MANUAL DO ADVOGADO EM INÍCIO DE CARREIRA. 1ª Edição



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MANUAL DO ADVOGADO EM INÍCIO DE CARREIRA 1ª Edição

Manual do Advogado em Início de Carreira OAB/TO 1ª Edição 1

Ordem dos Advogados do Brasil Seção do Tocantins Presidente Epitácio Brandão Lopes Vice-presidente Rubens Dario Lima Câmara Secretário-Geral Paulo Saint-Martin de Oliveira Secretária-Geral-adjunta Heloísa Maria Teodoro Cunha Diretor-Tesoureiro Pompílio Messias Lustosa Sobrinho Endereço Quadra 201 Norte, Conjunto III, Lts. 1 e 2, Palmas - TO, CEP: 77.001-132 Tel.: (63) 3212-9600 / Fax.: (63) 3212-9601 E-mail: oab@oabto.org.br Comissão de Apoio aos Advogados em Início de Carreira Pablo Araujo Macedo Presidente Brisa Costa Ayres Rodrigues Vice-Presidente Adriano Coraiola Secretário-Geral 2

Caros Colegas, É uma honra para a Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional do Tocantins trabalhar em prol dos Jovens Advogados deste Estado, mas é, antes de tudo, um serviço que merece toda dedicação ao ensino jurídico e a real função deste ensino que é a crença na transformação da sociedade pelo Direito, por meio do conhecimento. Este manual destina-se prioritariamente aos Advogados em Início de Carreira, mas também a todos aqueles que amam o direito e, portanto, procuram conhecê-lo com profundidade. O Direito é a maior arma na luta pela justiça, modifica vidas e a sociedade. É importante lembrar que não somos mais uma classe tão pequena, portanto precisamos evoluir com as novas realidades da advocacia. Ciente de nossas responsabilidades é que a OAB Tocantins tem trabalhado incansavelmente pela melhoria e ampliação dos serviços e benefícios oferecidos aos profissionais da atualidade e as futuras gerações da nossa classe. O meu sincero obrigado a todos os advogados e advogadas do Tocantins que são os incentivadores do nosso trabalho. Epitácio Brandão Presidente da OAB Tocantins 3

Mensagem da Comissão de Apoio aos Advogados em Início de Carreira Inicialmente, é uma honra poder contribuir com a classe de advogados do Estado do Tocantins, em especial os em início de carreira, esses que escolheram essa belíssima profissão. Destaco a importância, deste Manual para toda a classe, sobretudo aos recém aprovados no exame da ordem, e que irão seguir a carreira com afinco e dedicação, pois nele está contido as principais informações necessárias a todo novo advogado. Por oportuno, estendo a toda Comissão do Apoio aos Advogados em Início de Carreira da OAB/TO esta dedicação e amor pela advocacia, a fim de aperfeiçoar os novos colegas de uma maneira prática e eficaz, vez que o tempo está cada vez mais escasso. Saibam que não irão trilhar uma carreira fácil, onde para todo e qualquer objetivo faz-se necessário muita dedicação e foco, no qual, tal vocação necessita do seu tempo de forma integral. A advocacia tocantinense está de braços abertos para acolhê-los, pois o intuito é crescermos juntos com a Ordem para uma prestação jurisdicional mais célere e eficaz, contando com as dificuldades enfrentadas. Por fim, faça bom proveito do referido manual que contem as principais informações a todo advogado(a) em início de carreira, conclamo para continuar nessa tão honrosa profissão onde semeamos hoje para colhermos amanhã. Pablo Araujo Macedo Presidente da Comissão Brisa Costa Ayres Rodrigues Vice-Presidente Adriano Coraiola Secretário-Geral 4

Sumário 1.! PROCESSO ELETRÔNICO - COMO CADASTRAR E UTILIZAR O PROCESSO ELETRÔNICO!...!6! 1.1 Sistemas Operacionais do Processo Eletrônico... 6 1.1.1 Na Justiça Estadual E-PROC... 7 1.1.2 Na Justiça do Trabalho PJE... 8 1.1.3 Na Justiça Federal E-PROC 1º GRAU... 10 1.1.4 Na Justiça Federal E-CINT JUIZADOS... 10 1.1.5 No Supremo Tribunal Federal (e-stf)... 11 1.1.6 No Supremo Tribunal Federal (e-stj)... 11 1.2 Intimações nos Processos Eletrônicos.... 12 1.2.1 O Que é Certificado Digital?... 12 1.2.2 O que é Assinatura Digital?... 13 1.2.3 Como obter um certificado digital?... 13 2.! CÓDIGO DE ÉTICA E DISCIPLINA - A ÉTICA NA ADVOCACIA!...!14! 2.1 Dicas Sobre Publicidade na Advocacia e Condutas Admitidas... 17 2.2 Condutas Não Admitidas... 17 3.! DIREITOS E PRERROGATIVAS DA ADVOCACIA!...!21! 4.! APARÊNCIA PESSOAL DO ADVOGADO!...!27! 4.1 Postura em Audiência... 27 5.! RELACIONAMENTO COM O CLIENTE!...!30! 5.1 Como deve ser o primeiro contato com o cliente... 31 5.2 Como Fixar Honorários Advocatícios... 32 6.! SOCIEDADE DE ADVOGADOS!...!34! 7.! CONHECENDO A OAB/TO!...!39! 7.1 CAATO... 39 8.! MODELOS!...!41! 8.1 Procuração... 41 8.2 Contrato Profissional... 42 8.3 Substabelecimento (com ou sem reserva)... 43 8.4 Declaração de Hipossuficiente... 43 5

1. PROCESSO ELETRÔNICO - COMO CADASTRAR E UTILIZAR O PROCESSO ELETRÔNICO O projeto de Lei 5.828 de 11 de janeiro de 1973, que deu origem a Lei 11.419/06, não foi a primeira iniciativa admitida em lei para introduzir a práticade atos processuais por meio eletrônico. Em 1991, o art. 58, IV, da Lei do Inquilinato, já permitia a possibilidade do uso do telex ou do facs-símile para a realização de citação, intimação/notificação de pessoa jurídica ou firmaindividual. Porém, o que se entende como marco inicial para a admissão davia eletrônica como meio hábil para prática de atos processuais a distância,foi a edição da Lei 9.800/99. Com aproximadamente dois anos da vigência da Lei 9.800/99, foi promulgada a Lei 10.259/2001, que cria e disciplina os Juizados Federais, trazendoainda novidades que aceleraram a informatização perante os órgãos da Justiça Federal. Contudo, somente em dezembro de 2006 é que foi promulgadaa Lei n.º 11.419, que dispõe sobre a informatização do processo judicial;altera a lei n.º 5.869, Código de Processo Civil; e dá outras providências. Com advento da Lei 11.419, de 19 de dezembro de 2006, vários estadosimplantaram e criaram normas para o funcionamento do processo eletrônicono âmbito de suas competências. No Estado do Tocantins iniciou, por meio da Resolução Nº 5, de 17 de março de 2007, implantando inicialmente o processo virtual nos juizados especiais (PROJUDI). Somente em 15 de fevereiro de 2011, por meio da Resolução de nº 01, é que foi autorizada a expansão nas demais unidades judiciárias do Estado, em primeiro e segundo graus de jurisdição, com a implantação do sistema de processo eletrônico E-PROC, regulamentado pela Resolução nº 25, de 15 de dezembro de 2010. 1.1 Sistemas Operacionais do Processo Eletrônico Atualmente, existem vários programas operacionais do processo eletrônico, sendo que cada um deles possui requisitos e peculiaridades a parte. 6

1.1.1 Na Justiça Estadual E-PROC O Tribunal de Justiça do Tocantins está disponível em todas as comarcas judiciárias do Estado em primeira e segunda Instância. O sistema é interligado com a internet, por isso o computador deve ter acesso livre, sem restrições a essa rede mundial. Para que o sistema funcione sem dar qualquer tipo de erro ou problema, é extremamente recomendada a utilização do navegador: Mozilla Firefox. Para a utilização desse sistema, o advogado deverá se cadastrar no sistema, além de instalar os softwares recomendados. - Como se cadastrar no E-PROC/TJTO: O cadastro do advogado no E-PROC se dá em duas etapas. 1º PASSO Realizar o pré-cadastro do advogado Entre no sistema E-PROC em seguida clique no item "Pré-Cadastro de usuário" ou clique aqui, coloque o numero do seu CPF e clique em consultar. Se você ainda não tem seus dados cadastrados no Tribunal de Justiça do Tocantins, aparecerá um formulário, preencha TODOS os campos e clique em salvar. Caso já tenha seus dados no sistema apenas siga para o próximo passo. Obs.: o campo de CONTATO - TELEFONE e E-MAIL são obrigatórios, pois caso haja alguma divergência em seus dados entraremos em contato e é através do seu E-MAIL que enviaremos os dados de LOGIN (USUARIO E SENHA) para o devido acesso após a validação. 2ª PASSO Entrega de documentação para validação do cadastro O advogado deverá levar sua documentação presencialmente ou enviar a documentação devidamente autenticada via Correios para o TJ/TO, segue abaixo os documentos e endereço: DOCUMENTOS: Cópias do RG, CPF e identificação profissional ou documento funcional, AUTENTICADOS. ENDEREÇO: Protocolo do Tribunal de Justiça - Diretoria Judiciária, Palácio da Justiça Rio Tocantins - Praça dos Girassóis, s/n - Palmas - TO, CEP: 77.001-002. Obs.: não serão aceitos documentos enviados por e-mail, somente via CORREIOS ou PRESENCIALMENTE. Contato para obter usuário e senha do sistema (63) 3218-4481 Contatos Suporte E-Proc: (63) 3218-4388/4248 e Plantão: (63) 9989-1766. 7

1.1.2 Na Justiça do Trabalho PJE O Processo Judicial Eletrônico (PJE), sistema de informática desenvolvidopelo CNJ em parceria com os Tribunais para a automação do Judiciário, foi lançado oficialmente em 21 de junho de 2011, pelo então presidente do CNJ, Cezar Peluso. O objetivo principal é manter um sistema de processo judicial eletrônico capaz de permitir a prática de atos processuais, assim como o acompanhamento desse processo judicial, independentemente de o processo tramitar na Justiça Federal, na Justiça dos Estados, na Justiça Militar dos Estados e na Justiça do Trabalho. O CNJ pretende convergir os esforços dos Tribunais brasileiros para a adoção de uma solução única, gratuita para os próprios Tribunais e atenta para requisitos importantes de segurança e de interoperabilidade, racionalizando gastos com elaboração e aquisição de softwares e permitindo o emprego desses valores financeiros e de pessoal em atividades mais dirigidas à finalidade do Judiciário: resolver os conflitos. Para a utilização do sistema faz-se necessário o CERTIFICAÇÃO DIGITAL tanto para advogados, quanto para magistrados, servidores ou partes que precisarem atuar nos novos processos. Para mais informações sobre o PJe, no site:http://www.cnj.jus.br/programasde-a-a-z/sistemas/processo-judicial-eletronico-pje Para utilizar o sistema PJE-JT com bom desempenho, deverão ser atendidos os requisitos de hardware e software. - Requisitos de hardware (máquina) Os requisitos mínimos de hardware são os mesmos exigidos para o funcionamento dos softwares descritos no item seguinte. Todavia, recomenda-se o uso de equipamento com rápido processamento e velocidade de comunicação, ampliando a performance do sistema e evitando lentidão, travamentos e perda de informações. Para uso do sistema será necessária a leitora de cartão: Dispositivo para leitura do smartcard para fazer a autenticação do usuário. Pode ser necessária a instalação de um programa (driver) para ele funcionar (normalmente, vem junto com o dispositivo ou pode ser baixado da Internet) ou token. - Requisitos de software (programas) Para um bom funcionamento do sistema PJe recomenda-se: Sistemas Operacionais: Windows XP, 2003, Vista ou 7 (Seven) 32 bits, Mac OS X ou Linux. Usar o Navegador Firefox, que pode ser baixado de http://www.mozilla.org/pt-br/firefox/new/; 8

Configurar seu navegador de internet (Firefox) para desbloquear as pop-ups. Faça isso no menu ferramentas/opções/conteúdo; Verificar se o seu certificado digital está funcionando corretamente no navegador Firefox. Indicamos o site da Receita Federal (Sistema e-cac) http://www.receita.fazenda.gov.br/atendvirtual/defaultatendcertdigital.h tm para realizar o teste com o seu certificado digital; Atualizar ou instalar a versão do Java Runtime (JRE) A janela do "Sobre" indicará qual versão Java está rodando na máquina. - Como se cadastrar no PJE: Para se cadastrar no PJE é preciso possuir um Certificado Digital, e ter alguns programas necessários instalados em seu computador. Instale o drive da sua leitora de cartão, programa que normalmente acompanha o produto. Instale o SafeSign, que é o programa responsável pela administração do seu certificado digital.o Programa poderá ser baixado gratuitamente de http://www.certisign.com.br/atendimento-suporte/downloads/leitoras. Prefira a versão mais recente. Instale a cadeia de certificação da ICP-Brasil, que poderá ser instalada a partir do site da Autoridade Certificadora que emitiu seu certificado. Instale a cadeia de certificação da Autoridade Certificadora que emitiu seu certificado digital; por exemplo, para os certificados emitidos, pela Certisign, visite o site http://www.certisign.com.br/atendimentosuporte/downloads/hierarquias Após as operações acima, estará o ambiente da sua máquina pronto para fazer o cadastro e a navegação no PJe. No primeiro acesso ao PJe será necessário assinar digitalmente um Termo de Compromisso de uso do sistema e as implicações legais. Após esta fase, faça seu primeiro login. Para usuários de Linux e Mac OS X, a applet de assinatura, quando do primeiro acesso, tentará identificar automaticamente o driver de controle PKCS11 de seu dispositivo criptográfico. Não encontrando, será exibida uma janela de seleção de arquivo em que será necessário indicar o nome desse driver, no linux, será um arquivo "NOME_DO_DRIVER.so", e no Mac OS X, coloque o caminho /usr/local/lib/libaetpkss.dylib. Esses drivers são fornecidos por quem vendeu o dispositivo criptográfico e são específicos para o dispositivo e sistema operacional. Caso a detecção automática não funcione ou o arquivo selecionado pelo usuário não dê acesso ao dispositivo, será necessário criar o arquivo ~/.pje/pkcs11.conf, ou seja, um arquivo de texto com nome pkcs11.conf, no diretório.pje do diretório "HOME" do usuário. O caminho e o nome do driver deve ser obtido pelo usuário de seu fornecedor de dispositivo criptográfico. O CNJ criou um Manual para o Advogado, visando a prestar todas as informações necessárias ao Advogado para realizar todos os procedimentos dentro do Sistema PJE, que pode ser obtido no link, a seguir: http://pje.csjt.jus.br/manual/index.php/ Manual_Advogado 9

1.1.3 Na Justiça Federal E-PROC 1º GRAU E-PROC (Processo Eletrônico): Sistema de Processo Eletrônico da Justiça Federal e do Tribunal Regional Federal da 1ª Região. Para utilização desse sistema não é necessário ter adquirido o certificado digital, uma vez que o sistema não aceita documento assinado digitalmente. A solicitação do cadastro é feita pelo próprio usuário, através do site da Justiça Federal (http://portal.trf1.jus.br/portaltrf1/processual/cadastro-de-representante-de-advogado). Para ativar o cadastro efetuado, o advogado deverá comparecer pessoalmente, munido da Carteira da OAB, na Seção de Distribuição de uma das Subseções Judiciárias do Estado do Tocantins, a fim de liberar a sua senha. Por ocasião de seu comparecimento nesta Seção, deverá preencher um Termo de Adesão ao processo eletrônico, que ficará guardado na unidade que efetuou o cadastramento. - Para encaminhar uma petição inicial eletrônica, você deve seguir os seguintes passos:! Na página do processo eletrônico inserir LOGIN e SENHA;! Clicar em petição inicial ;! Preencher informações preliminares: local da ação, valor da causa, tipo da ação e nível de sigilo, e clicar em próxima ;! Selecionar Assunto de Processo e clicar em próxima (podem ser cadastradosassuntos principais e secundários);! Cadastrar parte Autora caso não seja localizado pelo CPF, deverá clicar em novo. Inserir todos os dados obrigatórios e salvar cadastro. Após clicar em incluir e em seguida em próxima ;! Cadastrar parte requerida escolha uma ou mais entidades, podem serpessoas físicas ou jurídicas; após, clicar em próxima ;! Inserir documentos procure o arquivo, selecione o tipo de arquivo e se necessário escreva observação pertinente e clique em próxima ;! Pronto, o processo foi distribuído, gerando automaticamente o número do processo;! Imprimir o extrato para garantia de protocolo. 1.1.4 Na Justiça Federal E-CINT JUIZADOS Para acesso ao e-cint faz-se necessário comparecer a sede do Juizado Especial Federal da 1ª Região, localizado na Seção Judiciária do Tocantins, Palmas, preencher um 10

formulário, no qual, será entregue em cartório, e recebimento de uma senha de acesso. As demais informações são as mesmas do e-proc da 1ª Região, exceto quanto as intimações, que serão abordadas em item próprio abaixo. 1.1.5 No Supremo Tribunal Federal (e-stf) Supremo Tribunal Federal. e-stf (Processo Eletrônico): sistema de protocolo eletrônico de petições no Para a utilização desse sistema, deve ser adquirido o certificado digital. Assim que disponível e instalado o certificado e os softwares necessários no seu computador, o advogado deverá se cadastrar no sistema, bastando acessar (através do internet explorer) o site http://www.stf.jus.br, e clicarem e-stf (Processo Eletrônico). - Para encaminhar uma petição inicial eletrônica, você deve seguir os seguintes passos:! Inserir o drive da leitora de cartões no seu computador;! Inserir sua carteira profissional com chip na leitora de cartões;! Converter o arquivo para PDF e assinar eletronicamente;! Após, clicar em acesso ao serviço ;! Clicar em peticionamento e selecionar o tipo de petição;! Inserir dados solicitados pelo sistema;! Selecionar e incluir documentos assinados eletronicamente;! Clicar em salvar documento;! Pronto, sua petição foi encaminhada. 1.1.6 No Supremo Tribunal Federal (e-stj) Superior Tribunal de Justiça. e-stj (Processo Eletrônico): sistema de protocolo eletrônico de petições no Para a utilização desse sistema, deve ser adquirido o certificado digital. Assim que disponível e instalado o certificado e os softwares necessários no seu computador, o advogado deverá se cadastrar no sistema, bastando acessar (através do internet explorer) o site http://www.stj.jus.br, e clicarem e-stj (processo eletrônico). - Para encaminhar uma petição inicial eletrônica, você deve seguir os seguintes passos:! Inserir o drive da leitora de cartões no seu computador ou token;! Inserir sua carteira profissional com chip na leitora de cartões ou token; 11

! Converter o arquivo para PDF e assinar eletronicamente;! Selecionar a opção advogado e escolher o certificado digital ;! Inserir os dados solicitados pelo sistema;! Selecionar o tipo de petição, nome da parte peticionante, anexar petição e documentos e clicar em confirmar ;! Pronto, sua petição foi encaminhada eletronicamente. 1.2 Intimações nos Processos Eletrônicos. Em alguns Tribunais as intimações continuam sendo feitas por meio do Diário da Justiça Eletrônico (DJe), ex: PJe e Justiça Comum Federal enquanto que em outros, as intimações são feitas através de portal próprio (e-proc TJTO), conforme artigo 5 da Lei 11.419/2006. Consulte o Tribunal específico a respeito do assunto. 1.2.1 O Que é Certificado Digital? É a atividade de reconhecimento em meio eletrônico que se caracteriza pelo estabelecimento de uma relação única, exclusiva e intransferível entre uma chave de criptografia e uma pessoa física, jurídica, máquina ou aplicação. Esse reconhecimento é inserido em um Certificado Digital, por uma Autoridade Certificadora. (Glossário ICP-Brasil). Em outras palavras, é um documento eletrônico que identifica/valida documentos de pessoas físicas ou jurídicas fazendo o uso de criptografia, tecnologia que assegura o sigilo e autenticidade das informações dos documentos. Este certificado pode ser emitido por um advogado devidamente inscrito na OAB e é armazenado no chip de sua carteira profissional. Existem inúmeras entidades certificadoras autorizadas (tal como e-cpf ou e- CNPJ), contudo a entidade responsável pela regularização e certificação digital do advogado é a Certising. Esta certificação é utilizada para assinatura de documentos eletrônicos (petições, contratos, parecer, entre outros) dando a estes a presunção de veracidade esculpida no art. 131 do Código Civil. A Certificação Digital possibilita que o advogado se identifique e pratique atos 12

no meio eletrônico sem o uso de papel. 1.2.2 O que é Assinatura Digital? É o código anexado ou logicamente associado a uma mensagem eletrônica que permite de forma única e exclusiva a comprovação da autoria de um determinado conjunto de dados (um arquivo, um e-mail ou uma transação). A Assinatura Digital comprova que a pessoa criou ou concorda com um documento assinado digitalmente, como a assinatura de próprio punho comprova a autoria de um documento escrito. A verificação da origem do dado é feita com a chave pública do remetente. (Glossário ICP-Brasil). 1.2.3 Como obter um certificado digital? O Certificado Digital do tipo A3 que é exigido para o Processo Eletrônico pode ser adquirido por qualquer cidadão, empresa ou entidade diretamente de qualquer uma das Autoridades Certificadoras (ACs) que integram a chamada Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileiras (ICP-Brasil). A Ordem dos Advogados do Brasil recomenda a obtenção do Certificado Digital da Autoridade Certificadora da OAB (AC-OAB) através dos sites: http://www.oab.org.br/ac_oab/default.htmh ou http://www.identidadedigital.com.br/acoabco Após o preenchimento do cadastro e pagamento do valor referente à aquisição do Certificado Digital, haverá necessidade do interessado agendar data para se dirigir a uma Autoridade de Registro (AR), podendo dirigir-se aos locais de validação mediante agendamento prévio, onde será identificado mediante a apresentação de documentos pessoais como a cédula de identidade profissional expedida pela OAB e comprovante de residência em originais e cópias. O futuro titular do certificado deverá comparecer pessoalmente, uma vez que este documento eletrônico será a sua "carteira de identidade" no mundo virtual. 13

2. CÓDIGO DE ÉTICA E DISCIPLINA - A ÉTICA NA ADVOCACIA Para que a função social da advocacia seja alcançada em toda sua plenitude, a sociedade assegura aos advogados um rol de direitos e prerrogativas profissionais, as quais darão a estes profissionais a necessária independência e inviolabilidade. No entanto, o mesmo interesse público, que motiva a concessão de direitos e prerrogativas legais aos advogados, exige que a atuação destes profissionais se faça com rigorosa observância de preceitos ético-disciplinares. Assim é que o artigo 31 do Estatuto da Advocacia diz que o advogado deve proceder de forma que o torne merecedor de respeito e que contribua para o prestígio da classe e da advocacia, dispondo o artigo 33 que o advogado obriga-se a cumprir rigorosamente os deveres consignados no Código de Ética e Disciplina. No seu artigo 34, o próprio Estatuto fixa as práticas que configuram infrações disciplinares, e para as quais se estabelecem punições que vão da advertência até a exclusão dos quadros da OAB. Reconhecidamente, a Ordem dos Advogados é uma instituição de classe que age com rigor contra os que se afastam dos preceitos ético-disciplinares, não tendo lugar qualquer corporativismo, sob pena de prejudicial desvalorização da profissão. E a Ordem atua desta forma, não apenas em razão da cobrança da sociedade, mas porque assim exigem os próprios advogados, que extraem de uma conduta digna apresentada pela classe, legitimação moral para cobrar, de todos, em especial das autoridades, o incondicional respeito aos direitos e prerrogativas que a Lei confere à advocacia. Para nortear o advogado em sua conduta profissional, temos o Estatuto da Advocacia e da Ordem dos Advogados do Brasil, lei nº 8.906/94, além do Código de Ética e Disciplina da OAB, instituído pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil. O Estatuto da Advocacia determina que o advogado é obrigado a cumprir o Código de Ética e Disciplina. Este se norteou por princípios que formam a consciência profissional do advogado e representam imperativos de sua conduta: Lutar sem receio pelo primado da Justiça; Pugnar pelo cumprimento da Constituição e pelo respeito à Lei, fazendo com que esta seja interpretada com retidão, em perfeita sintonia com os fins sociais a que se dirige e as exigências do bem comum; Ser fiel à verdade para poder servir à Justiça como um de seus elementos essenciais; 14

Proceder com lealdade e boa fé em suas relações profissionais e em todos os atos do seu ofício; Empenhar-se na defesa das causas confiadas ao seu patrocínio, dando ao constituinte o amparo do Direito, e proporcionando-lhe a realização prática de seus legítimos interesses; Comportar-se, nesse mister, com independência e altivez, defendendo com o mesmo denodo humildes e poderosos; Exercer a advocacia com o indispensável senso profissional, mas também com desprendimento, jamais permitindo que o anseio de ganho material sobreleve à finalidade social do seu trabalho; Aprimorar-se no culto dos princípios éticos e no domínio da ciência jurídica, de modo a tornar-se merecedor da confiança do cliente e da sociedade como um todo, pelos atributos intelectuais e pela probidade pessoal; Agir, em suma, com a dignidade das pessoas de bem e a correção dos profissionais que honram e engrandecem a sua classe. As principais infrações ético-disciplinares cometidas pelos advogados são: Exercer a profissão quando impedido de fazê-lo; Valer-se de agenciador ou captador de causas; Violar, sem justa causa, sigilo profissional; Estabelecer entendimento com a parte adversa sem autorização do cliente ou ciência do advogado contrário; Prejudicar, por culpa grave, interesse confiado ao seu patrocínio; Locupletar-se por qualquer forma, à custa do cliente ou da parte adversa, por si ou interposta pessoa; Receber valores, da parte contrária ou de terceiro, relacionados com o objeto do mandato, sem expressa autorização do constituinte; Recusar-se, injustificadamente, a prestar contas ao cliente de quantias recebidas dele ou de terceiros por conta dele. O Advogado deve uma pormenorizada prestação de contas ao cliente, não excluindo outras prestações solicitadas pelo cliente a qualquer momento, e devolver os bens, valores e documentos recebidos no exercício do mandato, nos termos do artigo 9º do Código de Ética; Reter abusivamente ou extraviar autos recebidos com vista ou sem confiança; Abandonar a causa sem justo motivo ou antes de decorridos 10 dias da comunicação da renúncia; Fazer em nome do constituinte, sem autorização escrita deste, imputação a terceiro de fato definido como crime; O Advogado não deve aceitar procuração de quem já tenha patrono constituído, sem prévio conhecimento deste, salvo por motivo justo ou para adoção de medidas judiciais urgentes e inadiáveis; Incidir em erros reiterados que evidenciem inépcia profissional; Manter conduta incompatível com a advocacia; Falta de celebração de contrato escrito o contrato escrito de prestação de serviços advocatícios deve estabelecer o trabalho a ser realizado pelo advogado, o valor e a forma de pagamento dos honorários advocatícios e 15

determinar de quem será a responsabilidade pelo pagamento das custas e despesas processuais, entre elas o transporte, alimentação e hospedagem do advogado; Vincular o seu nome a empreendimentos de cunho manifestadamente duvidoso; Cobrar honorários advocatícios menores do que o previsto na Tabela de Honorários da OAB; Deixar de aconselhar o cliente a não ingressar em aventura judicial. Estas condutas acima não são aceitas. O profissional deve evitá-las de todas as maneiras possíveis. As sanções disciplinares consistem em: Censura Suspensão, pelo prazo de 30 dias a 12 meses, podendo perdurar em alguns casos até que o advogado satisfaça integralmente a dívida, e até que preste novas provas de habilitação. Exclusão Multa, variável entre o mínimo do valor de uma anuidade e o máximo de seu décuplo, podendo ser aplicada cumulativamente a censura ou suspensão, em havendo circunstâncias agravantes. É importante ressaltar que além da responsabilidade disciplinar, o advogado responde civilmente pelos danos que causar ao cliente, em virtude de dolo ou culpa (art. 32 do Estatuto). A responsabilidade civil do advogado assenta-se nos seguintes elementos: a) o ato (ou omissão) de atividade profissional; b) o dano material ou moral; c) o nexo de causalidade entre o ato e o dano; d) a culpa ou dolo do advogado; e) a imputação da responsabilidade civil ao advogado. O advogado, ao observar o seu comportamento no mercado e na sociedade, deve observar também a maneira como ele divulga seu serviço. O tema que trata de publicidade do advogado é disciplinado pelo Código de Ética e Disciplina da OAB nos artigos 29 a 34. Também regulamenta o tema o provimento 94/2000 do Conselho Federal da OAB. O profissional que desejar uma análise aprofundada sobre o tema deverá ler as normas acima citadas, além de pesquisar a jurisprudência do Conselho Federal e Tribunais de Ética de todo país. Assim, segue abaixo algumas dicas sobre o tema. Lembrando que estas sugestões são apenas um resumo sobre a matéria, não se almejando esgotar o tema. 16

2.1 Dicas Sobre Publicidade na Advocacia e Condutas Admitidas O advogado pode anunciar os seus serviços profissionais com discrição e moderação, para finalidade exclusivamente informativa, vedada a divulgação em conjunto com outra atividade. O anúncio deve mencionar o nome completo do advogado e o número da inscrição da OAB. É vedada a denominação de fantasia. O anúncio sob a forma de placas, na sede profissional ou na residência do advogado, deve observar discrição quanto ao conteúdo, forma e dimensões, sem qualquer aspecto mercantilista, vedada a utilização de outdoor ou equivalente. O uso das expressões escritório de advocacia ou sociedade de advogados deve estar acompanhado da indicação de número de registro na OAB ou do nome e do número de inscrição dos advogados que o integrem. O advogado que eventualmente participar de programa de televisão ou de rádio, de entrevista na imprensa, de reportagem televisionada ou de qualquer outro meio, para manifestação profissional, deve visar a objetivos exclusivamente ilustrativos, educacionais e instrutivos, sem propósito de promoção pessoal ou profissional, vedados pronunciamentos sobre métodos de trabalho usados por seus colegas de profissão. São admitidos como veículos de informação publicitária da advocacia: a) Internet, fax, correio eletrônico e outros meios de comunicação semelhantes; b) revistas, folhetos, jornais, boletins e qualquer outro tipo de imprensa escrita; c) placa de identificação do escritório; d) papéis de petições, de recados e de cartas, envelopes e pastas. São meios lícitos de publicidade da advocacia: a) a utilização de cartões de visita e de apresentação do escritório, contendo, exclusivamente, informações objetivas; b) a placa identificativa do escritório, afixada no local onde se encontra instalado; c) o anúncio do escritório em listas de telefone e análogas; d) a comunicação de mudança de endereço e de alteração de outros dados de identificação do escritório nos diversos meios de comunicação escrita, assim como por meio de mala-direta aos colegas e aos clientes cadastrados; e) a menção da condição de advogado e, se for o caso, do ramo de atuação, em anuários profissionais, nacionais ou estrangeiros; f) a divulgação das informações objetivas, relativas ao advogado ou à sociedade de advogados, com modicidade, nos meios de comunicação escrita e eletrônica. 2.2 Condutas Não Admitidas O anúncio não deve conter fotografias, ilustrações, cores, figuras, 17

desenhos, logotipos, marcas ou símbolos incompatíveis com a sobriedade da advocacia, sendo proibido o uso dos símbolos oficiais e dos que sejam utilizados pela Ordem dos Advogados do Brasil. São vedadas referências a valores dos serviços, tabelas, gratuidade ou forma de pagamento, termos ou expressões que possam iludir ou confundir o público, informações de serviços jurídicos suscetíveis de implicar, direta ou indiretamente, captação de causa ou clientes, bem como menção ao tamanho, qualidade e estrutura da sede profissional. Considera-se imoderado o anúncio profissional do advogado mediante remessa de correspondência a uma coletividade, salvo para comunicar a clientes e colegas a instalação ou mudança de endereço, a indicação expressa do seu nome e escritório em partes externas de veículo, ou a inserção de seu nome em anúncio relativo a outras atividades não advocatícias, faça delas parte ou não. O anúncio de advogado não deve mencionar, direta ou indiretamente, qualquer cargo, função pública ou relação de emprego e patrocínio que tenha exercido, passível de captar clientela. Não são admitidos como veículos de publicidade da advocacia: a) rádio e televisão; b) painéis de propaganda, anúncios luminosos e quaisquer outros meios de publicidade em vias públicas; c) cartas circulares e panfletos distribuídos ao público; d) oferta de serviços mediante intermediários. Não são permitidos ao advogado em qualquer publicidade relativa à advocacia: a) menção a clientes ou a assuntos profissionais e a demandas sob seu patrocínio; b) referência, direta ou indireta, a qualquer cargo, função pública ou relação de emprego e patrocínio que tenha exercido; c) emprego de orações ou expressões persuasivas, de auto engrandecimento ou de comparação; d) divulgação de valores dos serviços, sua gratuidade ou forma de pagamento; e) oferta de serviços em relação a casos concretos e qualquer convocação para postulação de interesses nas vias judiciais ou administrativas; f) veiculação do exercício da advocacia em conjunto com outra atividade; g) informações sobre as dimensões, qualidades ou estrutura do escritório; h) informações errôneas ou enganosas; i) promessa de resultados ou indução do resultado com dispensa de pagamento de honorários; j) menção a título acadêmico não reconhecido; k) emprego de fotografias e ilustrações, marcas ou símbolos incompatíveis com a sobriedade da advocacia; l) utilização de meios promocionais típicos de atividade mercantil. Assim, cabe ao advogado atuar com extrema vinculação aos preceitos do Código de Ética e Disciplina da OAB e do Estatuto da Advocacia e da OAB. O advogado deve ir além, uma vez que não basta aplicá-lo, mas tem de defendê-lo, invocando-o a todo o momento em que, diante de si, demonstrarem-se condutas que desmereçam as ciências jurídicas. 18

Não com menos importância, também destacá-lo intensamente nos meios que frequentar, estimulando a todos operadores do direito a sua fiel observância. Somente assim o advogado contribuirá para o engrandecimento e respeito da advocacia. E para a evolução e defesa da sociedade. A planilha a seguir ilustra de forma didática, como o advogado deverá agir quanto à publicidade e a divulgação dos serviços advocatícios, nos termos do Art. 1º, 3º; 14; 34, XIII do EOAB, dos Arts. 28 a 34 do Código de Ética e do Provimento nº 94/2000 do Conselho Federal. 19