Enquadramento da estratégia da gestão das inundações com os Planos de Gestão de Região Hidrográfica

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Transcrição:

Enquadramento da estratégia da gestão das inundações com os Planos de Gestão de Região Hidrográfica ZONAS INUNDÁVEIS E RISCOS DE INUNDAÇÃO PLANOS DE GESTÃO DE RISCO DE INUNDAÇÕES 5 fevereiro 2015, auditório da APA

Diretiva 2007/60/CE «Inundação»: cobertura temporária por água de uma terra normalmente não coberta por água. Inclui as cheias ocasionadas pelos rios, pelas torrentes de montanha e pelos cursos de água efémeros mediterrânicos, e as inundações ocasionadas pelo mar nas zonas costeiras, e pode excluir as inundações com origem em redes de esgotos.

Diretiva 2007/60/CE As inundações são desastres naturais com grande impacte na vida das populações. Inundações com efeitos devastadores ou com efeitos menos gravosos acontecem todos os anos na Europa, tendendo a tornar-se mais frequentes com as alterações climáticas. Os danos causados pelas inundações tendem a aumentar dado ao incremento dos eventos climáticos extremos e às constantes alterações do uso do solo, nomeadamente com o aumento da ocupação dos leitos de cheia com áreas urbanas e à destruição de áreas florestais. Impõe-se a definição de uma estratégia integrada e de longo prazo de gestão dos riscos de inundações, que deve colocar o enfoque na prevenção e no aumento da resiliência da sociedade. Desenvolver um instrumento de informação eficaz, constituindo uma base que permita estabelecer prioridades e apoiar a tomada de decisões técnicas, financeiras e políticas em matéria de gestão de riscos de inundações.

Diretiva 2007/60/CE Diretiva de avaliação e gestão dos riscos de inundações Estabelece um quadro para a avaliação e gestão dos riscos de inundações, visando reduzir as consequências associadas às inundações prejudiciais para a saúde humana, o ambiente, o património cultural e as atividades económicas. 1ª Fase 2ª Fase 3ª Fase Identificar as zonas em relação às quais existem riscos potenciais significativos de inundações, ou nas quais a concretização de tais riscos se pode considerar provável. Elaborar as cartas de zonas inundáveis e cartas de riscos de inundações, associadas a diferentes cenários e na escala mais apropriada, para as zonas identificadas, incluindo informações sobre a ocupação existentes e as fontes potenciais de poluição ambiental resultante das inundações. Com base na cartografia produzida na 2.ª fase elaborar os planos de gestão dos riscos de inundações (PGRI), coordenados a nível da região hidrográfica. 4ª Fase Implementação das medidas e avaliação da sua eficácia.

Decreto-lei n.º 115/2010, 22 outubro Comissão Nacional da Gestão dos Riscos de Inundações: APA, ANPC, DGT, RAM, RAA e Associação de Municípios APA 1. Definir as unidades de gestão; 2. Efetuar a avaliação preliminar de riscos de inundações; 3. Propor as zonas de riscos potenciais significativos de inundações; 4. Elaborar as cartas de zonas inundáveis para áreas de risco e as cartas de risco de inundações; 5. Elaborar e implementar os planos de gestão de riscos de inundações. ANPC Apoiar o desenvolvimento das ações dos planos de gestão de riscos de inundações nos seguintes domínios: 1. Informação e divulgação pública; 2. Interligação entre os sistemas de monitorização, de aviso e alerta e os planos e diretivas de emergência de proteção civil; 3. Políticas de prevenção, proteção, previsão e resposta. DGT Garantir, de acordo com as suas atribuições, definidas no Decreto -Lei n.º 180/2009, de 7 de Agosto, a aplicação dos regulamentos de harmonização da Diretiva n.º 2007/2/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 14 de Março (INSPIRE), no âmbito da elaboração das cartas de zonas inundáveis para áreas de risco e das cartas de risco de inundações.

Diretiva de avaliação e gestão dos riscos de inundações Prevenção: minimizar os danos causados pelas inundações, evitando a construção em áreas potenciais, presentes e futuras, a inundações e desenvolvendo sistemas de aviso e alerta. Proteção: implementar medidas, tanto estruturais como não estruturais, para reduzir a probabilidade de inundações e/ou o impacto das inundações em determinados locais. Preparação: informar a população sobre os riscos de inundação e o que fazer em caso de uma inundação. Resposta de emergência: desenvolver planos de emergência para implementar em caso de inundação. Recuperação: regressar às condições normais logo que possível e mitigar os impactos sociais e económicos sobre a população afetada. Custos de prevenção, protecção e preparação podem ser substanciais mas os custos associados aos danos causados pelas inundações são também muito elevados, sendo que alguns deles irrecuperáveis quando envolvem a perda de vidas humanas!

Planos de Gestão de Riscos de Inundações (PGRI) Planos de Gestão de Riscos de Inundações (PGRI) Definem as medidas para reduzir a probabilidade de inundações e as suas consequências potenciais, prejudiciais para a saúde humana, o ambiente, o património cultural, as infraestruturas e as atividades económicas. Devem considerar as características próprias das zonas a que se referem e prever soluções específicas para cada caso, articulando com o disposto nos planos de emergência de proteção civil. Aspetos relevantes: a) A extensão das inundações; b) As vias de evacuação das águas e as zonas com potencialidades de retenção de águas das cheias, como as planícies aluvionares naturais; c) Os objetivos ambientais estabelecidos no artigo 45.º da Lei da Água; d) A gestão dos solos e das águas; e) O ordenamento do território; f) A afetação dos solos; g) A conservação da natureza; h) Sistemas de alerta de cheias; i) A navegação e as infraestruturas portuárias; j) Os custos e benefícios.

Planos de Gestão de Riscos de Inundações (PGRI) Opções e medidas de natureza estratégica previstas: Programa Nacional de Política de Ordenamento do Território Planos regionais de ordenamento do território Planos intermunicipais de ordenamento do território Integrar o impacto provável das alterações climáticas na ocorrência de inundações no âmbito da avaliação dos riscos de inundações. PLANOS DE GESTÃO DOS RISCOS DE INUNDAÇÕES Avaliar aspetos da gestão dos riscos de cheia e inundações provocadas pelo mar, centrando - se na prevenção, proteção e preparação, incluindo sistemas de previsão e de alerta precoce. Indicar as áreas a classificar como zonas adjacentes, nos termos da Lei da Titularidade dos Recursos Hídricos, aprovada pela Lei n.º 54/2005, de 15 de Novembro Articular nas bacias internacionais com Espanha Articular com a Estratégia Nacional de Adaptação às Alterações Climáticas ENAAC Incluir medidas para reduzir a probabilidade de inundações e as suas consequências potenciais Incluir a promoção de práticas de utilização sustentável do solo, a melhoria da infiltração e da retenção da água e a inundação controlada de determinadas zonas em caso de inundação

Planos de Gestão de Riscos de Inundações (PGRI) No âmbito da elaboração dos PGRI são ouvidas as entidades da administração central direta e indireta representativas dos interesses a ponderar, bem como os ministérios responsáveis pelas áreas da defesa, obras públicas e transportes, economia, cultura, saúde e administração local. Envolvimento dos stakeholders na discussão nas medidas é fundamental. Forte articulação com as universidades no desenvolvimento de técnicas que permitam encontrar soluções ambientalmente mais favoráveis e eficientes na redução da probabilidade de inundações e/ou do impacto das inundações. PGRI devem estar concluídos até 22 dezembro 2015. PGRI são revistos de seis em seis anos sincronizados com o ciclo de implementação da DQA.

Planos de Gestão de Riscos de Inundações (PGRI) Articulação com instrumentos de gestão territorial e reserva ecológica nacional Planos especiais e municipais de ordenamento do território Planos de emergência de proteção civil Cartas de zonas inundáveis e cartas de riscos de inundações COMPATIBILIDADE INTEGRADAS Planos de gestão dos riscos de inundações na elaboração ou revisão dos planos especiais e municipais de ordenamento do território e na elaboração das cartas da reserva ecológica nacional Após a entrada em vigor dos planos de gestão dos riscos de inundações os planos especiais e municipais de ordenamento do território e a delimitação da reserva ecológica nacional devem ser adaptados com o disposto nos PGRI.

Planos de Gestão de Riscos de Inundações (PGRI) Gestão de risco de inundação é uma parte integrante da gestão integrada das bacias hidrográficas pelo que a Diretiva Inundações deve ser coordenada com a Diretiva Quadro da Água. Os PGRI devem ser coordenadas com o 2.º ciclo dos PGRH, dado que é importante considerar toda a bacia hidrográfica ao identificar onde e como medidas de prevenção das inundações devem ser desenvolvidas. Diretiva Quadro da Água Atingir o bom estado das massas de água Se sim, aplicar o 4(7) As medidas definidas provocam alteração do estado das massas de água? Redução das potenciais consequências prejudiciais das inundações para a saúde humana, o ambiente, o património cultural e as atividades económicas. Os planos de gestão dos riscos de inundações devem incluir medidas para alcançar os objetivos.

Objetivos ambientais A DQA contempla também nos seus múltiplos objectivos a promoção do uso sustentável da água, incluindo a possibilidade de desenvolver novas modificações nas massas de água desde que determinadas premissas sejam cumpridas. As modificações ou alterações do estado das massas de água devem ser devidamente definidas e justificadas no plano de gestão das regiões hidrográficas. Novas modificações estão sujeitas à aplicação da excepção prevista no artigo 4(7) da DQA, devendo ser avaliada a sua aplicação em estágios preliminares de planeamento para que possam ser avaliadas diferentes alternativas para atingir os mesmos objectivos.

Medidas PGRI Recomendações da COM Medidas estruturais poder provocar alterações hidromorfológicas nas massas de água, que podem provocar a deterioração do estado da massa de água pelo que só é permitida nas condições previstas no artigo 4.7 DQA. Estas medidas têm de ser explicadas e justificadas nos PGRH. Flood risk management should work with nature, rather than against it. (Fonte: Commission White paper on Adaptation to Climate Change) Métodos naturais de gestão de inundações As medidas não estruturais de redução da probabilidade de inundações devem ter um papel de destaque na implementação da diretiva. Medidas não estruturais vão desde sistemas de alerta precoce até às medidas de retenção de água de forma natural. Planícies de inundação, gestão naturais de inundação, e a instalação de infraestruturas verdes em zonas rurais e em áreas urbanas têm um grande potencial para oferecer melhores opções ambientais que proporcionam múltiplos benefícios e redução dos custos.

Medidas PGRI Recomendações da COM Infraestruturas verdes promovem a resiliência dos ecossistemas Promovem a minimização dos riscos associados às inundações e simultaneamente têm benefícios para a biodiversidade (por aumentar a conectividade dos ecossistemas) permitindo a mitigação e adaptação às mudanças climáticas Dar preferência à selecão de medidas que têm múltiplos benefícios, protegendo o meio ambiente e como para a protecção contra cheias. As medidas devem ser robustas mas flexíveis, considerando as incertezas associadas às alterações climáticas. Opções ambientalmente sustentáveis na gestão dos riscos de inundações Promoção de práticas sustentáveis de uso da terra; Melhorar a retenção de água, salvaguardando e reforçando o potencial de armazenamento de água de paisagem, solo e aquíferos, por restauração de ecossistemas, recursos naturais e as características dos cursos de água através de processos naturais; Inundação de certas áreas controladas; Abordagens estruturais e não-estruturais para reduzir a probabilidade e consequências das inundações; Melhorar a conectividade entre áreas naturais existentes e melhorar a permeabilidade da paisagem.

Medidas PGRI Medidas convencionais Tecnicamente mais estabilizadas; Investimento inicial pode ser elevado; Custos ambientais; Fácil articulação com sistemas de prevenção e gestão de eventos; Permite ganhar tempo para retirar as populações da zona de crise e diminuir a magnitude do evento; Custos de manutenção elevados. Salvaguarda de vidas humanas Medidas naturais Tecnicamente ainda pouco desenvolvidas; Com grandes benefícios ambientais; Custos significativos na alteração do uso do solo (aquisição de terras, ou em pagamentos de compensação/serviços); Multi-funcionalidade (por ex. permite a agricultura, silvicultura, recreio e conservação de ecossistemas em conjunto e no mesmo espaço); Mitigação dos impactos das alterações climáticas; Custos de manutenção baixos Fundos comunitários de apoio. A maioria das estratégias e projetos para a gestão da água, prevenção de desastres naturais e adaptação às alterações climáticas adota uma abordagem mista, mas existe ainda um longo caminho a percorrer.

Enquadramento da estratégia da gestão das inundações com os Planos de Gestão de Região Hidrográfica Obrigada. ZONAS INUNDÁVEIS E RISCOS DE INUNDAÇÃO PLANOS DE GESTÃO DE RISCO DE INUNDAÇÕES 5 fevereiro 2015, auditório da APA