Era uma segunda-feira, e eu acabei chegando mais tarde no trabalho. Tive que levar meu menino no hospital e me atrasei umas duas horas.

Documentos relacionados
Colégio Santa Dorotéia

A TRADICÃO DE PAULO FREIRE

Exercício Extra 19 A COISA

O Amor se resume em se sentir bem, especial, incrivelmente Feliz. Um estado espiritual destinado a trazer muitas coisas boas. As vezes ele existe em

TESTE DIAGNÓSTICO DE PORTUGUÊS 4.º ano

DATA: 02 / 12 / 2013 III ETAPA AVALIAÇÃO ESPECIAL DE LÍNGUA PORTUGUESA 3.º ANO/EF ALUNO(A): N.º: TURMA:

Produção de texto. Observe a imagem e produza um texto narrativo, com no mínimo 10 linhas, a partir do título proposto

LISTA DE RECUPERAÇÃO DE LINGUAGENS 7º ANO CARLA

ATIVIDADES PARA O 5 ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL. Português UMA DAS MARIAS

O sapo estava sentado à beira do rio. Sentia-se esquisito. Não sabia se estava contente ou se estava triste

Um passinho outro passinho

* Nascimento: 22/04/1936

Bible Animacao Professor Eliseu Aluno: Rodrigo Gallucci Naufal RA

Muito prazer Curso de português do Brasil para estrangeiros

Português Professora Raquel 8ª série / 3º trimestre

Sugestões para o estudo em casa 2º ano

Uma Aflição Imperial.

Versão RECONTO. O Principezinho. PLIP003 De Antoine De Saint Exupéry

Ursula Nafula Peris Wachuka Priscilla Freitas de Oliveira Portuguese Level 3

Era uma vez uma menina que se chamava Alice. uma tarde de Verão, depois do almoço, Alice adormeceu e teve um sonho muito estranho.

1 von :36

MÃE, QUANDO EU CRESCER...

Os vinhateiros. Referência Bíblica: Mateus

Título: Poemas da verdade e da mentira. Autor: Luísa Ducla Soares. Ilustação: Ana Cristina Inácio. Edição original: Livros Horizonte, 2005

1 o ano Ensino Fundamental Data: / / Nome: Pinóquio

Apresentação A história apresenta a amizade entre um menino e duas árvores: a do quintal de sua casa e a da sua imaginação.

Versão COMPLETA. O Ribeiro que queria Sorrir. PLIP004 Ana Cristina Luz. Ilustração: Margarida Oliveira

A MENINA QUASE PERFEITA

Sistema de Ensino CNEC. 1 o ano Ensino Fundamental Data: / / Nome: Leia esta história. Agora, vamos reler o texto apresentado. ARTUR! JURA?? JURO!

Rosângela Trajano Miúda pensa grande

Puc-SP. Trabalho StoryBoard

Semana 4 O Pai espera por você 15 de Abril de 2018

Bloco de Recuperação Paralela DISCIPLINA: História

(Rodolfo Bracali,adaptado da obra dos Irmãos Grimm) Belo Horizonte

ALICE BEIJA-FLOR. De repente, aquela menina de nove anos dispara perguntas no meio do jantar com a família. Todos à mesa a olham curiosos.

SIMULADO 8. Colégio: - 5º Ano Professor: Nome: D QUESTÃO 02. Leia o texto abaixo.

AFUGANCHO UNIDADE: DATA: 19 / 08 / 2017 II ETAPA AVALIAÇÃO ESPECIAL DE LÍNGUA PORTUGUESA 3.º ANO/EF TEXTO I

O Dono da Bola. Leia com atenção o texto a seguir.

Centro de Ensino Médio 02 do Gama Professor: Cirenio Soares

João Pedro Pinto Moreira 4º Ano EB1 Azenha Nova. A Pequena Diferença

Clique AQUI Para Conhecer Mais do Curso Brigadeiro Gourmet Profissional

1ª Edição. Ana Gonçalves. Cândida Santos. Ilustração de. Vítor Silva

Evangelização Espírita Ismênia de Jesus Plano de Aula Jardim. Título: Cuidados com o corpo

Projeto de Férias Armazém do Folclore

Evolução da Cadeia Produtiva Sucroalcoleira LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA DOS CANAVIAIS CENTRO-SUL

(Na foto, Francisco aos oito meses)

Chico. só queria ser feliz. Ivam Cabral Ilustrações: Marcelo Maffei 5

PARATY para Cachaça. Palestrante : Eduardo Calegario Mello (APACAP)

Godofredo e Geralda sentados na mesa no centro do palco.

Roteiro semanal. 5º ano Vespertino De 13 a 17 de abril. Grandes coisas fez o Senhor por nós, pelas quais estamos alegres.

Finalmente chegou a hora, meu pai era que nos levava todos os dias de bicicleta. --- Vocês não podem chegar atrasado no primeiro dia de aula.

Colégio Visconde de Porto Seguro

Colégio Santa Dorotéia

A sanita mutante! Coleção. Os Mutantes. Já publicados A sanita mutante. A publicar Os óculos mutantes A esferográfica mutante

Prova-modelo 2. GRUPO I 1. a Parte. Lê com atenção o texto que se segue. Em caso de necessidade, consulta o vocabulário.

Ensino Português no Estrangeiro Nível A1 Prova B (13A1BA) 60 minutos

NOME: ESCOLA: TURMA: PROFESSOR(A): ESTE LIVRO É SEU! COLE A SUA FOTO (OU FAÇA O SEU DESENHO) E ESCREVA AS SUAS INFORMAÇÕES.

USE A CRIATIVIDADE DESENVOLVIMENTO DA AULA RUMO AO CONHECIMENTO CONHECENDO MAIS E MAIS. Marcos 1:29 a 34

João. presta atenção!

Colégio Santa Dorotéia

Fábulas dos alunos do 4º ano A 2016

História de Luciane Lopes Pohlmann e Amanda

Identificação. M09 Duração da entrevista 29:38 Data da entrevista Ano de nascimento (Idade) 1953 (58) Local de nascimento/residência

Querido aluno, A partir de hoje você receberá exercícios extras para serem feitos em casa, alternando Língua Portuguesa com Matemática.

Papagaio Congelado. 01- A história que você acabou de ler se passa: (C) em uma floresta.

Era uma vez uma família que vivia numa aldeia distante.

A minha vida sempre foi imaginar. Queria ter um irmãozinho para brincar...

Integrado Aula 26 Apostila 4; pág Tipos de Discurso

Língua Portuguesa. O pequeno e grande Miles. 6º Ano do Ensino Fundamental II. Nome: Ronaldo Rodrigues Júnior

A MENINA QUE VIVEU DUAS VEZES

Era uma tarde quente de verão e todos obedeciam à rotina diária. O labrador Mozart, chefe da matilha e cão mais velho, descansa suas pernas

Colégio Santa Dorotéia

UM DIA CHEIO. Língua Portuguesa. 6º Ano do Ensino Fundamental II. Nome: Maria Clara Gonçalves dos Santos. Professora: Maristela Mendes de Sousa Lara

Capítulo 1 - Um Novo Herdeiro

a garota dos olhos vermelhos

J.I. Faria de Baixo 2017/ Agrupamento de Escolas Ferreira da Silva. Cucujães

Dimensões. Institucionalização. Entrevistado

8-9 Porque é que as pessoas são de cores diferentes? Porque é que não tenho um papá? Porque é que a avó tem rugas?

Risco não é rabisco: Acidentes em escadas rolantes. Acidentes em Escadas Rolantes

Versão PICTOGRÁFICA (SPC)

Vinicius não quer ovo de páscoa

Quando Cristiane era criança ela adorava bate nos coleguinhas de aula,adorava aprontar com todo mundo,cristiane não brincava de Barbie ela Brincava

Projeto Pedagógico Como falar sobre família. Como identificar o perfil da sua família. Como falar da relação entre seus membros.

A FAMÍLIA E OS ESTRANGEIROS

A Professora de Horizontologia

JONAS E O GRANDE PEIXE

Colheita Mecanizada de Cana-de-Açúcar em espaçamentos múltiplos. M.Sc. Guilherme Belardo Doutorando (Produção Vegetal) Unesp / Jaboticabal

Evangelismo de Impacto.

LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA BRASILEIRA. Os jovens de hoje em dia

Eu tive três avôs. O avô paterno, Eugênio, não conheci. Soube que trabalhava durante o dia na Usina de Açúcar Santa Helena e à noite dava aulas de

É vedada a reprodução parcial ou integral sem prévia autorização dos autores. Pizzignacco, Tainá Maués Pelúcio. Ficha catalalográfica

ONDE ESTÁ O MEDO? Ficha de Avaliação de Língua Portuguesa 5.º ano. Nome N.º Turma: Data: / / Lê o texto com atenção.

2ª FEIRA 19 de novembro

O Rapaz e a Guitarra Mágica

Seu João é pedreiro Trabalha na construção De casas, prédios e lojas Este é o seu ganha pão.

Pipoca Doce Com Chocolate

O Principezinho, Antoine de Saint-Exupéry

Escrita e ilustrada pelos alunos da Escola Básica do Primeiro Ciclo da Benquerença Ano Lectivo 2008/2009

Suelen e Sua História

Transcrição:

Um dia triste

Era uma segunda-feira, e eu acabei chegando mais tarde no trabalho. Tive que levar meu menino no hospital e me atrasei umas duas horas. Quando desci do o nibus percebi que havia muita gente em volta da obra. Tinha ate corpo de bombeiros! Me acheguei perto de uma roda de gente e vi o Tadeu. Ele estava deitado no cha o sem se mexer. Meu Deus!! O Tadeu caiu do andaime! Pensei. Conversei com os colegas que estavam em volta dele, e foi isso mesmo. Ele se desequilibrou e caiu la de cima. Dava mais de 5 metros de altura! Lembrei que no refeito rio a gente tinha conversado sobre o uso dos equipamentos de seguranc a. O Tadeu falou que na o gostava de usar o cinto de seguranc a. Ele na o gostava de se sentir preso. Quando a ambula ncia chegou e o Tadeu foi levado, todo mundo ficou muito triste, pois a gente na o sabia se ele iria ficar bem ou na o.

A- Converse com os seus colegas sobre: 1- Como podemos convencer nossos colegas a usarem os equipamentos de seguranc a. 2- Os nossos equipamentos de seguranc a esta o em boas condic o es? 3- Ha equipamentos mais importantes do que outros? B- Discuta com os seus colegas sobre as seguintes frases do texto sobre o acidente com o Tadeu. 1- Na frase...tinha ate corpo de bombeiros... e possı vel escrever Havia ate corpo de bombeiros? Quando e que usamos o verbo ter (tinha) e o verbo haver (havia)? 3- O corpo de bombeiros tambe m oferece o servic o de ambula ncia? 4- Quando acontece um acidente, quem devemos chamar? O que a gente pode fazer com o acidentado enquanto o socorro na o chega? 4- Na orac a o: Me acheguei perto de uma roda de gente e vi o Tadeu. A palavra acheguei pode ser substituı da sem mudar o sentido da orac a o? 5- Qual palavra voce escolheria para ser usada no lugar de acheguei? 6- Na orac a o Dava mais de 5 metros de altura! e a mesma coisa se escrever que o Tadeu caiu de uma altura de mais de 5 metros. 7- Por que que quando conversamos a gente usa uma linguagem diferente da linguagem escrita? Qual e a linguagem correta?

O FILHO DO BOTO A vida nunca foi fácil naquele canavial. Principalmente se você fosse boia-fria e o dinheiro da farinha só fosse mais ou menos garantido na época do plantio e da colheita. Aquele terreno íngreme do Brejo paraibano não favorecia a mecanização e, pelo menos em alguns meses do ano havia emprego garantido. O mais estranho, no entanto, é que quem mais reclamava da vida era o dono da usina que moía a cana para a produção de aguardente e do açúcar para regular a glicose dos incautos que bebiam um pouco ou muito mais. Jonas era um desses viventes dessas cercanias que viviam do trabalho temporário na lida de plantar e colher a cana alheia. Não bebia e talvez por isso o açúcar que usava era só para quebra o amargor do café ou do suco de tamarindo. No mais um naco de rapadura ou um doce de jaca, quando era época da fruta. Para ele a vida já era doce demais com sua mulher Carminha e a sua filha Dorinha, sua princesinha amorenada. Apesar dos sinais de mulher há tempo já tivessem aparecido nela, a tratava como criança. Dos bens materiais que podia lhe dar, dava-lhe tudo, do carinho e do amor, tudo isso e muito mais. O dono da usina, homem dado a experimentar dos produtos das suas safras, no entanto, já havia percebido as transformações da menina e não parava de rodeá-la com mimos e gentilezas. Jonas só percebeu outras transformações. É que desde uma visita a sua avó,

caminho que passava em um canavial perto da sede do engenho, Dorinha, outrora feliz e faladora, tinha se aquietado, andando feito sombra no cantos da casinha de pau à pique onde moravam. Mas foi quando seu vestido encurtou e a barriga mostrou os primeiros arredondamentos que Jonas se atinou para os acontecimentos. Carminha se assustou quando ele pegou a velha garrucha que guardava no baú e o facão afiado que usava na colheita. Pegou no seu braço e implorou: - Onde tu vai homem de Deus? - Me solta, mulher, que boto não passeia em canavial...