O ENSINO DA MATEMÁTICA ATRAVÉS DE MAQUETES



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Transcrição:

O ENSINO DA MATEMÁTICA ATRAVÉS DE MAQUETES Bianca Neves Machado biancamachado2006@hotmail.com Celiane Costa Machado celianemachado@furg.br Denise de Sena Pinho denisepinho@furg.br Juliana da Silva Ricardo juliana.s.ricardo@gmail.com Resumo: O trabalho tem como objetivo descrever uma das propostas realizadas na Escola Estadual Lilia Neves localizada no município de Rio grande, Rio Grande do Sul. Ação desenvolvida através do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação a Docência PIBID Matemática, da Universidade Federal do Rio grande FURG. A atividade baseou-se na construção de uma casa em forma de maquete, servindo de atividade complementar no ensino do conteúdo - áreas das figuras planas.a. O trabalho foi divulgado na Mostra Estudantil, onde os acadêmicos puderam explicar todo o processo, suas aprendizagens na elaboração e aplicação da proposta. Conclui-se que oficina proporcionou aos estudantes um aprendizado significativo, através de uma atividade diferenciada e propiciando ao professor regente repensar sobre sua prática pedagógica e experienciar uma nova metodologia. Palavras-chave: Educação Matemática, Maquetes, Aprendizagem. A PROPOSTA Tem-se como proposta a oficina A matemática através das Maquetes, a qual foi desenvolvida na turma da 7ª série da escola. A professora regente apresentava dificuldades em trabalhar de maneira diferenciada o ensino das áreas de figuras planas, conteúdo da Geometria Plana que estava sendo estudado. Visando auxiliar a professora para possibilitar uma melhor aprendizagem, propomos aos alunos a construção de uma casa em forma de maquete. Trabalhávamos com algumas figuras planas e suas áreas, mostrando assim para 1

os estudantes uma aplicação da matemática na construção civil. De acordo com a citação abaixo, o estudo da Geometria Plana possibilita uma aproximação com a realidade. A Geometria é uma das melhores oportunidades que existem para aprender a matematizar a realidade. É uma oportunidade de fazer descobertas como muitos exemplos mostrarão. Com certeza, os números são também um domínio aberto às investigações, e pode-se aprender a pensar através da realização de cálculos, mas as descobertas feitas pelos próprios olhos e mãos são mais surpreendentes e convincentes. Até que possa de algum modo ser dispensadas, as formas no espaço são um guia insubstituível para a pesquisa e a descoberta. (Freudenthal, 1973, p.407) O trabalho tornou-se bastante significativo para tal estudo, pois foi possível explicar, ao longo da oficina, o conteúdo de uma forma prática e concreta, diferenciando-se do modo como vem sendo estudado a Geometria Plana nas instituições de ensino. A importância deste estudo é destacada na citação de Jacques Bernoulli: A Geometria faz com que possamos adquirir o hábito de raciocinar e esse hábito pode ser empregado, então, na pesquisa da verdade e ajudar-nos na vida. Deve-se valorizar o ensino deste conteúdo, pois proporciona conhecimentos em sua área específica e permite que hajam questionamentos acerca de problemas cotidianos. A seguir, descreveremos a oficina. DETALHAMENTO DAS ATIVIDADES No dia dez de outubro de 2009, iniciamos a primeira etapa da oficina, na qual apresentamos para os estudantes a proposta da atividade em forma de Power Point. Após essa atividade inicial, começamos a parte prática da oficina. Os alunos o dividiram-se em grupos, contendo em média cinco pessoas, logo após foi entregue a cada grupo uma cópia da planta baixa da casa a ser construída. Nesta planta os cômodos estavam na escala de metros propositalmente, com o intuito de promover a primeira tarefa a ser realizada pelos estudantes, a alteração da escala para centímetros. Logo após a alteração das escalas os estudantes desenharam a planta da casa em uma folha de isopor, fazendo uso de algumas ferramentas matemáticas, tais como, réguas e esquadros. Nesse momento percebemos uma grande dificuldade dos estudantes na utilização da régua, em suma fizeram as marcações erradas, o que acabou por dificultar o andamento da oficina, pois o desenho das plantas não ficava perfeito. Este acontecimento 2

foi muito interessante, pois conseguimos proporcionar um aprendizado que estava além do planejado para oficina, a utilização correta de régua. Para finalizar o primeiro encontro da oficina, os estudantes pintaram com tinta guache a planta baixa desenhada anteriormente no isopor. Utilizaram de pinturas extremamente criativas e o trabalho em grupo teve início de forma tranquila e com muita cooperação. O segundo momento da oficina iniciou-se com a marcação das paredes da casa no papelão, material alternativo escolhido para diminuir os custos do projeto, pois poderia ser adquirido de forma gratuita em comércios, contribuindo com a reciclagem e o meio ambiente. Oferecemos aos estudantes duas opções para coloração das paredes, pintar com tinta guache ou cobri-las com folhas de E.V.A., como todos optaram pelo E.V.A. passaram a escolher as cores das paredes de suas casas. Na ocasião de cortar o papelão, os estudantes tiveram ainda que resolver um questionamento proposto por nosso grupo: Onde deveriam colocar, da melhor maneira, as portas e janelas na casa? Após algumas indagações e tendo que respeitar a planta inicial, descobriram várias possibilidades. Logo após, escolheram as melhores opções e cortaram suas portas e janelas, utilizando a criatividade do grupo, desenvolvendo o raciocínio lógico na analise das opções. Como esse processo foi um tanto demorado, pois exigiu concentração e empenho por parte dos estudantes e também, fez-se necessário esperar a secagem da cola utilizada com o E.V.A., finalizamos as atividades desse segundo encontro. No terceiro momento da oficina realizou-se a montagem da estrutura da casa. Os estudantes acoplaram as paredes construídas anteriormente na base da casa, a folha de isopor na qual haviam desenhado a planta da casa no primeiro momento da oficina. Para essa construção utilizaram palitos de dentes, os quais foram encaixados nas duas extremidades, paredes e base, e fixados com cola quente. Após essa etapa, os estudantes puderam visualizar a estrutura da casa levantada, motivando-os a dar continuidade na atividade de construção do telhado. Já nesta ultima construção, assim como nos portas e janelas, cada grupo teve o oportunidade de escolher o montar seu telhado da maneira desejada.obtivemos um resultado surpreendente, surgiram telhados diversificados e extremamente interessantes. Com a finalização da construção da casa os estudantes ficaram estavam motivados. A confecção de acessórios e jardins para as casas, foram complementos que os alunos 3

resolveram fazer espontaneamente. A realização dessa etapa foi desenvolvida realizada fora da escola, de modo a tornar-se uma surpresa para seus colegas e para nós, bolsistas do PIBID. As maquetes foram apresentadas pelos grupos no dia 14 de dezembro na Mostra dos Estudantes realizada anualmente pela escola. O evento tem como objetivo a socialização dos trabalhos desenvolvidos ao longo do ano letivo por cada turma com os demais membros da instituição. Para nossa surpresa os alunos ousaram da criatividade na finalização das maquetes ao construir, entre outros, algumas miniaturas de móveis e objetos que encontrados em casas e também, jardins com árvores, piscinas e cercas Figura 1. Figura 1: Maquetes na Mostra Anual da Escola Os estudantes mostraram-se muito satisfeitos com o resultado da oficina, pois maquetes foram elogiadas pelos professores, colegas, pais e funcionários da escola. Ainda, destacamos a aprendizagem desenvolvida ao longo da atividade, houve uma melhora constatada pela professora nos deixando muito contentes e satisfeitas, pois nosso objetivo foi alcançado de maneira melhor do que a esperada. Passaremos então, a uma breve análise do aprendizado obtido pelos estudantes e por nós, bolsistas do PIBID e acadêmicas do curso de Licenciatura em Matemática. APRENDIZAGENS E CONCLUSÕES Dentre os muitos aprendizados obtidos por nós bolsistas, pode-se citar o quanto é motivador poder unir a teoria a prática estabelecida no desenvolvimento de uma atividade diferenciada, ou seja, além do quadro negro e giz. O fato de oferecer aos estudantes um 4

aprendizado de Geometria Plana fora do comum é prazeroso, pois a retribuição destes é muito melhor e maior quanto comparada à aula convencional. Os Parâmetros Curriculares Nacionais de Matemática PCN s (Brasil, 1997, p. 128) apontam a importância do estudo de Matemática através da construção de maquetes, Construir maquetes e descrever o que nelas está sendo representado é também uma atividade muito importante, especialmente no sentido de dar ao professor uma visão do domínio geométrico de seus alunos. Podemos também citar o trabalho em grupo, cooperação e socialização entre os estudantes. Também não pode-se deixar de fazer alusão a uma das maiores benfeitorias obtidas nesse trabalho, a aplicação do conteúdo no cotidiano. Defendendo este ponto de vista faz-se referência a SOARES (1998, p. 84): A seleção de aplicações significativas para cada tópico do conteúdo programático é importante não só sob o ponto de vista da aprendizagem como também do ponto de vista do próprio conteúdo, pois empresta-lhe a vida, significado contextual e harmonia lógica. [...] As aplicações podem ser buscadas na própria Matemática, nas outras disciplinas do Curso ou em situações da vida real. Trabalhando com aplicações pode-se promover uma maior aproximação dos estudantes com alguns dos possíveis empregos que poderão desenvolver futuramente. Com isso, temos a certeza do valioso trabalho que desenvolvido nessa oficina. Esperamos continuar desenvolvendo oficinas que auxiliem na aprendizagem dos conteúdos matemáticos. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS SOARES, Lino de Jesus. Sobre o ensino da Matemática. Pelotas. Educat. 1998. BRASIL, Parâmetros Curriculares Nacionais Matemática. Brasília. 1997. FREUDENTHAL, H. Mathematics as an Educational Task. Dordrecht: D. Reidel Publishing Company, 1973. 5