Mecanismos de ataque dos patógenos. necessitam do hospedeiro para retirar nutrientes para o seu metabolismo



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Transcrição:

Patógenos necessitam do hospedeiro para retirar nutrientes para o seu metabolismo necessitam desempenhar suas atividades vegetativas e reprodutivas

Patógenos Características necessárias fixar e penetrar nos tecidos do hospedeiro colonizar ou ser transportado nos tecidos internos no hospedeiro reproduzir-se sobre ou no interior do hospedeiro alterar o comportamento normal da planta

Patógenos Como alcançar o interior do hospedeiro? penetração direta ferimentos aberturas naturais

epresentação esquemática da estrutura e composição da paredes de células vegetais (Heitefuss & Williams, 1976

Quais os mecanismos empregados pelos patógenos para penetração, colonização e retirada de nutrientes? Enzimas Polissacarídeos Toxinas Hormônios

Enzimas promovem a desintegração dos componentes estruturais degradam as substâncias presentes nas células afetam diretamente o protoplasma Toxinas afetam diretamente o protoplasma afetam as funções celulares afetam a permeabilidade das membranas

epresentação esquemática da indução do gene da cutinase em

ecanismo de ação de algumas enzimas pectolíticas: (a metilpoligalacturonase; (b) trans-eliminase do ácido poligalacturônic

Polissacarídeos Afetam a translocação de água, no caso de doenças vasculares Hormônios Promovem a divisão e crescimento celular

lignina Mecanismos de ataque dos patógenos Enzimas Degradação enzimática das substâncias da parede celular Cutícula camada de cera (hidrocarbonetos, álcoois, ácidos graxos e ésteres) cutina (ác. graxos de C16 e C18) Lamela média ácido péctico ácido pectínico ou pectina protopectina

Membrana plasmática Enzimas Paredes primária e secundária celulose hemicelulose glicoproteínas lignina Constituintes celulares proteínas amido lipídios Parede celular lignina suberina

Enzimas Comprovação do seu envolvimento na patogênese (EDP) Capacidade do patógeno em produzir EDP in vitro Detecção de EDP no sítio de infecção Correlação da produção de EDP e patogenicidade Alterações nas paredes nos sítios infectados, observáveis mediante uso de técnicas de microscopia Reprodução das alterações na parede ou expressão dos sintomas mediante uso de EDP purificadas

Toxinas Funções estabelecimento do patógeno desenvolvimento dos sintomas Sítios de ligação citoplasma membrana plasmática

Toxinas Principais alterações alteram a permeabilidade da membrana alteram o potencial da membrana afetam os cloroplastos afetam a atividade das enzimas Tipos toxinas específicas ao hospedeiro toxinas não específicas ao hospedeiro

Atividades potenciais das toxinas - como moléc. supressoras atuando nas respostas dos mecanismos de R; - danificando cél., liberando nutrientes às atividades do patógeno; - ocasionando a liberação de enzimas degradativas; - criando micro-ambiente favorável ao patógeno; - facilitando a movimentação do patógeno; - promovendo e/ou acelerando a senescência dos tecidos; - inibindo a invasão 2ária da planta por outros microrganismos.

Toxinas Toxinas não específicas (ou fator de virulência ou determinante secundário de patogenicidade) capazes de induzir a manifestação total ou parcial dos sintomas produzidos pelo patógeno, em plantas hospedeiras e nas não hospedeiras contribuem para o incremento da severidade dos sintomas, não sendo essenciais para a sua produção

Toxinas Toxinas específicas (ou fator de patogenicidade ou determinante primário de patogenicidade) são tóxicas, em concentrações fisiológicas, apenas às sps ou cvs hospedeiras do patógeno, capaz de produzí-las são essenciais para o estabelecimento do patógeno no hospedeiro e para a manifestação dos sintomas

Toxinas Toxinas específicas (ou fator de patogenicidade ou determinante primário de patogenicidade) Características - o patógeno e toxina exibem especificidade semelhante em relação ao hospedeiro; a R ou S mostra-se análoga, respectiva/, à insensibilidade ou sensibilidade da mesma à toxina; - a virulência dos isolados varia com as respectivas capacidades de produzir toxina

feito da victorina (Helminthosporium victoriae) na perda de eletrólito por tecidos de aveia. Tempo (em min), após tratamento dos tecido

umentos na respiração de tecidos suscetíveis de aveia em função d concentração de victorina (Helminthosporium victoriae) utilizada

feito da toxina HmT(Helminthosporium maydis, raça T) no acúmulo d K em raízes de milho com citoplasma T (portador da mach

feito de diferentes concentrações da toxina PC (Periconia circinata) n crescimento de raízes de cultivares de sorgo suscetível ( ) o

espiração em interações compatíveis e incompatíveis de cevada com Erysiphe graminis. (a) Plantas inoculadas somente uma vez, no temp zero; (b) Plantas inoculadas três vezes aos 0, 2 e 4 dias. (?

Reguladores de crescimento São compostos que ocorrem naturalmente nas plantas, ativos em baixas concentrações e que possuem a capacidade de promover, inibir ou modificar qualitativamente o crescimento das plantas, geralmente agindo à distância do sítio de produção

Reguladores de crescimento Sintomas enfezamento, supercrescimento, roseta foliar epinastia, desfolha, ramificação excessiva de raízes galhas

Reguladores de crescimento Auxinas promovem aumento na produção de AIA metabolismo inibição da AIA oxidase

Reguladores de crescimento Giberelinas atuam na promoção do crescimento alongamento dos entrenós reversão do nanismo indução de florescimento manutenção da divisão celular dormência apical

Reguladores de crescimento Citocininas atuam no crescimento e diferenciação celular inibem a quebra de proteínas e ácidos nucléicos direcionam o fluxo de aa e outros nutrientes aos pontos de maior concentração

Reguladores de crescimento Relação entre o envolvimento de patógenos e efeito das atividades hormonais aumento da produção de hormônios já produzidos pelas plantas aumento da produção dos mesmos inibidores de cresc. já produzidos pelas plantas produz novos e diferentes reguladores de crescimento produz novos e diferentes inibidores dos reguladores de crescimento pode produzir subst. que estimulam/retardam produção de reguladores de crescimento/inibidores

Alterações fisiológicas induzidas pelos fitopatógenos Efeito na permeabilidade das membranas ativação da ATPase ligada a membrana perda de eletrólitos desorganização do sistema de fornecimento de energia para manutenção e reparo da membrana

Alterações fisiológicas induzidas pelos fitopatógenos Efeito na translocação ascendente de água e nutrientes inorgânicos efeito na absorção de água pelas raízes efeito na translocação da água pelo xilema efeito na transpiração

Alterações fisiológicas induzidas pelos fitopatógenos Efeito na translocação de nutrientes orgânicos através do floema Efeito na respiração Efeito na fotossíntese Efeito na transcrição e tradução