Curso Superior de Tecnologia em Gestão Comercial 2º Semestre de 2014 INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS - ICSA Página1
SUMÁRIO 1. IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO 5 2. A INSTITUIÇÃO 6 2.1. Missão 8 2.2. Valores Organizacionais 8 2.3. Histórico das Mudanças Curriculares 8 3. APRESENTAÇÃO DO CURSO 17 3.1. Contexto Educacional 17 3.1.1. Missão do Curso 21 3.1.2. Justificativa 22 3.1.3. Objetivos 27 3.1.3.1. Objetivo Geral 27 3.1.3.2. Objetivos Específicos 28 3.1.4. Perfil do Egresso 29 3.1.5. Competências e Habilidades 30 3.1.6. Critérios de Avaliação 30 3.2. Projeto Pedagógico do Curso 32 3.2.1. Organização Curricular 32 3.2.2. Estrutura Curricular 38 3.2.3. Conteúdos Curriculares - ementas das disciplinas 39 3.3. Atividades Acadêmicas Articuladas à Formação 40 3.3.1. Trabalho Interdisciplinar de Graduação (TIG) 40 3.3.1.1. Circuito Acadêmico 41 3.3.1.2. Aplicativo Cidade do Conhecimento 42 3.3.1.3. Aplicativo Tigômetro 42 3.3.2. Monitoria 43 3.3.3. Atividades Complementares de Graduação (ACG) 43 3.3.4. Pesquisa e Extensão 44 3.3.5. Autoavaliação 46 3.3.6. Ações decorrentes dos processos de avaliação do curso 49 4. CORPO DOCENTE, DISCENTE E TÉCNICO ADMINISTRATIVO. 50 4.1. Administração Acadêmica 50 4.1.1. Coordenação do Curso 50 4.1.2. Colegiado do Curso (COLEC) 50 4.2. Corpo Docente: Perfil 51 4.2.1. Perfil do Núcleo Docente Estruturante (NDE) 51 4.2.2. Implementação das Políticas de Capacitação no Âmbito do Curso 51 4.2.3. Critérios de Admissão 53 4.2.3.1. Do Provimento Interno 53 4.2.3.2. Do Provimento Externo 54 4.2.4. Plano de Carreira 54 4.2.5. Política de Capacitação Docente 54 Página2
4.3. Atenção aos Discentes 55 4.3.1. Atendimento ao Aluno 55 4.3.2. Central de Carreiras e Mercado de Trabalho 55 4.3.3. Centro de Atendimento ao Aluno (CAA) 56 4.3.3.1 Registro e Controle Acadêmico 56 4.3.3.2. Horário de Atendimento 56 4.3.4. Tipos de Bolsas de Estudo e Financiamento 56 4.3.5. Central de Outras Captações COC 57 4.3.6. Intercâmbios 57 4.3.7. Nivelamento Letramento e Numeramento 58 4.3.8. Núcleo de Orientação Psicopedagógico -NOPp 58 4.3.9. Núcleo de Relacionamento com o Aluno 59 5. INFRAESTRUTURA E INSTALAÇÕES 60 5.1. Instalações Gerais 60 5.1.1. Espaço Físico do Curso 60 5.1.1.1. Salas de Aula 60 5.1.1.2. Instalações Administrativas 60 5.1.1.3. Instalações para Docentes do Curso 60 5.1.1.4. Instalações para a Coordenação do Curso 60 5.1.1.5. Auditório 61 5.1.1.6. Condições de Acesso para Portadores de Necessidades Especiais 61 5.1.1.7. Infraestrutura de Segurança (de pessoal, patrimonial e prevenção de incêndio e de acidentes de trabalho) 63 5.1.2. Equipamentos 63 5.1.3. Serviços 65 5.2. Bibliotecas 65 5.2.1. Acervo - Política de Aquisição, Expansão e Atualização 66 5.2.2. Informatização 67 5.2.3. Armazenagem e acesso ao acervo 67 5.2.4. Serviços 71 REFERÊNCIAS 72 ANEXO 1 77 CONTEÚDOS CURRICULARES - EMENTAS DAS DISCIPLINAS 77 ANEXO 2 103 EDITAL DO TRABALHO INTERDISCIPLINAR DE GRADUAÇÃO - TIG 103 ANEXO 3 127 COMPOSIÇÃO DO NÚCLEO DOCENTE ESTRUTURANTE NDE 127 ANEXO 4 128 CORPO DOCENTE DO CURSO DE GESTÃO COMERCIAL 128 ANEXO 5 129 REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DA ESTRUTURA CURRICULAR DO CURSO DE TECNOLOGIA EM GESTÃO COMERCIAL 129 Página3
ADMINISTRAÇÃO GERAL Vice-Reitoria: Prof.ª Vânia Amorim Café de Carvalho. Diretoria do Instituto: Prof.ª Cynthia Freitas de Oliveira Enoque EQUIPE TÉCNICA DE CONSTRUÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Coordenador de Curso: Prof.ª Leandra Oliveira Batista Ribeiro Núcleo Docente Estruturante - NDE Assessoria Pedagógica: Núcleo Acadêmico Página4
1. IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO Curso: Superior de Tecnologia em Gestão Comercial Modalidade do Curso: Tecnólogo Modalidade de Ensino: Presencial Coordenador: Prof.ª Leandra Oliveira Batista Ribeiro Ato e data de criação do curso: Resolução CEPE nº 01, de 23 de dezembro de 2013 Número de vagas: 120 anuais (noturno) Duração do curso: 04 semestres Prazo máximo para integralização do currículo: 08 semestres Carga horária: 2176 h/a. (1813 horas) Local de funcionamento: Campus Cristiano Machado Endereço: Av. Cristiano Machado, 4000. Loja 1330 Bairro São Paulo, Belo Horizonte - MG Contatos: Telefone: (31) 3614.7505 Fax: E-mail: Home page do curso: Home page da Instituição: (31) 3319-9500 (Geral) leandra.ribeiro@unibh.br http://www.unibh.br/graduacao/cursos/gestão Comercial www.unibh.br Página5
2. A INSTITUIÇÃO Em 10 de março de 1964 foi criada Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Belo Horizonte (FAFI-BH), mantida pela Fundação Cultural de Belo Horizonte (FUNDAC-BH). Em um momento de lutas e retrocessos, a Instituição caracterizava-se pelo compromisso social, político e educacional de um grupo de 30 professores idealistas que concretizaram o sonho do povo belo-horizontino, dotando a cidade de um espaço de formação noturno de qualidade para atender à demanda do aluno trabalhador. Fazia parte dessa demanda uma parcela significativa dos integrantes dos quadros de magistério público e privado de Minas Gerais e de serviços da área educacional, devido à exigência de maior qualificação desses profissionais. Os quatro cursos iniciais História, Letras, Matemática e Pedagogia da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Belo Horizonte (FAFI-BH) tiveram como sede o anexo do Colégio Estadual, no bairro Gameleira, ocupando oito salas de aula, com turmas de 40 alunos cada uma. A explosão do então ensino de 1.º e 2.º graus, aliada ao elevado número de interessados pelos cursos, determinou o rápido crescimento da Faculdade que, dessa forma, veio a transferir-se, após um ano de funcionamento, para a Av. Presidente Antônio Carlos, 521, no bairro Lagoinha. Em 1973, a FAFI-BH implantou o curso de Comunicação Social, com habilitações em Publicidade e Propaganda, Relações Públicas e Jornalismo. Na década de 80, foram implantados os primeiros cursos de pós-graduação lato sensu da Instituição, com a oferta de programas de especialização nas áreas de competência dos cursos de graduação existentes. A FAFI-BH também se tornou pioneira na oferta de pós-graduação lato sensu em Comunicação Social quando, em 1982, ofereceu pela primeira vez em Belo Horizonte o curso de Comunicação Empresarial e Governamental. Em 1990, a FAFI-BH instalou sua primeira sede própria, no bairro Lagoinha, consolidando, assim, o seu primeiro campus o Diamantina. Com o crescimento e a posição de destaque ocupada na Região Metropolitana da Capital mineira nas décadas de 70 a 90, a FAFI-BH foi transformada em Centro Universitário de Belo Horizonte - UNIBH pelo Parecer nº 115, de 29 de janeiro de 1999, da Câmara de Página6
Educação Superior do Conselho Nacional de Educação, homologado em 9 de fevereiro de 1999 pelo ministro de Estado da Educação. Nesse mesmo ato, o Plano de Desenvolvimento Institucional e o Estatuto foram também aprovados. Em 23 de fevereiro de 1999, o UNIBH foi credenciado por Decreto Federal e, em 2004, por meio da Portaria nº 3.342, de 18 de outubro de 2004, do MEC, obteve o seu recredenciamento. No dia 1º de dezembro de 2011, o MEC publicou o ato de renovação do recredenciamento do UNIBH por mais 5 (cinco) anos através da Portaria Ministerial nº 1.684/2011. Cumpre ressaltar que a IES obteve o Parecer CNE/CES nº 132/2010 favorável ao seu recredenciamento, homologado pelo Senhor Ministro da Educação em 30/11/2011, publicado no DOU de 1º/12/2011. Torna-se importante registrar que na década de 90 o UNIBH chegou a um ponto de expansão no qual se tornou necessária a divisão do espaço físico para a acomodação dos cursos e dos equipamentos didáticos. Nesse momento ocorreu a implementação de outros dois campi, Lourdes (1998) e Estoril (1999). O campus Lourdes conheceu sua expansão a partir de 1999, com a incorporação do prédio da Rua Santa Catariana, para abrigar os cursos de Direito e de Administração, e em 2002, do prédio da Rua Gonçalves Dias, para a instalação do Núcleo de Práticas Jurídicas. O campus Estoril abrigou, inicialmente, os cursos do Departamento de Ciências Biológicas, Ambientais e da Saúde e do Departamento de Ciências Exatas e Tecnologia. Em 2001, foram criados os cursos de Turismo e Engenharia de Telecomunicações e implantados os Cursos Sequenciais, extintos em 2005, ano em que tiveram início os cursos de graduação tecnológica. Em 2002, foram introduzidos os cursos de Arquitetura e Urbanismo e Normal Superior e, em 2003, os de Ciências Contábeis e Tributos, Relações Internacionais e Ecologia. Em Janeiro de 2009, o UNIBH passou por uma reestruturação, após ser adquirido pelo Grupo Anima de Educação e Cultura. Ao final desse mesmo ano, o IMEC, Instituto Mineiro de Educação e Cultura assumiu a mantença da IES. Atualmente são mais de 60 cursos de graduação nas modalidades bacharelado, licenciatura e tecnologia, dezenas de cursos de pós-graduação, projetos de pesquisa e atividades de extensão. Consolidando a sua expansão para uma nova região de Belo Horizonte, iniciaram-se, no 2º semestre de 2013, as atividades acadêmicas no campus Cristiano Machado, situado na Av. Cristiano Machado, 4.000 / loja 1330 - Bairro São Paulo. O campus se localiza em uma região que vem sendo o centro de investimento do Governo do Estado e do Município e que, Página7
nos últimos anos, foi transformado por uma série de obras viárias e de intervenções urbanas. No campus Cristiano Machado, inicialmente, foram ofertados sete cursos na área da Gestão e quatro na área das Engenharias. 2.1. MISSÃO Promover o desenvolvimento integral do estudante por meio de metodologias e espaços de aprendizagem transformadores e instigantes, com vistas a fomentar autonomia criativa, competência profissional e atitude cidadã. 2.2. VALORES ORGANIZACIONAIS E para fundamentar a implementação da mesma diariamente na prática de suas atividades, compreende os seguintes valores como núcleo de sua cultura organizacional: Diálogo: troca de conhecimentos e experiências; é uma atitude que deve ser priorizada nas nossas relações. Respeito: tratar o outro como ele gostaria de ser tratado; reconhecer o esforço do trabalho de todos; construir um ambiente inclusivo cultivando a diversidade. Integridade: se colocar por inteiro naquilo que faz; ser ético, honesto e reto. Meritocracia: transparência nos processos institucionais, através da definição e publicação de critérios claros; valorização das pessoas com base no mérito e nas competências. Comprometimento: dar o seu melhor; fazer a diferença, entender a importância do seu papel e contribuição para o todo. 2.3. HISTÓRICO DAS MUDANÇAS CURRICULARES Esse histórico está alicerçado na Reforma Curricular do UNIBH, aqui entendida como um momento em que a instituição de ensino olha para si, vê-se através de seu próprio olhar e repensa a relação de seus atores sociais (professores, alunos, coordenadores, diretores) com o conhecimento. Em outras palavras, a instituição de ensino se autoanalisa, autoavaliase, redesenha-se e reformula a sua maneira de gerar, entender, organizar e difundir o Página8
conhecimento. Isso pode ser representado pela Figura 1, gravura do artista gráfico holandês M. C. Escher (1948). Figura 1 Drawing hands (Desenhando-se) Fonte: http://www.wikiart.org/en/m-c-escher/drawing-hands A concepção de currículo que dá sustentação ao Projeto Acadêmico busca uma articulação entre (1) as políticas educacionais do Conselho Nacional de Educação (CNE), expressas nas DCN; (2) os propósitos da IES expressos no PDI, no PPI, nos PPC, nos planos de ensino e nas práticas docentes; (3) o contexto sócio histórico que envolve alunos, professores, coordenadores, diretores e a IES; e (4) a formação pretendida para nossos discentes. Essa concepção de currículo é pautada por leituras do contexto social, cultural, histórico e econômico no qual se produz, e é orientada pela seguinte pergunta: que profissional queremos formar? No contexto do UNIBH, o currículo representa, portanto, possibilidades de criação, organização e ampliação de experiências de aprendizagem que englobam todos os meios e oportunidades através dos quais se constrói conhecimento válido e desenvolvem-se as habilidades/capacidades dos agentes envolvidos no processo de ensino-aprendizagem, quais sejam: alunos, professores, coordenadores e instituição de ensino. Refere-se aqui a currículos como práxis, integrados e organizados em redes de experiências que contribuem para o desenvolvimento dos alunos em múltiplas perspectivas. Essa concepção de currículo ancora-se teoricamente nas ideias de Dewey (1938) 1, segundo as quais uma análise das experiências daqueles que passam boa parte de suas vidas nas instituições de ensino são essenciais para uma melhor compreensão dos sentidos da 1 DEWEY, John education and experience. New York: Collier Books, 1938. Página9
educação; de Clandinin e Connelly (1988) 2, que compreendem currículo como um meio de se organizarem e comunicarem experiências que formam e transformam o próprio currículo; e de Sacristán (2000, p. 16) 3, que, por sua vez, entende que [o] currículo define o que se considera o conhecimento válido, as formas pedagógicas, o que se pondera como a transmissão válida do conhecimento. O currículo deve ser, porém, pautado por leituras do contexto no qual se produz. Estamos aqui nos referindo a currículos integrados e organizados em redes de experiências. Ao compreendermos tais articulações, cabe-nos retomar a questão fundamental: qual é a formação pretendida para nossos alunos? Em outras palavras, qual é o sujeito que pretendemos formar? Essa questão orienta o eixo de formação dos cursos, articula os conteúdos e as contribuições das disciplinas na formação dos alunos, e deve nortear a construção do nosso currículo e a condução de nossos processos avaliativos. Há, porém, que se considerar a necessidade de uma elaboração coletiva para que se possa garantir a legitimação e efetivação de todos os processos de reformulação que envolvem o currículo. O Projeto Acadêmico se materializa, de fato, no trabalho coletivo de todos os docentes, sujeitos essenciais dessa proposta que visa a promover o processo de ensino/aprendizagem de modo a criar novas oportunidades, para que alunos e alunas pratiquem uma aprendizagem pautada pela construção e apropriação crítica do conhecimento e ampliada pela necessidade de uma formação, garantindo-lhes inserção não só no mundo do trabalho e dos negócios mas também na vida em sociedade. Para tal, o ensino pode ajudar a aumentar ainda mais as possibilidades de alunos e alunas transformarem o que aprendem em comportamentos socialmente significativos. Por meio da elaboração coletiva e da troca de experiências com os pares, condições essenciais para a construção do Projeto Acadêmico, os professores podem se organizar para planejar suas ações, avaliar suas consequências e replanejá-las. Além do trabalho colaborativo, outro ponto de sustentação do Projeto Acadêmico é o conceito de aprendizagem significativa, de Ausubel (1978) e colaboradores, baseado em dois pilares: o da contextualização do conhecimento e o de atribuição de sentidos a ele. 2 CLANDININ, Jean; CONNELLY, Michael. Teachers as curriculum planners: narratives of experience. Toronto: OISE Press; New York: Teachers College Press, 1988. 3 SACRISTÁN, Gimeno J. O currículo: uma reflexão sobre a prática. Porto Alegre: ARTMED, 2000. Página10
Embora originalmente associada à teoria cognitiva da aprendizagem 4, os autores não desconsideram os aspectos afetivos da aprendizagem, como, por exemplo, a motivação. Aqui, a expressão aprendizagem significativa aparece ressignificada em um contexto que leva em consideração também outros fatores, estes de origem sociocultural, como a interação e a colaboração. Entende-se que a aprendizagem significativa possibilita aos alunos a construção do conhecimento de modo cooperativo, por meio da elaboração e da reestruturação da aprendizagem. Segundo Medina e Domingues (1989) 5, a aprendizagem significativa apresenta respostas para os questionamentos, os interesses e as necessidades reais tanto dos professores quanto dos alunos e alunas. Esta nova abordagem da aprendizagem significativa está voltada, portanto, para a articulação da teoria com a prática por meio da pesquisa (Programa de Iniciação Científica, Programa de Iniciação Tecnológica, TCC, monografias, etc.) e da extensão; para a integração dos conhecimentos por meio da interdisciplinaridade; para a construção de uma relação de sentidos entre o conhecimento e a realidade dos alunos, os quais têm chegado ao ensino superior cada vez mais despreparados para a vida acadêmica e suas implicações e demandam uma relação cada vez maior entre os conteúdos aprendidos e a sua realidade; e para a inserção desses alunos em contextos econômicos, políticos e socioculturais, de forma a garantir o pleno exercício da cidadania e a promover o desenvolvimento de uma cultura profissional, humanista, artística e cultural. Nesse cenário, destacam-se a orientação do professor e as suas práticas pedagógicas, uma vez que os alunos não são capazes de construir todos os processos explicitados de forma independente ou solitária, via aprendizagem apenas. Os processos de ensino são também essenciais, visto que práticas pedagógicas inovadoras e transformadoras estimulam a formação da autonomia dos alunos e das alunas. Inclui-se nesse contexto o desenvolvimento da habilidade de problematizar, i.e., identificar, descrever e solucionar problemas. Essa habilidade apoia-se em estratégias de metacognição e está diretamente ligada ao conceito de aprendizagem baseada em problemas, cujo surgimento remonta a década de 1960, quando de sua origem na 4 O aprendizado significativo acontece quando uma informação nova é adquirida mediante um esforço deliberado por parte do aluno em ligar a informação nova com conceitos ou proposições relevantes preexistentes em sua estrutura cognitiva (AUSUBEL, David Paul; NOVAK, Joseph; HANESSIAN, Helen educational psychology: a cognitive view. 2 ed. New York: Holt, Rinehart & Winston, 1978, p. 159, tradução dos autores. Página11
Faculdade de Medicina da Universidade McMaster, Canadá. Visando à aprendizagem independente, estabelece que a formação de alunos e alunas deve se ancorar em necessidades reais que os levam à busca contínua por respostas às mais variadas perguntas. Dessa forma, perdem espaço as aulas puramente expositivas, centradas na transmissão de conhecimentos, com foco no professor, e ganham espaço as aulas dialógicas, centradas na interação entre professores e alunos e na construção do conhecimento, com foco no processo de aprendizagem do aluno. As estratégias das quais a aprendizagem baseada em problemas se utiliza, embora mais abertas ao tempo e às especificidades dos interesses de formação dos alunos, não descontextualizam as necessidades reais de aquisição de conhecimentos e compreensão de conceitos acadêmicos. A proposta tem por objetivo promover a autonomia, o interesse e o investimento dos próprios alunos em sua formação 6. A contextualização que acaba de ser apresentada nos leva a repensar e a reformular a orientação curricular, uma vez que o currículo não mais comporta a distribuição de disciplinas em grades em que o conhecimento é prisioneiro de pontos de vista singulares, definitivos, estanques, incomunicados. Todas as experiências que se vivenciam em uma instituição de ensino e se constituem como instrumentos viabilizadores da articulação do Ensino (presencial ou a distância), da Pesquisa e da Extensão passam, pois, a integrar o seu currículo. Os conteúdos das disciplinas se traduzem em ferramentas para novas buscas, novas descobertas, novos questionamentos, novas experimentações e desenvolvimento de novas capacidades, o que possibilita oferecer aos sujeitos alunos e alunas um autônomo, flexível, sólido e crítico processo de formação. A estrutura curricular adotada no UNIBH a partir do segundo semestre de 2009, diferentemente do modelo curricular tradicional, que privilegia uma formação rigidamente sequenciada em períodos, está organizada por ciclos modulares de aprendizagem. Essa organização curricular fundamenta-se em uma visão interdisciplinar, transversal e transdisciplinar da educação e dos conteúdos necessários à formação acadêmica, dispostos a partir das capacidades e habilidades exigidas para a formação pretendida para os alunos. 5 MEDINA, A.; DOMINGUES, C. La formación del profesorado en una sociedad tecnológica. Madrid: Cincel, 1989. 6 Tal proposta ganhou representação nos currículos de instituições brasileiras apenas no final da década de 1990. Trata-se de uma proposta ainda recente e sobre a qual apenas muito recentemente estudos e pesquisas acadêmicas têm se debruçado. Página12
Nessa nova estrutura curricular, a noção de períodos é substituída pela noção de eixos de formação/ciclos modulares de aprendizagem como elementos básicos de articulação e de progressão do processo educativo. A organização e o processo da aprendizagem passam a ser compreendidos como períodos de tempo maiores do que um semestre, constituindo um processo contínuo, dentro de um mesmo ciclo e entre ciclos distintos, e permitindo uma maior flexibilização da entrada de alunos, devido principalmente à inexistência de prérequisitos entre os módulos de um ciclo de aprendizagem. A estrutura curricular modular de um curso de graduação, cuja matriz curricular é formada por três ciclos modulares de aprendizagem, sendo os dois primeiros compostos por dois módulos, e o terceiro, por quatro módulos, está representado pela Figura. 2. Figura 2 Estrutura Curricular Modular Fonte: Própria, 2012. Os ciclos modulares de aprendizagem, portanto, embora articulados pelo eixo de formação geral, configuram unidades pedagógicas autônomas, representativas de um eixo de formação específica, ao qual estão ligados os módulos, cada um deles com a duração de um semestre letivo. Os módulos, por sua vez, são formados por componentes curriculares que se reúnem em torno de um tema que representa o desdobramento de um eixo de formação específica, o qual lhes confere certa identidade/unidade. Embora a discussão sobre a interdisciplinaridade esteja ganhando destaque e aceitação, sobretudo no meio acadêmico, não há, ainda, uma teorização consistente capaz de legitimar a sua prática, em função da inexistência de um consenso sobre o que vem a ser a interdisciplinaridade e sobre qual seria a melhor metodologia para a sua realização 7. Sabe- 7 Cf. POMBO, Olga. Práticas interdisciplinares. Sociologias, Porto Alegre, nº. 15, Jun. 2006. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=s1517-45222006600 100008 &Ing=pt&nrm=iso>. Acesso em: 08 Nov. 2007; e GOMES, Romeu; DESLANDES, Suely Ferreira. Interdisciplinaridade na saúde pública: um campo em construção. Rev. Latino-Am. Página13
se, porém, que essa discussão ressurgiu no século 20, no fim da década de 50, como uma resposta à excessiva especialização e fragmentação do saber, tão valorizadas no século 19, quando as disciplinas começaram a se isolar. Essa disciplinarização do conhecimento dissociou e desarticulou o objeto da ciência e fragmentou as percepções sobre o conhecimento escolar e acadêmico. Desde seu ressurgimento, a noção de interdisciplinaridade foi sendo constantemente modificada. Discussões em torno de um sentido epistemológico, de uma maneira ou de outra, sempre estiveram presentes. Nos últimos anos do século 20, teorizações filosóficas (década de 70), sociológicas (década de 80) e antropológicas (década de 90) foram empregadas, buscando-se dar à noção de interdisciplinaridade uma estabilidade conceitual. No entanto, tal estabilidade na verdade nunca foi encontrada (GALLO, 2000) 8, o que demonstra que a noção adquiriu, ao longo desses anos, um caráter polissêmico e difuso (FAZENDA, 2002, p. 207) 9. Em nosso Projeto Acadêmico, não nos apoiamos nos sentidos epistemológicos dados à noção de interdisciplinaridade, pelas dificuldades que eles apresentam em ser definidos e empregados. Dito de outra maneira, não acreditamos que a interdisciplinaridade tenha um conceito metafísico, genuíno e irrefutável que possa dar base às nossas discussões. A interdisciplinaridade é aqui percebida como uma prática essencialmente coletiva e política, produzida em negociações entre diferentes pontos de vista disciplinares, para finalmente se decidir quanto a que caminho coletivo seguir (FOUREZ, 1995, p. 109) 10. Dessa forma, a interdisciplinaridade é tratada como uma maneira de agir sobre a disciplinaridade. A perspectiva interdisciplinar não é [...] contrária à perspectiva disciplinar; ao contrário, não pode existir sem ela e, mais ainda, alimenta-se dela (LENOIR, 2002, p. 46) 11. Entende-se, pois, que a formação disciplinar e especializada constitui uma condição básica para o contato com outros campos do saber. Os professores não precisarão, portanto, abandonar suas formações em áreas e campos do saber específicos para Enfermagem, Ribeirão Preto, v. 2, nº. 2, Jul.1994. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php? script=sci_arttext&pid=s0104-11691994000200008&ing=pt&nrm=iso>. Acesso em: 08 Nov. 2007. 8 GALLO, S. Disciplinaridade e transversalidade. In: vários autores. (Org.). Linguagens, espaços e tempos no ensinar e no aprender. Rio de Janeiro: DP&A, 2000. 9 FAZENDA, Ivani. Diversidade cultural no currículo de formação de professores uma dimensão interdisciplinar. In: ROSA; SOUZA (Orgs.). Políticas organizativas e curriculares, educação inclusiva e formação de professores. Rio de Janeiro: DP&A, 2002. 10 FOUREZ, Girard. A construção das ciências. São Paulo: UNESP, 1995. 11 LENOIR, Yves. Didática e interdisciplinaridade: uma complementaridade necessária e incontornável. In: FAZENDA, Ivani (Org.). Didática e interdisciplinaridade. Campinas: Papirus, 2002. Página14
buscarem um possível novo objeto do conhecimento. Na verdade, eles deverão se mover na direção de uma nova prática de diálogos para a promoção de outras formas de ensinar, produzidas coletivamente em torno do conhecimento. Nesse sentido, o fundamental no conhecimento não é sua condição de produto, mas seu processo de entendimento e de discussão coletiva (SEVERINO, 2002, p. 40) 12. Se, como dissemos antes, a ressignificação da noção de aprendizagem significativa leva em consideração também outros fatores de origem sociocultural, como a interação e a colaboração, esse tipo de aprendizagem pode, então, materializar-se na interdisciplinaridade, sobretudo em função da característica integradora desta última, bem como de sua propensão a fazer circular os saberes. A condição sine qua non para o exercício da interdisciplinaridade é, porém, a elaboração coletiva, uma vez que a interdisciplinaridade pressupõe o engajamento de educadores de diferentes áreas do conhecimento, comprometidos com o diálogo, com a reciprocidade, com a partilha (SANTOS, no prelo, p. 6). Ainda segundo a autora (p.7), [o] trabalho interdisciplinar sustentado na parceria é muito mais fruto do encontro de sujeitos parceiros com ideias e disposição para o trabalho do que de disciplinas. A responsabilidade mútua surge como uma característica fundamental dos parceiros em um projeto interdisciplinar, fruto do envolvimento com o projeto em si, com as pessoas, com as instituições. (SANTOS, no prelo, p. 7). 13 A ausência dessa atitude interdisciplinar de parceria inviabiliza a construção da interdisciplinaridade, já que esta resulta de um trabalho coletivo e implica a interpenetração das diversas esferas do conhecimento na apropriação de um tema que norteia a prática interdisciplinar. A experiência interdisciplinar exige, portanto, uma reorganização do trabalho docente, já que só se torna realidade quando partilhada por uma equipe de trabalho que confronta pontos de vista diferentes no conhecimento de uma determinada realidade, que se deixa interpenetrar por diferentes campos do saber, que se coloca como desafio permanente o conhecimento interdisciplinar de fenômenos complexos e a criação de alternativas para transformá-los. (SANTOS, no prelo, p. 8). 14 12 SEVERINO, Joaquim. O conhecimento pedagógico e a interdisciplinaridade: o saber como intencionalização da prática. In: FAZENDA, Ivani (Org.). Didática e interdisciplinaridade. Campinas: Papirus, 2002. 13 SANTOS, Eloísa Helena. A interdisciplinaridade como eixo articulador do ensino médio e ensino técnico de nível médio integrados (no prelo). 14 Ibidem. Página15
Conclui-se, então, que os dois princípios centrais do Projeto Acadêmico, o trabalho coletivo e a aprendizagem significativa, estão intrinsecamente associados ao conceito de interdisciplinaridade. Se por um lado o trabalho coletivo é condição essencial para a construção da prática interdisciplinar, por outro lado a interdisciplinaridade possibilita a criação de meios para que a aprendizagem dos alunos seja significativa. Essas (inter)seções da interdisciplinaridade com o trabalho coletivo e a aprendizagem significativa são representadas pela Figura 3. Figura 3: Aprendizagem significativa Fonte: Própria, 2012. Uma vez que a interdisciplinaridade orienta todo o percurso formativo dos discentes, a inclusão da disciplina Trabalho Interdisciplinar da Graduação (TIG) nas matrizes curriculares dos cursos de graduação apresenta-se como uma tentativa de tratamento da interdisciplinaridade enquanto componente curricular e como uma proposta de prática/construção elaborada coletivamente, para que possa desempenhar a função aglutinadora das cinco dimensões da aprendizagem significativa, apresentadas e discutidas a seguir. A disciplina TIG deve ser ofertada pelo menos até os quatro primeiros módulos dos cursos de graduação, podendo também se estender aos quatro módulos restantes, respeitadas as especificidades dos cursos. Página16
3. APRESENTAÇÃO DO CURSO Este documento foi elaborado com base na Lei de Diretrizes e Bases nº 9394/1996, nas Diretrizes Curriculares Nacionais, no Catálogo Nacional de Cursos Superiores de Tecnologia, no Decreto nº 5.773/06 e demais normas emanadas pelo Ministério da Educação - MEC. O presente documento foi pensado e discutido com o entendimento de que o profissional que se exige para os dias atuais deverá atuar de forma polivalente, atendendo principalmente, as demandas constantes do setor comercial, o que exige do profissional uma ampla qualificação e capacidade de planejamento e coordenação de recursos e atividades que contribuam para um posicionamento diferenciado da empresa frente ao seu ambiente de tarefas. Diante disso, o curso se propõe a formar profissionais na área Comercial, com habilidade para planejamento, operação, implementação e atualização de sistemas de informações comerciais que proporcionem maior rentabilidade e flexibilidade ao processo de comercialização em uma empresa. O profissional poderá atuar no fluxo de informações com os clientes, proporcionando maior visibilidade institucional da empresa, definindo estratégias de venda de serviços e produtos, gerenciando a relação entre custo e preço final, zelando pela máxima qualidade, eficiência e ética profissional e sustentável. Sem dúvida, essa prática implica no desenvolvimento da elevada capacidade de análise, interpretação e equacionamento de problemas diversos. Tendo em vista tal consideração, estamos propondo uma formação de profissionais pautada no principio de articulação permanente da teoria e prática, entendendo esse, como condição primordial para o desenvolvimento das competências tais que possibilitem, a aquisição, produção e socialização do conhecimento. 3.1. CONTEXTO EDUCACIONAL Especialistas apontam que as empresas têm percebido que saber planejar é fundamental para ter sucesso. Muito mais que um instrumento teórico, o plano de Gestão Comercial é uma ferramenta imprescindível para que o empresário possa focar seus esforços nas Página17
oportunidades que o mercado lhe apresenta, e criar e avaliar os processos na Área Comercial que lhe garantirão maior vantagem competitiva. A criação de equipe de alta performance e a definição de política de vendas e pós vendas, análise de mercado, incluindo clientes, fornecedores e concorrência e análise de capacidade produtiva são inerentes e necessários para um bom planejamento comercial e permite à organização se sobressair frente à concorrência. Sob essa perspectiva a organização poderá se preparar aplicando de maneira eficaz e eficiente seus recursos. Outro fator que corrobora à crescente necessidade de profissional habilitado a pensar no cliente a todo tempo é o cenário do atual mercado que é marcado por forte concorrência e por uma grande dinamicidade em relação à informação, recursos e produtos, determinando uma necessidade maior de profissionais capazes de atuarem com maestria neste ambiente de alta complexidade, em empresas dos diversos seguimentos, que buscam maior vantagem competitiva. O profissional especialista em Gestão Comercial formado pelo UNIBH poderá exercer papel preponderante dentro destas empresas, contribuindo na elevação do posicionamento destas perante a concorrência, já que este profissional atuará de forma plena no planejamento, operação, implementação e atualização de sistemas de informações comerciais que proporcionem maior rentabilidade e flexibilidade ao processo de comercialização pois somará competências e habilidades que permitirão identificar e avaliar condições de viabilidade econômico financeiro-tributária, estabelecer mecanismos e instrumentos de relacionamento com o cliente, prezando sempre pelos princípios norteadores da ética, da qualidade e do direito comercial e ainda, atuar no fluxo de informações com os clientes, proporcionando maior visibilidade institucional da empresa, definindo estratégias de venda de serviços e produtos, gerenciando a relação entre custo e preço final e o fluxo da cadeia produtiva da organização, envolvendo fornecedores e stakeholders. O Centro Universitário de Belo Horizonte UNIBH, atento a essa possibilidade, propõe a formação de um profissional ético, dotado de habilidades e competências que permitam atender às novas demandas do mercado, contribuindo sobremaneira com o avanço econômico e social do país. Considerando-se que nos últimos anos o setor de serviço tem se destacado cada vez mais no cenário econômico nacional, criando novas perspectivas de inserção e posicionamento mercadológico, o curso de Gestão Comercial se insere nesse contexto, exercendo papel Página18
fundamental na criação, divulgação e definição de meios que elevem a empresa a uma posição de destaque frente à concorrência. Em todos os segmentos organizacionais, é importante a presença do profissional egresso do Curso Superior de Tecnologia em Gestão Comercial, pois é este profissional que saberá administrar as ferramentas e técnicas de gerenciamento de Gestão Comercial na área da produção, da comercialização e da prestação de serviços. Além disso, por serem setores em desenvolvimento, necessitam de um profissional atualizado com as mudanças socioambientais e a alta competitividade do mercado. O fato de os cursos superiores de tecnologia possuírem um enfoque na formação prática e técnica do profissional, um menor tempo de duração e uma rápida inserção dos egressos no mercado de trabalho fizeram com que os mesmos ganhassem espaço no cenário da educação superior no Brasil, justificando-se a necessidade da criação de um curso que vise à formação de um profissional especialista na área. Os dados do Censo da Educação Superior, divulgados em 2010 pelo Ministério da Educação, confirmam a trajetória de expansão da matrícula nos cursos tecnológicos, que em 2001 somavam 69.797 e atingiu, em 2010, um total de 781.609 matrículas crescimento de mais de dez vezes no período. Pode se observar uma elevação significativa da proporção de matrículas nos cursos tecnológicos, que passaram de 2,3% para 12,3%. Além disso, o número de cursos e de matrículas nessa modalidade de ensino cresceu mais do que os bacharelados. Considerando o momento histórico, econômico e tecnológico da região em que se inserem Belo Horizonte, o estado de Minas Gerais e o Brasil, e segundo dados do CENSO, Minas Gerais é o segundo estado mais populoso do país, com 19,6 milhões de habitantes, segundo o Censo Demográfico 2010. Isso representa 10,3% da população do Brasil (190,7 milhões de habitantes naquele ano). Consequência da sua representatividade, a economia mineira tem papel importante no âmbito nacional, apresentando o terceiro maior Produto Interno Bruto (PIB) do país, que passou de R$ 351,4 bilhões em 2010 para 386,2 bilhões em 2011, segundo a pesquisa Contas Regionais do Brasil de 2011 do IBGE, divulgada em novembro de 2013. Considerando todas as Unidades da Federação, o estado com maior participação no produto industrial do Brasil é São Paulo (36%); em segundo lugar encontrase Minas Gerais, que responde por 12% da produção industrial brasileira. A capital mineira Página19
possui 2,4 milhões de habitantes enquanto a sua Região Metropolitana soma 5 milhões. Alguns indicadores da capital: IDH = 0,880; 7.178 habitantes/m2; PIB de 42 bilhões de Reais; PIB per capita de R$ 17.313; Atividades econômicas/participação no PIB: Indústria = 14%, Comércio e Serviços= 68% e Setor Público = 18%. Associada a estes dados, observase uma redução significativa na taxa de desocupação na Região Metropolitana de Belo Horizonte, que passou de 8,5% em 2006 para 4,9% em 2011 (IBGE, 2013). Ao analisar também o indicador de escolaridade dos ocupados em todo o Brasil e no município de Belo Horizonte, referente ao mesmo ano, divulgado pelo Atlas do Desenvolvimento Humano, percebe-se, ainda, um baixo número de profissionais com formação superior, conforme tabela demonstrada na figura 4. Em escala nacional, apenas 13,19% da população ativa possui formação superior e, em escala municipal, em Belo Horizonte, essa população é de apenas 24,48%. Figura 4 % de Ocupados com formação escolar Esses dados indicam que boa parte dos profissionais empregados em empresas de diversos segmentos e que ocupam cargos em suas diversas áreas ainda não possuem formação superior. O curso superior de Tecnologia em Gestão Comercial permitirá a capacitação e formação sólida de profissionais para suprirem essa necessidade, atendendo às novas exigências do mercado de trabalho. Essa possibilidade permitirá um cenário extremamente positivo para empresas que buscam uma nova posição de mercado com maior vantagem competitiva. Cabe ressaltar a localização do campus onde o curso é ofertado, pois o mesmo se encontra em um polo comercial que permite a adoção de práticas acadêmicas que transcende o espaço fechado de uma sala de aula, contribuindo sobremaneira para um ambiente de ensino aprendizado significativo para o aluno, pois este se vê inserido em um conceito de sala de aula ampliada, uma vez que tem a possibilidade de confrontar teoria à prática em um só espaço. Todo o projeto pedagógico foi pensado mediante de uma proposta inovadora Página20