O USO DE MATERIAL CONCRETO E DO SOFTWARE GEOGEBRA NAS AULAS DE GEOMETRIA PLANA E ESPACIAL NO ENSINO MÉDIO

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1 O USO DE MATERIAL CONCRETO E DO SOFTWARE GEOGEBRA NAS AULAS DE GEOMETRIA PLANA E ESPACIAL NO ENSINO MÉDIO Educação Matemática nos Anos Finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio (EMAIEFEM) GT 10 RESUMO O presente relato de experiência apresenta o trabalho realizado durante cerca de um ano na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Professor Raul Córdula, localizado em Campina Grande, Paraíba, através do PIDID (Projeto de Iniciação a Docência) da UEPB. Mostraremos todo o processo de como trabalhamos diante do ensino de matemática na escola, buscando suprir as principais dificuldades dos alunos de ensino médio frente ao conteúdo de geometria. No qual verificamos a empolgação dos alunos ao aprenderem e/ou revisarem o conteúdo através da utilização de materiais concretos mostrando para os alunos a relação existente entre a geometria e a álgebra. E em uma segunda experiência utilizamos o software de geometria dinâmica: o geogebra explorando o mesmo conteúdo mas, com uma metodologia diferente onde pelos próprios depoimentos dos alunos percebemos o quanto ficaram surpresos e empolgados ao usar o computador para aprender matemática. Palavras- chaves: ensino de geometria, materiais concretos, software geogebra. 1. Introdução Já a um determinado tempo, os profissionais da educação estão procurando uma nova forma de ensino, querendo deixar um pouco de lado o ensino tradicional, que é também considerado como um ensino mecânico onde os alunos passam a decorar e não a aprender. Pensando neste problema, os dois projetos trazem soluções de como podemos transformar essas aulas monótonas e mecânicas para aulas atrativas e interessantes para o ensino brasileiro. Na geometria, muitos alunos não conseguem ter um bom entendimento devido às percepções complexas que a mesma exige. Segundo Parzysz (2001) para o ensino da geometria evidencia a dialética do sabido/percebido. Esses dois princípios, andam juntos de formas alternadas para a resoluções de problemas, pois as vezes um apóia no outro para o 1

2 resultado satisfatório no desenvolvimento do problema por parte do aluno. Assim as percepções vistas com o material concreto em cima dos dois princípios ajudam o aluno a desenvolver os conceitos da geometria não vista nos livros didáticos. Mas também, com a introdução da tecnologia de informação e comunicação (TIC) na educação, as aulas de geometria passaram a ter mais um recurso para o ensino diferenciado, pois agora depois das TIC a geometria ganhou movimento, com isso tornou-se mais fácil ainda as percepções bidimensionais e tridimensionais, além da inovação e qualidades que as novas tecnologias nós trazem. Assim, com isso é necessário que as escolas passem a ter formas diferenciadas para aderir esse ensino inovador, que na geometria são diversas as formas que podem ser ensinada. E verificamos isso na proposta do PIBID que é um programa concebido pelo Ministério da Educação, atendendo às atribuições legais da CAPES (Fundação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) de induzir e fomentar a formação inicial e continuada de profissionais do magistério (Lei nº , de 11 de julho de 2007), às diretrizes do Plano de Metas Compromisso Todos pela Educação (Decreto nº 6.094, de 24 de abril de 2007), que possui dentre seus objetivos: proporcionar aos futuros professores participação em experiências metodológicas, tecnológicas e práticas docentes de caráter inovador e interdisciplinar que busquem a superação de problemas identificados no processo de ensino-aprendizagem. Neste trabalho verifica-se a importância do uso de materiais concretos e das tecnologias no ensino da matemática e particularmente no ensino de geometria. Mostrando para os alunos o quanto pode ser prazeroso aprender matemática. 2. Metodologia Aplicamos dois mini-cursos com alunos da 3º serie do ensino médio, o primeiro foi executado em outubro e novembro de 2010 em que utilizamos materiais concretos para o ensino de geometria e, o segundo mini-curso foi aplicado em março e abril de 2011 em que abordamos o mesmo conteúdo do anterior só que agora com o uso do software geogebra e, a seguir mostraremos como cada um foi desenvolvido. 2

3 O primeiro foi executado da seguinte forma: trabalhamos em três grandes momentos com subdivisões. No primeiro instante, estaremos desenvolvendo atividades voltadas a parte de Geometria plana, assim estaremos demonstrando empiricamente fórmulas de figuras planas. No segundo momento, nos voltamos a construção das peças feitas de papel, ou seja, as dobraduras para em seguida construirmos os sólidos platônicos, justificando por que existe apenas cinco. Como último momento, será apresentado alguns axiomas e em seguidas buscaremos interpretá-los e compreendê-los a partir dos sólidos construídos pelos alunos participantes. E o segundo: Iniciamos o mini-curso por saber como se encontram os alunos diante do conteúdo de geometria, fazendo uso de um pré-teste. Em seguida desenvolvemos uma atividade para que o alunado aprendesse alguns comandos do software, para depois desenvolver atividades que explorem o conteúdo de geometria plana e espacial. Finalizando realizamos um pós-teste para saber o que os alunos acharam da metodologia utilizada e que conceitos geométricos eles aprenderam durante o mini-curso. 3. Resultados Podemos verificar uma situação atual do quadro discente de algumas escolas estaduais de Campina Grande. O resultado alcançado foi satisfatório, pois trabalhamos com as maiores dificuldades encontradas diante da falta de conhecimento prévio, e mesmo assim conseguimos alcançar os objetivos. Os alunos se mostraram interessados em aprender os conteúdos e interados com o mini-curso e o assunto explorado. Conseguimos aprofundar mais os nossos conhecimentos relacionados com o ensino da Geometria e também com o conteúdo em si. Os dois projetos mostraram como podem ser utilizadas novas formas de ensino para a didática da geometria plana e espacial nas salas de aulas brasileiras. Nessas novas formas foram utilizados materiais concretos, como palitos de churrasco, papel, canudos, lápis de diversas cores e cola, e o software educativo Geogebra. Onde, com o material concreto, partiam de demonstrações e conhecimentos de figuras planas, para logo depois construir, 3

4 estudar e justificar a existência de apenas cinco sólidos platônicos, e com o software através do movimento que as figuras ganhavam justificam e demonstrava a validade dos axiomas, como por exemplo: Em um ponto passam infinitas retas, Em dois pontos diferentes passa apenas uma reta, duas reta são interceptadas por apenas um ponto, e assim eram apresentadas as novas formas de ver a geometria plana e espacial. Referências BRASIL, Parâmetros Curriculares Nacionais da Matemática - 5ª a 8ª series. MEC, PARZYSZ, Bernard. Knowing vs seeing. Problems of the plane representationof space geometry figures. In. Educational Studies in Mathematics. n.19, VITA, A. C. e LEITE, M.C. - Universidade Estadual de Santa Cruz- UESC/BA; 2009; IEZZI, G. Matemática. 9ª ed. São Paulo, Atual Editora,1981. IEZZI, G., DOLCE, O. e DEGENSZAJN, D. Matemáica-volume único.4ª ed. São Paulo, Atual Editora, GRAVINA, Maria Alice; SANTAROSA, Lucila Maria. Aprendizagem da Matemática em Ambientes Informatizados. In: CONGRESSO RIBIE, 4., 1998, Brasília. Actas do IV Congresso RIBIE. Brasília: Rede Iberoamericana de Informática Educativa, p CD-ROM. LOUREIRO, Cristina. Computadores no Ensino da Geometria. In: VELOSO, Eduardo et al. Ensino da Geometria: no virar do milênio. Lisboa: Departamento de Educação da Fac. de Ciências da Univ. de Lisboa, Cap. 2, p NCTM. (1994). Normas profissionais para o ensino da matemática. Lisboa: IIE e APM. REIS, M. F. Da revisão da educação tecnológica à base conceptual para uma nova política de educação tecnológica. In: REIS,M.F. Educação Tecnológica: a montanha pariu um rato? Porto: Porto Editora, 1995, Cap. 2, p

5 RIBEIRO, Maria José Bahia; PONTE, João Pedro Da. A formação em novas tecnologias e as concepções e práticas dos professores de Matemática. Quadrante, A Definir, v. 9, p.3-26, Periodicidade. 5