RELATÓRIO SOBRE AS CONTAS



Documentos relacionados
Relatório Análise da execução orçamental 2009

ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS

ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS

ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS

ORDEM DOS ADVOGADOS Orçamento Consolidado para o ano de 2012

ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS DO EXERCÍCIO ECONÓMICO DE 2008

ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS DO EXERCÍCIO ECONÓMICO DE 2009

INTERPRETAÇÃO DAS CONTAS DO EXERCÍCIO DE 2009

ANEXO AO BALANÇO E ÀS DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS

Informação Financeira

RELATÓRIO DE GESTÃO INTRODUÇÃO

3. BASES DE APRESENTAÇÃO E PRINCIPAIS CRITÉRIOS VALORIMÉTRICOS

INTERPRETAÇÃO DAS CONTAS DO EXERCÍCIO DE 2010

Informação Financeira

Demonstrações Financeiras

Informação Financeira

PLANO ESTRATÉGICO RELATÓRIO TRIMESTRAL DE EXECUÇÃO ORÇAMENTAL

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 (Montantes expressos em Euros)

8 - Anexo ao balanço e à demonstrações de resultados referente ao exercício económico de 2005

BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 E 2011

GESTÃO FINANCEIRA PARA NÃO FINANCEIROS

FamiGeste 2 SGPS, SA. Relatório e Contas FamiGeste 2 - SGPS, S.A. Rua das Flores, 12 2.º Lisboa Tel: Fax:

Informação Financeira

1. São efectuados no PCBS os seguintes ajustamentos:

Demonstrações Financeiras

BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 E 2014

ORDEM DOS ADVOGADOS Orçamento Consolidado para o ano de 2010

20 RELA 10 TÓRIO E CONTAS IE_port.pdf 1 18/4/11 12:23:42

IV - 2. LISTA E ÂMBITO DAS CONTAS CLASSE 7 CUSTOS POR NATUREZA. As contas desta classe registam os custos correntes do exercício.

BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 E 2012 DEPÓSITOS ,801. Depósitos à ordem. Depósitos a prazo OPERAÇÕES CAMBIAIS

C N C. Indice 11 - CÓDIGO DE CONTAS CLASSE 1 - DISPONIBILIDADES 11 - CÓDIGO DE CONTAS...1

PLC - CORRETORES DE SEGUROS, S.A. EXERCÍCIO DE 2008 RELATÓRIO DE GESTÃO

FIBEIRA FUNDOS SOCIEDADE GESTORA DE FUNDOS DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO, SA ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006

ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2008

Relatório Econômico 2015

RELATÓRIO DE DESEMPENHO 1º SEMESTRE DE 2014

ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS DO ANO 2015

Lisboa, 12 de Abril 2011

8.2. Notas ao Balanço e à Demonstração de Resultados

CONTABILIDADE II LCE110

BANCO MOÇAMBICANO DE APOIO AOS INVESTIMENTOS, S.A. RELATÓRIO E CONTAS INTERCALAR DE Relatório e Contas Intercalar de 2017

8.2.3 Os critérios valorimétricos seguidos relativamente às rubricas do balanço e da demonstração de resultados são os seguintes:

ALIANÇA PORTUGUESA DAS DOENÇAS RARAS ANÁLISE ÀS CONTAS DO ANO DE 2015

TEORIA DA CONTABILIDADE I LGE202

CENTRO SOCIAL E PAROQUIAL DA MEADELA

MESTRADO EM GESTÃO DE EMPRESAS

Síntese de Desempenho. 1º Semestre de

RELATÓRIO DE ANÁLISE EXECUÇÃO ORÇAMENTAL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS. Exercício de 2016 ESCOLA BÁSICA E SECUNDÁRIA TOMÁS DE BORBA

RELATÓRIO DE ANÁLISE EXECUÇÃO ORÇAMENTAL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS. Exercício de 2016 FUNDO ESCOLAR DA ESCOLA BÁSICA E SECUNDÁRIA TOMÁS DE BORBA

RELATÓRIO DE ANÁLISE EXECUÇÃO ORÇAMENTAL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS. Exercício de 2015 FUNDO ESCOLAR DA ESCOLA BÁSICA E SECUNDÁRIA TOMÁS DE BORBA

Informação Financeira

FIBEIRA FUNDOS - SOCIEDADE GESTORA DE FUNDOS DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO, SA BALANÇOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010 E 2009

FIBEIRA FUNDOS - SOCIEDADE GESTORA DE FUNDOS DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO, SA BALANÇOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E 2008

POC CÓDIGO DE CONTAS

Balanço consolidado POCAL Utentes, c/c ,89 0, ,89

Demonstrações Financeiras Período findo em 2015

NOÇÃO DE COOPERATIVA

EXECUÇÃO ORÇAMENTAL JULHO /18

8.ANEXOS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 8.2 NOTAS AO BALANÇO E DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS POR NATUREZA

As notas que se seguem respeitam a numeração sequencial definida no POCAL - Plano Oficial de Contabilidade das Autarquias Locais.

ANEXOS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS DO ANO 2014

2. Referencial contabilístico de preparação das demonstrações financeiras:

Informação Financeira

Anexo à Instrução nº 19/96

Apresentação do Orçamento global da Universidade da Madeira para 2010 Reunião do Conselho Geral

Demonstrações Financeiras Período findo em 2012

ANEXO AO BALANÇO CONSOLIDADO E À DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS CONSOLIDADOS

ANEXO AO BALANÇO CONSOLIDADO E À DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS CONSOLIDADOS

ANEXO AO BALANÇO CONSOLIDADO E À DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS CONSOLIDADOS

2. Referencial contabilístico de preparação das demonstrações financeiras:

8.ANEXOS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 8.2 NOTAS AO BALANÇO E DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS POR NATUREZA

GRUPO I (Responda em folhas separadas)

Dersa Desenvolvimento Rodoviário S.A. Balanços patrimoniais

CLASSIFICAÇÃO ORÇAMENTAL E PATRIMONIAL DO POCAL, APROVADO PELO DECRETO-LEI N.º 54-A/99, DE 22 DE FEVEREIRO

PLANO ESTRATÉGICO RELATÓRIO TRIMESTRAL DE EXECUÇÃO ORÇAMENTAL

Análise da situação económica e financeira

ALIANÇA PORTUGUESA DAS DOENÇAS RARAS ANÁLISE ÀS CONTAS DO ANO DE 2017

ANEXO AO BALANÇO CONSOLIDADO E À DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS CONSOLIDADOS

RELATÓRIO SOBRE AS CONTAS ANO 2008

Pressupostos. 3. Orçamento de Despesas com o Pessoal Nº actual de funcionários: uma diretora tecnica, 4 ajudantes de acção direta, 2 estagiarias.

NOTAS AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS POCAL

RELATÓRIO & CONTAS 2018

BALANÇO DO EXERCÍCIO DE 2006

O R D E M D O S A D V O G A D O S

BALANÇOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 2015 (PRÓ-FORMA) E EM 1 DE JANEIRO DE 2015 (PRÓ-FORMA) Montantes expressos em milhares de Kwanzas ACTIVO

APESPE-RH-Assoc.Port.das Emp.do Sector Priv.de Emp.e dos Rec.Humanos ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 ÍNDICE

4.2 Notas ao Balanço e à Demonstração de Resultados

8.2 Notas ao Balanço e à Demonstração de Resultados

XII RELATÓRIO DE CONTAS

4.2 Notas ao Balanço e à Demonstração de Resultados

Informação Financeira

Anexos às demonstrações financeiras

B A L A N Ç O. Segurajuda - Corretores de Seguros, Lda Data:

SECÇÃO REGIONAL DO SUL

8.2 NOTAS AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS

Processo Especial de Revitalização de Francisco Coelho & Filhos, Lda Processo nº 2100/12.5TJVNF do 2º Juízo Cível do Tribunal Judicial de Vila Nova de

SERVIÇOS MUNICIPALIZADOS DE ÁGUA E SANEAMENTO DE VISEU Prestação de contas 2016

Transcrição:

Introdução 1. A contabilidade do Conselho Distrital de Lisboa da Ordem dos Advogados encontra-se organizada de acordo com o POC, adaptado à especificidade da Ordem dos Advogados, e respeitando as orientações emanadas, nesta matéria, do Conselho Geral. 2. Contudo, e relativamente à organização da contabilidade analítica e de centros de actividade, o Conselho Distrital de Lisboa tem plena autonomia na sua organização. 3. Em anexo apresenta-se: Balanço, Demonstração de Resultados, Anexo ao Balanço e à Demonstração de Resultados e Demonstração de Origem e Aplicação de Fundos. Relatório da Formação. Demonstração desenvolvida dos resultados comparativa com o ano anterior. Mapa da execução orçamental Receitas e Despesas Correntes e Despesas de Capital, do Conselho Distrital e do Conselho de Deontologia. Relatório de análise da execução orçamental, constituindo estes dois últimos documentos um capítulo próprio, por se tratar dos principais documentos de acompanhamento da gestão financeira das actividades e de gestão da tesouraria. 4. Análise dos resultados CUSTOS E PERDAS Os custos totais apurados no exercício foram de 3 866 926,33 euros, com uma ligeira diminuição relativamente ao ano anterior. pg. 2

Esta diminuição, de cerca de 9%, significa que foi mantido o controlo sobre os custos na sua generalidade. Com efeito o aumento de 1,29% dos custos com pessoal, resultado da actualização normal das remunerações, foi compensado com uma diminuição nos fornecimentos e serviços externos em cerca de 2%. Os impostos, que respeitam essencialmente ao Iva não dedutível referente aos honorários processados e imputados ao exercício, também diminuíram 14,56%, em virtude de também ter diminuído a rubrica de honorários cerca de 34% nos diversos regimes de tributação. Os custos e perdas financeiras tiveram um aumento de 12,57%. Apesar de se ter verificado um aumento dos juros e encargos com a locação financeira das fotocopiadoras adquiridas e que se vieram adicionar à locação financeira dos aparelhos do ar condicionado, esta rubrica respeita essencialmente aos descontos concedidos no recebimento anual antecipado das quotizações, acompanhando de perto a variação do montante destes recebimentos. Representando, os custos com pessoal, a rubrica com maior peso nos custos, a sua distribuição pelos diversos centros de actividade está apresentada na análise da execução orçamental página 29. Diminuiu o montante de amortizações e reintegrações do activo imobilizado corpóreo e incorpóreo, respeitante à sua depreciação, em virtude de ter diminuído também o conjunto de bens ainda por amortizar e também por terem diminuído os investimentos realizados. Reforçou-se a verba para ajustamentos de dívidas de advogados cuja probabilidade de cobrança é praticamente nula. O montante de ajustamentos acumulados até ao momento - 413 72,25 euros - corresponde a dívidas de quotas cuja maturidade é superior a cinco anos e é equivalente a cerca de 5% das dívidas dos advogados da área jurisdicional do Conselho Distrital de Lisboa. Não foi constituída qualquer provisão para os complementos de reforma, na medida em que o Conselho Geral tem nas suas mãos e em agenda este dossier, esperando que sejam tomadas decisões sobre esta matéria. Entretanto, e à cautela, no Conselho Geral foi constituída uma provisão simbólica de 25. euros que se espera venha a ser reforçada neste exercício. Contudo, e mais pg. 3

importante do que a prudência adoptada ao nível contabilístico, é a Ordem, no conjunto das suas entidades, que compete prevenir-se financeiramente para os compromissos que haverá de assumir no futuro. Foi a seguinte a evolução dos custos totais durante o triénio: Evolução comparativa dos custos e proveitos 5.. 4.. 3.. 4.45.59 3.925.275 3.981.2 4.382.583 3.813.74 3.493.173 2.. 1.. TOTAL DE PROVEITOS TOTAL DE CUSTOS DESEMBOLSÁVEIS 25 26 27 Custos Não Desembolsáveis 5. 4. 3. 2. 1. 233.964 453.525 373.753 25 26 27 CUSTOS NÃO DESEMBOLSÁVEIS pg. 4

PROVEITOS E GANHOS Se os custos tiveram uma redução nos termos acima descritos, os proveitos, por sua vez, tiveram um aumento de 1,88%, circunstância que determinou o resultado positivo conseguido no exercício. Este aumento resulta fundamentalmente do crescimento verificado nos proveitos estatutários 7,47% - contribuindo as quotas geradas com 4,4 % e taxas de inscrição de advogados estagiários com 15,21%. Com excepção do subsídio do Conselho Geral, que se manteve no mesmo nível, e dos proveitos e ganhos financeiros que registam um aumento para mais do dobro do registado no ano anterior, todas as demais rubricas apresentam uma diminuição face ao ano precedente, o que não é preocupante atendendo ao peso que essas rubricas representam no conjunto dos proveitos, isto é, cerca de 3%. Relativamente às quotas apresentam-se, para análise, os seguintes indicadores: Descrição 25 26 27 Quotas emitidas 2.187.661, 2.298.97, 2.12.392,64 Quotas recebidas 1.946.678, 1.878.462, 2.7.374,22 Diferença -24.983, -42.445, -113.18,42 Em percentagem -11,2% -18,29% -5,33% Quotas orçamentadas 1.922.736, 1.915.96, 2.3.823,63 Desvio 23.942, -37.444, -23.449,41 Em percentagem 1,25% -1,95% -1,15% Pela análise verifica-se que no último ano o valor da diferença entre o que foi gerado e o que foi recebido foi menor que em qualquer um dos dois anos precedentes, muito em resultado das acções de cobrança coerciva. De notar que o desvio do realizado face ao orçamentado tem sido mínimo, sendo certo que neste exercício foi recebido menos um mês de comparticipações por atraso na transferência por parte do Conselho Geral, o que equivale a dizer que o desvio, continuando a ser mínimo, passaria de desfavorável a favorável, facto que, em qualquer circunstância não releva porque não está em causa o recebimento. pg. 5

5. As contas do Balanço Relativamente às contas do Balanço nada de relevante há relatar, excepto quanto às contas: Delegações, cuja comparabilidade com o ano anterior está prejudicada, na medida em que os valores de que as Delegações eram fieis depositárias passaram a estar reflectidos nas contas respectivas de Depósitos à Ordem. Actualmente, os saldos da conta Delegações respeitam apenas a operações em curso e representam débitos ou créditos não monetários. Outros credores que no ano anterior inclui uma verba de 268 951,61 euros, representativa de uma responsabilidade do Conselho Distrital de Lisboa, enquanto fiel depositário dessa mesma quantia, no âmbito de um processo judicial, quantia essa que foi entregue este ano ao depositante. Face ao exposto, consideramos que o ano se encerra com um bom desempenho. O resultado líquido final fixou-se em 114 75,85 euros positivos, contribuindo para a recuperação dos resultados e do auto financiamento gerado, como ilustram os gráficos seguintes: Evolução dos Resultados 2. 1. 114.76-1. -2. -3. -4. -211.38-341.324 25 26 27 pg. 6

Evolução do autofinaciamento gerado 7. 6. 651.651 5. 4. 3. 2. 1. 362.926 356.74 25 26 27 Este resultado positivo veio ainda contribuir para reforçar o equilíbrio financeiro do Conselho Distrital de Lisboa, como se pode confirmar pelos gráficos seguintes: Evolução do Resultado Líquido 8. 6. 4. 2. -2. 22 23 24 25 26 27-4. pg. 7

Evolução do "cash flow" gerado 8. 7. 6. 5. 4. 3. 2. 1. 22 23 24 25 26 27 O Valor Acrescentado 2.5. 2.. 1.5. 1.. 5. 22 23 24 25 26 27 Autonomia financeira 8% 7% 6% 5% 4% 3% 2% 1% % 22 23 24 25 26 27 pg. 8

6 5 4 3 2 1 Liquidez Geral 22 23 24 25 26 27 pg. 9