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Transcrição:

AgRg no RECURSO ESPECIAL Nº 1.288.771 - CE (2011/0254091-0) RELATOR : MINISTRO HERMAN BENJAMIN AGRAVANTE : FUNDAÇÃO EDSON QUEIROZ ADVOGADOS : CARLOS ROBERTO SIQUEIRA E OUTRO(S) FELIPE BARREIRA UCHOA E OUTRO(S) AGRAVADO : FAZENDA NACIONAL PROCURADOR : PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL EMENTA PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. MANDADO DE SEGURANÇA. IMUNIDADE. ENTIDADE BENEFICENTE DE ASSISTÊNCIA SOCIAL. AUSÊNCIA DE PROVA PRÉ-CONSTITUÍDA. CEBAS. LEGALIDADE DA EXIGÊNCIA. DIREITO ADQUIRIDO. DECRETO-LEI 1.522/1977. INEXISTÊNCIA. REQUISITOS DO ART. 14 DO CTN. SÚMULA 7/STJ. 1. A agravante impetrou Mandado de Segurança com a finalidade de promover o desembaraço aduaneiro de mercadoria importada, sem o recolhimento dos tributos incidentes na importação, sob o fundamento de que desfruta da imunidade tributária conferida pelo art. 195, 7, da Constituição Federal. 2. O Tribunal a quo concluiu que não houve prova pré-constituída do direito líquido e certo alegado, e que a imunidade reconhecida sob a égide do Decreto-Lei 1.572/1977 não dispensa a observância de requisitos legais supervenientes. 3. A imunidade declarada na vigência do Decreto-Lei 1.522/1977 não dispensa o atendimento às condições legais supervenientes estabelecidas pela Lei 8.212/1991, por ausência de direito adquirido a regime jurídico. Precedentes do STJ e do STF. 4. A Corte Suprema já afirmou que a concessão do Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social, nos termos do art. 55, II, da Lei 8.212/1991, é mero reconhecimento, pelo Poder Público, do atendimento das condições de constituição e funcionamento, que devem ser observadas para que a entidade receba o benefício constitucional, o que não ofende os arts. 146, II, e 195, 7º, da Constituição Federal (RE 428.815 AgR, Relator Min. Sepúlveda Pertence, Primeira Turma, DJ 24-06-2005 PP-00040 EMENT VOL-02197-07 PP-01247 RDDT n. 120, 2005, p. 150-153). 5. Por não dispor do aludido certificado, a agravante não conseguiu demonstrar a existência de direito líquido e certo. A discussão acerca do preenchimento dos requisitos contidos no art. 14 do CTN não prescinde de dilação probatória, procedimento incabível na via estreita do Mandado de Segurança. Precedentes do STJ. 6. Em face da conclusão do Tribunal a quo de que a recorrente não demonstrou de plano o direito alegado, o acolhimento da pretensão recursal esbarra, inequivocamente, no óbice da Súmula 7/STJ: "A pretensão de simples reexame de prova não enseja recurso especial". 7. Agravo Regimental não provido. Documento: 1137750 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 24/04/2012 Página 1 de 9

ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima indicadas, acordam os Ministros da Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça: "A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Sr. Ministro-Relator, sem destaque e em bloco." Os Srs. Ministros Mauro Campbell Marques, Cesar Asfor Rocha, Castro Meira e Humberto Martins votaram com o Sr. Ministro Relator. Brasília, 17 de abril de 2012(data do julgamento). MINISTRO HERMAN BENJAMIN Relator Documento: 1137750 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 24/04/2012 Página 2 de 9

AgRg no RECURSO ESPECIAL Nº 1.288.771 - CE (2011/0254091-0) RELATOR : MINISTRO HERMAN BENJAMIN AGRAVANTE : FUNDAÇÃO EDSON QUEIROZ ADVOGADOS : CARLOS ROBERTO SIQUEIRA E OUTRO(S) FELIPE BARREIRA UCHOA E OUTRO(S) AGRAVADO : FAZENDA NACIONAL PROCURADOR : PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL RELATÓRIO O EXMO. SR. MINISTRO HERMAN BENJAMIN (Relator): Trata-se de Agravo Regimental contra decisão que negou seguimento ao Recurso Especial interposto contra acórdão assim ementado: Apelação em mandado de segurança. Entidade Beneficente de Assistência Social. Importação. Imunidade. Certificado não renovado pelo Conselho Nacional de Assistência Social. Inexistência de direito adquirido e de coisa julgada que obste a apreciação da matéria. Desembaraço aduaneiro determinado mediante depósito judicial dos tributos pertinentes. 1. A apelante não possui direito adquirido à renovação de seu Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social. Precedente e enunciado de súmula do STJ. 2. A decisão lavrada nos autos do AMS 77854, desta Corte, fez coisa julgada relativa à imunidade da cota patronal da impetrante em relação àquele processo e à outra parte envolvida, a saber o INSS. 3. Nestes autos a parte impetrada é a Fazenda Nacional e a matéria diz respeito à imunidade quanto aos impostos e contribuições sociais relativas à importação, tratando-se de partes e matérias distintas. 4. Portanto, o decisório no qual ficou reconhecida a imunidade genérica quanto à cota patronal da apelante não tem a força de obstar qualquer nova discussão sobre esse benefício constitucional em processo diverso, notadamente quando a imunidade que agora se busca ver reconhecida não repousa sobre os mesmos fundamentos daquela. 5. Por fim, a pretensão da impetrante carece de prova pré-constituída, o que prejudica sua apreciação por meio do writ, pois que a concessão da segurança é incompatível com a necessidade de dilação probatória durante o procedimento, e, na situação vivida nestes autos, não há como se posicionar quando à imunidade da impetrante sem a certeza de que é, ou não, Entidade Beneficente de Assistência Social. 6. Apelação improvida (fl. 167). No Regimental, a parte agravante alega que tem direito adquirido à imunidade Documento: 1137750 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 24/04/2012 Página 3 de 9

tributária, nos termos do art. 1 do Decreto-Lei 1.572/1977. Aduz que o gozo desse benefício não está condicionado à obtenção do Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social (CEBAS), mas apenas aos requisitos previstos no art. 14 do CTN. Acrescente que a resolução da controvérsia prescinde de revolvimento fático-probatório. Requer a reconsideração do decisum ou a submissão do feito à Turma (fls. 311-331). É o relatório. Documento: 1137750 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 24/04/2012 Página 4 de 9

AgRg no RECURSO ESPECIAL Nº 1.288.771 - CE (2011/0254091-0) VOTO O EXMO. SR. MINISTRO HERMAN BENJAMIN (Relator): Os autos foram recebidos neste Gabinete em 13.1.2012. A irresignação não merece acolhida. A agravante impetrou Mandado de Segurança com a finalidade de promover o desembaraço aduaneiro de mercadoria importada, sem o recolhimento dos tributos incidentes na importação, sob o fundamento de que desfruta da imunidade tributária conferida pelo art. 195, 7, da Constituição Federal. O Tribunal a quo concluiu que não houve prova pré-constituída do direito líquido e certo. Acrescentou que a imunidade reconhecida sob a égide do Decreto-Lei 1.572/1977 não dispensa a observância de requisitos legais supervenientes, uma vez que não há direito adquirido a regime jurídico. Segundo o acórdão recorrido, a recorrente não possui o Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social, que lhe foi denegado pelo Conselho Nacional de Assistência Social (fl. 163). A jurisprudência da Primeira Seção do STJ encontra-se consolidada em sentido contrário à pretensão recursal. De fato, a imunidade reconhecida sob o regime do Decreto-Lei 1.522/1977 não dispensa o atendimento às condições legais supervenientes estabelecidas pela Lei 8.212/1991. Confiram-se: PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. MANDADO DE SEGURANÇA. CEBAS. RENOVAÇÃO. INDEFERIMENTO. ATO ADMINISTRATIVO. REVOGAÇÃO DO EFEITO PROSPECTIVO. ART. 54 DA LEI 9.874/99. DECADÊNCIA NÃO CONFIGURADA. COISA JULGADA. INEXISTÊNCIA. CONTRARIEDADE AO ART. 150, 4º, DO CTN. IMPROPRIEDADE. IMUNIDADE DO ART. 195, 7º DA CF/88. DIREITO ADQUIRIDO. INEXISTÊNCIA. SÚMULA 352/STJ. LEI N.º 9.429/96. REMISSÃO. IMPROPRIEDADE DA ALEGAÇÃO. INAPLICABILIDADE À IMPETRANTE. 1. A Administração podia rever, a qualquer momento, os seus próprios atos, quando eivados de nulidade, até a edição da Lei nº 9.784/99, a partir de quando o Poder Público passou a dispor do prazo de cinco anos para desfazer os seus próprios atos. Documento: 1137750 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 24/04/2012 Página 5 de 9

2. Sedimentou-se na jurisprudência desta Corte que a decadência para os atos anteriores à Lei 9.784/99, portanto, quando ainda não existia prazo para a Administração Pública revogar seus próprios atos, deve ser contada a partir da data em que a Lei entrou em vigor, vale dizer, 29 de janeiro de 1999. (...) 7. A jurisprudência desta Corte é unânime em afirmar que não há direito adquirido à aquisição, ou renovação, do CEBAS, devendo a entidade postulante preencher todos os requisitos legais, ainda que supervenientes, para fazer jus ao benefício. Nesses termos, foi editada a Súmula 352/STJ, segundo a qual: "A obtenção ou a renovação do Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social (Cebas) não exime a entidade do cumprimento dos requisitos legais supervenientes". (...) 10. Mandado de segurança denegado, prejudicado o agravo regimental. (MS 12.509/DF, Rel. Ministro CASTRO MEIRA, PRIMEIRA SEÇÃO, DJe 22/02/2011). TRIBUTÁRIO. EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA EM RECURSO ESPECIAL. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. IMUNIDADE. CEBAS. ENTIDADE CONSTITUÍDA SOB A ÉGIDE DA LEI 3.577/59 (DL 1.572/77). DIREITO ADQUIRIDO A REGIME JURÍDICO-TRIBUTÁRIO. INEXISTÊNCIA. NECESSIDADE DE OBSERVÂNCIA DA LEGISLAÇÃO SUPERVENIENTE (LEI 8.212/91). 1. Não há direito adquirido a regime jurídico-fiscal, motivo pelo qual as entidades beneficentes, para a renovação do Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social (CEBAS) e conseqüente fruição da imunidade concernente à contribuição previdenciária patronal (art. 195, 7º, da CF), devem preencher as condições estabelecidas pela legislação superveniente (no caso, a Lei 8.212/91, art. 55). Precedentes do STJ: AgRg no REsp 848.126/RJ, Rel. Ministro Herman Benjamin, Segunda Turma, DJe 19/3/2009; MS 13.626/DF, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, Primeira Seção, DJe 6/10/2008; AgRg no MS 10.757/DF, Rel. Ministro Castro Meira, Primeira Seção, DJe 3/3/2008. Precedentes do STF: RMS 26932, Relator Min. Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJe 4/2/201; RMS 27093, Relator Min. Eros Grau, Segunda Turma, DJe 13/11/2008. 2. Incidência da Súmula 352/STJ: "A obtenção ou a renovação do Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social (Cebas) não exime a entidade do cumprimento dos requisitos legais supervenientes". 3. Embargos de divergência providos. (EREsp 982.620/RN, Rel. Ministro BENEDITO GONÇALVES, PRIMEIRA SEÇÃO, DJe 18/11/2010). O STF possui a mesma orientação: EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA. ENTIDADE DE Documento: 1137750 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 24/04/2012 Página 6 de 9

ASSISTÊNCIA SOCIAL. IMUNIDADE. CERTIFICADO DE ENTIDADE BENEFICENTE DE ASSISTÊNCIA SOCIAL CEBAS. DIREITO ADQUIRIDO. COISA JULGADA. INEXISTÊNCIA. AGRAVO DESPROVIDO. I - A jurisprudência desta Corte é no sentido de que não existe direito adquirido à manutenção de regime jurídico de imunidade tributária. Precedentes. II - A Constituição Federal de 1988, no seu art. 195, 7º, conferiu imunidade às entidades beneficentes de assistência social em relação às contribuições para a Seguridade Social, desde que atendidos os requisitos definidos por lei. III - A decisão judicial invocada pela agravante somente garantiu que a renovação do CEBAS fosse apreciada à luz da legislação então vigente e o Ministro de Estado da Previdência Social, ao efetuar essa análise, entendeu que os requisitos não foram preenchidos. Afastar essa conclusão demandaria o reexame do conjunto probatório, que se mostra inviável nesta via. IV Agravo regimental desprovido. (RMS 27977 AgR, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Primeira Turma, DJe-099 DIVULG 25-05-2011 PUBLIC 26-05-2011 EMENT VOL-02530-01 PP-00102). EMENTA: CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. IMUNIDADE DE ENTIDADE BENEFICENTE. CERTIFICADO DE ENTIDADE BENEFICENTE - CEBAS EMITIDO E PRETENSAMENTE RECEPCIONADO PELO DECRETO-LEI 1.752/1977. DIREITO ADQUIRIDO. ART. 195, 7º DA CONSTITUIÇÃO. DISCUSSÃO SOBRE O QUADRO FÁTICO. ATENDIMENTO OU NÃO DOS REQUISITOS LEGAIS. 1. Nenhuma imunidade tributária é absoluta, e o reconhecimento da observância aos requisitos legais que ensejam a proteção constitucional dependem da incidência da norma aplicável no momento em que o controle da regularidade é executado, na periodicidade indicada pelo regime de regência. 2. Não há direito adquirido a regime jurídico relativo à imunidade tributária. A concessão de Certificado de Entidade Beneficente - Cebas não imuniza a instituição contra novas verificações ou exigências, nos termos do regime jurídico aplicável no momento em que o controle é efetuado. Relação jurídica de trato sucessivo. 3. O art. 1º, 1º do Decreto-lei 1.752/1977 não afasta a obrigação de a entidade se adequar a novos regimes jurídicos pertinentes ao reconhecimento dos requisitos que levam à proteção pela imunidade tributária. 4. Não cabe mandado de segurança para discutir a regularidade da entidade beneficente se for necessária dilação probatória. Recurso ordinário conhecido, mas ao qual se nega provimento. (RMS 26932, Relator(a): Min. JOAQUIM BARBOSA, Segunda Turma, DJe-022 DIVULG 04-02-2010 PUBLIC 05-02-2010 EMENT VOL-02388-01 PP-00015 LEXSTF v. 32, n. 374, 2010, p. 178-183). A Corte Suprema também já afirmou que a concessão do Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social, nos termos do art. 55, II, da Lei 8.212/1991, é mero reconhecimento, pelo Poder Público, do atendimento das condições de constituição e funcionamento, que devem ser observadas para que a entidade receba o benefício Documento: 1137750 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 24/04/2012 Página 7 de 9

constitucional, o que não ofende os arts. 146, II, e 195, 7º, da Constituição Federal (RE 428815 AgR, Relator(a): Min. Sepúlveda Pertence, Primeira Turma, DJ 24-06-2005 PP-00040 EMENT VOL-02197-07 PP-01247 RDDT n. 120, 2005, p. 150-153). Por não dispor do aludido certificado, a agravante não conseguiu demonstrar a existência de direito líquido e certo. A discussão acerca do preenchimento dos requisitos contidos no art. 14 do CTN não prescinde de dilação probatória, procedimento incabível na via estreita do Mandado de Segurança. Nesse sentido: MS 10.734/DF, Rel. Ministro Humberto Martins, Primeira Seção, julgado em 24/03/2010, DJe 30/03/2010; AgRg no MS 11.409/DF, Rel. Ministro Castro Meira, Primeira Seção, julgado em 23/04/2008, DJe 12/05/2008. Em face da conclusão do Tribunal a quo, de que a recorrente não demonstrou de plano o direito alegado, o acolhimento da pretensão recursal esbarra, inequivocamente, no óbice da Súmula 7/STJ: "A pretensão de simples reexame de prova não enseja recurso especial". Diante do exposto, nego provimento ao Agravo Regimental. É como voto. Documento: 1137750 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 24/04/2012 Página 8 de 9

CERTIDÃO DE JULGAMENTO SEGUNDA TURMA Número Registro: 2011/0254091-0 AgRg no REsp 1.288.771 / CE Números Origem: 200781000034486 600088242007 PAUTA: 17/04/2012 JULGADO: 17/04/2012 Relator Exmo. Sr. Ministro HERMAN BENJAMIN Presidente da Sessão Exmo. Sr. Ministro HERMAN BENJAMIN Subprocuradora-Geral da República Exma. Sra. Dra. MARIA SÍLVIA DE MEIRA LUEDEMANN Secretária Bela. VALÉRIA ALVIM DUSI AUTUAÇÃO RECORRENTE : FUNDAÇÃO EDSON QUEIROZ ADVOGADOS : FELIPE BARREIRA UCHOA E OUTRO(S) CARLOS ROBERTO SIQUEIRA E OUTRO(S) RECORRIDO : FAZENDA NACIONAL PROCURADOR : PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: DIREITO TRIBUTÁRIO - Contribuições - Contribuições Sociais AGRAVO REGIMENTAL AGRAVANTE : FUNDAÇÃO EDSON QUEIROZ ADVOGADOS : FELIPE BARREIRA UCHOA E OUTRO(S) CARLOS ROBERTO SIQUEIRA E OUTRO(S) AGRAVADO : FAZENDA NACIONAL PROCURADOR : PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL CERTIDÃO Certifico que a egrégia SEGUNDA TURMA, ao apreciar o processo em epígrafe na sessão realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão: "A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Sr. Ministro-Relator, sem destaque e em bloco." Os Srs. Ministros Mauro Campbell Marques, Cesar Asfor Rocha, Castro Meira e Humberto Martins votaram com o Sr. Ministro Relator. Documento: 1137750 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 24/04/2012 Página 9 de 9