Latusa digital ano 0 N 2 setembro de 2003

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1 Latusa digital ano 0 N 2 setembro de 2003 O forçamento da psicanálise * Ruth Helena Pinto Cohen ** A ciência moderna tende a excluir a poética de seu campo e a psicanálise, a despeito de ter nascido a partir do advento da modernidade, vem atualmente fazendo, a partir da Orientação Lacaniana imprimida por Jacques Alain Miller, Um esforço de poesia 1 para se renovar. O homem, contingência de sua temporalidade, desafia os psicanalistas a fazerem esse grande esforço para acompanhar o espírito de sua época. Baudelaire 2 apontava a acomodação do homem moderno, a transitoriedade e o aspecto efêmero da modernidade. Estaria a psicanálise, pela contingência do seu nascimento, fadada a cumprir também esse destino? Posteriormente à sua criação, o que restou dos oraculares ditos freudianos? Na primeira lição do seu curso, Um esforço de poesia, J.-A. Miller nos leva a pensar na tendência ao prosaico que a psicanálise vem apresentando nos últimos tempos em contraponto ao que ele propõe como um esforço de poesia. Em seu texto, ele nos incita a colocar o utilitarismo moderno no divã e a verificar a utilidade da psicanálise, aquilo que Lacan chamou de terapêutico na psicanálise aplicada, uma vez que a cura vêm por acréscimo. A esse respeito, * Texto produzido a partir das discussões do Seminário do Conselho da EBP-Rio Leitura, estudo e transmissão da Orientação Lacaniana em conjunção com a pesquisa para tese de doutoramento/ufrj, sob a orientação de Vera Lopes Besset. ** Aderente da Escola Brasileira de Psicanálise (EBP). 1 MILLER, J-A. Un Éffort de Poésie, aula de 13/11/2002. Inédito. 2 BAUDELAIRE, C. Sobre a Modernidade. São Paulo: Paz e Terra,

2 Miller nos diz: o culto da utilidade direta é, sem dúvida, a causa da extinção da virtude oracular da psicanálise. O encontro entre a psicanálise e a poesia pode nos levar a pensar que, em ambas, comparece um a mais, que causa desejo e possibilita a produção de significantes novos. O esforço de poesia nos traz à memória o fato de que a poética é feita de som e sentido, segundo Jakobson, e de duplo sentido e violência, como nos indica Lacan. 3 Parece urgente que se faça um forçamento no autismo a dois do encontro analítico 4, permitindo que lalangue se faça ouvir por muitos, ou seja, se transmita ao mundo. O que ainda faz com que alguns se surpreendam com a psicanálise é o fato de que o impossível, que não cessa de não se escrever, só se escreva sob forçamento na contingência do sintoma. O inforçável, o inominável, que corresponderia ao conceito de gozo impossível de Lacan, levou o filósofo Alain Badiou, a se perguntar se é possível forçar todos os saberes. Trata-se de um problema cientificista e, assim como a verdade integral, é também um problema político do totalitarismo. Esse problema se diz simplesmente: será que, a partir do sujeito finito de uma verdade, pode-se nomear e forçar ao saber todos os elementos que essa verdade concerne? Até onde vai a potência de antecipação da infinidade genérica? 5 Para o filósofo, há sempre um ponto real que resiste a uma potência genérica. Badiou chama esse ponto de inominável da situação. É o que nunca tem nome aos olhos da verdade. O inominável é alguma coisa da ordem do real 3 LACAN, J. Rumo a um significante novo. Em: Opção Lacaniana n 22. São Paulo: Eólia, Idem, ibidem. 5 BADIOU, A. Para uma nova teoria do sujeito. RJ, Relume-Dumará, 2002, p

3 indizível que uma verdade autorizaria dizer. É o real da matemática, pois uma teoria matemática, quando contraditória, é anulada. A aceitação de que uma verdade matemática nunca é completa tem sua correlação com a psicanálise, que também trabalha com o real e com a incompletude, ou seja, com a lógica contingente deduzida por Lacan como não-toda, subvertendo a lógica formal aristotélica. A ética da psicanálise e a da matemática se tocam nesse ponto do inominável e do real. Para Badiou, o mal seria o encontro de um axioma de verdade no ponto indecidível, um trajeto de verdade no ponto indiscernível, uma antecipação do ser quanto ao genérico, e o forçamento de uma nomeação no ponto inominável. 6 A ética de uma verdade se sustenta inteiramente a partir de uma espécie de comedimento em relação aos seus próprios poderes. É preciso que o efeito do indecidível, do indiscernível e do genérico, ou ainda o efeito do evento, do sujeito e da verdade, admita o inominável como limitação de seu trajeto. O mal, para esse autor, concordando com a psicanálise, seria o desejo de tudodizer. Em suma, o evento indecidível, o sujeito ligado ao indiscernível e a verdade genérica intotalizável tem como ponto de detenção de sua potência o inominável. Badiou nos instrui sobre a matemática moderna: o teorema de Gödel nos permite pensar o indecidível; a teoria de Galois, o indiscernível; a teoria de Cohen, o genérico e o teorema de Fuhrken, o inominável. Vejamos como o autor, em seu texto Para uma nova teoria do sujeito resume o trajeto de uma verdade. Observando o esquema abaixo, podemos seguir o trajeto do devir de uma verdade 7, ele nos diz: para que comece o processo de uma verdade, é preciso que alguma coisa aconteça. Neste ponto podemos 6 Idem, ibidem, p Idem, ididem, pp

4 identificar um evento (um encontro amoroso por exemplo) um acaso, algo imprevisível, incalculável, indecidível. Não há garantias sobre o que irá acontecer. A nominação dirá que algo aconteceu fazendo aparecer o sujeito desse evento, ou seja, um enunciado em forma de aposta. este sujeito, que é um ponto de verdade, em sua dimensão local, confrontado com algo indiscernível, arrisca-se a uma decisão. A partir daí toma a direção de uma verdade genérica. essa verdade acabada, hipotética e infinita Eu te amarei para sempre irá encontrar forçosamente, um ponto real, o inominável da situação, o indizível. CAUSA REAL INOMINÁVEL EVENTO INDECIDÍVEL PONTO REAL QUE RESISTE AO FORÇAMENTO INFINITO VERDADE GENÉRICA FIDELIDADE FINITO SUJEITO INDISCERNÍVEL Miller, em seu seminário Los signos del goce, nomeia um de seus subtítulos, no primeiro capítulo, de Uma ética de forçamento, para designar o forçamento como ética apropriada para a psicanálise em vez de uma ética de 4

5 caminhos previamente traçados 8. Em Televisão 9, Lacan afirma que a psicanálise indica uma saída para o discurso capitalista pela posição do analista, ao permitir ao sujeito do inconsciente tomá-lo como causa de seu desejo. Verificamos assim a incidência política da psicanálise de orientação lacaniana que, indo ao encontro dos sintomas de sua época, coloca-se frente ao sentido dos mesmos. Esse sentido fica explicitado pelo fato de o sintoma refletir no real, de que há algo que não funciona [...] e de que esse algo que não funciona, se mantém. As enigmáticas afirmações de Lacan nos levam a pensar sobre o desafio do real dos sintomas de nossa época que, insistindo em não se escrever, mantêm a psicanálise como um antídoto ao discurso capitalista. Uma questão se coloca sobre esse ponto crucial: como tratar pela psicanálise as patologias de nosso tempo, se elas estão associadas às manipulações das promessas de gozo, inerentes às ações políticas inscritas e amparadas pela ética da globalização e pela queda dos ideais próprios ao neocapitalismo? A psicanálise se vê forçada, pela política do discurso capitalista, a fazer anteparo a esse discurso, que se retro-alimenta do que poderia ser uma perda de gozo, necessária aos deslocamentos discursivos. Dito de outra forma, supomos que toda lógica de funcionamento que se retro-alimenta com o gozo, que não se perde, mas que se perderia se houvesse deslocamento discursivo, é compatível com a política do discurso capitalista. O discurso capitalista foi descrito por Lacan em uma conferência proferida em Milão, posteriormente ao seminário com o qual inaugurou seus quatro discursos, frisando sua enorme preocupação com as modalidades de laço 8 MILLER, J.-A. Los signos del goce ( ). Buenos Aires: Paidós, 1998, p LACAN, J. Televisão (1973). Em: Outros escritos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor,

6 social. O discurso capitalista, segundo ele, promove uma inversão no discurso do mestre, trocando de lugar o sujeito ($) e o significante mestre (S 1 ), incluindo também uma forma especifica de indicar, através de flechas, a dependência do sujeito com relação ao seu mais-de-gozar. Desta relação se deduz que, no discurso capitalista, o sujeito é completado por seu objeto pequeno a. Lacan nos lembra que não temos mais uma crise do discurso do mestre, mas uma crise do discurso capitalista, em que o sujeito se consome (podemos pensar no duplo sentido que esse termo comporta). Vejamos como se escreve o discurso capitalista. Discurso do capitalista $ S 2 S 1 a Acreditamos que um dos caminhos possíveis para se pensar a psicanálise na contracorrente do discurso acima referido poderia ser pelo viés da matemática moderna, no ponto fecundo de interlocução com a psicanálise, ou seja, no tratamento do inominável, do real e da incompletude. A formulação feita por Lacan sobre o princípio da indecidibilidade, que se dá na hiância do espaço criado entre as modalidades lógicas impossíve l e contingente, foi a partir da lógica indecidível do matemático austríaco Kurt Gödel, cujo trabalho sobre o tema foi considerado um dos mais importantes progressos da lógica nos tempos modernos. Seu pressuposto, em linhas gerais, é: para que um sistema axiomático seja coerente, necessariamente deverá ser incompleto. Diz ele: Se a aritmética é consistente, ela é incompleta. Lacan cita Gödel, que na época vivia na América, para dizer que o indecidível foi demonstrado sobre o que é mental por excelência, a aritmética, o contável. Por meio da lógica do indecidível, interessa apreender o que a psicanálise pode criar sobre as contingências dos sintomas contemporâneos, uma vez que, 6

7 como nos indica J.-A. Miller 10, os sintomas da moda obedecem ao mercado significante e se divulgam. A depressão, como um exemplo atual, é um significante bem sucedido. O esforço de poesia, ou como Miller 11 interpreta o último ensino de Lacan, não seria o forçamento de uma questão preliminar a toda psicanálise possível? O método do forcing, descrito pelo matemático Paul Cohen, que obriga a exatidão de enunciados sob uma condição antecipatória quanto à composição de um subconjunto genérico infinito 12, aponta para a existência de uma impossibilidade entre verdade e saber. A potência de antecipação, o forçamento, apesar de a verdade ser não-toda, é capaz de forçar saberes. Se a ética da psicanálise é contrária ao hábito, ao previsível, a ética apropriada para a psicanálise é uma ética do forçamento MILLER, J.-A. Sintoma como aparelho. Em: O sintoma charlatão. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, MILLER, J.-A. Le Lieu et le Lien. Inédito. 12 BADIOU, A. Para uma nova teoria do sujeito, op.cit. 13 MILLER, J-A. Un Éffort de Poésie, aula de 13/11/2002. Inédito. 7

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