Bacia do Amazonas. André L. Ferreira Gabriel Bastos Ariely Luparelli. Superintendência de Definição de Blocos

Bacia do Amazonas André L. Ferreira Gabriel Bastos Ariely Luparelli Superintendência de Definição de Blocos

Roteiro Localização Infraestrutura e Condições Operacionais Histórico Exploratório Evolução Tectonoestratigráfica Sistemas Petrolíferos Plays Sucesso Exploratório Área em Oferta Considerações Finais

Localização RR AP Bacia Paleozoica Intracratônica Cobertura Cretáceo- Cenozoico Área total 606.234 km 2 Arco de Gurupá Arco Regional PA Bacia Sedimentar Embasamento AM

Localização Setor: SAM-O Sete blocos em oferta RR AP Arco de Gurupá Área Total: 19.778,81 km 2 PA Rodada 10 AM Bloco em Oferta R13 Setor R13 Bacia Sedimentar Embasamento

Localização PA Japiim Azulão Campo Rodada 10 Bloco em Oferta R13 AM Setor R13 Bacia Sedimentar Embasamento

Infraestrutura Santarém REMAN AM PA Bloco em Oferta R13 Rodovia Porto Aeroporto

Infraestrutura Refinaria de Manaus - REMAN Santarém REMAN AM PA Bloco em Oferta R13 Rodovia Refinaria Gasoduto Terminal

Fonte: SIGEL ANEEL, 2015 Infraestrutura Monetização da Produção de Gás Natural em Usinas Termelétricas Distribuição da eletricidade por meio do SIN Legenda Linha de Transmissão Existente Linha de Transmissão Prevista (Sistema Interligado Nacional) Bloco em Oferta R13 Setor R13

Infraestrutura Santarém REMAN AM PA Projeto da Usina Termelétrica de Azulão Termelétrica de Mauá 3 Bloco em Oferta R13 Linha de Transmissão Elétrica Gasoduto

Histórico Exploratório Fase 1 1917-1953 Anterior à criação da Petrobras A partir de 1917 com mapeamentos geológicos de superfície pelo Serviço Geológico e Mineralógico do Brasil (SGMB) Em 1925 realizadas descobertas subcomerciais de óleo e gás nas proximidades de Itaituba-PA

Nº de Poços Exploratórios Histórico Exploratório Fase 1 1917-1953 Fase 2 1953-1967 Descobertas subcomerciais na região de Nova Olinda em três poços (1NO 0001 AM, 1NO 0003 AM e 1NO 0004 AM), além de diversos outros poços com indícios de hidrocarbonetos 30 25 20 15 10 5 0

Nº de Poços Exploratórios Histórico Exploratório Fase 1 1917-1953 Fase 2 1953-1967 Fase 3 1967-1997 Execução de levantamentos sísmicos sistemáticos Descobertas do Lago Tucunaré e Igarapé Cuia (produtores de gás e óleo, respectivamente) 30 25 20 15 10 5 0

Histórico Exploratório Fase 1 1917-1953 Fase 2 1953-1967 Fase 3 1967-1997 Fase 4 Pós-ANP Descoberta dos campos de gás natural de Azulão e Japiim 2015: Notificações de descoberta de óleo e gás natural nos blocos AM-T-84 e 85 30 25 20 15 AZULÃO 10 5 JAPIIM 0

Investimentos da ANP no âmbito do PPA/PAC Investimentos da ANP ~ R$ 115 milhões Aerolevantamentos Métodos Potenciais Processamento sísmico Levantamento sísmico Bloco em Oferta R13 Setor R13

Dados Disponíveis Poços Exploratórios 213 Poços Exploratórios Públicos 4 Poços Exploratórios Confidenciais Bloco em Oferta R13 Setor R13

Dados Disponíveis Sísmica 2D Público (38.572 km) Exclusivo (1.726 km) Bloco em Oferta R13 Setor R13

Dados Disponíveis Sísmica 3D Público (216 km 2 ) Exclusivo (1.139 km 2 ) Bloco em Oferta R13 Setor R13 Levantamentos de Métodos Potenciais Recobrindo Toda a Bacia

Contexto Tectônico Gondwana Disponível em: http://www.gondwana.geologia.ufrj.br 21

Fonte: Cunha et al. (2007) Evolução Estratigráfica Embasamento Grupo Purus Pré-Cambriano ao Cambriano Cristalino Pré-Cambriano

Fonte: Cunha et al. (2007) Evolução Estratigráfica Megassequência Mesozoico-Cenozoica Supersequência Pensilvaniana-Permiana Supersequência Neoviseana Supersequência Devono-Tournaisiana Supersequência Ordovício-Devoniana

Fonte: Cunha et al. (2007) Evolução Estratigráfica Grupo Trombetas Alternância de sedimentos marinhos e glaciais Supersequência Ordovício-Devoniana

Fonte: Cunha et al. (2007) Evolução Estratigráfica Supersequência Devono-Tournaisiana Supersequência Neoviseana Sistemas marinhos, glaciais e fluviais Devoniano (Fm Barreirinha) Folhelhos marinhos cinza-escuros a pretos Eodevoniano-Mississipiano (Fm Curiri) Diamictitos, siltitos, folhelhos e arenitos glaciais a periglaciais

Fonte: Cunha et al. (2007) Evolução Estratigráfica Supersequência Pensilvaniana-Permiana Continentalização - Pangeia Pensilvaniano Fm Itaituba Folhelhos, carbonatos e anidritas de ambiente lagunar e marinho raso Fm Monte Alegre Arenitos eólicos e de wadis, siltitos e folhelhos

Fonte: Cunha et al. (2007) Evolução Estratigráfica Supersequência Pensilvaniana-Permiana Continentalização - Pangeia Pensilvaniano (Fm Nova Olinda) Carbonatos, anidritas, halitas, folhelhos, siltitos e arenitos de ambiente marinho raso a planície de sabkha Permiano (Fm Andirá) Arenitos, siltitos de ambiente fluvial e lacustre

Fonte: Cunha et al. (2007) Evolução Estratigráfica Tectonismo Transcorrente Mesozoico Diastrofismo Juruá Acumulações de Urucu (Solimões) Eojurássico Manifestações Magmáticas

Fonte: Cunha et al. (2007) Evolução Estratigráfica Megassequência Meso-Cenozoica Tectonismo Transcorrente Cenozoico

Seção Geológica Esquemática W E Gráben invertido de Purus Bacia do Amazonas Arco de Gurupá Ordovíciano-Devoniano Proterozoico Pensilvaniano-Permiano Devoniano-Mississipiano Meso-Cenozoico Diabásio Eojurássico Modificado de Wanderley Filho et al. (2007, inédito) in Caputo (2012, 46o. Congresso Brasileiro de Geologia, Santos).

Fonte: Costa (2002) Mapa Estrutural Plataforma Norte Calha Central Falha Transcorrente Sistema Transcorrente Depocentro da bacia Arco Regional Plataforma Sul

Campo Magnético Total Aeromagnetometria 2007-2011 PPA/PAC Área: 591.957,7 km² Altitude do vôo: 100-450m Espaçamento das linhas: 6 km Orientação: N-S Bloco em Oferta R13 + - Intensidade magnética total (nt)

Anomalia Bouguer Aerogravimetria 2007-2011 PPA/PAC Área: 591.957,7 km² Altitude do vôo: 100-450m Espaçamento das linhas: 6 km Orientação: N-S Bloco em Oferta R13 + - Anomalia Bouguer Completa (mgal)

Sistemas Petrolíferos Barreirinha-Curiri(!) Barreirinha-Monte Alegre(!) Barreirinha-Nova Olinda(!) Diagrama Estratigráfico: Cunha et al., 2007

Geração e Migração Rocha Geradora Fm Barreirinha Inferior MO Tipo II 3%< COT < 10% 1. Geração por soterramento Volume Total: Plataforma Norte ~ 1 trilhão de barris de óleo equivalentes (* Gonzaga et al., 2000) Expulsão de HC menor maior Plataforma Sul 2. Possível geração por efeito térmico das Intrusões Eojurássicas Bloco em Oferta R13 Fonte: Pedrinha et al., 2007 (Cálculo de Geração Hidrocarbonetos) Costa, 2002 (Arcabouço Estrutural)

Geração e Migração Migração para área dos blocos Ocorrência de gás Ocorrência de petróleo Plataforma Norte Ocorrência de petróleo e gás natural Sem ocorrência Campo Notificação de Descoberta 2015 Expulsão de HC Plataforma Sul menor maior Bloco em Oferta R13 Fonte: Pedrinha et al., 2007 (Cálculo de Geração Hidrocarbonetos) Costa, 2002 (Arcabouço Estrutural)

Rochas Reservatório Arenitos flúvio-glaciais (Fm Curiri) Ø ~ 6 a 20% e k 1 a 400 md Arenitos eólicos (Fm Monte Alegre) Ø até 25% e k até 380 md Arenitos parálicos (Fm Nova Olinda) Ø até 22% e k até 300 md Diagrama Estratigráfico: Cunha et al., 2007

Rochas Reservatório Ocorrências de óleo e gás: Itaituba, Faro, Oriximiná, Ererê, Maecuru, Manacupuru e Nhamundá Diagrama Estratigráfico: Cunha et al., 2007

Selos Nova Olinda: Evaporitos Itaituba: Evaporitos, carbonatos e folhelhos Curiri : Folhelhos e diamictitos Diagrama Estratigráfico: Cunha et al., 2007

Trapas Anticlinais Trapas Estruturais Anticlinais assimétricos associados a Falha reversas Estruturas em flor positiva Trapas Estratigráficas Pinch-out Canais Fonte: Neves, 1989

Plays Plays Arenitos parálicos pensilvanianos (Fm Nova Olinda) Arenitos eólicos pensilvanianos (Fm Monte Alegre) Arenitos glaciais a periglaciais do Neosiluriano ao Eodevoniano (Fm Curiri)

Magmatismo EoJurássico Diastrofismo Juruá Tectônica Cenozoica Carta de Eventos 400 300 200 100 (M.a.) TEMPO GEOLÓGICO PALEOZOICO MESOZOICO CENOZ ORDOV SIL DEV CARB P TRI JURÁS CRETÁCEO PG N V EVENTOS DO SISTEMA PETROLÍFERO ROCHA GERADORA RESERVATÓRIO SELO SOTERRAMENTO TRAPA GERAÇÃO MIGRAÇÃO / REMOBILIZAÇÂO PRESERVAÇÃO MOMENTO CRÍTICO Modificado de Gonzaga et al., 2000

Sucesso Exploratório Fonte: Costa (2002) Japiim Azulão Falha Transcorrente Notificação de Descoberta 2015 Azulão: Arenitos (Fm Nova Olinda) Fluido: gás + condensado Ø ~ 22% e k ~ 300 md

Sucesso Exploratório Campo de Azulão Linha 0254-RL-151

Sucesso Exploratório Campo de Azulão Linha 0254-RL-151 Formação Monte Alegre Formação Barreirinha Discordância Pal-Cretáceo Topo Reservatório Nova Olinda Soleira ou regiões de espessamento de soleiras

Área em Oferta Setor: SAM-O Sete blocos em oferta Área Total: 19.778,81 km 2 Bloco em Oferta R13 Setor R13 Bacia Sedimentar Embasamento

tempo (ms) Área em Oferta: Interpretação Sísmica 0 NW SE 500 1000 1500 2000 Linha 0219-0253 Discordância Paleozoico-Cretáceo Embasamento Falha Intrusão Evaporito Reservatório Nova Olinda Monte Alegre

tempo (ms) Área em Oferta: Interpretação Sísmica 0 NW SE 500 1000 1500 2000 Linha 0219-0253 Discordância Paleozoico-Cretáceo Embasamento Falha Intrusion Evaporito Reservatório Nova Olinda Monte Alegre

tempo (ms) Oportunidades Exploratórias 0 AM-T-107 Linha 0070-0066 1AM 0005 AM Linha 0070-0067 400 800 1200 AM-T-107 0 1 2 km Discordância Paleozoico-Cretáceo Reservatório Nova Olinda Itaituba Monte Alegre Lead

tempo (ms) Oportunidades Exploratórias 0 AM-T-107 Linha 0070-0066 Linha 0070-0067 1AM 0005 AM 400 800 1200 AM-T-107 0 1 2 km Discordância Paleozoico-Cretáceo Reservatório Nova Olinda Itaituba Monte Alegre Lead

tempo (ms) Oportunidades Exploratórias 0 1AM 0005 AM SW AM-T-107 NE Linha 0070-0067 300 600 AM-T-107 900 1200 0 1 2 km Discordância Paleozoico-Cretáceo Reservatório Nova Olinda Itaituba Monte Alegre Lead

tempo (ms) Oportunidades Exploratórias 0 NW AM-T-107 SE Linha 0070-0059 300 600 900 AM-T-107 1200 Discordância Paleozoico-Cretáceo Reservatório Nova Olinda Itaituba Monte Alegre Lead

Pacote de Dados Bloco em Oferta R13 Poços 37 poços exploratórios Sísmica 2D (post-stack) 2D (6.487 km) Sísmica 3D (post-stack) 3D (231,31 Km 2 ) Levantamentos gravimétricos, magnetométricos terrestres e aéreos que recobrem toda a área

Aspectos Contratuais Nome do Setor Modelo Exploratório SAM-O Nova Fronteira Número de Blocos 7 Área em Oferta Fase de Exploração Período Exploratório Qualificação Técnica do Operador Bônus Mínimo Objetivo Exploratório 19.779 km² 8 anos 5 + 3 anos B R$ 411,60 Mil R$ 609,77 Mil Fm Monte Alegre (Carbonífero)

Considerações Finais A Bacia do Amazonas é uma bacia de Nova Fronteira, porém com potencial altamente promissor para descobertas de óleo e gás natural; Apresenta sistemas petrolíferos comprovados e eficientes, gerador devoniano de excelente qualidade e múltiplos reservatórios; Modelagem da geração de hidrocarbonetos sugerem que a bacia tenha gerado e expulsado em torno de 1 trilhão de barris de óleo equivalente (Gonzaga et al., 2000); Na área em oferta foram mapeadas oportunidades em reservatórios similares às acumulações de Japiim e Azulão;

Considerações Finais Aquisição de dados sísmicos e reprocessamento de dados disponíveis com novas tecnologias, aliado à integração de métodos geofísicos podem contribuir para a identificação de novas oportunidades exploratórias; A Refinaria de Manaus está localizada na proximidade da área em oferta; Além disso, existe grande demanda energética na região, especialmente para o beneficiamento de minérios. O gás natural se mostra como alternativa mais econômica para a indústria mineral; Interligação da região em oferta ao SIN (Sistema Interligado Nacional) por meio da linha de transmissão Tucuruí-Manaus.

Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis André L. Ferreira alferreira@anp.gov.br Gabriel Bastos gpereira@anp.gov.br

Referências Bibliográficas CAPUTO, M. V. Arcos e tectônicas relacionadas às bacias do norte do Brasil. Congresso Brasileiro de Geologia 46o - SBG Resumo [CD ROM] Santos, 2012. COPPE/UFRJ, Sistema de Apoio Gerencial Bacias Sedimentares de Interesse Petrolífero. Convênio COPPE/UFRJ ANP. Rio de Janeiro-RJ, 1999. COSTA, A. R. A. Tectônica Cenozoica e movimentação salífera na Bacia do Amazonas e suas relações com a geodinâmica das placas da América do Sul, Caribe, Cocos e Nazca - Tese de Mestrado. Universidade Federal do Pará. Belém, 2002 CUNHA, P. R. C; MELO, J. H. G.; SILVA, O. B. Bacia do Amazonas. Boletim de Geociências Petrobrás, Rio de janeiro, v. 15, n. 2, p. 227-251, Maio/Nov. 2007. GEOLOGIA UFRJ. Gondwana Project. Disponível em: http://www.gondwana.geologia.ufrj.br/gondwana_14.html. Acesso em:18.07.2015. GONZAGA, F. G.; GONÇALVES, F. T. T.; COUTINHO, L. F. C. Petroleum Geology of the Amazon Basin, Brazil: modeling of hydrocarbon generation and migration. In: MELO, M. R. and KATZ, B. J.(Ed.). Petroleum Systems of South Atlantic Margins. AAPG Memoir 73, p. 159-178. 2000.

Referências Bibliográficas MOHRIAK, W. U.; SZATMARI, P.; COUTO ANJOS, S. M. Os evaporitos e halocinese na Amazônia. Sal Geologia e Tectônica - Exemplos nas Bacias Brasileiras, 2009, P. 218 NEVES, C. A. O. Prospectos potenciais e áreas prioritárias para exploração na Bacia do Amazonas Boletim de Geociências da Petrobrás, Rio de Janeiro, v. 1, Jan/Mar, p 95-103, 1990 NEVES, C. A. O. O Estado da Arte: prospectos potenciais e áreas prioritárias para exploração na Bacia do Amazonas. I Seminário de Interpretação Exploratória, Petrobrás, p. 13-23. 1989. PEDRINHA, S; SIMÔES, L; GONÇALVES, F. T. T; CARNEIRO; J. T. G. O uso de SIG no cálculo de hidrocarbonetos gerados: exemplo da bacia do Amazonas. Anais da Rio Oil & Gas Expo and Conference 2008, Rio de Janeiro, 2008, IBP2264_08 PAIVA, G.; O Petróleo de Nova Olinda. Carta Mensal do Conselho Técnico da Confederação Nacional do Comércio, Rio de Janeiro, 1955, p 36-44 PETROBRAS; 25 anos de Petrobras na Amazônia. Blog Fatos e Dados. Disponível em: <http://fatosedados.blogspetrobras.com.br/2011/10/21/25-anos-de-petrobras-na-amazonia-descoberta/> Acessado em: 27.maio.2015

Referências Bibliográficas SIGEL ANEEL. SIGEL - Sistema de Informações Geográficas do Setor Elétrico. Disponível<http://sigel.aneel.gov.br/> Acessado em: 05.agosto.2015 WANDERLEY FILHO, J. R.; COSTA, J. B. S. Contribuição a Evolução Estrutural da Bacia do Amazonas e sua Relação com o Embasamento. Anais do III Simpósio de Geologia da Amazônia, Belém, 1991, p. 244-259.