Opção Lacaniana online nova série Ano 3 Número 8 julho 2012 ISSN 2177-2673. Há um(a) só. Analícea Calmon



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Transcrição:

Opção Lacaniana online nova série Ano 3 Número 8 julho 2012 ISSN 2177-2673 Analícea Calmon Seguindo os passos da construção teórico-clínica de Freud e de Lacan, vamos nos deparar com alguns momentos de descontinuidade no que diz respeito à lógica da castração. Para falar disso, partiremos da constatação de que Freud 1, apoiado na distinção anatômica entre os sexos, considerava a castração, para o sexo masculino, como ameaça de perda, e para o sexo feminino, como falta. Vemos assim que a lógica da perda e a lógica da falta já estão apontadas por Freud quando ele, em 1925, se propõe a refletir sobre as consequências psíquicas da distinção anatômica entre os sexos, respaldado na dialética do ter ou não ter. Também fundamentado nessa dialética, referida ao desejo, Lacan dá os primeiros passos da sua construção teórico-clínica, circunscrita à primeira década de seu ensino. Entretanto, com o avanço da sua teorização, ele vai gradativamente se distanciando dessa dialética e passando a teorizar sua clínica sob o princípio da lógica do não há. Nessa passagem, Lacan se vale do conceito freudiano de falo, que o leva a passar do órgão ao significante, para nos dizer que, ainda assim, a referência ao corpo sexuado é ineliminável. Em A significação do falo, escrito de 1958, nos dá mostras dessa formulação, quando diz que a mulher encontra o significante de seu próprio desejo no corpo daquele a quem sua demanda de amor é endereçada 2 ; e que se de fato sucede ao homem, satisfazer sua demanda de amor na relação com a mulher, na medida em que o significante do falo realmente constitui a mulher como dando no amor aquilo que ela não tem [...] daí resulta uma tendência centrífuga 1

da pulsão genital na vida amorosa, que torna a impotência, nele, muito mais difícil de suportar 3. Dessa relação, podemos deduzir uma oposição entre o completo e o incompleto, que se configura marcando a incompletude do lado da mulher. Nessa ordem de coisas, como nos diz Miller, em 1977, a feminilidade se encontra exaltada por traços de falta 4. Recorrendo à filosofia clássica e tomando como referência O Banquete de Platão, Lacan e Freud nos fazem ver que o homem e a mulher são seres incompletos, que tentam se completar pela via do amor. Assim sendo, seria possível pensar que o amor faz o todo. Esse todo constituiria o equilíbrio e teria como opositor o não todo no sentido de incompleto. Entretanto essa não é a lógica lacaniana, pois, para Lacan, o nãotodo não se constitui por uma falta, que requer um complemento, mas sim por um 1 (menos um), interrogado por um suplemento. Considerando que na saga humana a relação sexual é sempre descrita como desencontrada ou fracassada na tentativa de fazer um, nos perguntamos: como pensar essa relação em termos de complemento e suplemento? Em primeira mão, constatamos que a lógica, deduzida do ter, repercute sobre o ser. A clínica nos fornece um exemplo dessa repercussão através da confissão de um sujeito que diz que desde pequeno ouvia da sua mãe: você tem que ser a melhor pessoa do mundo. Na impossibilidade de exercer essa função, ocupando um lugar de exceção, esse sujeito fracassa sempre que tem que enfrentar alguma concorrência, ainda que tenha capacidade para exercer o que se propõe. Na fantasia que sustenta esse lugar de exceção, não está em jogo o ter e sim o tornar-se, apontando para uma lógica deduzida do ter que repercute sobre o ser. Num passo posterior, Lacan 5 estabelece as fórmulas da sexuação, o que nos remete à interrogação: em que base se estabelece a relação entre os sexos? Para chegar a uma 2

resposta sobre essa questão, é preciso acompanhar os passos da construção teórico-clínica que norteia esse artigo. O primeiro passo, freudiano, nos diz, como vimos, que uma criança se torna homem ou mulher como consequência do complexo de castração, estando aí posta a lógica do ter. Ter o falo ou não ter o falo é o que define a classe sexual masculina ou feminina. O lado masculino é o lado que tem; portanto completo, equilibrado. O lado feminino é o lado ao qual falta; portanto incompleto, castrado. O passo seguinte, como também já vimos, é dado por Lacan quando observa, nessa lógica freudiana referenciada no corpo, a presença e importância da linguagem. Assim, Lacan retrata o ser masculino com um aspecto de dureza, representando-o como herói, e faz flamejar, na condição de burguesa, o ser feminino 6. Fazendo esse percurso, ele conclui que, em decorrência de sermos seres sexuados submetidos à linguagem, não conseguimos bem dizer o sexo; o sexo é sempre mal dito. Este ponto de inviabilização conduz Lacan, em 1973, por ocasião do seu 20º Seminário, à formulação do seguinte paradigma: A relação sexual não existe 7. Essa é uma conhecida frase de efeito da dizência lacaniana, que norteou a construção das fórmulas quânticas da sexuação. Partindo do par herói/burguesa referido acima, constatamos que o herói é aquele que vai além do limite e a burguesa é aquela que desconhece a transgressão. Nesse sentido, ambos desempenham os seus respectivos papéis, tomando como referência um limite. Um transgride e o outro não, mas ambos se inscrevem num limite. Nesse ponto, Lacan, fundamentado no princípio freudiano de que a satisfação pulsional não surge atrelada à diferença sexual, faz uma inversão e atribui essa inscrição num limite a uma posição masculina, sendo a verdadeira mulher lacaniana aquela que está atrelada ao ilimitado. 3

À medida que Lacan avança em sua experiência clínica, vai se dando conta de que o campo da identificação constitui um limite quando se trata de representar o modo de satisfação pulsional dos seres falantes em suas respectivas posições. Por isso propõe como parceiro próprio à posição masculina, o sintoma, e como parceiro próprio à posição feminina, a devastação 8. O sintoma caracterizado como um modo de gozar localizado, apreensível e passível de classificação. E a devastação caracterizada como um modo de gozar e de amar sem limites, portanto não apreensível nem classificável. Pensar o sintoma do lado masculino e a devastação do lado feminino significa um movimento teórico conduzido por uma exigência clínica, que custou a Lacan ir além do falo sob a lógica atributiva, regida pela dialética do ter ou não ter, e passar a considerá-lo uma função significante. A função significante do falo consiste em articular sexualidade e linguagem, apontando a linguagem, mais do que a anatomia, como determinante da posição de um sujeito. A sucessão de fracassos, referida no exemplo acima, nada mais é do que uma significação, dada por um sujeito, ao imperativo materno de ser a melhor pessoa do mundo, ao tentar responder a esse mandato superegoico impossível: ser o falo. Daí se pode concluir que é somente no campo da linguagem que os seres falantes podem se tornar homem ou mulher, a partir dos significantes oferecidos pelo Outro. Pautados nessa orientação, podemos dizer que é um equívoco pensar que alguém pode se definir homem ou mulher sem a mediação da função fálica. Esse corte teórico promove uma inversão nas posições sexuais, masculina e feminina, nos fazendo entender que o limitado é o todo enquanto completo e finito. E o nãotodo é exatamente o que não se pode limitar, pois não se deixa capturar pela finitude. Isso quer dizer que, do ponto de vista da posição sexual feminina, o que foi inicialmente 4

apresentado como inferior, dá lugar ao ilimitado. É exatamente essa a condição que faz dizer que o gozo feminino é nãotodo inscrito no simbólico, repercutindo um modo de suplemento. Examinemos agora o relato de alguém do sexo feminino que quer escolher um nome para a sua empresa e, todas as vezes que vai consultar na internet o nome escolhido, percebe que já existe uma empresa com esse nome, o que a faz dizer: será que todo mundo tem direito, menos eu? Esse enunciado nos mostra um ponto de apreensão da norma fálica, pensada a partir de um conjunto finito todo mundo tem direito regido pela lógica da completude, pautada na dialética do ter ou não ter, que faz esse sujeito enunciarse no lugar da exceção. Tal enunciado ilustra que o campo do todo se faz marcar pela presença de um limite, levando a concluir que esse sujeito se insere na norma fálica em posição masculina. Isso quer dizer que para o homem o limite é da ordem da estrutura e para a mulher é da ordem da contingência. Em outras palavras, o gozo feminino aproxima-se do gozo como acontecimento de corpo, diferindo do gozo fálico, o que evidencia que na sexualidade feminina há algo que não se inscreve no simbólico; há um irrepresentável. A partir do que vem sendo elaborado, observamos que a linguagem subverte a relação do homem com a natureza. Na clínica psicanalítica, ela subverte a relação do homem com a mulher, promovendo a passagem da lógica do não ter, que supõe um conjunto faltante a ser completado, para a oposição finito/infinito, que supõe o nãotodo, impossível de completar. É essa impossibilidade de completude que nos permite ler a não existência da relação sexual, que se inscreve num marco teórico regido pela lógica do não há.... Para além do movimento que vai do não ter em direção ao não há, apresentado até agora, Lacan formula uma 5

solução, chamada sinthomática 9, a ser verificada no passe. A questão do passe não é objeto desse artigo, mas não poderia deixar de ser mencionada, na medida em que alude ao gozo feminino. Os exemplos aqui trazidos, calcados na fantasia, nos fazem ver que a fantasia é sempre fálica. A ideia de Lacan, no seu último ensino, consiste em destituir o sujeito de sua fantasia fálica e fazê-lo dizer sim à feminilidade. Partindo do princípio de que não há significante que dê conta de tudo que há de contingente no gozo, formulação que acompanha o princípio de inexistência do Outro, Lacan passa a considerar o gozo como impensável sem um corpo que goza. Esse gozo, que não se articula à lei do desejo, é da ordem do traumatismo e da contingência. É o gozo feminino, atualmente concebido como princípio do regime de gozo como tal. Esse segundo movimento vai do não há em direção a há um, evidenciando a passagem de uma premissa negativa para uma premissa afirmativa, tal como acontece com o lugar da mulher na teoria da clínica psicanalítica, antes incompleta, agora ilimitada 10. Isso significa uma ultrapassagem do limite do gozo fálico e uma abertura a um regime de gozo suplementar, o que torna impensável uma parceria na relação sexual. A solução sinthomática apresentada por Lacan alude ao gozo feminino, justamente no ponto em que aquilo que foi percebido inicialmente na mulher, torna-se aplicável a todo ser falante: a parceria com a solidão. 1 FREUD, S. (1980[1925]). Algumas consequências psíquicas da distinção anatômica entre os sexos. In: Edição Standard Brasileira Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud, vol. XIX. Rio de Janeiro: Imago Editora. 2 LACAN, J. (1998[1958]) A significação do falo (Die Bedeutung des Phallus). In: Escritos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, p. 701. 3 Idem. Ibid., p. 702. 6

4 MILLER, J.-A. (2003). Uma partilha sexual. In: Clique Revista dos Institutos Brasileiros de Psicanálise do Campo Freudiano. Belo Horizonte: Institutos Brasileiros de Psicanálise do Campo Freudiano, nº 2, pp. 12-29. 5 LACAN, J. (1985[1972-1973]). O seminário: livro 20: mais, ainda. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor. 6 MILLER, J.-A. Uma partilha sexual. In: Clique Revista dos Institutos Brasileiros de Psicanálise do Campo Freudiano. Belo Horizonte, nº 2, 2003. 7 Idem. Ibid., p. 79. 8 LACAN, J. (2003[1973]). O Aturdito. In: Outros Escritos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor. 9 MILLER, J.-A. (2010[2008-2009]). Perspectivas do Seminário 23 de Lacan. O Sinthoma. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor. 10 BESSA, G. e BESSET, V.L. (2009). Encontros e desencontros: ensaio sobre o não há. In: Latin American Journal of Fundamental Psychopathology On Line, v. 6, n. 2. São Paulo, pp. 97-114. 7