Maceió ganha centro cirúrgico de 1º mundo O



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Transcrição:

A.Noya Ano I - Nº 3 - Julho, Agosto e Setembro de 2005 Presidente do TRE, Fernando Tourinho, visita a Santa Casa PÁGINA 3 TECNOLOGIA Maceió ganha centro cirúrgico de 1º mundo O Centro Cirúrgico Dr. Euclides Ferreira de Lima, inaugurado recentemente na Santa Casa de Misericórdia de Maceió, agrega valor à prestação de assistência médico-hospitalar disponível na capital alagoana. O investimento, da ordem de R$ 4 milhões, incluiu os mais sofisticados equipamentos instalados nas 13 salas cirúrgicas; inclusive a de transplantes está entre as mais modernas do mundo. A arquitetura, iluminação e sistema de refrigeração também atendem rigorosamente aos padrões atuais exigidos pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Agora, o hospital está preparado para aumentar em 60% a capacidade de cirurgias - cerca de 1.200 por mês. A obra foi feita em três anos, com recursos próprios, sendo um marco triunfal na modernização por que passa a instituição. PÁGINAS 4 E 5 Tecnologia de ponta a serviço de todos José Ronaldo Acesso fácil para mamografia e densitometria óssea Paulo Nascimento AL tem 3.300 médicos, mas estão mal distribuídos, diz Cremal Chico Brandão PÁGINA 8 PÁGINA 7 A.Noya Vídeos e palestras humanizam sala de espera do SUS PÁGINA 6 Palavra do Provedor: Um tributo à dedicação PÁGINA 2 Emanuel Fortes, presidente do CRM/AL

2 M O S A I C O P A L A V R A D O P R O V E D O R DESIGUAIS - Você sabia que nem mesmo as instituições filantrópicas recebem tratamento igualitário? Enquanto na área da Educação é exigido que sejam destinados 20% em bolsas de estudo; nos hospitais a cota de gratuidade tem que ser de 60%. E haja fôlego para manter a balança financeira equilibrada... Um tributo à dedicação A.Noya PROMOÇÃO - A colaboradora Luza Laneide de Souza Silva, que entrou na Santa Casa como auxiliar de escritório do Centro de Diagnóstico, acabou de voltar ao setor de origem. A diferença é que agora assumiu a supervisão. Luza passou os últimos quatro anos como escriturária do Gestão de Pessoas. Em cinco anos no hospital, ela investiu na escolaridade: fez Administração de Empresas na Faculdade de Administração de Alagoas e, ao concluir o nível superior, foi aproveitada numa vaga compatível. Ponto para ela! QUANTO CUSTA? O preço médio de um recém-nascido em internamento hospitalar durante 17 dias é de R$ 42 mil. E o custo que o Ministério da Saúde disponibiliza por ano para cada cidadão é de R$ 73,00 (isso mesmo: setenta e três reais)! O jeito é rezar para nunca adoecer... TRANSIÇÃO Quem ama o que faz é caprichoso em todos os detalhes. Isso ficou claro na bela mensagem de despedida da equipe da Cipa, no mural do hospital, dizendo assim: Desta vida nada se leva. Só se deixa... nosso melhor, nosso maior abraço, história, intenção, compreensão, prevenção... se queres ficar na memória. Todo mundo viu e gostou! Parabéns aos que já trabalharam e aos membros da nova diretoria. EXAMES AOS SÁBADOS - Ecocardiograma, eletroencefalograma, ultra-sonografia, ergometria e exames laboratoriais agora também podem ser feitos aos sábados, das 8:00 às 12:00 horas, na Santa Casa de Misericórdia de Maceió. Portanto, ninguém precisa faltar ao trabalho, tampouco deixar de agir com prevenção à saúde alegando falta de tempo para se cuidar. DR. HUMBERTO GOMES DE MELO * ASanta Casa de Misericórdia de Maceió viveu, no último dia 8 de julho, um dos seus grandes momentos quando entregou oficialmente à comunidade alagoana um dos mais modernos centros cirúrgicos do País. Trata-se de uma obra que engrandece qualquer instituição hospitalar. O ato inaugural contou com a presença do prefeito Cícero Almeida, do arcebispo Metropolitano, dom José Carlos de Melo, dos desembargadores Dr. José Fernando Lima Souza e Dr. Antônio Sapucaia da Silva, do deputado federal Benedito de Lira, do suplente de Senador José Costa, representando o presidente do Congresso Nacional, senador Renan Calheiros, do Dr. José Abílio Neves de Souza, representando o Tribunal Regional do Trabalho, do Dr. Emmanuel Fortes Cavalcanti, presidente do Conselho Regional de Medicina, do Dr. Cléber Costa de Oliveira, presidente da Sociedade de Medicina de Alagoas, do Dr. Dário Braga Dória, representando a Santacoop, dentre outras autoridades - civis, militares, eclesiásticas e sindicais -, que estiveram presentes ou se fizeram representar, além dos membros da mesa administrativa e da irmandade e de representação significativa do corpo funcional e técnico da nossa instituição. O esmero com que foi concebido e construído o novo centro cirúrgico da Santa Casa pode ser percebido nos mínimos detalhes dos seus mais de 1.000m2 de área construída - ocupando todo o segundo andar do Hospital Álvaro Peixoto. São 13 salas cirúrgicas, sendo duas delas para pequenas cirurgias, nove para procedimentos de média e alta complexidade e duas outras, conjugadas, para transplantes. A obra, iniciada na gestão do Prof. Lourival Nunes da Costa, durou mais de três anos para ser concluída. O volume de investimentos - com obra e equipamentos - foi da ordem de R$ 4 milhões, com recursos próprios da instituição. Como tributo ao trabalho, à dedicação, ao amor e à competência, os cirurgiões que integram o corpo clínico da Santa Casa decidiram - quase que por unanimidade - solicitar à provedoria que o novo centro cirúrgico fosse denominado de "Dr. Euclides Ferreira de Lima". A solicitação foi acatada e aplaudida não só pela provedoria, mas pela direção, mesa administrativa, corpo funcional e médicos da instituição. As justas homenagens foram prestadas a um dos mais abnegados e dedicados profissionais que atuaram e atuam na nossa instituição hospitalar, honra a mesa administrativa e a instituição Santa Casa de Misericórdia de Maceió. A inauguração do Centro Cirúrgico Dr. Euclides Ferreira de Lima faz parte do projeto Santa Casa do Futuro. Este, por sua vez, envolve muitos empreendimentos, alguns já em andamento e outros ainda por serem iniciados, sempre dentro do objetivo de fazer com que a Santa Casa de Misericórdia de Maceió seja reconhecida como um dos melhores complexos de assistência hospitalar e ambulatorial do Nordeste, atendendo a toda média e alta complexidade até o ano de 2009. As homenagens prestadas, por ocasião da inauguração do novo centro cirúrgico, a alguns dos profissionais que trabalharam na Santa Casa no decorrer dos seus 154 anos de existência foram prova do reconhecimento dos atuais dirigentes, do corpo clínico e do corpo funcional da nossa instituição a todos os abnegados profissionais que contribuíram com o seu saber e dedicação para salvar vidas, utilizando a Santa Casa como instrumento. A todos a nossa gratidão e reconhecimento! * Provedor, médico psiquiatra, presidente do Sindicato e Associação de Hospitais de Alagoas e diretor da Confederação Nacional de Saúde - CNS. E x p e d i e n t e As homenagens prestadas ao Dr. Euclides Ferreira de Lima honraram a todos que trabalham com dedicação ao ofício da medicina em nossa instituição Este informativo é produzido pela Gerência de Marketing da Santa Casa de Misericórdia de Maceió. ADEUS ESQUECIMENTO - Saiu na revista New Scientist: vem aí uma nova substância para estimular a memória. Batizada de CX717, a droga medicamentosa pertence à família das ampaquinas e estimula a produção natural do glutamato, produzido pelo cérebro para facilitar o aprendizado e a capacidade de memória. E o melhor: sem efeitos colaterais das anfetaminas. É esperar para depois usar e comemorar! Dr. Humberto Gomes de Melo PROVEDOR Dr. Paulo de Lira DIRETOR ADMINISTRATIVO/FINANCEIRO Dr. Gilvan Dourado DIRETOR MÉDICO Dr. Renato Rezende VICE-DIRETOR MÉDICO Antonio Noya GERENTE DE MARKETING Benedito de Lira Douglas Apratto Tenório Duílio Marsiglia Euclides Ferreira de Lima Giovani A. C. Albuquerque Fátima Vasconcelos JORNALISTA - Nº 414 - DRT/AL MESA ADMINISTRATIVA João Augusto Sobrinho José Macário Barbosa José Peixoto dos Santos Marcos Davi Lemos de Melo Mosenhor Pedro Teixeira Cavalcante Jobson Pedrosa DIAGRAMAÇÃO Rua Barão de Maceió, 288 - Centro - CEP 57.020-360 - Maceió - Alagoas - Brasil Fone 55 82 2123 6211 - Fax 55 82 326 3132 - E-mail marketing@santacasademaceio.com.br Tecnosp CONSULTORIA

CORTEZ O Visita reverencia transparência da gestão presidente do Tribunal Regional Eleitoral, Fernando Tourinho, e o desembargador Humberto Martins fizeram uma visita de cortesia à Santa Casa de Misericórdia de Maceió, onde foram recebidos pelo provedor Dr. Humberto Gomes de Melo e pelo diretor administrativo Paulo de Lira, os médicos Gilvan Dourado, Renato Rezende, Marcos Davi, José Wanderley e Duílio Marsiglia, bem como os assessores jurídicos Adriano Soares e Paula de Lira. Durante o encontro, o desembargador Fernando Tourinho tomou conhecimento das mudanças gerenciais e médicas que compõem o Projeto Santa Casa do Futuro e que ora se implanta na instituição. Colaborador do hospital tem acesso à Unicred Os colaboradores da Santa Casa que não são da área da Saúde agora também podem abrir conta na Unicred. Basta ter nível superior - é o caso de arquiteto, engenheiro, advogado, jornalista, administrador e analista de sistema, entre outros - e provar o vínculo empregatício com a instituição. Para maior comodidade será aberto em breve um posto de serviço no próprio hospital. A Unicred é uma cooperativa de crédito associada ao Banco do Sistema Cooperativista de Crédito (Bansicred). Em todo o Brasil são 135 Unicreds, sendo que a de Alagoas ocupa o 2º lugar no Norte/Nordeste e o 7º lugar no ranking nacional, posições obtidas ao longo de 13 anos de atuação. Ao abrir sua conta, você passa a ser dono da instituição, como cooperado, jamais cliente, pois seu dinheiro não vai dar lucro a terceiros, mas a si próprio. Não há a figura do banqueiro. Significa, portanto, que o cooperado livra-se das taxas abusivas cobradas pela rede bancária. Na Unicred são pagas as tarifas mais baixas possíveis, equivalentes apenas ao valor necessário à operacionalização dos serviços - não são embutidos juros para diversos serviços. Quando ocorrem juros, o custo é sempre bem abaixo da especulação do mercado financeiro. O cooperado tem talão de cheque aceito em todo o Brasil, bem como cartão de débito e crédito com bandeira internacional (Visa), mas as benesses vão além: existem linhas de financiamento específicas às necessidades dos cooperados, como, por exemplo, crédito para consultório, automóvel, casa própria Entre outras vantagens, a Unicred tem as menores tarifas e seu cheque é aceito em todo o País (independentemente de já ter uma, inclusive de veraneio) e até para equipar a casa com eletrodomésticos e computador, entre outros bens, sem falar que também há a possibilidade de se pagar à vista qualquer produto ou mesmo taxas de imposto, como IPVA, TIB e Imposto de Renda. Assim, ganha-se o desconto por pagar cota única usando o dinheiro da Cooperativa, devolvendo o valor à instituição com juros irrisórios, de forma a valer a pena o negócio. O presidente da Unicred, Alex Barbosa, explica que os cooperados dispõem de profissionais capacitados para orientálos sobre a forma mais rentável de se administrar o saldo da conta. Mas uma coisa é certa: quanto maior a movimentação financeira, maior também os ganhos. "Oferecemos aos cooperados soluções econômico-financeiras inteligentes. Eles são orientados sobre as melhores oportunidades para fazer o dinheiro render", enfatiza, ratificando que, ao fim do ano, todos usufruem do resultado financeiro da Unicred. A sobra de recursos, ou seja, valor que resta depois que são subtraídas as despesas operacionais, é dividida entre os cooperados - atualmente são 2.500 cooperados. No início, apenas os médicos podiam fazer parte da Unicred. Depois, o estatuto ampliou o acesso para todos os trabalhadores de nível superior da área da Saúde, e mais recentemente para quem tem vínculo empregatício com empresas prestadoras de saúde, daí a motivação do provedor da Santa Casa de Maceió, Humberto Gomes de Melo, em abrir um posto Fotos - A.Noya Desembargadores Tourinho e Humberto Martins atentos às últimas realizações da Santa Casa de atendimento da Unicred no hospital. Assim, será cômodo efetuar saques e resolver outras questões sem que o colaborador precise se ausentar do serviço. Segundo o presidente, é muito importante o cooperado fidelizar as transações financeiras com a sua cooperativa. Quanto mais dinheiro a instituição movimentar, menores serão as taxas e maior o resultado financeiro da instituição. Quanto maior o capital do sócio, maior sua rentabilidade. Outra vantagem é o prazer de contribuir com o desenvolvimento da economia local - a Unicred gera empregos para alagoanos. O cooperado é, portanto, gerador de riqueza para Alagoas, não para outro Estado. A sede matriz fica em Mangabeiras, mas há postos de atendimento vizinho à Unimed (na Fernandes Lima), no Pronto-Socorro da Unimed (Av. Dom Antônio Brandão), em Arapiraca, em Palmeira dos Índios, e por esses dias serão inaugurados o da Santa Casa de Maceió e Hospital Universitário. Na Unicred, o capital social de cada sócio pode ser a partir de R$ 30,00 (trinta reais), mas não é taxa de manutenção, é uma forma de poupança, de aposentadoria digna. É melhor (mais rentável) do que qualquer plano de previdência, pois gera 20%, enquanto a média dos planos de previdência é de 12%, frisa o Dr. Alex, acrescentando haver investimento contínuo na qualificação e capacitação dos gestores e colaboradores. A transparência também é outro fator gerador de credibilidade. A Unicred faz escola dentro do cenário do cooperativismo. Recebemos gerentes de outras cooperativas que vêm buscar informações e checar in loco o segredo do nosso crescimento e solidez", enfatiza o presidente, lembrando que pessoa jurídica da área da Saúde também pode e deve movimentar seu dinheiro via Unicred e, assim, obter mais ganhos. DR. MÁRIO RONALSA * Novos conceitos do exame PSA o ponto de vista epidemiológico, o D câncer da próstata é a neoplasia interna mais freqüente no homem. O seu rastreamento é realizado com o PSA e o toque retal. O antígeno específico prostático (PSA), um marcador de câncer da próstata, colhido no sangue, que foi descrito pela primeira vez em 1979 e em meados da década de 80, tornou-se o marcador tumoral mais utilizado na Medicina, sendo muito importante no diagnóstico, estadiamento e seguimento do tratamento nos pacientes com câncer prostático. Apesar de sua alta sensibilidade, o PSA, no entanto, apresenta baixa especificidade, isto é, pode se elevar também em patologias benignas da próstata, como prostatites, infartos prostáticos, aumento de volume e até após as relações sexuais e o toque retal. Ultimamente, alguns trabalhos científicos nesta área, como os dos Drs. Thompson e Catalona, publicados, respectivamente, em maio e julho deste ano, no New England Journal of Medicine, questionam o PSA como método seguro e ratificam o que já sabíamos - não é raro encontrarmos câncer da próstata em homens com valores normais de PSA. Estes fatos provavelmente induzirão a estudos mais amplos visando diminuir os valores de referência normais do PSA, elevando-se, assim, o índice de biópsia prostática. Por outro lado, algumas novas isoformas do PSA estão sendo investigadas, entre elas, o Pro-PSA e o B-PSA, que, quando estiverem disponíveis para uso clínico, deverão ser ferramentas que auxiliarão bastante na avaliação e monitoramento das doenças prostáticas, podendo melhorar a taxa de detecção precoce, além de diminuir o número de biópsias prostáticas desnecessárias. * Médico urologista, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Urologia e chefe do Serviço de Urologia da Santa Casa de Misericórdia de Maceió. 3

4 5 Novo centro cirúrgico equipara-se aos melhores do País A Fotos - Chico Brandão e Caio Loreiro o inaugurar o Centro Cirúrgico Dr. Euclides Ferreira de Lima, no último dia 8 de julho, a Santa Casa de Maceió deu mais um salto qualitativo, aproximandose da sua missão de tornar-se referência em alta e média complexidades no Norte/Nordeste. "Essa obra é o maior presente que poderíamos dar, este ano, à capital de Alagoas", disse o provedor do hospital, Dr. Humberto Gomes de Melo. A solenidade de inauguração foi prestigiada por autoridades dos três Poderes, líderes de entidades médicas e representantes da sociedade civil - todos se congratularam aos médicos e direção do hospital parabenizando e reconhecendo a importância do empreendimento. Com esse suporte, haverá aumento de 60% na capacidade cirúrgica, podendo ser realizadas, em média, 1.200 cirurgias ao mês. São 13 salas equipadas com o que há de mais avançado em aparelhagem cirúrgica, além de modernas instalações físicas atendendo ao que preconiza o Ministério da Saú- Ao agradecer aos colegas cirurgiões pela escolha do seu nome para a obra, Dr. Euclides emocionou a todos Médicos, líderes de classe da sociedade civil e representantes dos três Poderes prestigiaram a inauguração Dra. Rosinete de M. Melo e Cristina de Lira descerrando placa Dr. Humberto Gomes de Melo: É o melhor presente que estamos dando a Maceió este ano de e às normas internacionais do setor, como disse o provedor, esclarecendo que foram investidos recursos próprios da ordem de R$ 4 milhões. Dom José Carlos Melo deu a bênção às novas instalações do hospital Autoridades escutam o discurso bem-humorado do Dr. Euclides Ferreira e depois visitam as salas de cirurgias PADRONIZAÇÃO INTERNACIONAL Foram mantidas as duas salas do centro cirúrgico cardíaco e as duas do Instituto da Mulher, bem como as oito do centro cirúrgico geral, acrescidos de cinco novas salas - no total, agora são 17 modernas instalações. Cada detalhe atende à padronização internacional, como, por exemplo: circulação de ar com pressão negativa (refrigerada a água), o que reduz a margem de infecção hospitalar; sala de indução e de recuperação anestésica; equipamento para uso anestésico igual ao utilizado nos grandes hospitais do mundo; iluminação e foco de padrão internacional; câmaras de filmagem e som de última geração interligados ao sistema de informática; temperatura regulável e uma vasta disposição de itens de apoio para qualquer especialidade médica, inclusive videolaparoscopia e transplantes, além de acesso automático à medicação específica às necessidades cirúrgicas. A escolha do nome do novo centro cirúrgico se deu por eleição - os próprios cirurgiões da Santa Casa escolheram a quem homenagear, mas na solenidade coube ao vice-provedor e coordenador da clínica cirúrgica, Renato Rezende, a saudação ao colega, a quem definiu como um dos maiores mestres da cirurgia, em plena atividade, agregando outros valores, como a humildade do saber, dedicação e competência. Também em respeito às normas de segurança à saúde, a solenidade de inauguração foi dividida em duas etapas. A primeira, bem mais rápida, ocorreu nas dependências do próprio centro cirúrgico, com descerramento da placa por Rosinete Maria de Mendonça e Cristina Lira, bem como a bênção do arcebispo D. José Carlos Melo, agradecimentos do provedor, homenageados e visita às instalações. A segunda parte foi um coquetel servido no salão de eventos do Hotel Meliá e apresentação de um vídeo sobre o novo centro cirúrgico. Vista panorâmica da maquete do novo centro cirúrgico As salas cirúrgicas são interligadas, dispondo, inclusive, de câmaras de filmagem que ampliam a visão dos procedimentos

6 N O T A S Foi prá lá de proveitosa a última reunião da irmandade da SCMM, no último dia 29, no Hotel Jatiúca, iniciada com um café da manhã. Na ocasião o provedor, Humberto Gomes, mostrou aos irmãos o vídeo sobre o novo centro cirúrgico, o diretor médico, Gilvan Dourado explicou acerca dos avanços da área médica e o diretor administrativo-financeiro, Paulo de Lira abordou a nova estrutura organizacional da Santa Casa. Mas o tom de descontração ficou por conta da irmã Marinete Pereira Augusto, que deixou todo mundo emocionado ao declamar a poesia O canto do Brasil, de Ronald de Carvalho. Foi a grande surpresa do dia - mais que isso, um presente para a alma, além de ter confirmado o talento e o amor da professora pela literatura. O relatório 2004, com o balanço financeiro e ações realizadas na Santa Casa de Maceió no ano passado, foi um dos mais divulgados em toda a história do hospital. Foram impressas milhares de cópias, em formato de revista e diagramação clean, mas é graças ao conteúdo, mostrando com transparência o destino de cada centavo, que ainda hoje a direção recebe elogios de todo o Brasil. Aliás, a SCM enviou o material, inclusive, para o Ibase, Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas, fundado por Betinho. O primeiro a ser enviado foi o de Porto Alegre; o segundo: o de Maceió. Numa instituição com 1.358 colaboradores, como é o caso da SCM, a equipe de Gestão de Pessoas não mede esforços para manter todos motivados com o trabalho. Na parte de eventos sociais, por exemplo, o dinamismo é tanto que nenhuma data passa em branco - as ações também envolvem pacientes. Somente este ano já foram comemorados: Páscoa, Dia da Mulher, Dia das Mães e São João (foto), sem falar nos aniversariantes de cada mês, na ginástica laboral feita três vezes por semana e no trabalho com as crianças da creche onde os filhos dos colaboradores passam o dia. Tudo com direito a sessão de fotos, que são expostas em murais estratégicos do hospital. Nota 10 para a equipe! Na edição anterior registramos a trajetória dos dez anos do Instituto da Mulher. Pois bem, na data do aniversário houve bolo e coro de parabéns, pilotado pela primeiradama da casa, Dra. Aurelita Pimentel. Além dos colaboradores do IM, também passaram por lá pelo menos um representante de cada gerência do hospital e colaboradores (foto abaixo). Mais badalado impossível! Parabéns! Média de consulta pelo SUS é de 5.700 ao mês C omo em Alagoas 82% da população depende do SUS, a Santa Casa de Misericórdia de Maceió também mantém em sua estrutura um amplo ambulatório com médicos de 26 especialidades que atendem, em média, 5.700 pacientes ao mês, predominando o fluxo na cardiologia, onde são atendidos até 2.000 pacientes, mas há grande procura também nas áreas de nefrologia, oncologia, cirurgia geral, pneumologia, ortopedia e ginecologia. "Temos uma equipe médica que se reveza nesse atendimento. Praticamente é um trabalho voluntário porque o valor repassado pelo governo por consulta é de R$ 7,55 (no caso da cardiologia) e R$ 2,04 (para clínica médica e pediatria)", afirma Jessé Bento Pais, coordenador do setor Arquivo Médico e Estatística (SAME), lembrando que os pacientes chegam logo cedo para agendar as consultas e receber atendimento médico. O atendimento no Ambulatório Geral do SUS começa às 7h e vai até às 18h, de segunda a sexta-feira, tendo horários diversos em outras áreas anexas do hospital. Para agendar consulta em clínica especializada é necessário ter em mão guia de encaminhamento fornecida por médico da rede pública, que geralmente vem dos Vídeos e palestras humanizam espera A receptividade dos pacientes do SUS ao Projeto Sala de Espera, instituído recentemente pela Santa Casa de Maceió para humanizar o atendimento ambulatorial, surpreendeu a expectativa de todos, particularmente das idealizadoras, Sandra Silva e Joseli Barros. "O volume de pacientes é grande e era urgente envolvê-los em alguma atividade lúdica e educativa para suavizar o desconforto do tempo de espera. A resposta interativa ao projeto está excelente", reconhece Rejane Paixão, coordenadora da Enfermagem. Diariamente, cerca de 150 pacientes passam horas na sala de espera do ambulatório, Jessé: Novas parcerias estão sendo realizadas. em cada turno, para consulta nas 22 especialidades disponibilizadas na casa. Atualmente, cada médico atende 12 pessoas por dia, havendo demora de 40 dias entre a data da marcação e o dia do atendimento. INTERATIVIDADE Os pacientes chegam cedo, oriundos de bairros distantes e até do interior do Estado. Agora, com o Projeto Sala de Espera, há monitores para entreter a todos, mantendo-os participativos de atividades educativas, como palestras e mostras de vídeo. O foco são informações na área da saúde Fotos - A.Noya Diariamente são atendidos cerca de 260 pacientes, incluindo as diversas especialidades médicas disponíveis nos 22 consultórios do SUS postos de saúde dos bairros e interior do Estado. "A demanda para marcação de consulta médica pelo SUS é bastante elevada, sobrecarregando nossa capacidade de atendimento, apesar do aumento constante do número de médicos nas diversas especialidades. Em algumas especialidades só há vaga dentro de 60 dias, em média; mas diariamente são atendidos aproximadamente 260 pacientes, em média, incluindo as diversas especialidades médicas disponíveis nos 22 consultórios do SUS, como revela Jessé. GUIAS DE EXAMES CHEGAM A 2.300 Segundo ele, atualmente são aproximadamente 150 médicos em atendimento aos pacientes carentes que procuram o complexo hospitalar (Santa Casa), mas há projetos para adesão de novos profissionais no ambulatório geral, o que permitirá maior fluxo. Ao ser consultado, o paciente também recebe guias para exames laboratoriais, ginecológicos, hormonais, exames de imagem (raios X), mamografia, cintilografias, PSA livre e total, entre outros. Por mês são distribuídas 2.300 requisições para exames pelo SUS, sendo 1.500 tarja azul, 700 amarela e 100 verde. A média de cirurgia/sus é de 500. "O hospital tem uma equipe de assistentes sociais e psicólogos que trabalham para humanizar o atendimento, inclusive são realizadas atividades afins enquanto os pacientes aguardam a sua vez na sala de espera. Todo esse profissionalismo ocorre porque a Santa Casa é um hospital para todos", enfatizou Jessé. preventiva, sendo abordado a cada encontro um tema relacionado a especialidade médica em atendimento naquela data. A Educação Continuada e Gerência Técnica selecionam os palestrantes, mas o serviço é executado junto com equipe de apoio. A Secretaria Municipal de Saúde colabora cedendo panfletos, e os representantes de remédios cedem material de apoio. As especialidades ofertadas são: pediatria, ginecologia, reumatologia, ortopedia, otorrino, neurologia, urologia, oftalmologia, dermatologia, pneumologia, mastologia e oncologia.

E N T R E V I S T A 7 Cremal alerta que ainda faltam médicos no interior EMANUEL FORTES Psiquiatra e presidente do Conselho Regional de Medicina E m tempo de globalização, vale mais quem agrega valores ao currículo, cria um diferencial no mercado e se prepara para prestar serviço dentro de um padrão de excelência de qualidade. Na Medicina, especialmente, a competitividade é gritante, como diz o psiquiatra e presidente do Conselho Regional de Medicina em Alagoas (Cremal), Emanuel Fortes. Numa breve pausa entre o seu consultório e as atribuições do Cremal, ele nos recebeu para falar aos colegas médicos, através do Santa Casa em Foco, sobre o atual panorama do exercício da Medicina no Estado e política pública de saúde. Acompanhe: Chico Brandão Qual é o panorama atual da classe médica? Hoje já somos 3.300 médicos na ativa em todo o Estado, mas os registros chegam a quase cinco mil. Muitos faleceram, outros se aposentaram... O velho problema é a falta de condições de trabalho, principalmente no interior do Estado, o que gera uma má distribuição dos médicos: a maioria fica na Capital enquanto há enorme carência em diversos municípios. A remuneração ainda é aviltante, sobretudo para algumas especialidades, e também varia de acordo com a realidade econômica da cidade. Em Arapiraca, por exemplo, não faltam médicos. Teoricamente, o PSF surgiu para acabar com esse problema, mas ainda persiste, sendo, hoje, em menor grau. Há desigualdade salarial: o valor pago ao médico do PSF oscila entre R$ 2.800 e R$ 4.000. É pouco para a dedicação exclusiva exigida pelo programa. Como resolver esse impasse da falta de motivação para o trabalho médico no interior? É preciso consciência por parte dos gestores da Saúde, da classe política como um todo, das lideranças de classe, no sentido de priorizar a Saúde. O próprio teto financeiro do Estado é um impasse e se reflete nos municípios. Por sua vez, com o pouco que os gestores recebem, muito pouco é feito. Faltam condições de trabalho, infra-estrutura nas cidades - muitas comunidades vivem sem água encanada, sanitário e em absoluta falta de higiene. Isso, por si só, é extremamente desestimulante. Para agravar, o salário é baixo. O Cremal tem interferido de que forma? Nós fazemos um trabalho fiscalizador, emitimos parecer, propomos ajuste de conduta; enfim, onde é possível atenuar as disparidades nós o fazemos. Inclusive, em parceria com o Conselho Federal de Medicina, Secretaria de Saúde do Estado e Secretarias Municipais, desde 2001 estamos realizando curso de atualização médica no interior, sem custo para os colegas. O mais recente começou agora A.Noya em agosto, com aulas itinerantes nas microrregiões sobre técnicas e tratamentos mais avançados em 13 especialidades médicas, ampliando, portanto, o saber do médico generalista que atua no PSF. São 100 especialistas se revezando com suporte didático da Uncisal, Universidade de Ciências da Saúde e Ufal, Universidade Federal de Alagoas. A idéia é otimizar o atendimento, evitando que a população tenha necessidade de se deslocar até a Capital em busca de algumas especialidades e procedimentos médicos que podem ser prestados num posto mais próximo do seu domicílio. Assim, apenas os casos de maior complexidade são encaminhados para um centro maior. Nessa nova turma queremos atingir 800 médicos. Você diz que há uma má distribuição de médicos. Estamos muito distantes do que preconiza a Organização Mundial de Saúde? A OMS preconiza um médico para cada mil habitantes. Em Maceió temos 2.100 médicos e 800 mil habitantes: são, portanto, 381 habitantes para cada médico. Tem médico demais, mas isso não significa que a população esteja bem assistida. Muita gente não tem acesso ao médico. No Estado como um todo são 1.833 habitantes para cada médico. Generalizando, são 909 habitantes por médico. Há de se considerar, entretanto, que a falta desses profissionais é gritante em diversos municípios. Então, a equação é desproporcional. É preciso haver uma redistribuição, uma política de incentivo capaz de motivar o trabalho nas comunidades mais desassistidas. No PSF cada equipe de saúde atua numa comunidade de 5.000 habitantes. É preciso aumentar o número de equipes. O que pode ser feito a curto prazo? Vamos discutir o assunto num fórum com os profissionais médicos, gestores e representantes do Ministério Público, em Palmeira dos Índios. O foco é a política assistencial e preventiva, bem como o financiamento da saúde. No final, vamos elaborar um relatório com medidas a serem adotadas a médio prazo. Serão pactuadas ações e caberá ao Ministério Público cobrar o cumprimento das mesmas. Teremos residência médica no Hospital Portugal Ramalho, o que abre perspectiva do aumento de psiquiatras e neurologistas. No Brasil, todos os anos só há quatro mil vagas em residência para os 13 mil recém-formados em clínica. OMS preconiza um médico para cada mil habitantes. Em Maceió tem médico demais; no entanto a população fica desassistida O ideal é dotar os municípios pólos de infra-estrutura para procedimentos de médio porte, mas ainda estamos distantes dessa meta Como você vê o critério de remuneração do SUS e o controle do uso dos recursos por parte do Ministério da Saúde? Historicamente, o SUS paga bem abaixo do custo dos procedimentos, mas a verdade é que as clínicas e hospitais "brigam" pelo credenciamento porque o dinheiro é pouco, mas é garantido. Os procedimentos de atenção básica, principalmente, têm custo bem baixo. Hoje há defasagem até nos de alta e média complexidade. Temos detectado em nossas fiscalizações que os prestadores estão reduzindo os insumos utilizados nos procedimentos, e isto pode comprometer a qualidade, o que não podemos ser coniventes. Quanto às auditorias do Ministério da Saúde, têm que ser feitas sim. São procedimentos rotineiros e sempre foram feitos. Toda instituição que recebe recurso público é auditada. Isso é de praxe e está correto: ninguém estranha, nem a própria entidade, porque ela sabe disso logo ao se credenciar. Sabe que é passível de fiscalizações e justamente por isso deve primar pela transparência e pelo bom uso dos recursos. Aliás, até os planos de saúde auditam. É um direito deles. Infelizmente, o Ministério, apesar de saber todo o trâmite dos procedimentos médicos, discorda de coisas que ao nosso ver são incontestáveis. Por exemplo, as cirurgias múltiplas, que são realizadas de uma só vez e portanto com uma mesma anestesia e um só acesso (corte cirúrgico), são eticamente corretas. Não há nada errado nisso. É muito mais viável livrar o paciente de dois ou três males de uma só vez, aproveitando que ele está ali na sala de cirurgia (aberto) do que submetê-lo a sucessivas operações. Mas o Ministério não paga e não reconhece a cirurgia múltipla. Quando coloca isso em seus relatórios, soa como se algo errado estivesse sendo praticado. Temos aqui no Cremal um volume enorme de queixas dessa natureza. Qual é a orientação que o Cremal dá a esses casos? Nós remetemos essas queixas ao Conselho Federal de Medicina, para que envie ao Ministério da Saúde, já que nosso poder limita-se à esfera do Estado. O Conselho Federal, por sua vez, pede vistas do processo junto ao Ministério da Saúde e argumenta, com parecer técnico, a viabilidade do procedimento. Em muitos casos, os recursos são pagos, mesmo com atraso.

8 FISIOTERAPIA Exercícios otimizam recuperação de pacientes A coordenadora da Fisioterapia da Santa Casa, Sônia M. Leão, explica que o serviço tem ajudado significativamente na melhora dos pacientes, bem como na prevenção dos problemas ligados aos sistemas cardiorrespiratório e músculo-esquelético. Basta dizer que os dados mais recentes, de 2004, mostram taxa de escaras compatíveis ao índice tolerado pelo Ministério da Saúde. A equipe de fisioterapeutas trabalha mediante solicitação médica. "Lembramos que a multidisciplinaridade agrega valor ao tratamento, tornado-o mais eficiente, com maior rotatividade nos leitos. Ela esclarece que os fisioterapeutas do hospital (ao todo são 20) atuam junto a todos os setores da instituição. "A tendência de quem permanece muito tempo no leito é formar escaras, atrofiar músculos, bem como desenvolver problemas respiratórios por estase (acúmulo de secreção). Por isso fazemos exercícios preventivos, inclusive a medida melhora a circulação e o tônus muscular, evitando tromboses", observa Elenildo Aquino, também integrante do quadro de fisioterapeutas da Santa Casa há 13 anos. Há um grande número de pacientes que necessita de avaliação e intervenção pré-operatória, objetivando melhor performance cardiopulmonar e músculo-esquelético, conseqüentemente melhor resposta no período pós-operatório. "Aplicamos exercícios para desobstruir as vias aéreas, mantendo-as pérvias (livres), viabilizando a expansão pulmonar", diz o profissional. Já os pacientes de cirurgias neurológicas (e outras) se beneficiam da fisioterapia motora. Mamografia: capacidade é para 4.000 exames ao mês Seja qual for o paciente, o primeiro passo é fazer sua avaliação, observando o quadro clínico, a queixa apresentada, checando a indicação para fisioterapia, identificando musculatura deficiente, entre outros aspectos, para então definir o plano de trabalho, como alega Sônia, acrescentando que são utilizados meios físicos: cinesioterapia (exercícios terapêuticos), calor, gelo, massagem e hidroterapia para levar o organismo a otimizar sua própria recuperação. Segundo a fisioterapeuta, a equipe se emociona ao ver os resultados do trabalho, como é o exemplo de alguns pacientes da Unidade de Terapia Intensiva. O tratamento é condicionado aos limites do organismo - os profissionais estimulam a reabilitação até onde é possível. Muitas vezes, o A aquisição de um novo aparelho de mamografia (agora são três) ampliou a capacidade de realização do exame para 200 ao dia e cerca de 4.000 ao mês, como diz o radiologista Eglício Viana, advertindo a população feminina para a importância da prevenção e diagnóstico precoce do câncer da mama. "Tendo em vista o aumento da doença no Brasil, torna-se ainda mais imperativo fazer a mamografia e estamos equipados para atender à demanda, cobrindo todo o Estado sem fila de espera até pelo SUS. Outra vantagem é que o mamógrafo é digital, causando menos dor". Segundo o médico, na faixa-etária dos 35 aos 40 anos é preciso fazer mamografia uma vez. Dos 40 aos 50 anos, um exame a cada dois anos, e depois dos 50, um anual. Dependendo da história familiar e quadro clínico do paciente, o especialista pode alterar este cronograma. O fato é que o câncer da mama costuma surgir a partir dos 40 anos, época em que coincidentemente o tecido glandular é substituído por gordura. Na mamografia, a lesão apresenta-se densa, e, para ser melhor detectada, é necessário a presença de um tecido de menor densidade na sua periferia, tal como a gordura, aliás, bem peculiar a partir da faixa etária. "A lesão é vista antes de a pacienta apresentar sintomas ou de ser um nódulo palpável. Sua dimensão é variada, podendo ter de 3 a 5 milímetros, equivalente a um grão de arroz. É justamente nesse estágio o período ideal para tratar o câncer, pois há maior chance de cura. Daí em diante, quanto maior estiver o tumor, menor o sucesso do tratamento, como alerta Eglício, enfatizando que as mulheres jamais devem se descuidar em seus exames preventivos. "Ao SUS são disponibilizados 1.260 exames ao mês; por isso o atendimento é feito no mesmo dia", garante o médico, preocupado com a baixa procura pela mamografia, quando na verdade é o caminho mais eficaz para diagnosticar precocemente o câncer da mama, doença que mais cresce na população feminina. Ele lembra a mais recente pesquisa do IBGE, mostrando a baixa demanda do exame em Alagoas, contrastando com o aumento da Fotos - A.Noya Fisioterapeutas do hospital atuam junto a todos os setores da instituição, com bom resultado resultado que é esperado pela equipe vem até antes do tempo previsto, como aconteceu com um adolescente com quadro de insuficiência respiratória, por pneumonia acompanhada de derrame pleural. "Fizemos ventilação não invasiva, e ele se saiu bem, evitando a evolução para uma ventilação invasiva. Há casos bem mais simples de ser resolvido, como situações de atelectasia (obstrução da passagem de ar com fechamento dos pulmões), onde as trocas gasosas são prejudicadas", confessa Sônia, ressaltando que, ao receber alta hospitalar, cada um também é orientado sobre a necessidade de continuar fazendo fisioterapia fora do hospital. "Quando é preciso, nós os encaminhamos para os serviços ambulatoriais disponíveis na cidade, quer seja SUS ou outros". doença, segundo estatística do Instituto Nacional de Câncer - INCA. "O problema é grave, mas é preciso facilitar o acesso do exame de mamografia a todos os pacientes, associado a uma campanha de conscientização da necessidade de prevenção". Ao detectar o nódulo na mama, o médico analisa as características desse nódulo, observa inclusive o formato - se é regular ou irregular, se tem calcificação grosseira, porque, nesse caso, indica benignidade. O tumor maligno é irregular, espiculado, semelhante aos raios do sol. Há exceções em que os nódulos de formato regular enganam - parecem benignos, mas não são; por isso muitas vezes é necessário pesquisar mais. O ultra-som, por exemplo, dirá se o nódulo é apenas um cisto (nódulo cheio d água) ou se é sólido e, portanto, podendo ser ou não maligno. Por isso todo nódulo sólido deve ser retirado e submetido a biópsia, pois não se sabe exatamente do que se trata. Após a retirada, faz-se estudo histopatológico para o diagnóstico definitivo. DENSITOMETRIA Exame pode ser feito pelo SUS A Santa Casa de Misericórdia de Maceió acabou de adquirir um moderno aparelho de densitometria óssea, liberando para usuários do SUS 15 exames ao dia. "Trata-se de um exame imprescindível para mulheres em fase pós-menopausa, visto sua precisão quanto ao grau de comprometimento da perda óssea", esclarece o radiologista Carlos Lessa. De acordo com o profissional, algumas vezes a mulher tem indicação para o exame já a partir dos 40 anos de idade, dependendo da história clínica e fator hereditário, mas é a partir de quando cessa sua menstruação que se faz necessário o acompanhamento da perda de massa óssea. Aliás, daí em diante a densitometria deve ser feita uma vez por ano; afinal, a mulher fica vulnerável à fratura. O médico esclarece que a perda da massa óssea é responsável por mais de dois terços da resistência do osso. "A densitometria mede a massa óssea com bastante eficiência, inclusive o modelo de equipamento instalado na Santa Casa (da GE) oferece maior segurança em relação aos exemplares anteriores. O exame identifica justamente uma doença muito comum após a menopausa: osteoporose. Com o exame em mãos, o médico da paciente verifica o grau do problema, orientando a conduta terapêutica conveniente ao quadro clínico, como diz o Dr. Carlos Lessa, especialista em densitometria óssea, lamentando haver uma certa displicência das mulheres em relação ao exame. "Em função disso, ela fica vulnerável a fraturas, sendo mais freqüente a do colo do fêmur e de coluna, podendo o grau de incapacitação ser imensurável", reconhece o radiologista, lembrando que, apesar de haver predominância de exame nessas áreas, a densitometria é feita em qualquer parte do corpo. Dr. Carlos Lessa alerta para prevenção