CURSO TJMG Nível Médio Oficial de Apoio 2016 (presencial) Nº 02

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Transcrição:

CURSO TJMG Nível Médio Oficial de Apoio 2016 (presencial) Nº 02 DATA 31/5/16 DISCIPLINA Atos de Ofícios Cíveis PROFESSOR Ival Heckert Jr. MONITORA Gabriela Mendes AULA 02/11 Ementa: Distribuição e registro. Continuação. Atos do escrivão ou do chefe de secretaria. Atos do juiz. Indeferimento da inicial. Improcedência liminar do pedido. Audiência de mediação e audiência de conciliação. Continuação: Petição inicial registro distribuição sorteio dependência NCPC: Art. 288. O juiz, de ofício ou a requerimento do interessado, corrigirá o erro ou compensará a falta de distribuição. Art. 289. A distribuição poderá ser fiscalizada pela parte, por seu procurador, pelo Ministério Público e pela Defensoria Pública. A hipótese do artigo 289 é difícil de ocorrer, haja vista que a distribuição é eletrônica. Mas nada obsta que a fiscalização ocorra. Atenção pegadinhas: Possibilidades de assertivas: A parte pode fiscalizar a distribuição, por seu advogado. (V) Somente a parte pode fiscalizar a distribuição. (F)

Cancelamento da distribuição: Art. 290. Será cancelada a distribuição do feito se a parte, intimada na pessoa de seu advogado, não realizar o pagamento das custas e despesas de ingresso em 15 (quinze) dias 1. TJMG: A petição inicial somente é aceita se comprovado, a priori, o pagamento das custas processuais (em alguns outros estados, o pagamento é feito posteriormente). ATOS DO ESCRIVÃO OU DO CHEFE DE SECRETARIA NCPC, Seção V artigos 206 a 211 Art. 206. Ao receber a petição inicial de processo, o escrivão ou o chefe de secretaria a autuará, mencionando o juízo, a natureza do processo, o número de seu registro, os nomes das partes e a data de seu início, e procederá do mesmo modo em relação aos volumes em formação 2. A autuação refere-se à formação de autos físicos pelo escrivão ou chefe de secretaria (função que pode ser delegada a servidor da secretaria), nos quais são organizados os documentos em ordem concatenada para operacionalização da análise pelos sujeitos do processo. Art. 207. O escrivão ou o chefe de secretaria numerará e rubricará todas as folhas dos autos 3. Parágrafo único. À parte, ao procurador, ao membro do Ministério Público, ao defensor público e aos auxiliares da justiça é facultado rubricar as folhas correspondentes aos atos em que intervierem 4. A numeração e rubrica das folhas dos autos visa a dar segurança jurídica às partes, para fins de controle (evitar inclusão ou exclusão de novas folhas). Atenção - pegadinha: - Todas as folhas dos autos devem ser rubricadas pelo escrivão ou chefe de secretaria. (V) - À parte, ao procurador, ao membro do Ministério Público, ao defensor público e aos auxiliares da justiça devem rubricar as folhas dos autos em que intervierem. (F) - Todas as folhas dos autos podem ser rubricadas pelo escrivão ou chefe de secretaria. (F) 1 Prazo do CPC/73: 30 dias. 2 Pegadinha: não deve constar valor da causa. 3 Dever. 4 Faculdade.

Outros atos da secretaria, que devem ser atermados (certificados) nos autos: Art. 208. Os termos de juntada, vista, conclusão e outros semelhantes constarão de notas datadas e rubricadas pelo escrivão ou pelo chefe de secretaria. Juntada: Inclusão de novos documentos ao processo. Vista: disponibilização de acesso dos autos aos sujeitos do processo (com ou sem retirada da secretaria do juízo). Conclusão: remessa dos autos ao juiz (conclusão de fase procedimental). Art. 209. Os atos e os termos 5 do processo serão assinados pelas pessoas que neles intervierem, todavia, quando essas não puderem ou não quiserem firmá-los, o escrivão ou o chefe de secretaria certificará a ocorrência. Na hipótese do artigo 209, a certidão do escrivão ou chefe de polícia supre a falta da assinatura (para evitar eventual alegação de nulidade). 1º Quando se tratar de processo total ou parcialmente documentado em autos eletrônicos, os atos 6 processuais praticados na presença do juiz poderão ser produzidos e armazenados de modo integralmente digital em arquivo eletrônico inviolável, na forma da lei, mediante registro em termo, que será assinado digitalmente pelo juiz e pelo escrivão ou chefe de secretaria, bem como pelos advogados das partes. Atenção às pegadinhas: - Somente quando se tratar de processo totalmente documentado em autos eletrônicos, os atos processuais praticados na presença do juiz deverão ser produzidos e armazenados de modo integralmente digital em arquivo eletrônico inviolável, na forma da lei, mediante registro em termo... (F) - Em se tratando de processo total ou parcialmente documentado em autos eletrônicos, os atos processuais praticados na presença do juiz poderão ser produzidos e armazenados de modo integralmente digital em arquivo eletrônico inviolável, na forma da lei, mediante registro em termo, que será assinado digitalmente pelo juiz ou pelo escrivão ou chefe de secretaria, ou como pelos advogados das partes. (F) - (...) poderão ser produzidos e armazenados de modo integralmente digital em arquivo eletrônico inviolável, na forma da lei, mediante registro em termo, que será assinado digitalmente pelo juiz e pelo escrivão ou chefe de secretaria, bem como pelos advogados das partes e as partes. (F) 5 - Obs.: questão terminológia: Termos são lavrados pelo escrivão ou servidor a quem ele delegar a atribuição. Autos, por sua vez, são lavrados externamente à secretaria, pelo oficial de justiça. Assim, termo é ato endoprocessual, auto é ato extraprocessual. 6 Notadamente a audiência.

2º Na hipótese do 1º, eventuais contradições na transcrição deverão ser suscitadas oralmente no momento de realização do ato, sob pena de preclusão, devendo o juiz decidir de plano e ordenar o registro, no termo, da alegação e da decisão. Havendo a contradição de que trata o 2º, a parte deve fazer a alegação da irregularidade, por seu advogado, o que constará em ata e será analisado pelo juiz. Art. 210. É lícito o uso da taquigrafia, da estenotipia ou de outro método idôneo em qualquer juízo ou tribunal. Tudo o que é produzido oralmente deve ser atermado. No artigo 210, a lei faculta o uso de outros métodos de transcrição para que as manifestações orais sejam fielmente reproduzidas nos autos do processo. Art. 211. Não se admitem nos atos e termos processuais espaços em branco, salvo os que forem inutilizados, assim como entrelinhas, emendas ou rasuras, exceto quando expressamente ressalvadas. Atenção pegadinha: - Não se admitem nos atos e termos processuais espaços em branco. (F) - Havendo erros, são permitidas rasuras, salvo quando expressamente ressalvadas. (V) ATOS DOS JUIZ SEÇÃO IV Dos Pronunciamentos do Juiz Atos: 1- Sentença 2- Decisão interlocutória Art. 203. Os pronunciamentos do juiz consistirão em sentenças, decisões interlocutórias e despachos. 1º Ressalvadas as disposições expressas dos procedimentos especiais, sentença é o pronunciamento por meio do qual o juiz, com fundamento nos arts. 485 e 487, põe fim à fase cognitiva do procedimento comum, bem como extingue a execução. 2º Decisão interlocutória é todo pronunciamento judicial de natureza decisória que não se enquadre no 1º. 3º São despachos todos os demais pronunciamentos do juiz praticados no processo, de ofício ou a requerimento da parte. 4º Os atos meramente ordinatórios, como a juntada e a vista obrigatória, independem de despacho, devendo ser praticados de ofício pelo servidor e revistos pelo juiz quando necessário. Atos que dependem de fundamentação. 3- Despacho não contém conteúdo decisório. Visa a dar andamento ao processo.

Obs1: sentença é ato do juiz que põe fim ao processo. Obs2: ainda que a decisão exclua do processo uma parte que entenda ilegítima, não se tratará de sentença, pois tal decisão não coloca fim ao processo. Obs3: Os atos meramente ordinatórios não são atribuição do juiz, mas da própria secretaria. Está no artigo de pronunciamentos do juiz por uma questão histórica, pois já dependeram de determinação judicial. Atenção pegadinha! - Os atos meramente ordinatórios, como a juntada e a vista obrigatória, dependem de despacho, devendo ser praticados de ofício pelo servidor e revistos pelo juiz. (F) Art. 204. Acórdão é o julgamento colegiado proferido pelos tribunais. Art. 205. Os despachos, as decisões, as sentenças e os acórdãos serão redigidos, datados e assinados pelos juízes. 1º Quando os pronunciamentos previstos no caput forem proferidos oralmente, o servidor os documentará, submetendo-os aos juízes para revisão e assinatura. 2º A assinatura dos juízes, em todos os graus de jurisdição, pode ser feita eletronicamente, na forma da lei. 3º Os despachos, as decisões interlocutórias, o dispositivo das sentenças 7 e a ementa dos acórdãos serão publicados no Diário de Justiça Eletrônico. Atenção pegadinha! - A assinatura dos juízes, somente nos tribunais, pode ser feita eletronicamente, na forma da lei.. (F) - Os despachos, as decisões interlocutórias, a fundamentação e o dispositivo das sentenças e a ementa dos acórdãos serão publicados no Diário de Justiça Eletrônico. (F) Atenção: Art. 320. A petição inicial será instruída com os documentos indispensáveis à propositura da ação. Art. 321. O juiz, ao verificar que a petição inicial não preenche os requisitos dos arts. 319 e 320 ou que apresenta defeitos e irregularidades capazes de dificultar o julgamento de mérito, determinará que o autor, no prazo de 7 Parte conclusiva da sentença. Ver artigo 489: Art. 489. São elementos essenciais da sentença: I o relatório, que conterá os nomes das partes, a identificação do caso, com a suma do pedido e da contestação, e o registro das principais ocorrências havidas no andamento do processo; II os fundamentos, em que o juiz analisará as questões de fato e de direito; III o dispositivo, em que o juiz resolverá as questões principais que as partes lhe submeterem.

15 (quinze) dias 8, a emende ou a complete, indicando com precisão o que deve ser corrigido ou completado 9. Parágrafo único. Se o autor não cumprir a diligência, o juiz indeferirá a petição inicial. Obs.: O ato do juiz que determina emenda da inicial já vinha, por entendimento jurisprudencial, sendo entendido como decisão interlocutória. O NCPC ao determinar que tal ato seja fundamentado, ratificou seu caráter decisivo. Determinação de emenda à inicial Emenda Não emenda prosseguimento indefere Indeferimento da inicial: Feito por meio de sentença. Acarreta extinção do processo. INDEFERIMENTO DA INICIAL Petição inicial: Art. 330. A petição inicial será indeferida quando: I for inepta; II a parte for manifestamente ilegítima; III o autor carecer de interesse processual; IV não atendidas as prescrições dos arts. 106 10 e 321. 1º Considera-se inepta a petição inicial quando: I lhe faltar pedido ou causa de pedir; II o pedido for indeterminado, ressalvadas as hipóteses legais em que se permite o pedido genérico; III da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão; IV contiver pedidos incompatíveis entre si. 2º Nas ações que tenham por objeto a revisão de obrigação decorrente de empréstimo, de financiamento ou de alienação de bens, o autor terá de, sob pena de inépcia, discriminar na petição inicial, dentre as obrigações contratuais, aquelas que pretende controverter, além de quantificar o valor incontroverso do débito. 3º Na hipótese do 2º, o valor incontroverso deverá continuar a ser pago no tempo e modo contratados. fatos + fundamentos = causa de pedir + pedido Faltando pedido ou causa de pedir, a PI será inepta (deficiente) art. 330, 1º. 8 CPC/1973: 10 dias. 9 Inovação do NCPC. No CPC/73, não era dever do juiz. 10 Art. 106. Quando postular em causa própria, incumbe ao advogado: I declarar, na petição inicial ou na contestação, o endereço, seu número de inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil e o nome da sociedade de advogados da qual participa, para o recebimento de intimações; II comunicar ao juízo qualquer mudança de endereço (...).

A inépcia gera o indeferimento da petição inicial, mas nem toda petição inicial indeferida é inepta (art. 330, incisos II a IV). Atenção - 2º e 3º: 2º Nas ações que tenham por objeto a revisão de obrigação decorrente de empréstimo, de financiamento ou de alienação de bens, o autor terá de, sob pena de inépcia 11, discriminar na petição inicial, dentre as obrigações contratuais, aquelas que pretende controverter, além de quantificar o valor incontroverso do débito. 3º Na hipótese do 2º, o valor incontroverso deverá continuar a ser pago no tempo e modo contratados. Deve ser feito um demonstrativo do valor devido, acarretando o indeferimento da inicial o descumprimento desse requisito. Tal alteração possibilitou que a fixação do valor correto da causa, além de determinar que o devedor pague o valor incontroverso da dívida, discutindo, apenas, o valor cobrado em excesso. IMPROCEDÊNCIA LIMINAR DO PEDIDO CAPÍTULO III Da Improcedência Liminar do Pedido STJ e STF TJ Art. 332. Nas causas que dispensem a fase instrutória, o juiz, independentemente da citação do réu, julgará liminarmente improcedente o pedido que contrariar: I enunciado de súmula do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça; II acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos; III entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência; IV enunciado de súmula de tribunal de justiça sobre direito local. 1º O juiz também poderá julgar liminarmente improcedente o pedido se verificar, desde logo, a ocorrência de decadência ou de prescrição. 2º Não interposta a apelação, o réu será intimado do trânsito em julgado da sentença, nos termos do art. 241. 3º Interposta a apelação, o juiz poderá retratar-se em 5 (cinco) dias. 4º Se houver retratação, o juiz determinará o prosseguimento do processo, com a citação do réu, e, se não houver retratação, determinará a citação do réu para apresentar contrarrazões, no prazo de 15 (quinze) dias. O juiz julga liminarmente improcedente o pedido, notadamente, quando este contraria entendimento consolidado pelos Tribunais Superiores, nas hipóteses dos incisos do artigo 332. Nesses casos, o juiz proferirá sendo tal ato um dever, não faculdade -, de plano, decisão (sentença) de extinção do processo sem, nem mesmo, determinar a citação do réu. 11 Logo, não são quatro hipóteses de inépcia da inicial, mas cinco, considerando o 2º.

AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO OU MEDIAÇÃO CAPÍTULO V Da Audiência de Conciliação ou de Mediação 12 Art. 334. Se a petição inicial preencher os requisitos essenciais e não for o caso de improcedência liminar do pedido, o juiz designará audiência de conciliação ou de mediação com antecedência mínima de 30 (trinta) dias, devendo ser citado o réu com pelo menos 20 (vinte) dias de antecedência. 13 1º O conciliador ou mediador, onde houver, atuará necessariamente na audiência de conciliação ou de mediação, observando o disposto neste Código, bem como as disposições da lei de organização judiciária. 2º Poderá haver mais de uma sessão destinada à conciliação e à mediação, não podendo exceder a 2 (dois) meses da data de realização da primeira sessão, desde que necessárias à composição das partes 14. 3º A intimação do autor para a audiência será feita na pessoa de seu advogado. 4º A audiência não será realizada: I se ambas as partes manifestarem, expressamente, desinteresse na composição consensual; II quando não se admitir a autocomposição. 5º O autor deverá indicar, na petição inicial, seu desinteresse na autocomposição, e o réu deverá fazê-lo, por petição, apresentada com 10 (dez) dias de antecedência, contados da data da audiência. 6º Havendo litisconsórcio, o desinteresse na realização da audiência deve ser manifestado por todos os litisconsortes. 7º A audiência de conciliação ou de mediação pode realizar-se por meio eletrônico, nos termos da lei. 8º O não comparecimento injustificado do autor ou do réu à audiência de conciliação é considerado ato atentatório à dignidade da justiça e será sancionado com multa de até dois por cento da vantagem econômica pretendida ou do valor da causa, revertida em favor da União ou do Estado. 9º As partes devem estar acompanhadas por seus advogados ou defensores públicos. 10. A parte poderá constituir representante, por meio de procuração específica, com poderes para negociar e transigir. 11. A autocomposição obtida será reduzida a termo e homologada por sentença. 12. A pauta das audiências de conciliação ou de mediação será organizada de modo a respeitar o intervalo mínimo de 20 (vinte) minutos entre o início de uma e o início da seguinte. 12 Art. 165. (...) 2º O conciliador, que atuará preferencialmente nos casos em que não houver vínculo anterior entre as partes, poderá sugerir soluções para o litígio, sendo vedada a utilização de qualquer tipo de constrangimento ou intimidação para que as partes conciliem. 3º O mediador, que atuará preferencialmente nos casos em que houver vínculo anterior entre as partes, auxiliará aos interessados a compreender as questões e os interesses em conflito, de modo que eles possam, pelo restabelecimento da comunicação, identificar, por si próprios, soluções consensuais que gerem benefícios mútuos. 13 Inovação do NCPC. 14 A audiência é única, mas pode ser subdividida em sessões.

Estando a petição em termos, não sendo caso de improcedência liminar do pedido, o juiz designará audiência de conciliação ou de mediação (despacho positivo) com antecedência mínima de 30 (trinta) dias, devendo ser citado o réu com pelo menos 20 (vinte) dias de antecedência. Não haverá audiência, contudo, se não for admitida autocomposição (atenção: diferente de direito indisponível). Em regra, são direitos ligados à Administração Pública. Também não haverá audiência se autor (na inicial) E réu (por petição nos autos) manifestarem, de forma expressa, o desinteresse por sua realização. Havendo a audiência e, em sendo esta infrutífera, abre-se ao réu o prazo para apresentar contestação. Todavia, se o réu peticiona nos autos manifestando desinteresse pela realização de audiência, abre-se, daí, o prazo para apresentação de contestação.