NÚCLEO DE ESTUDOS AFRO-BRASILEIROS E INDÍGENAS CONCURSO CULTURAL POR QUE VOCÊ MERECE PARTICIPAR DA VIII SEMANA INDÍGENA DA SERRA DA MESA?



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Transcrição:

NÚCLEO DE ESTUDOS AFRO-BRASILEIROS E INDÍGENAS CONCURSO CULTURAL POR QUE VOCÊ MERECE PARTICIPAR DA VIII SEMANA INDÍGENA DA SERRA DA MESA? Justificativas e relatos dos vencedores do Concurso Cultural Gustavo César Pereira Lourenço Técnico em Meio Ambiente integrado ao Ensino Médio, 1ª série Eu Vou! Porque sempre me interessei por atividades extracurriculares e gostaria de ter a experiência de conhecer este local que exerce uma grande importância em nosso estado e país. Gostaria muito de ser escolhido para embarcar nessa aventura conhecendo, assim, uma parte das terras indígenas dos Avá Canoeiros, também conhecidos como "Cara Preta". Os Avá Canoeiros tiveram suas terras inundadas pela represa do Lago da Serra da Mesa por volta de 1970. O uso de canoas na locomoção foi um fato que influenciou a nomenclatura dada a essa etnia. Além das inundações, eles sofreram vários ataques por parte da população local em disputas territoriais. Mesmo depois desses acontecimentos eles conseguiram resistir. Isso mostra o quanto forte eles eram. Eu teria um enorme prazer em conhecer mais de perto as suas histórias, cultura, costumes e, principalmente, sua brava luta por uma casa. Estar na VII Semana Indígena da Serra da Mesa seria incrível, pois contribuiria tanto para meus estudos quanto para a evolução da minha perspectiva pessoal sobre a cultura indígena. Eu Fui! Fui a uma viagem maravilhosa repleta de pontos históricos e culturais.

Fui a uma aventura na qual pude atingir meu objetivo de visitar e conhecer este memorial tão importante para as populações indígenas. Fui conhecer incríveis histórias de vitória em uma longa guerra entre o homem branco e indígenas que foram expulsos de suas próprias terras. Fui presenciar histórias de uma Cacique guerreira. Isso mesmo, uma Cacique, uma mulher, vitoriosa e que enfrentou o governo! Enfrentou Brasília, enfrentou a presidente e também o preconceito de ser uma das 18 Caciques mulheres nesse Brasil. Eu fui não só a um passeio me concedido devido a minha vitória no concurso, mas embarquei em um aprendizado tanto moral quanto cultural.

Maria Carolina Spinelli Curso técnico em Informática integrado ao Ensino Médio, 2ª série Eu Vou! Eu mereço ir porque amo conhecer outras culturas. Eu mereço ir porque enxergo no indígena o verde, o amarelo, o azul anil. Porque enxergo neles, o Brasil. Eu mereço ir porque diplomata um dia vou ser. Ah! E de que vale a diplomacia, se o meu povo eu não conhecer? Ah! E de que vale as potências mundiais se Iracema e Capitu eu não ler? Eu mereço ir porque sou brasileira, sim Senhor. Com muito orgulho, com muito amor. Porque sou índia dos lábios de mel, porque sou olhos de cigana oblíqua e dissimulada. Eu mereço ir. Eu fui! Ter a oportunidade de visitar o Memorial Serra da Mesa juntamente com a professora Flávia e mais três colegas, foi única e rica. Por lá, conhecemos a Cacique Tanoné, Sinvaline Pinheiro, Domingas Quilombola e muitas outras pessoas maravilhosas que com muito carinho dividiram conosco suas experiências e história de vida. Conhecer mais desse povo que é nosso sangue, nossos ancestrais, nossos verdadeiros heróis nacionais. Fez com que eu entendesse mais dessa cultura que está tão perto de nós e que, mesmo assim, insistimos em fechar os olhos e não buscar conhecê-las.

Sâmela Lobo Carvalho Curso técnico em Informática integrado ao Ensino Médio, 3ª série Eu vou! A resposta é bem simples: por que sou brasileira! Ou melhor, não é tão simples, pois sou brasileira! Sou brasileira, filha de um Brasil imenso, de tamanho, de gente e, há até quem diga, que é imenso de cultura. Mas sou brasileira, educada no Brasil, onde o maior aprendizado que me deram sobre o povo de meu pais foi passar tinta no rosto e cantar Xuxa no Dia do Índio. Sou brasileira, filha de um Brasil ignorante e pobre de sua própria cultura, que dá as costas para sua historia e ainda contribui para que esta morra pouco a pouco diariamente. Sou a brasileira que cresceu no meio de brasileiros que cultuam e seguem a influência de países europeus e norte americanos, que insistem em dizer que o meu país não faz, não tem, nunca teve algo que preste. É como se tivessem dito para todos para darmos as costas uns aos outros e olharmos apenas para a parte de cima do mapa, ou, pelo menos, foi essa a ordem que me passaram na escola, e assim eu fiz. Fiquei ignorante do meu Brasil! Fiquei ignorante do meu povo, que realmente é brasileiro, ignorante de seus costumes, ignorante de suas línguas, fiquei ignorante até de sua existência. Eu não queria ser a típica brasileira ignorante que dá as costas a sua historia, mas eu sou! Não por que eu me virei de costas, mas por que nunca tive a oportunidade e nem me foi ensinado a olhar para os lados, muito menos para trás. Afirmei-me junto ao homem branco e esqueci dos meus irmãos de pele vermelha, puramente brasileiros. Apesar de brasileira, filha de um Brasil leigo de cultura, ainda penso que é possível que nós, ignorantes, tenhamos a capacidade de aprender e absorver a cultura de nosso povo indígena. A vontade de conhecer, eu tenho, a oportunidade é o que me falta. Eu fui! Eu fui com uma ideia de como seria meu aprendizado naquele dia, mas voltei com uma visão totalmente diferente do que eu tinha em mente. Achei que sobre os indígenas me seria ensinado sobre suas línguas, suas tradições, seus rituais, seus costumes. Contudo, ao invés disso, fui exposta a algo diferente e bem mais educativo que isso. Pude ver de perto as marcas da luta de um povo que batalha para existir e resistir, marcas de um

povo que há menos de duas décadas atrás ainda era perseguido e caçado como bichos, e que hoje vive sobre a sombra do pesadelo de ter suas terras, reservas, que são bem menores do que aquilo que é deles por direito, serem tomadas e destruídas. Foi conversando e ouvindo uma das representantes dessa etnia, a Cacique Tanuné, uma mulher que em sua reserva ocupa o lugar de um homem justamente pela sua grande luta pelas terras de seu povo, e com a Sinvaline, diretora do Memorial Serra da Mesa, que tanto batalha para que a aprendizagem da cultura indígena possa ser reconhecida com seu devido valor na cultura brasileira, tanto na educação dos jovens nas escolas como no meio social. Ambas não possuem altos e conceituados diplomas acadêmicos, mas conseguiram me mostrar e ensinar, em poucas horas, mais sobre o povo indígena do que eu aprendi nos meu anos de escola até hoje, tudo por relatos orais (com suas vivências) e por uma vivência visual (através do acervo presente no memorial), que possuem muito mais conteúdo que livros didáticos. Eu vi com meus olhos de brasileira o quanto os indígenas são desrespeitados, desvalorizados e negligenciados dentro da cultura e do governo desse país. Talvez posso até ter ficado menos ignorante, mas de uma coisa eu sei, fiquei mais curiosa e com certeza mais apta a aprender, respeitar e lutar pelo verdadeiro povo brasileiro.

Raquel Pereira Aquino Curso técnico em Agropecuária integrado ao Ensino Médio, 3ª série Eu vou! Eu mereço participar da VIII Semana Indígena porque desejo conhecer e ter contato com a cultura que foi essencial no processo de construção do meu país. Desejo também conhecê-la pelo fato de o sangue indígena estar correndo em minhas veias, pois sou brasileira e, sendo brasileira, sou uma mistura de raças e a indígena é uma delas. Sou índia, sou negra Sou brasileira, sou a miscigenação Sou o povo que tenta ter uma voz para que seja ouvido E tenha o respeito que merecem Sou o povo que faz da natureza sua própria casa E cuida dela como a própria vida Eu fui: a força da mulher indígena Minha experiência na viagem, a qual fiz juntamente com três colegas e a professora Flávia, foi de muito aprendizado e cumpriu com as expectativas que eu tinha. Assisti palestras, pude ver o convívio entre eles e seu artesanato. Uma das coisas que mais me chamou a atenção foi a história de vida contada pela cacique Tanoné da etnia Kariri Xocó. Essa mulher é a verdadeira representação da força feminina. Deixando seu lugar de origem, ela parte para a região do DF, e lá se estabelece juntamente com seus filhos. Como a aldeia estava situada nos arredores de Brasília, o governo queria tirá-los de lá para construir um bairro de alto padrão, transformando toda aquela área verde, mantida através de muito esforço, em um lugar cheios de prédios e abarrotado de carros. Entretanto, essa mulher guerreira mostrou a sua verdadeira força! No relato que ela nos fez, se disse cansada de ver sua aldeia sem

nenhum encaminhamento, onde os homens não tomavam nenhuma posição. Assim, ela resolveu agir e foi à luta. Tanoné tomou o controle da situação e tornou a liderança da aldeia. Foi por meio de sua luta que ela conquistou o que era seu por direito, conquistou seu pedaço de terra visado por empresários de alto escalão. Ela não temeu políticos, Congresso, parlamentares, reuniões e foi através de sua força, simplicidade, capacidade de lutar para manter seu povo unido e sua cultura preservada que ela venceu e ganhou o seu lugar tão almejado. Tanoné é mulher para nós nos inspirarmos. É a verdadeira força representada pela luta e pela tão almejada vitória. Eu, como jovem, sinto que deverei lutar para que o futuro do meu Brasil seja uma país de igualdade para todos. Por isso, irei lutar com esse povo, pois eles são meu povo, eles são minha origem, não sei quando e nem se irá demorar, mas ainda terei a braveza dessa cacique que não temeu e lutou pelo seus direitos.