Sentimento nacionalista vontade que as minorias têm de conquistar independência política e territorial do Estado ao qual estão subjugadas. Pela independência tentam recuperar a liberdade de expressar sua cultura. As nações sem território próprio estão buscando a soberania. Às vezes a soberania é alcançada por meio de plebiscitos ou acordos políticos.
Plebiscito é uma consulta ao povo antes de uma lei ser constituída, para aprovar ou rejeitar as opções que lhe são propostas. Referendo é uma consulta ao povo após a lei ser constituída, em que o povo ratifica (confirma, sanciona) a lei já aprovada pelo Estado ou a rejeita. * Em outubro de 2005 referendo sobre a proibição do comércio de armas de fogo e munições no país. Já existia uma lei e o povo rejeitou a alteração. * Em abril de 1993 plebiscito para escolha de monarquia ou república e parlamentarismo ou presidencialismo. Essa consulta consolidou a forma e o sistema de governo atuais.
Muitos movimentos separatistas acabam sendo reprimidos com violência pela ação dos governos dos países onde vivem.
As minorias nacionais reprimidas e dominadas por um Estado, muitas vezes revidam de forma violenta.
Vários grupos pertencentes a movimentos separatistas recorrem à luta armada para alcançar seus objetivos. Também existem no mundo conflitos armados relacionados a disputas por território entre dois ou mais países.
Incidentes entre Tailândia e Camboja Incidents between Thailand and Cambodia 08/02/2011 - O Governo brasileiro tomou conhecimento com preocupação dos incidentes entre forças militares da Tailândia e Camboja, sexta-feira passada, dia 4 de fevereiro, na região do Templo de Preah Vihear, dos quais resultaram vítimas e feridos de ambos os lados. O Governo brasileiro conclama as partes a buscarem uma solução pacífica para a situação e a absterem-se de qualquer iniciativa que possa agravá-la. O Governo brasileiro saúda a decisão da UNESCO de enviar missão para avaliar o estado do Templo de Preah Vihear, que consta desde 2008 da lista de Patrimônio da Humanidade daquela Organização.
Artigo publicado em 03 de Dezembro de 2012 - Atualizado em 03 de Dezembro de 2012 Tribunal de Haia começa a julgar disputa territorial entre Chile e Peru RFI A Corte Internacional de Justiça sediada em Haia, na Holanda, vai ouvir nesta segundafeira os argumentos do Peru, no primeiro dia da etapa oral do julgamento sobre um diferendo fronteiriço com o Chile no Oceano Pacífico. O Peru exige do Chile 67 mil quilômetros quadrados de uma zona de 90 mil quilômetros quadrados de mar. A Contre Internacional de Justiça deverá traçar a fronteira marítima entre os dois países no mapa após ouvir ambas as partes. O pedido peruano se baseia no fato de que não há um tratado de limites marítimos entre os dois países e que acordos de pesca bilaterais de 1952 e 1954 não constituem um tratado de fronteira, ao contrário do que o Chile defende. Este julgamento atraiu ainda mais atenção depois que o mesmo tribunal pronunciou uma decisão no mês passado sobre um conflito fronteiriço entre a Nicarágua e a Colômbia. O governo de Bogotá anunciou sua saída da Corte Internacional de Justiça dizendo considerar a decisão injusta. Tanto o Chile quanto o Peru assumiram de antemão o compromisso de respeitar o veredito de Haia.
Algumas disputas por territórios podem originar conflitos armados. A essência da violência na região reside na intolerância religiosa de hindus e muçulmanos, que existe desde antes da independência do território da Coroa Britânica, em 1947. Os conflitos internos eram tão graves que, com a autonomia política, duas nações tiveram de ser concebidas: a Índia, Estado laico de maioria hindu, hoje com 1,1 bilhão de habitantes, e o Paquistão, Estado muçulmano - originalmente criado com áreas a oeste e leste da Índia. Com a autonomia política, as rivalidades religiosas passaram a se materializar na disputa pelo controle da Caxemira, região montanhosa de maioria muçulmana ao norte dos dois países. A primeira das guerras pelo território aconteceu logo após a independência, em outubro de 1947. O resultado foi a divisão da Caxemira em 1949: a parte oeste ficou com o Paquistão e a parte leste sob controle indiano.
Em razão das disputas dos povos por territórios e por fronteiras, a configuração dos países está sempre mudando.
1 - Ser persa é ser o estranho, é ser o diferente, é, numa palavra, ser outro. A simples existência do persa tem bastado para incomodar, confundir, desorganizar, perturbar a mecânica das instituições. (...) Foram e são persas os índios do Brasil (onde os sem-terra representam agora uma outra modalidade de persas ), foram mas já quase deixaram de ser persas os índios dos Estados Unidos, foram persas, no seu tempo, os incas, os maias, os astecas, foram e são persas os seus descendentes, lá onde tenham vivido e ainda vivam. (José Saramago, Folha de S. Paulo, 07/07/98) Analise o texto apresentado e responda: a) Por que o autor chama os sem-terra brasileiros de persas? b) Considerando a sociedade brasileira, cite outros dois exemplos de persas nos dias atuais.
a) Os sem-terra são o outro, o diferente, aquele que incomoda as instituições. b) movimento organizado de trabalhadores rurais sem terra (MST) estratégia de luta pela terra a ocupação de propriedades improdutivas ou devolutas originou-se no sul do país, reconhecido internacionalmente como um dos mais importantes movimentos sociais da América Latina. c) Negros, indígenas, moradores de rua, favelados, enfim, todas as minorias.
2 - Segundo vários estudiosos teriam ocorrido a partir da década de 1990, uma significativa mudança na política internacional. O princípio de soberania e de não ingerência estrangeira em um território nacional estaria sendo revisto. (Adaptado de José William Vicentini, "Novas geopolíticas". São Paulo, Contexto, 2000, p. 70.) a) Defina soberania. b) Cite um episódio ocorrido no mundo que confirme a tese acima. c) Um possível enfraquecimento da noção de soberania traria possíveis consequências para os diversos Estados-nação. Indique uma delas.
a) Poder fundamental do Estado, fonte legal de seu direito exclusivo de exercer coação física (ou de ter autonomia) no âmbito de seu território. A soberania deve ser reconhecida por outros membros do sistema interestatal para ter validade. Ou: ideia de autonomia interna em um território. b) - Guerra do Golfo (1990): criação de zonas de exclusão aérea no norte e sul do Iraque nas quais tropas lideradas pelos EUA impediam tropas ou aviões do Iraque de entrar, sob o argumento de que era para impedir os ataques aos curdos e xiitas; - Guerra de Kosovo: tropas da ONU intervieram dentro do território iugoslavo a fim de proteger a população kosovar de um extermínio; - Pressão da ONU sobre a Indonésia (1999) para decidir o status do Timor Leste - província da Indonésia ou Estado independente; - Invasão norte-americana no Afeganistão, com apoio de países do Ocidente; - Crise entre palestinos e israelenses, após a implantação do Estado palestino.
c) Consequências positivas: o enfraquecimento da noção de soberania permite uma defesa mais agressiva, mais intensa, dos direitos humanos ou da democracia. ou Facilidade para tratar de questões polêmicas como questões ambientais, questões étnicas. Consequências negativas: fragiliza a capacidade dos Estados de se defenderem contra agressões ou pressões de países mais poderosos ou de organismos internacionais. ou Possível perda de identidade cultural dos dominados.