Conjuntura Macroeconômica Semanal

Documentos relacionados
ACOMPANHAMENTO DA PESQUISA FOCUS RELATÓRIO DE MERCADO

ACOMPANHAMENTO DA PESQUISA FOCUS RELATÓRIO DE MERCADO

ACOMPANHAMENTO DA PESQUISA FOCUS RELATÓRIO DE MERCADO

ACOMPANHAMENTO DA PESQUISA FOCUS RELATÓRIO DE MERCADO

ACOMPANHAMENTO DA PESQUISA FOCUS RELATÓRIO DE MERCADO

Calendário de Eventos Econômicos

ACOMPANHAMENTO DA PESQUISA FOCUS RELATÓRIO DE MERCADO

Calendário de Eventos Econômicos

ACOMPANHAMENTO DA PESQUISA FOCUS RELATÓRIO DE MERCADO

Calendário de Eventos Econômicos

ACOMPANHAMENTO DA PESQUISA FOCUS RELATÓRIO DE MERCADO

Calendário de Eventos Econômicos

ACOMPANHAMENTO DA PESQUISA FOCUS RELATÓRIO DE MERCADO

ACOMPANHAMENTO DA PESQUISA FOCUS RELATÓRIO DE MERCADO

Calendário de Eventos Econômicos

Calendário de Eventos Econômicos

Calendário de Eventos Econômicos

Calendário de Eventos Econômicos

ACOMPANHAMENTO DA PESQUISA FOCUS RELATÓRIO DE MERCADO

Calendário de Eventos Econômicos

Calendário de Eventos Econômicos

Crescimento das vendas do varejo em junho indica estabilização do PIB à frente

Retração do comércio varejista sugere que contração da atividade seguirá em curso na passagem do terceiro para quarto trimestre

Vendas no varejo continuaram em queda em abril

Calendário de Eventos Econômicos

Calendário de Eventos Econômicos

Calendário de Eventos Econômicos

Calendário de Eventos Econômicos

Destaque Depec - Bradesco

Calendário de Eventos Econômicos

Calendário de Eventos Econômicos

Calendário de Eventos Econômicos

AGOSTO DE Fabiana D Atri Economista Sênior do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos - DEPEC

Calendário de Eventos Econômicos

Calendário de Eventos Econômicos

Retração das vendas do varejo em outubro foi explicada pelo desempenho negativo do setor de supermercados

Vendas caíram mais do que o esperado em março e PIB do segundo trimestre deve mostrar contração de 0,2%

CENÁRIO MACROECONÔMICO

Calendário de Eventos Econômicos

Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos

Conjuntura Macroeconômica Semanal

Calendário de Eventos Econômicos

Calendário de Eventos Econômicos

Cenário macroeconômico

Calendário de Eventos Econômicos

CENÁRIO MACROECONÔMICO. Setembro de 2017 DEPEC Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos

Recuo das vendas do varejo em maio reforça nossa expectativa de contração do PIB no segundo trimestre

Após dados mais fortes do varejo, atualizamos nossa projeção do PIB do segundo trimestre: de uma retração de 0,4% para outra de 0,3%

CENÁRIO GLOBAL E DOMÉSTICO 2009/10

Calendário de Eventos Econômicos

Crescimento das vendas do varejo em novembro foi impulsionado pelo desempenho da Black Friday

CENÁRIO MACROECONÔMICO BRASILEIRO : DESAFIOS E OPORTUNIDADES

CENÁRIO MACROECONÔMICO. Agosto de 2017 DEPEC Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos

Calendário de Eventos Econômicos

Calendário de Eventos Econômicos

Calendário de Eventos Econômicos

ACOMPANHAMENTO PESQUISA FOCUS 28 de junho de 2019 DEPEC Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos

ACOMPANHAMENTO PESQUISA FOCUS 1 de fevereiro de 2019 DEPEC Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos

ACOMPANHAMENTO PESQUISA FOCUS 6 de setembro de 2018 DEPEC Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos

ACOMPANHAMENTO PESQUISA FOCUS 1 de junho de 2018 DEPEC Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos

Calendário de Eventos Econômicos

Destaque Setorial - Bradesco Siderurgia

PIB DO BRASIL (VARIAÇÃO ANUAL) FONTE: IBGE ELABORAÇÃO E PROJEÇÃO: BRADESCO

ACOMPANHAMENTO PESQUISA FOCUS 13 de abril de 2018 DEPEC Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos

ACOMPANHAMENTO PESQUISA FOCUS 10 de agosto de 2018 DEPEC Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos

ACOMPANHAMENTO PESQUISA FOCUS 7 de dezembro de 2018 DEPEC Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos

Destaque Depec - Bradesco

CENÁRIO MACROECONÔMICO. Janeiro de 2018 DEPEC Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos

Conjuntura Macroeconômica Semanal

Conjuntura Macroeconômica Semanal

Calendário de Eventos Econômicos

ACOMPANHAMENTO PESQUISA FOCUS 5 de outubro de 2018 DEPEC Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos

ACOMPANHAMENTO PESQUISA FOCUS. 6 de outubro de 2017 DEPEC Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos

ACOMPANHAMENTO PESQUISA FOCUS 8 de junho de 2018 DEPEC Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos

Calendário de Eventos Econômicos

ACOMPANHAMENTO PESQUISA FOCUS 20 de julho de 2018 DEPEC Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos

ACOMPANHAMENTO PESQUISA FOCUS 9 de março de 2018 DEPEC Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos

CENÁRIO MACROECONÔMICO. Junho de 2019 DEPEC Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos

CENÁRIO MACROECONÔMICO. Novembro de 2017 DEPEC Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos

Varejo restrito acumulou queda de 6,2% em 2016

CENÁRIO MACROECONÔMICO. Janeiro de 2019 DEPEC Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos

Expansão do PIB será muito moderada no primeiro trimestre, conforme sugerido pelos setores de serviço e comércio

Conjuntura Macroeconômica Semanal

CENÁRIO MACROECONÔMICO. Maio de 2019 DEPEC Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos

Destaque Depec - Bradesco

CENÁRIO MACROECONÔMICO PARA O BRASIL E MUNDO. Novembro de 2016

Calendário de Eventos Econômicos

Calendário de Eventos Econômicos

Destaque Depec - Bradesco

CENÁRIO MACROECONÔMICO. 22 DE ABRIL DE 2016 ELLEN REGINA STETER Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos - DEPEC

CENÁRIO MACROECONÔMICO

Destaque Depec - Bradesco

CENÁRIO MACROECONÔMICO. Junho de 2017

Transcrição:

Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos Conjuntura Macroeconômica Semanal 29 de abril de 2016 Sinais de estabilização da atividade começam a ganhar corpo Igor Velecico A economia doméstica mostrou, desde 2015, uma profunda e continuada contração. De março de 2014 (pico) até dezembro de 2015, o PIB acumulou retração de 7,2%, que ainda deve se acentuar (esperamos retração de 0,8% para o primeiro trimestre de 2016). No entanto, a partir de fevereiro/março deste ano, começaram a aparecer indicações de alguma estabilização. Inicialmente, os indicadores que apontavam para estabilização refletiam em grande parte a melhora dos preços de ativos (fechamento da curva de juros, queda do risco país, apreciação cambial, etc). De lá para cá, houve uma ampliação moderada do conjunto desses indicadores, agora menos correlacionados com os preços de ativos e mais com a economia real. CONJUNTURA MACROECONÔMICA SEMANAL Essa mesma estabilidade não deve ser vista, contudo, nos dados do PIB. Estimamos que o PIB deva contrair 0,8% no primeiro trimestre e 0,5% no segundo, voltando à estabilidade apenas no segundo semestre. Fed reconhece desaceleração econômica e o resultado do PIB do primeiro trimestre reforça essa mensagem Estevão Augusto Oller Scripilliti O Federal Reserve, em sua decisão da última quarta-feira (27/04), fez uma atualização importante do cenário central com o qual o Comitê trabalha para definir os próximos passos da política monetária americana. Com relação ao dinamismo da economia local, houve reconhecimento bastante enfático de que se acumulam elementos de que há uma desaceleração mais espraiada da economia. Diferente das reuniões anteriores, quando havia a avaliação de que apenas alguns setores específicos (exportação e indústria extrativa) tinham desempenho fraco, o comunicado desta semana trouxe uma avaliação de desaceleração mais abrangente da economia. Quando avaliamos os dados do PIB do primeiro trimestre divulgados um dia após (28/04) a decisão do Federal Reserve, chama atenção a desaceleração pronunciada do consumo de bens ocorrida no período. Já havia evidências nos dados de vendas de automóveis e de vendas no varejo, de que esse fenômeno vinha ocorrendo, mas a intensidade da desaceleração nos surpreendeu. Enquanto o PIB desacelerou de 1,4% para 0,5% entre o quarto trimestre de 2015 e o primeiro trimestre de 2016, o consumo de bens duráveis saiu de expansão de 3,8% para uma retração de 1,6% no mesmo horizonte. Além da frustração com o ritmo do consumo, houve intensificação da contração dos investimentos, em especial na parte de equipamentos. Intensificou-se a queda, de 2% no quarto trimestre de 2015, para uma retração de 9% nos primeiros três meses de 2016. Parte disso deriva da contração no setor de petróleo e gás, em resposta à queda de preços dos últimos trimestres. Mas há evidências cada vez maiores de que a retração tem se espalhado para outras cadeias da indústria. O Livro Bege tem expressado esse enfraquecimento de investimentos em cada vez mais setores da indústria. Nesse ambiente, a despeito da dificuldade de ter um diagnóstico preciso das motivações dessa desaceleração, é natural que o Fed se torne ainda mais cauteloso em relação ao ritmo de normalização da política monetária. 1

Sinais de estabilização da atividade começam a ganhar corpo Igor Velecico Cenário Doméstico A economia doméstica mostrou, desde 2015, uma profunda e continuada contração. De março de 2014 (pico) até dezembro de 2015, o PIB acumulou retração de 7,2%, que ainda deve se acentuar (esperamos retração de 0,8% para o primeiro trimestre de 2016). No entanto, a partir de fevereiro/março deste ano, começaram a aparecer indicações de alguma estabilização. Inicialmente, os indicadores que apontavam para estabilização refletiam em grande parte a melhora dos preços de ativos (fechamento da curva de juros, queda do risco país, apreciação cambial, etc). De lá para cá, houve uma ampliação moderada do conjunto desses indicadores, agora menos correlacionados com os preços de ativos e mais com a economia real. Destacamos, por exemplo, (i) a estabilidade, desde outubro do ano passado, do quantum importado de bens de capital; (ii) o crescimento pelo segundo mês consecutivo da importação de bens intermediários, (iii) a melhora do NUCI (nível de utilização de capacidade instalada), que atingiu seu mínimo em fevereiro e já apresenta dois resultados positivos; (iv) os dados de emplacamento de veículos da Fenabrave, estáveis desde janeiro; (v) o hiato entre produção e vendas da Anfavea, agora claramente ajustada para diminuir os estoques nos próximos meses (o que significa que o próximo movimento, se a demanda final (Fenabrave) continuar estável, será de alta da produção); (vi) a confiança da indústria, que atingiu seu mínimo em agosto de 2015 e tem melhorado desde então, conforme destacamos anteriormente 1 ; (vii) a estabilidade da proxy mensal de investimentos nos últimos quatro meses. Destacamos alguns desses indicadores nos gráficos ao final do texto. Essa mesma estabilidade não deve ser vista, contudo, nos dados do PIB. Estimamos que o PIB deva contrair 0,8% no primeiro trimestre e 0,5% no segundo, voltando à estabilidade apenas no segundo semestre. Há duas forças opostas atuando sobre o PIB: de um lado (positivo), temos o fim do esgarçamento natural da demanda final. Em momentos de elevada incerteza (seja sobre o mercado de trabalho, a taxa de câmbio e/ou a sustentabilidade das contas públicas), o consumo das famílias e empresas tende a se retrair preventivamente, diminuindo a propensão ao consumo e ao investimento. Os emplacamentos de automóveis, por exemplo, mostraram queda de cerca de 50% nos últimos anos. É perfeitamente razoável que vejamos uma recuperação cíclica apenas pela diminuição das incertezas. Do lado negativo, temos dois vetores principais e interconectados: (i) há ainda um ajuste não desprezível a ser realizado no nível de emprego da economia. Conforme mostramos em publicação recente, a razão emprego/produto aumentou em diversos setores, e na hipótese de recuperação moderada da economia, será necessário um ajuste no estoque de emprego ao longo de 2016 e talvez em 2017. O ponto (ii) diz respeito à velocidade de escape da economia. Entendemos que essa velocidade será menor do que foi no passado, ao menos em 2017. O impulso externo, seja vindo da aceleração do PIB global ou dos preços de commodities, é negativo. O impulso interno, que poderia vir ou da política monetária ou da fiscal, também é inexistente. A política monetária permanece em terreno contracionista, enquanto a política fiscal precisa reverter a posição deficitária dos últimos anos. Mesmo no parafiscal (seja através do BNDES ou bancos públicos) o espaço para estímulos nos parece pequeno e até contraproducente. Portanto, de um lado temos (i) o fim do esgarçamento cíclico da demanda final, com estabilização do consumo dos bens duráveis, (ii) melhora da confiança e do preço dos ativos, e (iii) queda da inflação e futuro relaxamento das condições monetárias, enquanto de outro lado temos (i) a necessidade de continuar ajustando o emprego para baixo, gerando compressão 1 Destaque Depec Bradesco de 15 de março de 2016. 2

na massa de consumo da economia; e (ii) velocidade de escape limitada, diante de um mundo que cresce moderadamente mas com preços de commodities comprimidas. Liquidamente, acreditamos que a diminuição das incertezas sobre os rumos da economia devem se sobrepor aos vetores negativos, de modo que veremos crescimentos razoáveis do PIB a partir do segundo semestre e em 2017. Nossa projeção para o crescimento do PIB de 2017 é de 1,5%, e de 2018, 3,0%. 8,5 7,5 6,5 5,5 4,5 3,5 4,4 3,1 5,8 3,2 4,0 6,1 5,1 7,5 3,9 3,0 3,0 Variação anual do PIB 2,5 1,5 0,5 1,4 1,1 1,9 0,1 1,5-0,5-1,5-0,1-2,5-3,5-4,5 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014-3,8-3,5 2015 2016 2017 2018 Fonte: IBGE Elaboração e projeção: BRADESCO Alguns gráficos sobre a estabilização da atividade: 350,0 300,0 250,0 200,0 184 287 230 275 240 231 165 Quantum importado de bens de capital em termos dessazonalizados (nível e tendência de 6 meses) 150,0 100,0 92 127 145 50,0 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 Fonte: FUNCEX Quantum importado de bens intermediários em termos dessazonalizados (nível e tendência de 6 meses) 200,0 180,0 160,0 140,0 153 169 193 175 127 120,0 100,0 114 80,0 92 Cenário Doméstico 400 350 300 250 200 150 140 100 out/05 abr/06 182 204 out/06 abr/07 Fonte: FUNCEX out/07 245 abr/08 163 out/08 abr/09 235 out/09 abr/10 308 out/10 60,0 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 abr/11 out/11 265 364 abr/12 out/12 abr/13 313 out/13 262 abr/14 287 out/14 abr/15 205 167 out/15 abr/16 168 Emplacamento de automóveis e comerciais leves (média móvel de 3 meses, com estimativa para abril) Fonte: Fenabrave 3

Simulação de estoques da Anfavea (em dias de venda) com produção e vendas nos níveis atuais 55,0 50,0 45,0 40,0 35,0 30,0 40,9 32,0 40,9 44,9 39,9 40,2 38,8 33,1 30,4 Fonte: Fenabrave, Anfavea 25,0 20,0 15,0 10,0 22,8 15,8 19,5 15,7 19,0 dez/06 mar/07 jun/07 set/07 dez/07 mar/08 jun/08 set/08 dez/08 mar/09 jun/09 set/09 dez/09 mar/10 jun/10 set/10 dez/10 mar/11 jun/11 set/11 dez/11 mar/12 jun/12 set/12 dez/12 mar/13 jun/13 set/13 dez/13 mar/14 jun/14 set/14 dez/14 mar/15 jun/15 set/15 dez/15 mar/16 jun/16 set/16 dez/16 19,2 125 115 113,4 105 95 85 75 65 ago/04 dez/04 abr/05 92,7 ago/05 dez/05 abr/06 ago/06 dez/06 103,8 120,1 117,6 112,8 108,4 108,2 104,6 72,5 118,3 97,0 Sondagem da Indústria situação atual e expectativas Cenário Doméstico abr/07 ago/07 dez/07 abr/08 ago/08 dez/08 abr/09 ago/09 dez/09 abr/10 ago/10 dez/10 abr/11 ago/11 dez/11 abr/12 ago/12 dez/12 abr/13 ago/13 dez/13 abr/14 Expectativas Situação atual 84,2 ago/14 dez/14 88,4 abr/15 71,4 ago/15 dez/15 79,8 75,6 abr/16 Fonte: FGV Investimentos (Formação bruta de capital fixo) e proxy mensal 200 180 160 FBKF PIB FBKF mensal (proxy) 156 166 167 140 151 138 120 127 Fonte: IBGE, Funcex 100 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 4

Fed reconhece desaceleração econômica e o resultado do PIB do primeiro trimestre reforça essa mensagem Estevão Augusto Oller Scripilliti O Federal Reserve, em sua decisão da última quartafeira (27/04), fez uma atualização importante do cenário central com o qual o Comitê trabalha para definir os próximos passos da política monetária americana. Com relação ao dinamismo da economia local, houve reconhecimento bastante enfático de que se acumulam elementos de que há uma desaceleração mais espraiada da economia. Diferente das reuniões anteriores, quando havia a avaliação de que apenas alguns setores específicos (exportação e indústria extrativa) tinham desempenho fraco, o comunicado desta semana trouxe uma avaliação de desaceleração mais abrangente da economia. Podemos mencionar algumas atualizações da avaliação do Fed que ilustram essa reavaliação:...a atividade econômica aparentemente desacelerou crescimento do consumo moderou-se... Em 2016, o setor imobiliário tem tido expansão... (e no comunicado anterior fazia menção em expansão adicional ) Retirou parte que dizia que inflação acelerou nos últimos meses Quando avaliamos os dados do PIB do primeiro trimestre divulgados um dia após (28/04) a decisão do Federal Reserve, chama atenção a desaceleração pronunciada do consumo de bens ocorrida no período. Já havia evidências nos dados de vendas de automóveis e de vendas no varejo, de que esse fenômeno vinha ocorrendo, mas a intensidade da desaceleração nos surpreendeu. Conforme ilustrado no gráfico a seguir, enquanto o PIB desacelerou de 1,4% para 0,5% entre o quarto trimestre de 2015 e o primeiro trimestre de 2016, o consumo de bens duráveis saiu de expansão de 3,8% para uma retração de 1,6% no mesmo horizonte. 15,0% 12,0% 11,4% 13,9% PIB CONSUMO DE BENS CONSUMO DE BENS DURÁVEIS Variação do PIB (trimestral anualizado) dos Estados Unidos 9,0% 8,8% 8,0% 6,0% 4,9% 6,1% 4,2% 6,7% 4,6% 5,5% 3,9% 3,0% 2,7% 1,9% 0,0% 1,1% 0,6% 0,5% 0,1% -3,0% mar/12 mai/12 jul/12 set/12 nov/12 jan/13 mar/13 mai/13 jul/13 set/13 nov/13 jan/14-0,9% mar/14 mai/14 jul/14 set/14 nov/14 jan/15 mar/15 mai/15 jul/15 set/15 nov/15 jan/16 mar/16-1,6% Fonte: BEA Cenário Externo A demanda por duráveis é, por natureza, mais volátil. As condições para expansão mais acelerada do consumo estavam colocadas: ganho de renda disponível, emprego e salário em moderada expansão, confiança do consumidor elevada, juros baixos e filtros de crédito afrouxando, mas isso não se verificou. Nos surpreende, nesse contexto, que tenha havido tamanha desaceleração no consumo de duráveis (automóveis em particular). No Livro Bege, que traz a avaliação regional do Fed, já havia aparecido esse incômodo das empresas com o dinamismo do consumidor que, a despeito do ganho de renda disponível, mantém-se cauteloso em seus hábitos de consumo. Quando esse tipo de surpresas ocorre, é natural que os analistas, e o Fed também, se questionem sobre 5

as possíveis explicações para esse comportamento dos consumidores. Há algumas teses de cunho mais estrutural que sustentam parcialmente esse desempenho mais fraco da economia, tais como: estagnação secular, defendida por Laurence Summers, e a repressão financeira levada ao limite, advogada por Bill Gross. Em ambas as teses, defende-se a ideia de forças estruturais (demografia, ausência de choques de oferta positivos), que levarão a um crescimento potencial menor, juros de equilíbrio mais baixos e que tendem a induzir a comportamentos mais conservadores dos agentes em suas decisões de consumo e investimento no tempo. Essas teses explicariam o crescimento baixo de médio prazo, mas o que pode estar por trás dessa desaceleração cíclica surpreendente? Há, em complemento aos fatores estruturais, uma intensa discussão eleitoral em curso, o que pode, neste momento, estar potencializando esse comportamento cauteloso dos consumidores. A existência de candidatos com visões mais extremadas, em relação ao padrão médio dos candidatos americanos (apesar de não serem os favoritos), pode ser um componente adicional de incerteza, sendo um fator potencial de estímulo a comportamentos cautelosos dos agentes econômicos. Além da frustração com o ritmo do consumo, houve intensificação da contração dos investimentos, em especial na parte de equipamentos. Intensificou-se a queda, de 2% no quarto trimestre de 2015, para uma retração de 9% nos primeiros três meses de 2016. Parte disso deriva da contração no setor de petróleo e gás, em resposta à queda de preços dos últimos trimestres. Mas há evidências cada vez maiores de que a retração tem se espalhado para outras cadeias da indústria. O Livro Bege tem expressado esse enfraquecimento de investimentos em cada vez mais setores da indústria. Nesse ambiente, a despeito da dificuldade de ter um diagnóstico preciso das motivações dessa desaceleração, é natural que o Fed se torne ainda mais cauteloso em relação ao ritmo de normalização da política monetária. O gráfico a seguir reflete a incorporação dessa mensagem de mais cautela do Fed pelo mercado. 90,0% 86,0% 50 BPS 75 BPS 100 BPS 125 BPS Probabilidade para Fed Funds nas reuniões com perguntas e respostas 60,0% 53,7% 37,3% 35,7% 41,5% 30,0% 18,5% 14,0% 8,4% 0,0% 0,0% 0,0% 0,6% JUNHO SETEMBRO DEZEMBRO 4,3% Fonte: Bloomberg Cenário Externo O mercado incorpora, nos preços atuais, alta probabilidade (86%) de que o Fed mantenha os juros estáveis em junho. Há ainda 53% de chance de que não haja alta até setembro e um pouco mais de 35% de chance de não haver qualquer alta adicional de juros ao longo de todo ano de 2016. Com relação à economia, e aos mercados internacionais, o Fed trouxe uma leitura mais construtiva, reconhecendo sinais de estabilização ocorridos nos últimos meses. Assim, os mercados e a economia global deixaram de ser um risco iminente para economia americana, apesar de ainda requererem monitoramento próximo, segundo palavras do Fed. Ao incorporamos a nova avaliação do Fed e os resultados do PIB do primeiro trimestre deste ano, consideramos que terão de coexistir duas précondições para que exista nova alta de juros: 1. Economia e o mercados globais devem estar estabilizados. 2. Economia norte-americana precisa voltar a acelerar para um ritmo mais próximo de 1,5% a 2% de crescimento. 6

Os dados recentes não mostram sinais de que estamos caminhando para esse ritmo de crescimento por enquanto, o que torna provável novas postergações do ciclo de alta de juros. De qualquer forma, os elementos apontam para crescimento global apenas moderado e, por conseguinte, a manutenção de ampla condição de liquidez para os mercados internacionais nos próximos meses. Cenário Externo 7

Quadro de Projeções - PIB real Mundial e países selecionados 2007-2017 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015p 2016p 2017p Países Desenvolvidos 2,8 0,1-3,6 3,0 1,7 1,2 1,1 1,8 1,9 1,8 2,1 Estados Unidos 1,9-0,3-3,5 2,5 1,6 2,2 1,5 2,4 2,4 2,0 2,5 Área do Euro 3,0 0,4-4,3 1,8 1,5-0,6-0,4 0,9 1,5 1,5 1,7 Alemanha 3,4 0,8-5,1 3,6 3,1 0,9 0,4 1,6 1,7 1,7 1,7 França 2,3-0,1-3,1 1,7 1,7 0,0 0,3 0,4 1,1 1,3 1,5 Itália 1,7-1,2-5,5 1,8 0,4-2,7-1,9-0,3 0,4 1,3 1,2 Reino Unido 3,6-1,0-4,0 1,8 0,9 0,3 1,9 2,7 2,2 2,1 2,5 Japão 2,2-1,0-5,5 4,7-0,5 1,5 1,5 0,0 0,4 1,0 1,0 Países Emergentes 8,6 6,2 2,8 7,4 6,3 5,2 5,0 4,4 3,9 3,9 4,4 China 14,2 9,6 9,2 10,4 9,3 7,7 7,7 7,4 6,9 5,8 5,2 Coréia 5,1 2,3 0,3 6,3 3,6 2,0 2,8 3,3 2,6 2,0 2,5 Rússia 8,5 5,2-7,8 4,5 4,3 3,4 1,3 0,6-3,7-3,1 1,0 Índia 9,7 8,2 6,4 9,7 7,5 5,1 4,5 5,2 7,6 7,4 7,7 América Latina 5,8 4,3-1,3 6,1 4,9 3,1 2,9 1,4-0,4-0,4 1,7 Brasil 6,0 5,0-0,1 7,5 3,9 1,9 3,0 0,1-3,8-3,5 1,5 Argentina 8,0 3,1 0,1 9,1 8,4 0,8 2,9 0,5 1,3-1,5 1,5 Chile 5,2 3,3-1,1 7,5 4,8 5,5 4,3 1,9 2,0 1,8 2,5 Colômbia 6,9 3,6 5,8 4,0 6,6 4,0 4,9 4,6 3,1 2,6 3,0 México 3,2 1,2-6,2 5,1 4,0 4,0 1,4 2,1 2,5 2,3 2,5 Peru 8,9 10,1 1,1 8,4 6,5 6,0 5,6 2,4 3,3 3,3 3,8 Mundo 5,4 2,9-0,6 5,4 4,2 3,4 3,3 3,4 3,1 3,0 3,2 Fonte: FMI Elaboração e (p) projeção: BRADESCO Quadro de Projeções Macroeconômicas Externas 8

Quadro de Projeções Macroeconômicas - Ano base 2007-2017 Quadro de Projeções Macroeconômicas Domésticas 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016* 2017* ATIVIDADE, INFLAÇÃO E JUROS PIB (%) 6,1 5,1-0,1 7,5 3,9 1,9 3,0 0,1-3,8-3,5 1,5 Agropecuária (%) 3,2 5,5-3,8 6,8 5,6-3,1 8,4 0,4 1,8 2,0 2,5 Indústria (%) 6,0 3,9-4,8 10,4 4,1-0,7 2,2-1,2-6,2-5,0 2,5 Serviços (%) 5,8 4,8 1,9 5,8 3,4 2,9 2,8 0,7-2,7-3,5 1,0 Consumo Privado (%) 6,3 6,4 4,2 6,4 4,8 3,5 3,6 0,9-4,0-4,0 1,0 Consumo da Adm. Pública (%) 4,1 2,1 2,9 3,9 2,2 2,3 1,5 1,3-1,0-1,0 0,5 Investimento (FBKF) (%) 12,0 12,7-1,9 17,8 6,6-2,6 5,9-4,4-14,1-11,0 4,5 Exportações Bens e Serviços Não Fatores (%) 6,2 0,4-9,2 11,7 4,8 0,3 2,4-1,1 6,1 3,0 4,0 Importações Bens e Serviços Não Fatores (%) 19,6 17,0-7,6 33,6 9,4 0,7 7,2-1,0-14,3-9,0 3,0 PIB (R$) - bilhões (Preços Correntes) 2.720 3.110 3.333 3.886 4.374 4.806 5.316 5.687 6.121 6.385 6.908 PIB (US$) - bilhões 1.397 1.695 1.669 2.208 2.611 2.459 2.464 2.417 1.837 1.612 1.682 População - milhões 189,5 191,5 193,5 195,5 197,4 199,2 201,0 202,8 204,5 206,1 207,7 PIB per capita - US$ 7.281 8.717 8.469 11.084 13.229 12.344 12.256 11.919 8.986 7.823 8.097 Produção Industrial - IBGE (%) 5,9 3,1-7,1 10,2 0,4-2,3 2,0-3,3-8,3-5,6 1,9 Taxa Média de Desemprego - IBGE (1) 10,9 9,5 9,7 8,3 7,6 7,3 7,0 6,7 8,5 11,8 11,7 Vendas no Comércio Varejista - Restrita (%) 9,7 9,1 5,9 10,9 6,7 8,4 4,3 2,2-4,3-3,4 0,9 IPCA - IBGE (%) 4,5 5,9 4,3 5,9 6,5 5,8 5,9 6,4 10,7 6,5 4,5 IPC - FIPE (%) 4,4 6,2 3,7 6,4 5,8 5,1 3,9 5,2 11,1 6,5 4,5 IGP-M - FGV (%) 7,8 9,8-1,7 11,3 5,1 7,8 5,5 3,7 10,5 6,1 4,2 IGP-DI - FGV (%) 7,9 9,1-1,4 11,3 5,0 8,1 5,5 3,8 10,7 6,1 4,2 Taxa Selic (final de período) % 11,25 13,75 8,75 10,75 11,00 7,25 10,00 11,75 14,25 12,25 10,25 Taxa Selic nominal (acumulado 12 meses) % 11,85 12,48 9,92 9,78 11,62 8,48 8,21 10,91 13,29 13,56 11,50 Taxa Selic real / IPCA (acumulado 12 meses) % 7,1 6,2 5,4 3,7 4,8 2,5 2,2 4,2 2,4 6,6 6,7 Taxa Selic real / IGP-M (acumulado 12 meses) % 3,8 2,4 11,8-1,4 6,2 0,6 2,6 7,0 2,5 7,0 7,0 EXTERNO, CÂMBIO, RISCO E BOLSA Balança Comercial (US$ bilhões) 40,0 24,8 25,3 20,1 29,8 19,4 2,6-3,9 19,7 45,2 54,2 Exportações (US$ bilhões) 160,6 197,9 153,0 201,9 256,0 242,6 242,2 225,1 191,1 196,4 224,1 Importações (US$ bilhões) 120,6 173,0 127,6 181,6 226,2 223,1 239,6 229,0 171,5 151,2 169,9 Corrente de Comércio (% PIB) 20,1 21,9 16,8 17,4 18,5 18,9 19,6 18,8 19,7 21,6 23,4 Déficit em serviços e rendas (US$ bilhões) -42,5-57,3-52,9-70,3-107,5-94,2-78,8-100,3-79,4-63,4-78,5 Saldo em conta-corrente (US$ bilhões) 1,6-28,2-24,3-47,3-77,0-74,1-74,8-103,6-58,9-15,6-21,4 Saldo em conta-corrente (% PIB) 0,1-1,7-1,6-3,4-2,9-3,0-3,0-4,3-3,2-1,0-1,3 Investimento Direto no País (US$ bilhões) 34,3 45,1 25,9 48,5 66,7 65,3 64,0 96,9 75,1 58,0 62,0 Taxa de câmbio (final de período) R$ / US$ 1,77 2,34 1,74 1,67 1,88 2,08 2,35 2,65 3,90 3,60 3,60 Taxa de câmbio (média anual) R$ / US$ 1,95 1,83 2,00 1,76 1,67 1,95 2,16 2,35 3,33 3,71 3,60 Desvalorização nominal ponta (%) -17,15 31,94-25,49-4,09 12,58 10,86 12,81 12,96 47,35-7,81 0,00 Desvalorização nominal média (%) -10,53-5,82 8,98-9,93-4,85 16,67 10,43 9,06 41,54 11,38 0,00 Reservas internacionais (US$ bilhões) - liquidez 180,3 206,8 239,1 288,6 352,0 378,6 375,8 374,1 379,7 387,3 395,0 Dívida Externa Total Médio e Longo Prazo (US$ bilhões) 193,2 198,3 198,2 256,8 298,2 312,9 308,6 348,7 355,6 362,8 377,3 Dívida Externa / Exportações 1,2 1,0 1,3 1,3 1,2 1,3 1,3 1,6 1,9 1,8 1,7 Reservas Internacionais / Importações 1,5 1,2 1,9 1,6 1,5 1,7 1,6 1,6 2,2 2,6 2,3 Rating Soberano Moody's Ba1 Ba1 Baa3 Baa3 Baa2 Baa2 Baa2 Baa2 Baa3 - - Rating Soberano S&P BB+ BBB- BBB- BBB- BBB BBB BBB BBB- BB+ - - IBOVESPA - Pontos 63.886 37.550 68.588 69.305 56.754 60.952 51.507 50.007 43.349 - - FISCAL Resultado primário do setor público (R$ bilhões) 88,1 103,6 64,8 101,7 129,0 105,0 94,1-33,5-111,2-95,7-103,5 Resultado primário do setor público (% PIB) 3,2 3,3 1,9 2,6 2,9 2,2 1,7-0,6-1,9-1,5-1,5 Resultado nominal do setor público - sem câmbio (% PIB) -2,7-2,0-3,2-2,4-2,5-2,3-3,1-6,2-10,0-9,3-8,1 Dívida Bruta do Setor Público (R$ bilhões) 1.542,9 1.740,9 1.973,4 2.011,5 2.243,6 2.583,9 2.748,0 3.252,4 4.049,9 4.719,2 5.462,5 Dívida Bruta do Setor Público (% PIB) 56,7 56,0 59,2 51,8 51,3 53,8 51,7 57,2 66,2 74,0 79,2 Dívida Bruta do Setor Público - Reservas Internacionais (% PIB) 45,0 41,4 46,7 39,4 36,2 37,4 34,6 39,2 42,7 50,9 56,7 Dívida Líquida do Setor Público (% PIB) 44,5 37,6 40,9 38,0 34,5 32,3 30,6 33,1 36,0 45,0 50,0 (1): Em 2016, a Pesquisa Mensal de Emprego (PME) será descontinuada e apenas a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua passará a existir. / A série foi retropolada até 2012.. Atualizado com dados até 29/abril/2016 (*) Estatísticas referentes ao Balanço de Pagamentos seguem metodologia nova BPM6. Fonte: Dados oficiais para números efetivos Elaboração e (*)projeção: BRADESCO 9

Equipe Técnica Equipe Técnica Octavio de Barros - Diretor de Pesquisas e Estudos Econômicos Fernando Honorato Barbosa - Superintendente executivo Economia Internacional: Fabiana D Atri / Felipe Wajskop França / Thomas Henrique Schreurs Pires / Ellen Regina Steter Economia Doméstica: Igor Velecico / Estevão Augusto Oller Scripilliti/ Andréa Bastos Damico / Myriã Tatiany Neves Bast / Daniela Cunha de Lima / Ariana Stephanie Zerbinatti Análise Setorial: Regina Helena Couto Silva / Priscila Pacheco Trigo Pesquisa Proprietária: Leandro Câmara Negrão / Ana Maria Bonomi Barufi Estagiários: Gabriel Marcondes dos Santos / Wesley Paixão Bachiega / Carlos Henrique Gomes de Brito O BRADESCO não se responsabiliza por quaisquer atos/decisões tomadas com base nas informações disponibilizadas por suas publicações e projeções. Todos os dados ou opiniões dos informativos aqui presentes são rigorosamente apurados e elaborados por profissionais plenamente qualificados, mas não devem ser tomados, em nenhuma hipótese, como base, balizamento, guia ou norma para qualquer documento, avaliações, julgamentos ou tomadas de decisões, sejam de natureza formal ou informal. Desse modo, ressaltamos que todas as consequências ou responsabilidades pelo uso de quaisquer dados ou análises desta publicação são assumidas exclusivamente pelo usuário, eximindo o BRADESCO de todas as ações decorrentes do uso deste material. Lembramos ainda que o acesso a essas informações implica a total aceitação deste termo de responsabilidade e uso. A reprodução total ou parcial desta publicação é expressamente proibida, exceto com a autorização do Banco BRADESCO ou a citação por completo da fonte (nomes dos autores, da publicação e do Banco BRADESCO). 10