5 O LIBERALISMO IDEOLOGIA E REVOLUÇÃO, MODELOS E PRÁTICAS NOS SÉCULOS XVIII E XIX 4. O LEGADO DO LIBERALISMO NA PRIMEIRA METADE DO SÉCULO XIX

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Transcrição:

1. O liberalismo, uma ideologia centrada na defesa dos direitos humanos Liberalismo - opõe-se ao absolutismo e às tiranias - defende liberdade de iniciativa económica - promove a burguesia - defende os seguintes direitos individuais (naturais): - liberdade - igualdade - segurança - propriedade www.renatoalbuquerque.yolasite.com 1

1. O liberalismo, uma ideologia centrada na defesa dos direitos humanos Liberalismo (continuação) - defende o direito do cidadão (indivíduo) à intervenção política: assembleias, discussões, imprensa, voto - na prática, é um regime para a burguesia (voto censitário) - igualdade = leis iguais para todos. www.renatoalbuquerque.yolasite.com 2

2. O liberalismo político: a secularização das instituições Para defender o estado liberal e evitar o absolutismo/tirania: Constitucionalismo - Constituições (votadas nos Parlamentos) - Cartas Constitucionais (outorgadas pelos reis) Separação de poderes - (por vezes) com reforço do poder executivo Representação da Nação - Parlamento, geralmente bicamarário Estado laico - separação da(s) igreja(s) (por vezes, anticlericalismo) - reforço da educação e da assistência laica (do Estado). www.renatoalbuquerque.yolasite.com 3

3. O liberalismo económico: o direito à propriedade e livre iniciativa Fisiocratismo - Quesnay - liberdade total de cultivo das terras (para os grandes proprietários) Liberdade industrial - Gournay - espírito de empresa e busca individual do lucro - laissez faire, laissez passer (não intervenção do estado) www.renatoalbuquerque.yolasite.com 4

3. O liberalismo económico: o direito à propriedade e livre iniciativa Liberalismo económico - Adam Smith - trabalho como fonte de riqueza = progresso económico - livre iniciativa - livre concorrência / mercado livre (opõe-se aos monopólios) - ordem económica é uma ordem natural (leis do mercado, lei da oferta e da procura) - função do Estado: facilitar a produção, manter a ordem, fazer respeitar a justiça e proteger a propriedade - Estado não deve regular a produção, nem os preços, nem os salários, nem lançar impostos www.renatoalbuquerque.yolasite.com 5

4. Os limites da universalidade dos direitos humanos; a problemática da abolição da escravatura Liberalismo (na prática): - Propriedade: só para alguns (os ricos) - Liberdade: só para o próprio país Escravatura - França: texto pp 141-142 - [1791] direitos civis para os negros; fim da escravatura em França - [1794 e 1848] fim da escravatura nas colónias - EUA: texto pp 143-145 - escravatura deixada ao critério de cada estado - [1861-65] Lincoln, Guerra da Secessão (Norte-Sul) - [1865] fim da escravatura. www.renatoalbuquerque.yolasite.com 6

4. Os limites da universalidade dos direitos humanos; a problemática da abolição da escravatura - Portugal: texto pp 145-147 - [1815] proibição do comércio de escravos a Norte do Equador - [1836] proibição do comércio de escravos a Sul do Equador - [1869] proibição de toda a escravatura - Cronologia: pág. 147, doc. 15 www.renatoalbuquerque.yolasite.com 7

5.2. O Romantismo, expressão da ideologia liberal 1. Sob o signo do sentimento e da liberdade; revalorização das raízes históricas das nacionalidades - exaltação da liberdade (individual e/ou dos povos) - instinto, sentimento, paixão - indivíduo: o herói romântico, trágico e maldito - desprezo/insatisfação com o presente - virado para o passado: Idade Média, nacionalidades 2. Uma revolução artística - poesia, romance - pintura, escultura: naturalismo, cor - música: desenvolvimento da melodia; sinfonias, óperas www.renatoalbuquerque.yolasite.com 8