Serviço de Orientação Pedagógica à Educação Especial - SEME

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Transcrição:

Serviço de Orientação Pedagógica à Educação Especial - SEME

Perda total ou parcial de visão de ambos os olhos, variando conforme o nível visual da seguinte forma: Cegueira Ausência total de visão até a perda da percepção luminosa.

Visão Subnormal ou Baixa Visão Comprometimento do funcionamento visual de ambos os olhos, mesmo após tratamento ou correção. Possui resíduos visuais que permitem a leitura de textos impressos ampliados e ou com o uso de recursos ópticos.

Acuidade visual reduzida: A criança apresenta dificuldade para ver de longe, precisa aproximar-se bastante para poder ver bem pessoas e objetos, mesmo que utilize recursos ópticos. Muitas crianças podem apresentar dificuldades para encontrar objetos, descrever figuras, definir detalhes, formas complexas, identificar cores, letras, ler, escrever e desenhar como as outras crianças.

Campo Visual Restrito Uma criança que enxerga bem tem um campo visual de 180 graus na horizontal e vertical, o que possibilita interagir, localizar-se e orientar-se bem no ambiente. Já as crianças com baixa visão não enxergam bem e terão, por isso, dificuldade para andar, descer e subir escadas e se desviar de obstáculos. A leitura torna-se difícil e lenta.

Sensibilidade à cores e contrastes Há algumas alterações visuais nas quais as crianças são incapazes de distinguir determinadas cores como verde, vermelho, azul, marrom; outras crianças distinguem cores vibrantes, como: amarelo, laranja e verde fluorescente. Há crianças que podem ver objetos, formas e letras com bastante contraste (preto/branco, amarelo/preto, amarelo/azul, roxo/verde e laranja/verde). O professor deve pesquisar, juntamente com a criança qual as corer que ela melhor visualiza.

Adaptação à Iluminação Algumas crianças com baixa visão podem apresentar sensibilidade exagerada à luz, ocasionando desconforto visual, ofuscamento, irritabilidade, lacrimejamento, dor de cabeça e nos olhos. Há entretanto, crianças que necessitam de muita iluminação e luz dirigida aos objetos para que possa enxergar melhor.

As crianças com baixa visão apresentam as mais diferentes condições visuais. É importante que o professor saiba quais as causas da perda visual, seu tipo, as necessidades específicas, como e de que maneira essas crianças podem ver melhor. Para isso, é necessário que a família e a escola recebam informações do oftalmologista.

A catarata é o cristalino opacificado, que impede total ou parcialmente os raios de luz de chegarem à retina, prejudicando a visão.

A mácula é uma pequena área da retina responsável pela visão de detalhes. Quando a mácula é lesada, a visão torna-se embaçada e uma mancha escura cobrindo o centro da visão pode ser percebida.

O glaucoma merece atenção especial por ser degenerativa e poder levar à cegueira. O nervo óptico é a parte do olho que carrega a informação visual até o cérebro. É formado por mais de um milhão de células nervosas. Quando se eleva a pressão no olho, as células nervosas tornam-se comprimidas, o que as danifica, e eventualmente até causa sua morte. A morte destas células resulta em perda visual permanente.

Retinose pigmentar constitui um grupo de doenças da retina que apresentam degeneração gradativa das células sensíveis à luz. Pessoas afetadas podem ter dificuldade de enxergar em locais com pouca luminosidade ou claridade excessiva, perdem progressivamente a visão periférica ou a visão noturna.

É aquela na qual a imagem cai no centro da retina, em uma área chamada mácula, e essa visão é cheia de detalhes. É importante na leitura para perto/longe e nas atividades que exigem percepção de detalhes.

É aquela que se forma na periferia da retina. Essa visão é pouco rica em detalhes, percebe-se a presença dos objetos e movimentos, mas nada nítido. É importante para se locomover, principalmente à noite (com pouca iluminação).

São recursos que possuem lentes como por exemplo óculos especiais, lupas, lentes especiais,... prescritos pelo oftalmologista.

Telessistema Telelupa Lupa de mesa Lupa manual

São Recursos que não possuem lentes, como por exemplo: iluminação, contraste, ampliação, prancha inclinada... de grande utilidade na escola, empregados como recursos didáticos, podendo ser indicados pelo professor

Lápis 6B Prancha Inclinada Caderno com Pauta Ampliada e Espaçada

Caso o aluno tenha dificuldades em copiar as atividades do quadro, a escola / família poderão utilizar a estratégia de tirar cópia do caderno de um aluno da mesma classe e o responsável do aluno DV ler as anotações em casa para que ele (o aluno) reforce a atividade desenvolvida em aula, ou ainda, o professor pode elaborar um resumo do tema e atividades em letra ampliada.

O conceito de árvore para a criança cega geralmente é apresentado através do toque do caule, das folhas, dos frutos. O todo só pode ser entendido pelo toque através de uma figura em relevo, como o desta foto, onde a criança poderá entender o conjunto

Maquete com várias texturas / materiais

Mapa em alto relevo A deficiência Visual

Material com contraste e ampliado

Caixa Tátil Através da abertura disposta na lateral da caixa a criança deverá enfiar a mão, retirar uma peça e posteriormente, repetindo a operação, encontrar o par do objeto. Ideal para o treinamento e desenvolvimento da percepção tátil. Pode-se trabalhar o reconhecimento das letras, numerais...

TIPOSCÓPIO

Discos de Frações Para crianças que iniciam o trabalho com frações. Desenvolve a noção de inteiro e parte, de equivalência e do conceito matemático de divisão, se for necessário, também deve ser feito utilizando texturas.

Esquadro / Régua Adaptados Colocam-se pontos nas marcações dos centímetros (cola colorida), auxiliando o aluno DV a traçar, transferir retas e compor ângulos.

Orientações Gerais O aluno especial deve ficar SEMPRE posicionado nas primeiras carteiras para que possa ter o acompanhamento pedagógico do professor; No caso de alunos DV a rotina também deve ser adaptada, por exemplo, se o professor for apresentar algum cartaz este deve ser ampliado para que o aluno participe deste momento da aula;

Converse com os professores sobre o aluno DV, ele apresenta maior facilidade em aprender os conteúdos se estes forem apresentados de maneira concreta (maquete, aulas passeio, experimentos, cartazes com letras grandes e em bastão, utilizando contraste preto no branco...

As provas e atividades deverão ser realizadas em fonte maior do que a utilizada normalmente com os outros alunos, ou então, pode-se realizar a avaliação na sala de informática, utilizando o computador. Ou ainda, as provas e atividades poderão ser respondidas oralmente, (gravando a avaliação, pois, vocês precisam ter o registro - mesmo que seja em áudio - do desenvolvimento do aluno durante a avaliação).

Mais Sugestões no Caderno Pedagógico! Trabalhando o Alfabeto

Trabalhando a Relação Nº x Quantidades Trabalhando as regiões, estados, etc...

Bibliografia A construção do conceito de número e o pré-soroban - Fernandes Cleonice Terezinha Brasília : Ministério da Educação - Secretaria de Educação Especial, 2006. Brincar para todos - Mara O. de Campos Siaulys. - Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial, 2005. Formação Continuada a Distância de Professores para o Atendimento Educacional Especializado - Deficiência Visual - SEESP / SEED / MEC - Brasília/DF 2007. Elaborado por Karla Maria da Silva Medeiros Coordenação das Deficiências e Transtornos Globais do Desenvolvimento Serviço de Orientação Pedagógica à Educação Especial Divisão de Supervisão Escolar Departamento Técnico Pedagógico DETEP