Ordem geopolítica e econômica

Transcrição

1 Ordem geopolítica e econômica

2 Ordem internacional: arranjo geopolítico e econômico que regula as relações entre as nações do mundo em determinado momento histórico.

3 A ordem geopolítica Durante a Segunda Guerra Mundial: União das Republicas Socialistas Soviéticas (URSS) Estados Unidos da América se aliaram para derrotar os países do Eixo nazifacista (Alemanha, Japão e Itália)

4 A ordem geopolítica Ao final da Segunda Guerra Mundial: Derrota dos países do Eixo; Reino Unido e França enfraquecidos militar e politicamente; Divergência ideológica entre os Estados Unidos e a União Soviética (política e econômica) gerou um conflito indireto; A União Soviética perdeu pessoas (20 milhões) e infraestrutura (indústrias, cidades) e estabeleceu como meta a reconstrução do país e o equilíbrio bélico com os Estados Unidos; E os Estados Unidos?

5 A ordem geopolítica Ao final da Segunda Guerra Mundial: Emergiram, portanto, duas superpotências: União Soviética: Bloco socialista ou oriental Estados Unidos: gerou o Bloco Capitalista ou ocidental

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7 A ordem geopolítica Bipolarização de poder: época conhecida como Guerra Fria Cada uma das superpotências tentada disseminar seus sistemas, marcando o antagonismo geopolítico-militar e a propaganda ideológica. Ao mesmo tempo tentavam ampliar sua influencia e conter a outra. Corrida armamentista: equilíbrio bélico e paridade nuclear. Paz armada: eram construídas não para serem usadas, mas para dissuadir o inimigo.

8 A ordem geopolítica Início da Guerra Fria: Em 1947, quando os EUA lançaram a Doutrina Truman e o Plano Marshall. Objetivo da Doutrina Truman: contenção do socialismo. A estratégia era isolar a União Soviética e impedir a expansão de sua área de influência. Assim, foram criadas alianças militares como a OTAN e o plano de ajuda econômica para acelerar a recuperação dos países da Europa Ocidental. O Programa de Recuperação Europeia (Plano Marshall) tinha como objetivos: frear a expansão da influência da União Soviética e recuperar mercados de consumo para os Estados Unidos.

9 A OCDE Criada para administrar e distribuir os recursos do Plano Marshall, em Entre esse ano e 1952 foram transferidos cerca de 13 bilhões de dólares, ou 150 bilhões atualmente. Os principais beneficiados foram: Reino Unido, França, Alemanha Ocidental e Itália. Boa parte deste dinheiro foi utilizada para comprar produtos e bens dos Estados Unidos para recuperar a economia europeia e estimular a indústria dos Estados Unidos. Isso ocorria porque parte do dinheiro era doação vinculada à compra de produtos dos Estados Unidos e a outra parte era empréstimo.

10 A OCDE Em 1961 ela foi reestruturada e passou a receber a atual denominação, passando a colaborar com nações não europeias e com novos objetivos. Passou a ser composta pelos países Europeus Ocidentais beneficiados mais os EUA e o Canadá. Com o tempo, vários outros países passaram a fazer parte (inicialmente mais ricos e industrializados, depois, vários outros.

11 A OCDE Seus principais objetivos são:

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13 Alianças militares Efeito dominó: pressuposto geopolítico de que, todos os países, sucessivamente, acabariam se alinhando à União Soviética, se ele estendesse sua influência além do leste europeu e da China. Cordão sanitário: Estratégia dos Estados Unidos em criar várias alianças militares e acordos bilaterais, criando um cinturão de isolamento em torno da URSS e contendo o efeito dominó.

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15 Alianças militares Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN, 1949): mais importante organização militar da política de alianças. Sede em Bruxelas (Bélgica). Foi criada para defender a Europa Ocidental da ameaça soviética e em resposta ao Bloqueio a Berlim Ocidental entre junho de 1948 a maio de Com a sua criação, os EUA delimitaram sua zona de influência da Europa Ocidental por meio de uma série de bases militares e de um grande mercado de armamentos convencionais e nucleares. Outra consequência do bloqueio foi a criação da República Federal Alemã em maio de Em outubro, a URSS criou a República Democrática Alemã.

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17 Até a década de 1960, muitos berlinenses deixaram o setor oriental em busca de melhores trabalhos no setor ocidental. Para acabar com esta migração, as autoridades orientais construíram o Muro de Berlim.

18 Quando a Alemanha Ocidental ingressou na OTAN, em 1955, a resposta soviética foi a criação de uma aliança militar: Pacto de Varsóvia, assinado da Polônia. Assim a União Soviética delimitava a sua zona de influência e seu mercado de armas, consolidando a Cortina de Ferro.

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20 Após o fim da Guerra Fria, as alianças militares que permaneceram (Pacto de Varsóvia e a OTAN, sofreram reestruturações em sua composição e objetivos. Reduziram seu arsenal, flexibilizaram a entrada de novos membros, buscam agora a paz mundial, apoio em intervenções internacionais. A Rússia foi beneficiada no G7, transformando-o no G8. Situação impossível na Guerra Fria.

21 A ONU e a crise de legitimidade Organização das Nações Unidas: criada no fim da Segunda Guerra Mundial Objetivo: preservar a paz e a segurança no mundo, promover a cooperação internacional para resolver questões econômicas, sociais, culturais e humanitárias. Sediada em Nova York, substituiu a Liga das Nações. Atualmente, conta com vários órgãos: Assembleia Geral, Conselho de Segurança e diversas agências.

22 A Assembleia geral reúne todos os países-membros (193 em 2012) uma vez por ano, mas não decide sobre segurança e cooperação internacional, faz apenas recomendações. O Conselho de Segurança é o órgão de maior poder na ONU. É composto por 15 países, dos quais 5 são permanentes e tem poder de veto: Estados Unidos, Reino Unido, França, China e Rússia (que substituiu a URSS). Durante a Guerra Fria, sua ação era muito limitada. Ele pode investigar disputas e conflitos internacionais ou no interior de um país, propor soluções e adotar sanções (corte de comunicação ou relações diplimáticas até o bloqueio econômico) e em último caso, o uso da força militar.

23 Unilateralismo e Multilateralismo: guerra contra o Iraque (2003).

24 O Conselho de Segurança da ONU A sua composição expressa a correlação de forças do fim da Segunda Guerra, não a atual. Por isso, desde 2004, alguns países (Brasil, Alemanha, Japão, Índia) vem buscando acelerar a sua reforma. Aumento de países permanentes. No entanto, a diversidade de candidatos nas mesmas regiões ameaça esta possibilidade.

25 A Cooperação Sul-Sul e a articulação para ampliar o Conselho de Segurança da ONU Aprofundamento da cooperação entre países em desenvolvimento. Visam aumentar a aproximação tecnológica e econômica entre eles e o poder de negociação com os países desenvolvidos. Exemplo: cooperação trilateral de Índia, Brasil e Áfria do Sul (IBSA ou IBAS) desde 2003, que buscam atuar de forma coordenada nos fóruns internacionais e aumentar seu poder de negociação, inclusive como candidatos a membro permanente no Conselho de Segurança. Também implementam programas para cooperação e conhecimento mútos nas áreas de medicina, saúde, educação, cultura, agricultura, ciência e tecnologia, comércio e investimentos, onde foram criados Grupos de Trabalho.