(11) Número de Publicação: PT 10588 T (51) Classificação Internacional: F24J 2/04 (2006.01) (12) FASCÍCULO DE MODELO DE UTILIDADE (22) Data de pedido: 2010.06.14 (30) Prioridade(s): (43) Data de publicação do pedido: 2011.02.18 (45) Data e BPI da concessão: / (73) Titular(es): CS -COELHO DA SILVA, S.A. ALBERGARIA, JUNCAL (72) Inventor(es): CARLOS ALMEIDA JORGE BARROS (74) Mandatário: LUÍS MANUEL DE ALMADA DA SILVA CARVALHO RUA VÍCTOR CORDON, 14 1249-103 LISBOA PT PT PT PT (54) Epígrafe: PROCESSO PARA COLOCAÇÃO DE PAINÉIS SOLARES TÉRMICOS (57) Resumo: O PRESENTE INVENTO DIZ RESPEITO A UM PROCESSO PARA A COLOCAÇÃO DE PAINÉIS SOLARES TÉRMICOS EM COBERTURAS NOMEADAMENTE EM TELHADOS, CARACTERIZADO POR COLOCAR OS PAINÉIS 2 SOB A SUPERFÍCIE DOS TELHADOS, SUBSTITUINDO, NA ÁREA POR ELES OCUPADA, AS TELHAS CERÂMICAS POR TELHAS 4 EXACTAMENTE IGUAIS DE VIDRO TRANSPARENTE, COMPREENDENDO PARA O EFEITO A APLICAÇÃO DE UM ARO METÁLICO 1 CUJA DIMENSÃO INTERIOR É AJUSTADA À DIMENSÃO EXTERIOR DOS PAINÉIS 2, ARO ESSE QUE SERVE DE SUPORTE A RIPAS 3, TAMBÉM METÁLICAS, CUJO AFASTAMENTO É IMPOSTO PELO MÓDULO DO RIPADO DA TELHA 4 DE VIDRO A APLICAR.
- 1 - RESUMO "PROCESSO PARA COLOCAÇÃO DE PAINÉIS SOLARES TÉRMICOS" O presente invento diz respeito a um processo para a colocação de painéis solares térmicos em coberturas nomeadamente em telhados, caracterizado por colocar os painéis (2) sob a superfície dos telhados, substituindo, na área por eles ocupada, as telhas cerâmicas por telhas (4) exactamente iguais de vidro transparente, compreendendo para o efeito a aplicação de um aro metálico (1) cuja dimensão interior é ajustada à dimensão exterior dos painéis (2), aro esse que serve de suporte a ripas (3), também metálicas, cujo afastamento é imposto pelo módulo do ripado da telha (4) de vidro a aplicar. Lisboa, 17 de Janeiro de 2011
- 1 - DESCRIÇÃO "PROCESSO PARA COLOCAÇÃO DE PAINÉIS SOLARES TÉRMICOS" O presente invento diz respeito a um processo para a colocação de painéis solares térmicos em coberturas, concretamente em telhados. A tecnologia presentemente disponível para o aproveitamento da energia solar, na sua vertente térmica, apesar de não ser ainda suficiente para o fornecimento de águas quentes sanitárias durante a totalidade dos dias do ano, já possibilita um contributo importante na redução das emissões de CO2, dado esta energia ser 100% limpa e proveniente de uma fonte inesgotável, a luz do sol. Os custos de produção dos painéis solares, aliados aos apoios concedidos pelo Estado, permitem a sua instalação e exploração em condições económicas que asseguram a amortização dos investimentos realizados em prazos que podem ser considerados aceitáveis. Tendo o nosso país, a par da Grécia, o maior valor de radiação anual média da Europa (16,6MJ/m2/dia), é natural e desejável que venhamos a assistir a um incremento notável na instalação deste tipo de painéis.
- 2 - Ganha assim maior importância a necessidade de estudar novos sistemas de instalação que eliminem a sua visibilidade nas coberturas para que, apesar das suas vantagens energéticas, eles não venham a surgir nos edifícios como corpos estranhos, comprometendo, pelo seu grande impacto, o aspecto estético das construções. Esta importância é ainda acrescida quando se encara o mercado da reabilitação, onde muitas vezes os edifícios nos quais se pretende intervir se localizam em zonas históricas. Normalmente deparamo-nos com telhados, coberturas inclinadas em cerâmica, devendo obrigatoriamente os painéis solares serem colocados na vertente que mais se aproxime da exposição solar ideal, orientada a Sul, independentemente da sua visibilidade. Actualmente, a colocação dos painéis é efectuada de duas formas: - Ou aplicando-os sobre a superfície de telha; - Ou encastrando-os entre as telhas, sendo neste caso a vedação entre as telhas e o painel assegurada por um conjunto de rufos metálicos. Em ambas as soluções a visibilidade dos painéis é total. Na primeira, o plano do painel destaca-se mais do plano do telhado. Na segunda, o painel está mais inserido,
- 3 - mas a área visível é aumentada pela área dos rufos metálicos. Se, de um ponto de vista estritamente funcional, ambas as soluções satisfazem, o mesmo não é verdade relativamente à estética do telhado que fica bastante comprometida com aquele ruído visual. No limite, utilizando estes processos de colocação, o desejado incremento dos painéis poderá conduzir a uma situação análoga à que existiu quando da divulgação das antenas parabólicas para recepção dos canais de televisão. Com o sistema objecto do invento coloca os painéis sob a superfície do telhado e substitui, na área por eles ocupada, as telhas cerâmicas por telhas exactamente iguais, mas de vidro transparente, já utilizadas para a execução de clarabóias. Desta forma, mantém-se integralmente a geometria do telhado, só alterando a sua coloração. O impacto visual resultante é mínimo, portanto a integração estética dos painéis solares deixa de constituir um problema.
- 4 - Breve descrição dos desenhos A descrição que se segue tem por base os desenhos anexos em que: - A figura 1 a, b e c representam vista em planta e alçados de um painel colocado sobre a cobertura em telha (técnica anterior); - A figura 2 a, b e c representam vistas em planta e alçados de um painel integrado, colocado entre as telhas (técnica anterior); - A figura 3 a, b e c representam vistas em planta e alçados de um painel colocado sob a cobertura em telha; e - A figura 5 representa uma vista explodida do esquema de montagem do painel objecto do invento. Descrição detalhada do invento Ao contrário da técnica anterior representadas nas figuras 1 e 2, o painel (2) é colocado sob as telhas (4), as quais para o efeito serão de vidro. Deste modo é minimizado o impacto visual resultando numa integração estética dos painéis solares as coberturas dos edifícios. De um ponto de vista construtivo, e conforme se pode observar, o sistema é constituído por um aro metálico (1) cuja dimensão interior é ajustada à dimensão exterior dos painéis (2) (figura 4).
- 5 - Esse aro (1) serve de suporte às ripas (3), também metálicas, cujo afastamento é imposto pelo módulo do ripado da telha (4) a aplicar. Estão previstas duas formas de execução. Se o painel solar (2) conservar o seu vidro de cobertura (5), o aro (1) não necessita de qualquer vedação adicional. Nesta situação os raios solares deverão atravessar duas superfícies de vidro i.e. do vidro de cobertura (5) e das telhas (4). Caso se pretenda eliminar o vidro (5) do painel solar, será instalado um sistema para assegurar a vedação da camada de ar entre o painel (2) e a telha de vidro (4). Este sistema é constituído por exemplo, por uma lâmina em borracha esponjosa, fixada para o aro exterior, e com um desenho que reproduz o ondulado existente no tardoz da telha, para possibilitar um ajuste perfeito. Lisboa, 17 de Janeiro de 2011
- 1 - REIVINDICAÇÕES 1. Processo para a colocação de painéis solares térmicos em coberturas nomeadamente em telhados, caracterizado por colocar os painéis (2) sob a superfície dos telhados, substituindo, na área por eles ocupada, as telhas cerâmicas por telhas (4) exactamente iguais de vidro transparente, compreendendo para o efeito a aplicação de um aro metálico (1) cuja dimensão interior é ajustada à dimensão exterior dos painéis (2), aro esse que serve de suporte a ripas (3), também metálicas, cujo afastamento é imposto pelo módulo do ripado da telha (4) de vidro a aplicar. 2. Processo para a colocação de painéis solares térmicos em coberturas de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por o painel solar (2) conservar o seu vidro de cobertura (5). 3. Processo para a colocação de painéis solares térmicos em coberturas de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por o painel solar ser directamente colocado sob a telha (4) sem qualquer vidro de cobertura e protecção (5), tendo para o efeito o aro (1) um sistema de vedação para assegurar a vedação da camada de ar entre o painel (2) e a telha de vidro (4). 4. Processo para a colocação de painéis solares
- 2 - térmicos em coberturas de acordo com a reivindicação 3, caracterizado por o sistema de vedação ser constituído por uma lâmina em borracha esponjosa, fixada a aro exterior (1), e com um desenho que reproduz o ondulado existente no tardoz da telha, para possibilitar um ajuste perfeito. Lisboa, 17 de Janeiro de 2011
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