ATUAÇÃO DA ANVISA NA FISCALIZAÇÃO DO SETOR NUCLEAR BRASILEIRO



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Transcrição:

ESTUDO ATUAÇÃO DA ANVISA NA FISCALIZAÇÃO DO SETOR NUCLEAR BRASILEIRO Cláudio Viveiros de Carvalho Consultor Legislativo da Área XVI Saúde Pública, Sanitarismo ESTUDO AGOSTO/2005 Câmara dos Deputados Praça 3 Poderes Consultoria Legislativa Anexo III - Térreo Brasília - DF

2005 Câmara dos Deputados. Todos os direitos reservados. Este trabalho poderá ser reproduzido ou transmitido na íntegra, desde que citados o autor e a Consultoria Legislativa da Câmara dos Deputados. São vedadas a venda, a reprodução parcial e a tradução, sem autorização prévia por escrito da Câmara dos Deputados. Este trabalho é de inteira responsabilidade de seu autor, não representando necessariamente a opinião da Câmara dos Deputados. 2

ATUAÇÃO DA ANVISA NA FISCALIZAÇÃO DO SETOR NUCLEAR BRASILEIRO Cláudio Viveiros de Carvalho O presente estudo foi motivado por solicitação, a esta Consultoria Legislativa, de levantamento das normas que regulam a atuação da Anvisa na fiscalização do setor nuclear brasileiro. De acordo com a Seção II da Constituição Federal, compete ao Sistema Único de Saúde (SUS) executar as ações de vigilância sanitária seguindo os preceitos de regionalização, hierarquização e descentralização, entre outros. A esfera federal das ações de vigilância sanitária cabe à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A Anvisa 1 foi criada pela Lei nº 9.782, de 26 de janeiro de 1999; está vinculada ao Ministério da Saúde, porém é gerida por uma diretoria colegiada. Sua finalidade é proteger a saúde da população por intermédio do controle sanitário da produção e da comercialização de produtos e serviços, inclusive dos ambientes, dos processos, dos insumos e das tecnologias a eles relacionados. Além disso, a agência exerce o controle de portos, aeroportos e fronteiras, bem como a interlocução junto ao Ministério das Relações Exteriores e instituições estrangeiras para tratar de assuntos internacionais na área de vigilância sanitária Apresenta como missão proteger e promover a saúde da população, garantindo a segurança sanitária de produtos e serviços, e participando da construção de seu acesso ; como valores, o conhecimento como fonte da ação, transparência, cooperação e responsabilização ; como visão, ser agente da transformação do sistema descentralizado de vigilância sanitária em uma rede, ocupando um espaço diferenciado e legitimado pela população, como reguladora e promotora do bem-estar social. São suas incumbências regulamentação, controle e fiscalização de produtos e serviços que envolvam risco à saúde pública. Entre os bens e produtos submetidos ao controle e fiscalização sanitária, incluem-se radioisótopos para uso diagnóstico in vivo, radiofármacos e produtos radioativos utilizados em diagnóstico e terapia. 1 Disponível em http://www.anvisa.gov.br/institucional/anvisa/apresentacao.htm; acesso em 23.08.05. 3

NORMAS Apresentamos os atos normativos de alcance federal que tratam do tema radioatividade ou energia nuclear no âmbito da saúde; além de documentos emitidos pela própria Anvisa, existem também Decretos Presidenciais. As normas não tratam especificamente da fiscalização, mas sim da regulação do setor, abordando eventualmente a atuação do órgão fiscalizador. Vale ressaltar, também, que a maior parte das normas que regem a atuação da Anvisa reporta-se, em algum momento, à regulamentação efetuada pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN). Resolução nº 358, de 29 de abril de 2005, que dispõe sobre o tratamento e a disposição final dos resíduos dos serviços de saúde e dá outras providências, emitida pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente CONAMA. Art. 1º... Parágrafo único. Esta Resolução não se aplica a fontes radioativas seladas, que devem seguir as determinações da Comissão Nacional de Energia Nuclear-CNEN, e às indústrias de produtos para a saúde, que devem observar as condições específicas do seu licenciamento ambiental.... ANEXO I III - GRUPO C: Quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham radionuclídeos em quantidades superiores aos limites de eliminação especificados nas normas da Comissão Nacional de Energia Nuclear-CNEN e para os quais a reutilização é imprópria ou não prevista. a) enquadram-se neste grupo quaisquer materiais resultantes de laboratórios de pesquisa e ensino na área de saúde, laboratórios de análises clínicas e serviços de medicina nuclear e radioterapia que contenham radionuclídeos em quantidade superior aos limites de eliminação. Resolução RDC nº 306, de 07 de dezembro de 2004, que dispõe sobre o regulamento técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde, emitida pela Anvisa: Art. 2º Compete à Vigilância Sanitária dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal, com o apoio dos Órgãos de Meio Ambiente, de Limpeza Urbana, e da Comissão Nacional de Energia Nuclear - CNEN, divulgar, orientar e fiscalizar o cumprimento desta Resolução.... 4

CAPÍTULO II - ABRANGÊNCIA Esta Resolução não se aplica a fontes radioativas seladas, que devem seguir as determinações da Comissão Nacional de Energia Nuclear - CNEN, e às indústrias de produtos para a saúde, que devem observar as condições específicas do seu licenciamento ambiental Esta norma também descreve o grupo C de resíduos, que consiste nos rejeitos radioativos, normatizando seu tratamento. Mais uma vez, reporta-se a várias normas da CNEN. Portaria nº 2473, de 29 de dezembro de 2003, que estabelece as normas para a programação pactuada das ações de vigilância sanitária no âmbito do Sistema Único de Saúde SUS, fixa a sistemática de financiamento e dá outras providências, emitida pela Anvisa: Define parâmetros anuais de cobertura para a programação das atividades de vigilância sanitária, de acordo com a complexidade tecnológica utilizada pelos serviços e os fatores de risco envolvidos em cada atividade. No que respeita às radiações ionizantes, trata dos serviços de radiodiagnóstico médico e odontológico, dos serviços de medicina nuclear e dos de radioterapia. Decreto nº 4543, de 26 de dezembro de 2002, que regulamenta a administração das atividades aduaneiras, e a fiscalização, o controle e a tributação das operações de comércio exterior, emitido pela Presidência da República: Art. 552. A importação e a exportação de materiais nucleares dependerá de autorização da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Lei nº 6.189, de 16 de dezembro de 1974, art. II). Art. 553. A exportação de produtos que contenham elementos nucleares em coexistência com outros elementos ou substâncias de maior valor econômico dependerá de autorização da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Lei nº 6.189, de 1974, art. 17). Resolução RDC nº 217, de 21 de novembro de 2001, que aprova o Regulamento Técnico, Anexo a esta Resolução, com vistas à promoção da vigilância sanitária nos Portos de Controle Sanitário instalados no território nacional, embarcações que operem transportes de cargas e ou viajantes nesses locais, e com vistas a promoção da vigilância epidemiológica e do controle de vetores dessas áreas e dos meios de transporte que nelas circulam, emitida pela Anvisa: 5

Art. 113 A movimentação e armazenagem de cargas nas áreas de Porto de Controle Sanitário, deverá ocorrer de modo a não permitir a ocorrência de potenciais fatores de risco à saúde de indivíduos ocupacionalmente expostos ou não. Parágrafo único. Os locais de armazenamento de cargas perigosas, tóxicas e radioativas, deverão apresentar-se em condições operacionais e higiênico-sanitárias satisfatórias, respeitadas as normas técnicas específicas referentes às boas práticas de armazenagem, prevenção e controle de agravos `a saúde pública e ao meio ambiente Resolução RDC nº 17, de 12 de janeiro de 2001, que aprova o Regulamento Técnico, com vistas à promoção da vigilância sanitária de viajantes, embarcações que operem transportes de cargas e/ou viajantes, portos organizados e terminais aquaviários instalados no território nacional, bem como da prestação de serviços de interesse da saúde pública e produção e circulação de bens em embarcações e terminais portuários, emitida pela Anvisa: Art.163 Além das demais exigências constantes deste Regulamento, caberá ainda à empresa administradora do porto, arrendatários de instalações portuárias, terminais de uso privativo, terminais retroportuários alfandegados ou não e operadoras portuárias respeitadas as responsabilidades previstas em contrato e as competências legais XI- manter os locais de armazenamento de cargas perigosas, tóxicas e radioativas em condições operacionais e higiênico-sanitárias satisfatórias, respeitadas as normas técnicas especificas referentes às boas práticas de armazenagem, prevenção e controle de agravos à saúde pública e ao meio ambiente. Portaria nº 453, de 01 de junho de 1998, que aprova o Regulamento Técnico que estabelece as diretrizes básicas deproteção radiológica em radiodiagnóstico médico e odontológico, dispõe sobre o uso dos raios-x diagnósticos em todo território nacional e dá outras providências, emitida pela SVS/MS - Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância Sanitária. Art. 3º Compete aos órgãos de Vigilância Sanitária dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios o licenciamento dos estabelecimentos que empregam os raiosx diagnósticos, assim como a fiscalização do cumprimento deste Regulamento, sem prejuízo da observância de outros regulamentos federais, estaduais e municipais supletivos sobre a matéria. Resolução nº 5, de 05 de agosto de 1993, que define Resíduos Sólidos, Plano de Gerenciamento, o Sistema de Tratamento e o Sistema de Disposição Final de Resíduos Sólidos, emitida pelo CONAMA. 6

Art. 13. Os resíduos sólidos classificados e enquadrados como rejeitos radioativos pertencentes ao grupo "C", do Anexo I, desta Resolução, obedecerão às exigências definidas pela Comissão Nacional de Energia Nuclear CNEN Decreto nº 49.974, de 21 de janeiro de 1961, que regulamenta, sob a denominação de Código Nacional de Saúde, a Lei nº 2.312, de 3 de setembro de 1954, de Normas Gerais Sôbre Defesa e Proteção da Saúde, emitido pela Presidência da República: Art. 124. O Ministério da Saúde promoverá o estudo dos problemas relacionados com os aspectos sanitários resultantes do emprêgo da energia nuclear e estabelecerá medidas correlatas de interêsse para a proteção da saúde. Além da legislação citada, de abrangência nacional, existem também várias outras normas de competência estadual ou municipal, que ajustam o sistema de vigilância às diversas realidades locais ou regionais. Concluindo, a fiscalização do setor nuclear, no que tange à área de atuação da Anvisa, segue os preceitos constitucionais do SUS, especialmente o da descentralização e hierarquização das ações. Além disso, a regulamentação específica reporta-se sempre às normas e diretrizes definidas pela CNEN. 7