1ª GUERRA MUNDIAL (1914-1918)
1ª GUERRA MUNDIAL (1914-1918) A Primeira Guerra Mundial colocou fim ao que se convencionou chamar de Belle Époque (1871-1914): período em que as grandes potências europeias não entraram em guerra entre si e a burguesia viveu sua época de maior fastígio, graças à expansão do capitalismo imperialista e à exploração imposta ao proletariado.
1ª GUERRA MUNDIAL (1914-1918) 1. Fatores que contribuíram para a eclosão do conflito: a) Concorrência Econômica b) Imperialismo
Como faremos para apertar as mãos?
1ª GUERRA MUNDIAL (1914-1918) c) Conflitos nacionalistas: - Pan-eslavismo, liderado pela Rússia contra o Império Austro- Húngaro; - Pan-germanismo, liderado pela Alemanha; - Revanchismo francês devido à perda da Alsácia-Lorena, em 1870.
- Povos eslavos Grupo linguístico e étnico do qual fazem parte vários povos da Península Balcânica e da Europa Oriental russos, polacos, tchecos, sérvios, croatas e ucranianos.
d) Assassinato do arquiduque austríaco Francisco Ferdinando na Bósnia.
Gavrilo Princip - Em 28 de junho de 1914, Gavrilo Princip atacou e abatei a tiros o herdeiro do trono da Áustria- Hungria, Francisco Ferdinando, no evento que precipitou a 1ª Guerra Mundial. Cem anos depois, o jovem nacionalista sérvio ainda divide a Bósnia: herói ou terrorista?
EXPLODE O BARRIL DE PÓLVORAS!!!!! - A Áustria exige que seus agentes austríacos investiguem a morte do herdeiro. - A Sérvia não aceita a intromissão austríaca em seu território Áustria declara guerra à Sérvia. - Alemanha oferece apoio à Áustria.
2) A política de Alianças e a Paz Armada.
CORRIDA ARMAMENTISTA: anteriormente a eclosão da Primeira Guerra Mundial. Também chamado de Paz Armada aumento da produção de armamentos e novas tecnologias de guerra. Serviço militar passa a ser obrigatório, aumentando o sentimento nacionalista e militarista.
QUESTÕES 1) Qual o papel da Alemanha na 1ª Guerra Mundial? 2) Quais os blocos em que se dividiram os países europeus? 3) Que fato desencadeou a Primeira Guerra? 4) O que foi a Paz Armada?
1ª GUERRA MUNDIAL: um conflito imperialista O traço mais importante da guerra foi a sua universalidade envolveu países de todos os continentes. Alto poder destrutivo devido às novas tecnologias: aviões, submarino, canhão de longo alcance. Além dos soldados, a população civil também sofreu devido aos bombardeios aéreos e submarinos. http://www1.folha.uol.com.br/infograficos/2014/06/84812-100- anos-da-1-guerra-mundial.shtml
Na cabeça de líderes políticos e diplomatas, a 1.ª Guerra Mundial seria um conflito sangrento, mas rápido. Cem anos depois, fortes, bunkers, crateras, armamentos, campos de batalha, cemitérios, ossários e monumentos comprovam: foi uma guerra total. Essas batalhas, que figuram no rol das mais violentas da história da humanidade, tinham em comum em elemento base: o sofrimento humano descomunal. Um dos diagnósticos mais frequentes entre os soldados era a sensação de perda da condição humana.
À sua noiva, o soldado Henri Fauconnier diria em carta datada de 17 de fevereiro de 1917: É assustador depender tanto do meio em que estamos. Mady, não é com um ser humano que você se casará. Às vezes eu sou um monstro, às vezes uma planta, às vezes um mineral. Nunca um ser humano.
Na frente Ocidental, a 1ª Guerra apresenta duas fases bem delineadas: 1) Guerra de movimento (agosto/novembro de 1914): os alemães ocuparam quase toda a Bélgica e também o norte da França. Mas não conseguiram tomar Paris nem dominar a costa francesa no Canal da Mancha. 2) Guerra de Trincheiras (novembro de 1914 a março de 1918): protegidas por intricadas redes de arame farpado e por ninhos de metralhadoras, as trincheiras eram posições muito difíceis de conquistar. Os comandantes de ambos os lados, não preparados para essa nova realidade, continuaram durante muito tempo a ordenar ataques frontais de infantaria, perdendo dezenas de milhares de homens para avançar alguns quilômetros. (ler texto A vida nas trincheiras, livro página 70)
A guerra de trincheiras aconteceu na fronteira entre a Alemanha e a França, ao sul da Bélgica e ao norte da Suíça. As trincheiras eram uma espécie de caverna nas quais os soldados faziam túneis, viviam, bombardeavam o inimigo com canhões de grande alcance e combatiam corpo-a-corpo quando necessário. Na Frente Oriental, o chamado rolo compressor russo (o maior exército do mundo) obteve algumas vitórias iniciais, mas, logo em seguida, teve que recuar diante dos alemães e austro-húngaros. https://www.youtube.com/watch?v=cmagnpycfas
A mesma velha trincheira, a mesma paisagem, os mesmos ratos crescendo como mato, os mesmos abrigos, nada de novo. Os mesmos e velhos cheiros, tudo na mesma. Os mesmos cadáveres no front, a mesma metralha, das duas às quatro, como sempre cavando, como sempre caçando, a mesma velha guerra dos diabos. (soldado inglês) Às vezes, entre uma trincheira alemã e uma francesa, era possível ouvir as vozes, ouvir o ruído dos talheres durante as refeições, ouvir o soldado inimigo limpar sua arma. Havia toda uma vida que acontecia nas trincheiras, (Alexis Guilbert, militar de elite francês e estudioso da 1.ª Guerra Mundial)
https://www.youtube.com/watch?v=7lo5r2b-gew
O equilíbrio de forças - Os dois blocos estavam equilibrados não ganhavam nem perdiam. A guerra no mar - Com a guerra sem ganhos em terra, submarinos e navios afundam a carga de suprimentos às populações civis matar o inimigo de fome. - Embora militarmente superior, a Alemanha não teve fôlego para conquistar a Rússia. - Em 1915, a Itália, que até então se mantivera neutra, traiu a aliança que fizera com a Alemanha e entrou na guerra ao lado da Tríplice Entente.
- Ao mesmo tempo que foi se alastrando, o conflito tornou-se cada vez mais trágico. Novas armas, como o canhão de tiro rápido, o gás venenoso (de mostarda), o lança-chamas, o avião e o submarino, faziam um número crescente de vítimas.
https://www.youtube.com/watch?v=ydmiohwokdu
1917: o ano decisivo!
Em 1917, uma nova fase se inicia, e acontecem dois fatos decisivos para o desfecho da guerra: a entrada dos Estados Unidos no conflito e a saída da Rússia. Em março de 1917, estourou a Revolução Russa. O Czar Nicolau II foi derrubado e o governo provisório liberal (formado por aristocratas e burgueses) assumiu o poder. Oficialmente, a Rússia continuou na guerra contra a Alemanha, mas seus soldados, esgotados e desmoralizados, praticamente pararam de combater. Essa circunstância poderia permitir aos alemães deslocarem tropas para a frente ocidental, derrotando definitivamente os ingleses e franceses.
A saída da Rússia da guerra está relacionada à Revolução Socialista ocorrida em seu território. O novo governo alegou que a guerra era imperialista e que o seu país tinha muitos problemas internos para resolver. No decorrer da guerra, os Estados Unidos haviam se tornado os grandes fornecedores dos Aliados, aos quais vendiam desde alimentos a armas e munições. Grã-Bretanha, França e outros países tinham acumulado débitos enormes junto aos empresários norte-americanos, os quais não poderiam suportar o prejuízo advindo de uma possível derrota anglo-francesa.
O apoio norte-americano à Tríplice Entente tem uma explicação simples: os EUA tinham feitos grandes investimentos nesses países e queriam assegurar o seu retorno financeiro. Por essa razão, em 6 de abril de 1917, tomando como pretexto o naufrágio de cinco navios norte-americanos por submarinos alemães, o então presidente Wilson declarou guerra à Tríplice Aliança. Como o país não tinha serviço militar obrigatório, foram necessários dez meses para treinar um enorme exército que pudesse operar na Europa. A Marinha de guerra entrou imediatamente na luta contra a Alemanha.
ATIVIDADE DO LIVRO, PÁGINA 71
A partir de então, os países da Entente foram impondo sucessivas derrotas aos seus inimigos. A Alemanha ainda resistia quando foi sacudida por uma rebelião interna, que forçou o imperador Guilherme II a abdicar em 9 de novembro de 1918. O novo governo alemão substituiu a monarquia pela República. Dois dias depois rendeu-se, assinando um documento que declarava a guerra terminada.
Os Tratados de Paz! - Tratado de Versalhes (Conferência de Paris) - Tratado de Saint-German - Tratado de Sykes Picot - Tratado de Brest-Litóviski - Tratado de Neuly - Tratado de Triano - Tratado de Sèvres e Lausanne Em 1919, reuniu-se a Conferência de Paz de Paris, para a qual somente a Rússia não foi convidada. Em vez de discussões amplas e abertas entre todos os envolvidos na Guerra, os tratados de paz foram elaborados pelos três grandes representantes dos Aliados (Tríplice Entente): presidente Wilson (EUA); Lloyd George (Grã-Bretanha); e Clemenceau (França). Esses tratados foram impostos aos países vencidos. O Tratado mais importante foi o de Versalhes.
O Tratado de Versalhes Instituído para a Alemanha. A Alemanha foi a única responsável pela eclosão da guerra. Todas as colônias e vários territórios alemães foram perdidos (Alsácia-Lorena foi restituída à França; o Corredor Polonês, que dividia a Alemanha em duas, e o Porto de Danzig, foram transformados em cidades-livre). Limitações militares: proibição de serviço militar obrigatório e da produção de aviões de combate, tanques, canhões gigantes, navios de guerra de grande porte e submarinos, além da limitação do exército alemão a 100 mil homens. Pagamentos altos e pesadíssimos para a reparação da Guerra (33 bilhões de dólares). As duras, severas (e injustas) condições desse Tratado gerou entre os alemães um profundo ressentimento, responsável em grande parte pela ascensão de Hitler ao poder o que acabaria levando a II Guerra Mundial.
As consequências da Primeira Guerra 11 milhões de mortos (destes, 8 milhões eram combatentes). Fim dos impérios Russo, Austro-Húngaro, Alemão e Otomano. Surgimento de novos Estados europeus: - Áustria, Hungria, Checoslováquia e Iugoslávia. - URSS, Finlândia, Polônia, Lituânia, Letônia e Estônia. Crise econômica generalizada, com especial gravidade na URSS, Itália e Alemanha. Surgimento dos regimes autoritários, tanto de esquerda (comunismo) como de direita (fascismo). Ascensão dos EUA à posição de maior potência mundial. Criação da Sociedade das Nações ou Liga das Nações. Existência de minorias étnicas com tendência separatistas em vários países da Europa Central, criando graves focos de tensão.