos diversos tipos de arrendamento - habitação, comércio, indústria e exercício de profissão liberal -, e conforme previsto, corresponde a um aumento nulo no valor das rendas atualmente em vigor. Segundo aquele diploma, o coeficiente de atualização dos diversos tipos de arrendamento urbano e rural, para vigorar no ano civil de 2015 é de 0,9969, correspondendo a uma atualização negativa. Deve ter-se presente que a atualização das rendas corresponde à variação média anual dos preços no consumidor apurada em agosto do ano anterior, excluindo despesas de habitação. Na realidade, à semelhança do que sucedeu em 2010, registou-se, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), uma inflação negativa no corrente ano, não permitindo que se proceda a qualquer atualização do valor das rendas em 2015. Sendo assim, os senhorios não terão de efetuar qualquer comunicação aos inquilinos e estes, se receberem aviso de aumento ordinário das rendas entre 1 de janeiro e 31 de dezembro de 2015, devem contestar, recusando pagar qualquer adicional ao atual montante da renda. Recorde-se que, para 2014, o valor das rendas foi atualizado em 0,99% pelo Aviso nº 11753/2013, de 20.9 (2ª série do DR), que fixou o coeficiente em 1,0099.

FISCA LIDADE Redução temporária da taxa contributiva a cargo da entidade empregadora 16 Na sequência do aumento do Salário Mínimo Nacional para 505 em outubro de 2014, o governo anunciou que existiria um redução da taxa social única para as empresas que viesse a ser afetadas pelo aumento de alguns dos seus colaboradores que anteriormente recebiam 485. Foi publicado em Diário da República o Decreto-Lei n.º 154/2014 do Ministério da Solidariedade, Emprego e Segurança Social que define a medida excecional de apoio ao emprego que se traduz na redução temporária da taxa contributiva a cargo da entidade empregadora. A medida de apoio ao emprego traduz -se na redução de 0,75 pontos percentuais da taxa contributiva a cargo da entidade empregadora relativa às contribuições referentes às remunerações devidas nos meses de novembro de 2014 a janeiro de 2016. A quem se aplica? ( ) 1 A medida aplica -se às entidades empregadoras de direito privado, contribuintes do regime geral de segurança social dos trabalhadores por conta de outrem, relativamente a cada trabalhador ao seu serviço, sem prejuízo do disposto no número seguinte. 2 Não têm direito à redução da taxa contributiva: a) As entidades empregadoras, no que respeita a trabalhadores abrangidos por esquemas contributivos com taxas inferiores à

estabelecida para a generalidade dos trabalhadores por conta de outrem, com exceção das entidades cuja redução de taxa resulte do facto de serem pessoas coletivas sem fins lucrativos ou por pertencerem a sectores economicamente débeis, nos termos previstos no Código dos Regimes Contributivos do Sistema Previdencial de Segurança Social, aprovado pela Lei n.º 110/2009, de 16 de setembro; b) As entidades empregadoras, no que respeita a trabalhadores abrangidos por esquemas contributivos com bases de incidência fixadas em valores inferiores ao indexante de apoios sociais, em valores inferiores à remuneração real ou remunerações convencionais. ( ) E que condições têm de ser respeitadas? ( ) O direito à redução da taxa contributiva fica dependente da verificação cumulativa das seguintes condições: a) O trabalhador estar vinculado à entidade empregadora beneficiária por contrato de trabalho sem interrupção pelo menos desde maio de 2014; b) O trabalhador ter auferido, pelo menos num dos meses compreendidos entre janeiro e agosto de 2014, remuneração igual ao valor da retribuição mínima mensal garantida; c) A entidade empregadora ter a sua situação contributiva regularizada perante a segurança social. ( ) Finalmente destacamos ainda a Concessão da redução ( ) 1 A redução da taxa contributiva reporta -se às contribuições referentes às remunerações devidas nos meses de novembro de 2014 a janeiro de 2016, nas quais se incluem os valores devidos a título de subsídios de férias e de Natal. 2 A redução da taxa contributiva é concedida oficiosamente pelos serviços de segurança social quando se verifiquem as condições de atribuição. 3 Para beneficiarem da redução da taxa contributiva, as entidades empregadoras devem proceder à entrega das declarações de remunerações dos trabalhadores abrangidos de forma autonomizada de acordo com a redução da taxa contributiva aplicável. 4 A redução da taxa contributiva depende da apresentação de requerimento nos casos de trabalhadores com contrato de trabalho a tempo parcial. 5 Nas situações referidas no número anterior, o período de redução reporta -se: a) À totalidade do período previsto no n.º 1, nos casos em que o requerimento seja apresentado até 30 de novembro de 2014; b) Ao período remanescente, a partir do mês seguinte ao da apresentação do requerimento, nos restantes casos. 6 Em todas as situações em que se verifique a regularização da situação contributiva pela entidade empregadora durante o período de redução previsto no n.º 1, o direito à redução da taxa contributiva é reconhecido a partir do mês seguinte ao da regularização, e mantém -se pelo período remanescente. ( ) e a possibilidade de Cumulação de apoios: ( ) A medida de apoio prevista no presente decreto -lei pode ser cumulada com outros apoios ao emprego aplicáveis ao mesmo posto de trabalho, cuja atribuição esteja, por natureza, dependente de condições inerentes aos trabalhadores contratados. ( ) 17 i n f o a n c i p a o u t / n o v

FISCA- LIDADE Nova obrigação para as empresas Comunicação de inventários 18 A Proposta de Lei do Orçamento do Estado para 2015 irá criar uma nova obrigação para as empresas que deverá ser efetuada já em janeiro próximo a Comunicação de Inventários. Alarga-se a obrigação de comunicação das faturas aos inventários, que as pessoas singulares ou coletivas que tenham sede ou estabelecimento estável ou domicílio fiscal em Portugal, que disponham de contabilidade organizada e que estejam obrigadas à elaboração de inventários, passem a comunicar à Autoridade Tributária e Aduaneira, até 31 de janeiro de cada ano, por transmissão eletrónica de dados, o inventário respeitante ao último dia do exercício anterior, através de ficheiro com características e estrutura ainda a ser definida pelo Ministério das Finanças. Caso as entidades optem por período diferente ao ano civil, esta comunicação deverá ser efetuada até ao final do primeiro mês seguinte ao termo do exercício. São dispensados desta comunicação os sujeitos passivos cujo volume de negócios do exercício anterior ao da comunicação seja inferior a 100 000 euros. Resumo anual 2014 ObrigaçõesPessoas Colectivas NOV DEZ JAN 2015 IVA Envio da declaração mensal e anexos 10 10 10 IRS/IRC/Segurança Social Declaração de rendimentos pagos e de retenções, contribuições sociais e de saúde e quotizações (trabalho dependente) 10 10 10 IRS/IRC/Selo Pagamento do IRC e IRS retidos e do Imposto do Selo 20 20 20 Segurança Social Pagamento de contribuições 20 20 20 IVA Envio de declaração recapitulativa mensal 20 20 20 IRS/IRC Comunicação de rendimentos pagos, de retenções e deduções efetuadas, referentes a 2013 20 IVA Comunicação dos elementos das faturas 25 25 25 IRS/IRC Declaração de rendimentos pagos ou colocados à disposição de sujeitos passivos não residentes 30 31 31 IRS/IRC Comunicação de rendimentos pagos e retenções efetuadas a taxas liberatórias, referentes a 2013 31 IVA Envio da declaração trimestral e anexos 15 IMI Pagamento do Imposto Municipal sobre Imóveis 30 IRC Pagamento por conta 15 IRC Pagamento adicional por conta 15 Segurança Social Comunicação da admissão de novos trabalhadores Nas 24 h anteriores ao início de produção de efeitos do contrato de trabalho Planeamento Fiscal Comunicação, por promotores, de esquemas e atuações de planeamento fiscal propostos / acompanhados 20 dias subsequentes ao termo do mês a que respeitam Planeamento Fiscal Comunicação, por utilizadores, de esquemas e atuações de planeamento fiscal adotados Até ao fim do mês seguinte em que forem adotados IUC Pagamento do Imposto Único de Circulação Até ao último dia do mês da matrícula IVA Comunicação dos elementos dos documentos de transporte Nota: esta compilação não dispensa a consulta da legislação Fiscais. As datas indicadas poderão vir a ser alteradas: Comunicação prévia ou até 5º dia útil seguinte, consoante a via de comunicação utilizada

AMBI- ENTE Semana Europeia da Prevenção de Resíduos (SEPR) A 6ª edição da Semana Europeia da Prevenção de Resíduos (SEPR) assinala-se entre 22 a 30 de novembro com o objetivo de sensibilizar os cidadãos para a problemática dos resíduos, reforçando a necessidade de prevenir a sua produção. O tema deste ano - desperdícios alimentares pretende alertar para as repercussões sociais, económicas e ambientais deste tipo de resíduos, que representa uma parcela significativa do conjunto de resíduos urbanos anualmente produzidos. Enumeram-se seguidamente algumas ações concretas para prevenir a produção de resíduos que pode colocar em prática no dia a dia, quando preparar as suas refeições: 1. Escolha cozinhar alimentos frescos: poderá assim comer mais saudavelmente e ainda economizar mais do que numa refeição pronta e pré-embalada e também produzir menos quantidades de resíduos de embalagens; 2. Não se esqueça de usar em primeiro lugar os produtos com a data limite de consumo mais próxima para evitar desperdícios; tenha mais cuidado com os produtos perecíveis, por exemplo, pôr os produtos que devem ser usados mais rapidamente à frente, no frigorífico ou no armário, é uma forma simples de controlar adequadamente o seu consumo e, evitando o desperdício, reduzir a produção de resíduos; 3. Sempre que possível beba água da rede pública de distribuição (é segura e mais barata) - Encha uma caneca com água da torneira! Economizará na compra de embalagens de garrafas de água e limitará a quantidade de recursos utilizados e resíduos produzidos! 4. Quando fizer um piquenique, leve preferencialmente embalagens herméticas para produtos alimentares, garrafas reutilizáveis e os utensílios de todos os dias; desta forma, depositará menos resíduos no contentor de lixo mais próximo; e aqueles que produzir, leve-os de volta para casa para os separar com destino aos ecopontos; 5. Para o lanche, coloque os alimentos numa «caixa» reutilizável/lancheira e a bebida num cantil em vez de um saco ou de um pacote/lata individual que deitará fora; 6. Ajuste os tamanhos das porções de alimentos servidos, consoante as necessidades nutricionais e apetite de cada um (pode ajustar as porções com base nos restos deixados no prato ou pela quantidade de comida confecionada que sobrou). 7. Aproveite os alimentos cozinhados em excesso para confecionar outros pratos, quando possível, ou congele o restante para outra ocasião (em embalagem hermeticamente fechada e datada); 8. Os óleos alimentares usados devem ser valorizados: procure reduzir a quantidade de óleos e gorduras utilizados na confeção dos alimentos e nunca os deite fora para a canalização! Coloque-os numa garrafa usada e depois num oleão. Procure também prolongar a vida dos óleos alimentares que usa na cozinha, escolhendo óleos de qualidade (que resistem melhor às altas temperaturas e queimam menos - pense também na sua saúde), filtrando o óleo após cada utilização para retirar as partículas/sedimentos resultantes da fritura, e fritando alimentos diferentes em óleos diferentes, para não misturar os sabores porque diferentes alimentos têm necessidades de diferentes graus de fritura/confeção. Aceda ao simulador de resíduos e verifique se é um consumidor sustentável! http://simula-residuos.apambiente.pt/

AMBI- ENTE Plano Estratégico para os Resíduos Urbanos (PERSU 2020) 20 A Portaria n.º 187-A/2014, de 17 de setembro de 2014 aprova o Plano Estratégico para os Resíduos Urbanos (PERSU 2020), para Portugal Continental, disponível no sítio da internet da Agência Portuguesa do Ambiente, I. P.. De acordo com a Agência Portuguesa do Ambiente, a estratégia para os resíduos, preconizada neste Plano, é assumida mantendo o objetivo de garantir um alto nível de proteção ambiental e da saúde humana, através do uso de processos, tecnologias e infraestruturas adequadas. Promove ainda a minimização da produção e da perigosidade dos resíduos e procura integra-los nos processos produtivos como materiais secundários por forma a reduzir os impactes da extração de recursos naturais e assegurar os recursos essenciais às nossas economias, ao mesmo tempo que se criam oportunidades de desenvolvimento económico e de emprego. Fiscalidade Verde A Comissão de Reforma da Fiscalidade Verde já procedeu à entrega do seu Projeto Final, com 59 medidas na área da fiscalidade ambiental. Face ao que constava no Anteprojeto de Reforma, e após um período de Consulta Pública, destacamse as seguintes medidas finais incluídas na Proposta de Lei 257/XII. 1) Criação da tributação do carbono no setor não integrado no CELE (Comércio Europeu de Licenças de Emissão); 2) Medidas Ade incentivo à mobilidade eléctrica; 3) Agravamento das taxas do Imposto sobre Veículos (ISV), em função das emissões de CO2; 4) Medidas de promoção da utilização de transportes públicos; 5) Um regime de incentivo ao abate de veículos em fim de vida; 6) Revisão da taxa de recursos hídricos `aluz do Plano Estratégico Nacional para o setor de Abastecimento de Águas e Saneamento de Águas Residuais -, com aplicação apenas em 2016, e a taxa geral de resíduos, na linha do preconizado no Plano Estratégico para os Resíduos Urbanos; 7) Criação de uma contribuição sobre os sacos de plástico, no valor de 8 cêntimos por saco, com o objectivo de reduzir a sua utilização para um nível máximo de 50 sacos per capita/ano, em 2015, face aos cerca de 466 atuais e de 35 per capita/ano, em 2016; 8) Medidas tendentes a promover uma repartição equitativa da receita proveniente de derrama municipal, quando estiverem em causa projetos de exploração de recursos naturais e tratamento de resíduos que abranjam municípios; 9) Adicionamento sobre as emissões de CO2 para certos produtos petrolíferos e energéticos, resultante da aplicação de uma taxa específica; 10) Benefícios fiscais para os prédios com elevada eficiência energética, os prédios objecto de reabilitação urbanística, os prédios afetos à produção de energias renováveis, os prédios com uso florestal e os prédios rústicos integrados em áreas classificadas ou protegidas, que proporcionem serviços de ecossistema em sede de Imposto Municipal sobre Imóveis tendo subjacente o reforço do Fundo para a Conservação da Natureza e da Biodiversidade. 11) A majoração de gastos associados ao bike sharing ou a frotas de velocípedes constam igualmente da proposta, entre outras medidas, as quais pretendem alicerçar políticas de eco inovação e eficiência energética.