EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO ATERRO CONTROLADO DE BELA VISTA DE GOIÁS (GO)



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Transcrição:

EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO ATERRO CONTROLADO DE BELA VISTA DE GOIÁS (GO) Paula Kamahuri Gonçalves Faculdade de Tecnologia Senac Goiás. Acadêmico do Curso de Gestão Ambiental Módulo II. Marilena Alves Prudente, Ricardo Dias Bernardes, Samuel Freitas Silva, Tais Daher Pereira. Email do Autor Principal: pkamahuri@hotmail.com RESUMO O presente artigo tem como objetivo abordar os contextos de Educação Ambiental, envolvendo a destinação correta do lixo urbano e o Aterro Controlado situado no município de Bela Vista de Goiás, promovendo a cientização do seu público alvo com relação ao descarte final dos resíduos. Trata-se de um estudo exploratório e diagnóstico, com pesquisa de campo para coleta de dados, aplicação de entrevista e observação sistemática, apoiada numa pesquisa bibliográfica. Durante a realização do diagnóstico, observou-se que no Aterro de Bela Vista ainda não são seguidas algumas exigências da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), uma vez que sua caracterização de aterro controlado e não de um aterro sanitário. Até o ano de 2014, os aterros deverão ter o preparo para evitar a contaminação do solo, do lençol freático e captação do chorume (líquido preto que escorre do lixo) que resulta da degradação do lixo e contam com a queima do metano para gerar energia. Diante do contexto apresentado, elaborou-se uma proposta educativa para favorecer o serviço de limpeza urbana do município, bem como o funcionamento do aterro controlado e sua vida útil. PALAVRAS-CHAVE: Educação Ambiental, Resíduos Sólidos, Aterro, PNRS. INTRODUÇÃO A temática apresentada neste artigo é a destinação correta do lixo urbano e o aterro controlado da cidade de Bela Vista de Goiás, com a finalidade de verificar se os moradores estão sabendo o que é realmente resíduo descartável e o que é resíduo reciclável, pois cada um é destinado a diferentes lugares. Assim, o lixo pode ser levado para o aterro ou para o galpão de materiais recicláveis, dependendo da pessoa que o define como lixo, reciclável ou não. A coleta urbana diária de resíduos comuns no município é realizada todos os dias e destinada ao aterro controlado. Já a coleta seletiva do material reciclável é realizada em dias alternados, levando em conta a localização de cada bairro da cidade, sendo que todos os materiais coletados recicláveis são encaminhados para a Central de Recebimento e Triagem de Materiais Recicláveis. Esta proposta teve como objetivo promover a cientização do público alvo, a comunidade em geral, com relação ao descarte final dos resíduos. Para que cada tipo de material seja designado ao seu devido local, como por exemplo, materiais hospitalares não podem ser usados duas vezes, portanto, deve ser jogado no aterro; já os plásticos devem ser levados para a Central de Recebimento e Triagem de Materiais Recicláveis. Na elaboração desta proposta foi realizada uma pesquisa preliminar, na qual foram utilizados os seguintes procedimentos metodológicos: levantamento bibliográfico, entrevista informal, visita à cidade, ao aterro e à central de coleta seletiva, com a aplicação de questionários às pessoas que trabalham na coleta seletiva e acompanhamento das atividades educativas realizadas nas escolas do município pela equipe gestora do aterro. Para efeito de execução desta proposta é importante compreender que a Educação Ambiental (EA) não algo recente ou um modismo, mais um processo definido ao longo dos vários eventos internacionais que aconteceram desde a década de 1970, onde as questões ambientais foram enfatizadas e o mundo começava a sentir as consequências do desenvolvimento econômico que os países ricos estavam o submetendo, efeitos estes que são evidenciados até os dias de hoje em razão das ações humanas, como o consumismo e o descarte de resíduos urbanos. Além desta introdução, este artigo contém seis partes. A primeira caracteriza a área de estudo, a segunda parte apresenta os objetivos traçados para nortear as ações propostas, a terceira aborda brevemente a literatura que embasa a temática discutida, a quarta apresenta a metodologia usada para a realização do diagnóstico, a quinta resultados obtidos com o IBEAS Instituto Brasileiro de Estudos Ambientais 1

III Congresso Brasileiro de Gestão Ambiental Goiânia/GO - 19 a 22/11/2012 diagnóstico, e por fim são apresentadas as conclusões deste estudo e abordados os resultados esperados com a execução da proposta educativa sugerida ÁREA DE ESTUDO Esta proposta é direcionada para o Aterro Controlado do município de Bela Vista de Goiás (GO). A cidade de Bela Vista de Goiás surgiu provavelmente na primeira metade do Século XIX à margem esquerda do córrego Sussuapara e localizada, atualmente, a 45 km de Goiânia. Próxima aos centros de mineração; Bonfim e Santa Cruz. Tropeiros e carreiros que transportavam mercadorias de Minas Gerais para Goiás fizeram do local ponto de pouso construindo o rancho dos tropeiros, circundando-o surgiu o povoado (BELA VISTA DE GOIÁS, 2012 online). A base econômica atual de Bela Vista ainda é a agropecuária destacando-se a produção leiteira e seus derivados. Na agricultura predomina a produção de milho, soja, arroz, entre outros. O setor industrial tem se destacado na última década na produção de laticínios e serviços (BELA VISTA DE GOIÁS, 2012 online). Segundo os dados do IBGE1 pesquisado no último censo de 2010 (Quadro 1) foi constatado que: Tabela 1: Dados Demográficos População 24.554 2 Área de unidade territorial (km ) 1.255,419 2 Densidade Demográfica (hab./km ) 19,56 Fonte: ibge.com.br Relativo à coleta urbana diária de resíduos comuns de Bela Vista, gerada entorno de 12,5 toneladas, é recolhido todos os dias e destinado ao aterro controlado. A coleta seletiva do material reciclável é realizada em dias alternados conforme o cronograma estabelecido pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SEMMA), levando em conta a localização de cada bairro da cidade. A SEMMA disponibilizou para os moradores folders (Anexo A) explicando como deve ser feito a separação do material reciclável. Todos os materiais coletados recicláveis são encaminhados para a Central de Recebimento e Triagem de Materiais Recicláveis. Esta proposta educativa é voltada para o Aterro Controlado de Bela Vista de Goiás localizado na rodovia GO-020, km 40, margem esquerda, sentido Goiânia/Bela Vista de Goiás, a mais ou menos 3,5 km da cidade (Figura 1). Figura 1 - Mapa de localização da área de estudo em relação a Goiânia. Fonte: Google Maps (2012). A Prefeitura de Bela Vista de Goiás tinha como prefeito o Sr. José Eduardo Ferreira Campanha que comprou em 04 de fevereiro de 1998, 20.7369,80 hectares para neste local ser instituído o aterro sanitário da cidade. Mas, até no presente momento, a prefeitura não dispõe de recursos para adequar-se a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) que precisará substituir o aterro controlado por um aterro sanitário até 2014. 1 2 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. IBEAS Instituto Brasileiro de Estudos Ambientais

Os aterros deverão ter o preparo para evitar a contaminação do solo, do lençol freático e captação do chorume (líquido preto que escorre do lixo) que resulta da degradação do lixo e contam com a queima do metano para gerar energia. Observou-se que o Aterro Controlado de Bela Vista de Goiás não oferece uma trincheira específica para acomodação do lixo hospitalar, sendo que o mesmo é disposto na mesma vala que os resíduos domésticos, ocorrendo posteriormente o soterramento e a compactação parcial. A SEMMA, juntamente com a Prefeitura de Bela Vista, disponibilizaram um galpão para armazenamento da coleta seletiva (Figura 2). No espaço trabalham quatro mulheres, sendo que uma delas está doente e não está frequentando regularmente a central, na separação dos materiais recicláveis e um homem na máquina (prensa). Os materiais separados são vendidos para empresas goianas e geram uma renda de mais ou menos R$ 800, 00 para cada um deles. Portanto, a coleta seletiva no município é de uma grande importância tanto para o meio ambiente quanto para quem desenvolve o trabalho árduo. Figura 2 - Central de Recebimento e Triagem de Materiais Recicláveis. Fonte: Taís Daher (2012). As atividades educacionais desenvolvidas pelo Aterro Controlado são realizadas nas escolas estaduais, municipais e conveniadas do município, oferecendo palestras sobre reciclagem, destinação do lixo, consequências da poluição e a coleta seletiva para crianças do ensino fundamental fase 1(do 1º ano ao 5º ano) e fundamental fase 2 (do 6º ano ao 9º ano). Durante o diagnóstico realizado acompanhou-se a execução de ações educativas no Colégio Emílio Blanke (Figura 3), no dia 04 de maio de 2012, promovido pelo aterro. IBEAS Instituto Brasileiro de Estudos Ambientais 3

Goiânia/GO - 19 a 22/11/2012 Figura 3 - Colégio Emílio Blanke. Fonte: Taís Daher (2012). OBJETIVO DO TRABALHO O presente estudo tem como objetivo promover a conscientização do seu público alvo com relação ao descarte final dos resíduos. Esta proposta possui os seguintes objetivos específicos que irão contribuir para uma postura mais adequada quanto ao processo do Aterro Sanitário: a) Alertar o público alvo para o descarte adequado dos resíduos; b) Despertar o público alvo para se tornarem multiplicadores; c) Sensibilizar os colaboradores do aterro sanitário da importância de suas funções e atividades; e) Alertar o gestor do aterro controlado quanto os cuidados para com o descarte adequado dos resíduos desde sua entrada no aterro até o descarte final do mesmo. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA São considerados resíduos todo e qualquer material que sobra após um processo produtivo ou de consumo, sendo de diversos tipos, tanto sólido, quanto líquido e gasoso. São gerados nos processos de extração de recursos naturais, transformação, fabricação ou consumo de produtos e serviços (COMPAM, 2006). Segundo a Compam (2006) os resíduos são classificados quanto à sua natureza, sua composição química, e quanto ao seu risco ao meio ambiente: se são secos ou molhados, se são matéria orgânica ou inorgânica, se são perigosos, inertes e não inertes, respectivamente. O que muitas pessoas não sabem a respeito dos resíduos é que existe uma destinação final correta para cada um de seus tipos. Para que essa destinação seja devidamente realizada, é necessário que seja feito antes uma coleta seletiva separando os resíduos secos dos molhados. Só depois passar por outro processo de triagem, no qual são separados de acordo com o material que compõe o produto fabricado, para então fazer a sua destinação final. Após a separação dos resíduos, aqueles que não têm mais valor comercial, ou seja, aqueles que não são mais aproveitados, vão para os aterros controlados ou sanitários, que têm o objetivo de tratar dos resíduos não aproveitados. No caso dos aterros sanitários, são feitas trincheiras, onde é colocada uma manta para impedir que o líquido liberado pelos resíduos, denominado chorume, seja absorvido, fazendo assim a impermeabilização do solo. Os resíduos são depositados sobre essa manta e, então, compactados e cobertos com uma camada de terra, sendo feita a devida drenagem tanto do chorume quanto dos gases liberados, como metano (CH4) e dióxido de carbono (CO2) em sua maioria (AMON, 2012). De acordo com Gonçalves (2010) nos aterros controlados há compactação dos resíduos e a cobertura com terra, porém não ocorre impermeabilização do solo pela ausência da manta e nem a drenagem correta dos gases. Além do objetivo que os aterros têm de tratar os resíduos, eles também têm a responsabilidade de desenvolver a EA, para que as pessoas de suas respectivas cidades tenham o conhecimento sobre o tratamento que recebem os mesmos e sobre a coleta seletiva, para que assim, seja feita a devida separação dos resíduos em suas casas. 4 IBEAS Instituto Brasileiro de Estudos Ambientais

Atualmente a questão ambiental se apresenta como assunto de essencial discussão na nossa sociedade. A gravidade da crise ambiental, segundo Guimarães (2000), que aponta até para ameaça à vida humana pelas dimensões dos problemas ambientais em escala planetária, resultou em mobilizações internacionais para buscar soluções. A crise ambiental é a crise de nosso tempo. Segundo Leff (2002), o risco ecológico questiona o conhecimento do mundo. Esta crise apresenta-se a nós como um limite no real, que reorienta o curso da história: limite do crescimento econômico e populacional; limite dos desequilíbrios ecológicos e das capacidades de sustentação da vida; limite da pobreza e da desigualdade social (MOREIRA, 2010). O papel da EA, neste contexto, torna-se mais urgente, e, segundo Dias (2004), torna-se necessário que haja uma preocupação maior no que diz respeito à formação do cidadão. A EA foi sendo definida ao longo dos vários eventos internacionais que aconteceram desde a década de 1970, onde as questões ambientais foram enfatizadas e o mundo começava a sentir as consequências do desenvolvimento econômico que os países ricos estavam se submetendo. Essa demanda pela EA, de acordo com Guimarães (2000), não só decorrente dos aspectos legais, mas também dos problemas ambientais vivenciados por toda a sociedade, estabelece hoje, a EA como uma nova dimensão da educação que precisa ser colocada em prática (MOREIRA, 2010). A EA tornou-se lei em 27 de abril de 1999. A Lei Nº 9.795, que cria a Política Nacional de Educação Ambiental (PNEA), trata a questão da importância do enfoque interdisciplinar como essencial para o desenvolvimento da educação ambiental no Brasil (BRASIL, 1999). A PNEA tornou-se obrigatória com a vigência da Lei 9.795/99, a qual dispõe, já em seu primeiro artigo, sobre o conceito, princípios e fundamentos da EA, dentre outros aspectos, conforme a seguir: Entende-se por Educação Ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade (BRASIL, 1999). Destaca-se a EA como um direito de todos (art. 3º), tendo como base um pensamento crítico e inovador de forma a propiciar a transformação de valores sociais (BRASIL, 1999). Os objetivos fundamentais da EA (e de sua política) são listados e definidos no artigo 5º, conforme a seguir (BRASIL, 1999): Artigo 5º. São objetivos fundamentais da Educação Ambiental: I- o desenvolvimento de uma compreensão integrada do Meio Ambiente em suas múltiplas e complexas relações, envolvendo aspectos ecológicos, psicológicos, legais, políticos, sociais, econômicos, científicos, culturais e éticos; II - a garantia de democratização das informações ambientais; III o estímulo e fortalecimento de uma consciência crítica sobre a problemática ambiental e social. IV- o incentivo à participação individual e coletiva, permanente e responsável, na preservação do equilíbrio do Meio Ambiente, entendendo-se a defesa da qualidade ambiental como um valor inseparável do exercício da cidadania; V- o estímulo à cooperação entre as diversas regiões do País, em níveis micro e macro regionais, com vistas à construção de uma sociedade ambientalmente equilibrada, fundada nos princípios da liberdade, igualdade, solidariedade, democracia, justiça social, responsabilidade e Sustentabilidade; VI- o fomento e o fortalecimento da integração com a ciência e a tecnologia; VII- o fortalecimento da cidadania, autodeterminação dos povos e solidariedade como fundamentos para o futuro da humanidade. Esta lei foi baseada no Artigo 225 da Constituição Federal do Brasil que atribuiu ao Governo Federal a responsabilidade em promover a EA e a conscientização pública para a preservação do meio ambiente. Portanto, compreende-se que a EA é destinada a desenvolver nas comunidades: conhecimento, habilidade e atitude voltada para a conservação do meio ambiente. Pensar em EA, hoje em dia, é pensar numa educação voltada para aprendizagens significativas para o mundo globalizado, proporcionando perspectivas que criem ideias inovadoras e IBEAS Instituto Brasileiro de Estudos Ambientais 5

Goiânia/GO - 19 a 22/11/2012 permitam formar um cidadão crítico, reflexivo e participativo para ser apto a tomar decisões e contribuir para o desenvolvimento das ações humanas. A EA pode ser feita por órgãos de governo, instituições privadas, organizações não governamentais e a sociedade civil (BRASIL, 1999). Enfim, qualquer classe da sociedade que veja a conscientização contínua e gradativa como uma necessidade para a manutenção e a conservação da natureza. O público alvo onde pode desenvolvê-la são para: crianças de diversas idades, fazendeiros, ribeirinhos e até mesmo a comunidade em geral, pois cada um participa de seu modo e está localizado em diferentes regiões. A conscientização do indivíduo não é uma lavagem cerebral porque ninguém muda pelo o que o outro fala e, sim pelas atitudes. Por isso, existe uma enorme diversidade de estratégias para que os demais tenham o conhecimento sobre o meio ambiente que o cerca. Essas atividades podem ser desenvolvidas com oficinas de desenho, jogos educativos, plantio de minijardins, debate, palestras e ainda muitos outros projetos podem ser desenvolvidos. Assim, promovendo a transformação do conhecimento teórico em prática e a consciência ambiental. A PNEA entende a EA subdividida em duas formas: formal e não formal. Contudo, a educação formal é designada por um processo institucionalizado e ocorre nas unidades de ensino, dentro de um processo de educação formal, seja ela em instituições públicas ou privadas. É uma matéria que deve está na grade escolar do aluno, mas isso só ocorre, na maioria das vezes, nas universidades, pois são poucas escolas que a utilizam como uma disciplina escolar (BRASIL, 1999). Já a educação não formal pode ser entendida como a iniciativa de uma pessoa tem um maior conhecimento sobre o que atinge negativamente ou positivamente o meio ambiente (BRASIL, 1999). E essa pessoa tem como o objetivo discutir sobre a questão ambiental demonstrando aos demais como suas ações podem ser prejudiciais a natureza, entretanto não está sendo estudada como uma matéria fixa. A mesma pode ser feita por palestras, visitas de campo e até mesmo por uma breve explicação, mas não podemos esquecer que dever ser contínua e gradativa. Assim, a EA passa a ser vista como ferramenta necessária para enfrentar problemas ambientais, incluindo a destinação final de resíduos. METODOLOGIA UTILIZADA Na elaboração deste trabalho foi realizada uma pesquisa preliminar, na qual foram utilizados os seguintes procedimentos metodológicos: levantamento bibliográfico, entrevista informal, visita à cidade, ao aterro e à central de coleta seletiva, com a aplicação de questionários às pessoas que trabalham na coleta seletiva e acompanhamento das atividades educativas realizadas nas escolas do município pela equipe gestora do aterro. Os dados coletados são descritos e analisados. Para o desenvolvimento deste projeto foi escolhido o aterro controlado da cidade de Bela Vista de Goiás, e na elaboração da proposta foi realizada uma pesquisa preliminar na qual foram utilizados os seguintes métodos de pesquisa: levantamento bibliográfico feito sobre a cidade de Bela Vista de Goiás, sobre o funcionamento dos aterros controlados e sanitários; entrevista informal com o engenheiro do aterro; visita à cidade, ao aterro e à coleta seletiva; aplicação de questionários às pessoas que trabalham na coleta seletiva e acompanhamento das atividades educativas realizadas nas escolas do município. Para escolha deste aterro como local de desenvolvimento do projeto foi levado em consideração o fácil acesso ao próprio e às pessoas que estão na sua coordenação. O engenheiro ambiental e a bióloga são um dos que participam para a concretização de tornar o aterro controlado em sanitário, portanto, a importância de todos não pode ser minimizada. Sendo eles, o engenheiro e a bióloga, fortes aliados na luta contra os efeitos negativos causados pelos descartes inadequados dos resíduos. Durante a visita feita ao aterro, para a realização do diagnóstico, pôde-se perceber que ainda não são seguidas algumas exigências da PNRS, pois se observou que não há trincheiras específicas para os diferentes tipos de resíduos, sejam eles de origem doméstica, hospitalar ou industrial, sendo dispostos todos numa mesma trincheira. RESULTADOS OBTIDOS OU ESPERADOS 6 IBEAS Instituto Brasileiro de Estudos Ambientais

O diagnóstico realizado é descrito nesta seção, apresentando primeiramente o Aterro Controlado de Bela Vista e a caracterização da limpeza urbana do município e, posteriormente são relatadas uma palestra educativa realizada pelo Aterro Controlado em escolas locais. Quando da construção do Aterro Controlado da cidade, a Prefeitura de Bela Vista de Goiás tinha como prefeito o Sr. José Eduardo Ferreira Campanha, que comprou, em 04 de fevereiro de 1998, 20.7369,80 hectares para neste local ser instituído o aterro. Mas, segundo informações coletadas com a equipe gestora do aterro, até no presente momento, a prefeitura não dispõe de recursos para adequar-se a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) que precisará substituir o aterro controlado por um aterro sanitário até o ano de 2014. Os aterros deverão ter o preparo para evitar a contaminação do solo, do lençol freático e captação do chorume (líquido preto que escorre do lixo) que resulta da degradação do lixo e contam com a queima do metano para gerar energia. Na figura 4 é apresentada uma imagem da situação do Aterro Controlado de Bela Vista. Figura 4 - Aterro Controlado de Bela Vista. Fonte: Taís Daher (2012). Figura 5 - Central de Recebimento e Triagem de Materiais Recicláveis. Fonte: Taís Daher (2012). Desta forma, observa-se que o Aterro Controlado de Bela Vista de Goiás não oferece uma trincheira específica para acomodação do lixo hospitalar, sendo que o mesmo é disposto na mesma vala que os resíduos domésticos, ocorrendo posteriormente o soterramento e a compactação parcial. A Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SEMMA), juntamente com a Prefeitura de Bela Vista, disponibilizaram um galpão para armazenamento da coleta seletiva (Figura 5). No espaço trabalham quatro mulheres, sendo que uma delas está doente e não está frequentando regularmente a central, na separação dos materiais recicláveis e um homem na máquina (prensa). Os materiais separados são vendidos para empresas goianas e geram uma renda de mais ou menos R$ 800,00 para cada um deles. Portanto, a coleta seletiva no município é de uma grande importância tanto para o meio ambiente quanto para quem desenvolve o trabalho árduo. As atividades educacionais desenvolvidas pelo Aterro Controlado são realizadas nas escolas estaduais, municipais e conveniadas do município, oferecendo palestras sobre reciclagem, destinação do lixo, consequências da poluição e a coleta seletiva para crianças do ensino fundamental fase 1 (do 1º ano ao 5º ano) e fundamental fase 2 (do 6º ano ao 9º ano). Durante o diagnóstico realizado acompanhou-se a execução de ações educativas no Colégio Emílio Blanke, no dia 04 de maio de 2012, promovido pelo aterro. CONCLUSÕES IBEAS Instituto Brasileiro de Estudos Ambientais 7

Goiânia/GO - 19 a 22/11/2012 Sabendo-se que a Educação Ambiental (EA) é destinada a desenvolver nas comunidades: conhecimento, habilidade e atitude voltada para a conservação do meio ambiente. Pensar em EA, hoje em dia, é pensar numa educação voltada para aprendizagens significativas para o mundo globalizado. Entende-se, portanto, por EA os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimento, habilidades, atitudes e competência voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial á sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade. Diante dos fatos observados, concluiu-se que o desenvolvimento do projeto no aterro controlado de Bela Vista, terá suma importância para o próprio aterro, que precisa se adequar às normas da PNRS até 2014; para a comunidade, pois com o desenvolvimento do projeto o aterro receberá dicas e instruções para realizar EA na comunidade de forma mais eficaz e abrangente; sendo importante também para os acadêmicos, que poderão acompanhar de perto o funcionamento de um aterro controlado, a aplicação da EA nas escolas e comunidades, assim conciliar o conhecimento teórico com o prático. Neste sentido, foram elaboradas as ações educativas (tabela 2) destinadas aos alunos das Escolas de Ensino Fundamental e Educação de Jovens e Adultos (EJA), público ainda não atendido nas ações de Educação Ambiental do Aterro Controlado de Bela Vista. Tabela2: Ações educativas propostas Ações Objetivo Detalhamento Expor cartazes informativos pelas Escolas de ensino fundamental e EJA. Período: Agosto a Dezembro de 2012. Informar aos alunos das Escolas de ensino fundamental e EJA, sobre as vantagens da coleta seletiva do lixo, o descarte correto no aterro controlado e os riscos do descarte Distribuição de cartilhas educativas. Atividades educativas nas escolas Local: Escolas de Ensino Fundamental e EJA do município Período: De agosto a novembro de 2012. Carga horária total: 4 horas Palestrante: estagiários acadêmicos de Gestão Ambiental incorreto. Ensinar o procedimento correto a ser utilizado quando vamos colocar um lixo na lixeira e a existências de lixeiras padronizadas cada uma com sua cor e espécie de lixo descrita no corpo externo, assim, educando e conscientizando a população a fazer essa separação do lixo na hora de descartá-lo, tanto em locais públicos, empresas privadas como também em suas próprias casas. Informar o público sobre a aplicabilidade, vantagens, cuidados na separação ou seleção do lixo, para o seu descarte correto no aterro controlado e a importância de uma lei em nosso Estado, regulamentando a reciclagem e a destinação final dos resíduos. 1. Palestra (1 hora); 2.Vídeo ambiental Reciclagem de lixo e coleta seletiva (10 minutos); Sinopse: Reportagem detalhada sobre o lixo gerado na cidade de São Paulo. Ideias criativas para dar um destino correto para o lixo, em casa. Reportagem de Clara Vanali, Edição de Elvis Petrorenzo. Produção: TV Mackenzie, Exibição: Programa Recorte em Dezembro/2008. 3. Debate (20 minutos); 4. Técnica de dinâmica (50 minutos) 5. Oficina de reciclagem Arte com garrafas Pets (1 hora). Espera-se executar este projeto com êxito e que o público alvo tenha um bom aproveitamento tornando-se multiplicador passando o aprendizado adiante no local onde vivem, além de contribuir com o programa de coleta seletiva do 8 IBEAS Instituto Brasileiro de Estudos Ambientais

município da segregação dos resíduos recicláveis e o aumento da vida útil do aterro controlado da cidade de Bela Vista de Goiás (GO). REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. ABREU, Carlos. A Importância da Educação Ambiental: Sustentabilidade. 25 de set. de 2008. Disponível em: <http://www.atitudessustentaveis.com.br/conscientizacao/a-importancia-da-educacao-ambientalsustentabilidade/>. Acesso em: 19 de maio de 2012. 2. BELA VISTA. História de Bela Vista. Disponível em: <www.belavista.go.gov.br>. Acesso em: 16 de abr. de 2012. 3. BRASIL. Política Nacional de Educação Ambiental. Lei Nº 9.795. 27 de abril de 1999. 4. COMPAM. O que é Resíduo. Disponível em: <http://www.compam.com.br/residuo.htm>. Acesso em: 19 de maio de 2012. 5. CUNHA, Sandra Baptista da; GUERRA, Antonio José Teixeira (ORG). A questão ambiental: diferentes abordagens. 3. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2007. 6. DIAS, Genebaldo Freire. Educação ambiental: princípios e práticas. 9. ed. São Paulo: Gaia, 2004. 7. ECOLNEWS. Resíduos sólidos. Disponível em: <www.ecolnews.com.br>. Acesso em: 16 de abr. de 2012. 8. FARIA, Caroline. Aterro sanitário e MDL. 06 de out. de 2009. Disponível em: <www.infoescola.com.br>. Acesso em: 16 de abr. de 2012. 9. GONÇALVES, Pólita. Lixão x Aterro. Disponível em: <http://www.lixo.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=144&itemid=251>. Acesso em: 19 de maio de 2012. 10. IBGE. Censo demográfico 2010. Disponível em: <www.ibge.gov.br>. Acesso em: 16 de abr. de 2012. 11. LAY-ANG, Giorgia. Aterro Sanitário. Disponível em: <www.brasilescola.com>. Acesso em: 16 de abr. de 2012. 12. MOREIRA, Simone Romito. Educação Ambiental: um estudo investigativo junto a professores da rede pública de Nova Iguaçu (RJ). Rio de Janeiro, 2010. Disponível em: <http://200.20.215.200/pesq/stricto/propec/dissertacoes/simone_romito_moreira.pdf>. Acesso em: 25 de maio. de 2012. 13. UNESP. Formas de Disposição de Resíduos. Disponível em: <http://www.rc.unesp.br/igce/aplicada/ead/residuos/res13.html>. Acesso em: 19 de maio. de 2012. 14. USP. Materiais recicláveis. Disponível em: <www.ib.usp.br>. Acesso em: 16 de abr. de 2012. 15. VALLE, Cyro Eyer do. Qualidade ambiental: ISSO 14000. 5. ed. São Paulo: SENAC São Paulo, 2004. IBEAS Instituto Brasileiro de Estudos Ambientais 9