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TRE/Pft FLS. BI TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO PARANÁ REPRESENTAÇÃO n 2945-19.2014.6.16.0000 Advogados Coligação "Todos pelo Paraná" Carlos Alberto Richa Maria Aparecida Borghetti Cristiano Hotz e outros Representada Roberto Requião de Mello e Silva Representado Representada Advogado Cleusa Rosane Ribas Ferreira Coligação "Paraná com Governo" Fernando Knoerr e outros RELATÓRIO Trata-se de pedido de direito de resposta formulado por Coligação "Todos pelo Paraná", Carlos Alberto Richa e Maria Aparecida Borghetti contra Roberto Requião de Mello e Silva, Cleusa Rosane Ribas Ferreira e Coligação "Paraná com Governo", sob a alegação de que os representados estariam veiculando propaganda eleitoral com conteúdo sabidamente inverídico. Sustentam que o representado publicou através do site www.requiaopmdb.com.br, matéria com conteúdo sabidamente inverídico, com a manchete "Dinheiro gasto por Richa em propaganda daria para construir 20 hospitais", em que transmite divulga falsos números quanto a gastos com publicidade no governo Richa e a falsa idéia de que nada gastou com publicidade em sua gestão. Dizem que, ao contrário do que Requião afirma, os gastos com publicidade em seu primeiro mandato como Governador (2003/2006) foram superiores do que os do atual governador e candidato a reeleição Beto Richa em seu também primeiro mandato (2010/2014). Afirmam que a propaganda falseia a verdade quanto aos gastos relativos ao ano de 2014, que totalizam R$ 69.654.322,14, conforme informação disponível no Portal da Transparência, na medida em que afirma que tais despesas importam em R$200 milhões e que, desta formel/os-gãitos totais còm propaganda no governo Richa chegam a R$500 milhões.

Representação n. 2945-19.2014.6.16.0000 Alegam, ainda, que os representados incorrem nos crimes previstos na legislação eleitoral, em especial no artigo 56 da Resolução 23.404 do TSE. O pedido de liminar foi indeferido às fls. 90/92. Devidamente notificados (fl. 95), os representados apresentaram resposta às fls. 97/108, sustentando que em momento algum os representantes contestam as informações, somente alegam que são inverídicás, sem galgar êxito em seu ônus probatório. Afirmam que as declarações a respeito dos valores correspondentes k ao exercício de 2014, não passam de somente estimativas, projetando que os gastos podem ter chego à R$ 500 milhões em propaganda. ; Defendem que inexiste inveracidade na matéria, não tendo.,, ultrapassado o limite do debate político e da crítica de gestão, permitidos no âmbito político e que não dão ensejo ao direito de resposta. Aduzem, ainda, que os representantes camuflaram os gastos ao desconsiderar o despendido com a publicidade legal demonstrando claramente a máfé, portanto pleiteia-se o reconhecimento da litigância de má-fé, por terem alterado a verdade dos fatos. Ao final requerem a improcedência da representação. Encaminhados os autos ao Ministério Público, a ilustre Procuradoria Regional Eleitoral ofereceu parecer (fls. 126/129), opinando pela improcedência da representação. E o relatório. FUNDAMENTAÇÃO A presente demanda visa à apuração de yeietriaçílp de propaganda sabidamente inverídica pelo representado, que iéri^r5rejudicado a campanha eleitoral do representante, em violação ao disposto ng/artigo 58 da Lei n. 9.504/97.

Representação n. 2C>45-19.2014.6.16.0000 O representado, em sua manifestação no vídeo de campanha (mídia da fl. 18), faz uma análise dos valores gastos pelo Governador Beto Richa com publicidade e compara esse gasto elevado, estimado de forma imprecisa em mais de meio milhão de reais, com o que se fez no seu próprio governo, onde se diz que nada foi gasto. O vídeo, inclusive, é contraditório porque depois de afirmar, que o representado praticamente eliminou gastos com publicidade, concluiu dizendo que nada. se gastou. Ora, eliminar praticamente os gastos e nada gastar são duas afirmações contraditórias. De toda maneira, é impossível que um governo se realize, nos dias de hoje, sem nenhum gasto com publicidade, o que torna a afirmação do^ representado, de que nada gastou, sabidamente inverídica. Além disso, na versão do discurso feita no site de campanha, conforme ata notarial de fls. 16/17, o termo "praticamente" desaparece, do queresulta a conclusão de que o representado "nas suas duas últimas gestões como governador (2003/2010) eliminou os gastos com propaganda para priorizar gastos com saúde, segurança e educação". Ou seja, a mensagem, bem claramente difundida é a dé.que, enquanto o atual governador gasta, por aproximação, 500 milhões, ele, representado, não gasta NADA, preferindo investir aquele dinheiro em infraestrutura. Sem entrar na forma como o representado.chegou aos 500 milhões, o que é rebatido pelo representante com outros números, o fato é que o representado não pode afirmar em propaganda de campanha que NADA gastou em publicidade. Veja-se, inclusive, que o representado, em sua defesa, não nega que tenha efetuado gastos em publicidade em sua gestão, do que se pode até concluir haver reconhecimento tácito da inverdade do que divulgado na campanha. A defesa centrase na demonstração do erro em que teria incorrido o representante ao chegar a números inferiores aos 500 milhões divulgados pelo representado. Fica, portanto, tacitamente reconhecido (até por falta de impugnação a respeito na defesa) que o representado, enquanto governador, efetuou gastos comjmblicidade, o que torna automaticamente inverídica a sua afirmação, de que NADA gastpu.

Representação n. 2945-19.2014.6.16.0000 Assim, veja-se que a inverdade sabida, no caso dos autos, não pode consistir, como fiz ver na decisão liminar, na exatidão dos cálculos que o representado fez quando atribuiu ao representante a elevada cifra de 500 milhões em gastos com publicidade, nem, por identidade de razões, no exato valor que o representado despendeu sob o mesmo título. Seria preciso entrar a discutir os métodos de cálculo de cada qual, se se incluem ou não se incluem os gastos com publicidade legal, por exemplo. E isso, essa só necessidade de estabelecer critérios para a apuração, tornaria inviável o exercício, quanto a esse tema, do direito de resposta. Se é em tese possível que cada uma das partes se utilize de métodos *' divergentes para chegar-se ao valor das cifras, então nenhum dos números apresentados pode ser considerado, de antemão, sabidamente inverídico. Por outro lado, há sem dúvida um fato que é sabidamente-, inverídico, a saber aquele, afirmado tanto no vídeo como em sua versão do site, de que o representado NADA gastou sob essa rubrica. Seja porque essa eliminação total de gastos com publicidade não se mostra em princípio compatível com nenhum governo, seja porque, em sua defesa, o próprio representado não nega que tenha gasto alguma coisa. Assim, concluo que o representante tem diieito de resposta contra o representado, para esclarecer que não é verdadeira a afirmação feita em campanha acerca da inexistência total de gastos do representado com publicidade em sua gestão à frente do governo. DISPOSTIVO Ante o exposto, julgo procedente o pedido de Direito de Resposta, a ser exercido no site do representado, de forma escrita que obedeça o termos do artigo 58, IV, "a", da Lei n. 9.504/97, bem como de vyieo, com duração de 1 minuto, em aplicação analógica do artigo 58, JHr^sFÇda Leíri>\9.504/97.

Representação n. 2945- i 9.2014.6.16.0000 Advirto aos representantes que o conteúdo da resposta deve se referir unicamente ao fato tido como inverídico, não devendo conter qualquer feferência à discussão acerca dos valores trazida na petição inicial.. Publique-se. Registre-se. Intime-se. de 2(