Questões orientadoras: A Europa e o Mundo no limiar do século XX. Imperialismo

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Débora Felgueiras da Fonseca
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A Europa e o Mundo no limiar do século XX 9.1 Apogeu e declínio da influência europeia Questões orientadoras: Quais são as maiores potências mundiais no final do século XIX? O que é o Imperialismo?

1 A Europa e o Mundo no limiar do século XX 9.1 Apogeu e declínio da influência europeia Questões orientadoras: Quais são as maiores potências mundiais no final do século XIX? O que é o Imperialismo? Quais as razões para as grandes potências desenvolverem políticas imperialistas? Com é que as grandes potências exerciam o seu domínio? O que foi a Conferência de Berlim? O que foi a questão do Mapa Cor de Rosa? Imperialismo Domínio que um país exerce sobre outro. Esse domínio pode ser indireto e mais suave, ou direto e completo, chamando-se também de colonialismo domínio político, militar, económico e cultural. 1

2 É impossível não considerar a colonização como uma das tarefas que se impõe aos estados civilizados. Não é natural nem justo que os povos civilizados ocidentais se acotovelem e sufoquem nos espaços restritos que foram as suas primeiras moradas; que guardem para si sós as maravilhas das ciências, das artes e da civilização; que vejam, por falta de investimentos vantajosos, diminuir os lucros dos seus capitais; e que deixem talvez metade do mundo a pequenos grupos de homens ignorantes, impotentes, verdadeiras crianças débeis, dispersos por superfícies incomensuráveis. P. Leroy-Beaulieu, Sobre a colonização dos povos modernos, 1891 Conferência de Berlim Reunião dos países europeus com interesses em África, e que se realizou em Berlim entre 1884 e 1885, com o objetivo de partilhar o continente africano. Princípio da Ocupação efetiva: nova forma de regular o direito às colónias, segundo o qual não eram dados direitos a quem tivesse descoberto os territórios mas a quem os ocupasse e desenvolvesse. Ver mapa 2

Mapa Cor de Rosa e o Ultimato Mapa saído da

um Ultimato a Portugal; Embora humilhado, o

Mapa saído da Conferência de Berlim Mapa

Fez-se um peditório nacional para arranjar

para um pequeno cruzador, o Adamastor, sete

3 Mapa Cor de Rosa e o Ultimato Mapa saído da Conferência de Berlim Portugal tenta ocupar a área entre Angola e Moçambique; Como Inglaterra também pretende essa área, faz um Ultimato a Portugal; Embora humilhado, o nosso governo tem de recuar. Mapa saído da Conferência de Berlim Mapa Cor de Rosa e o Ultimato Curiosidades: Fez-se um peditório nacional para arranjar fundos para comprar barcos de guerra deu para um pequeno cruzador, o Adamastor, sete anos mais tarde... Fizeram-se manifestações, escreveram-se artigos, poemas: 3

4 Como se chegou à Primeira Grande Guerra? Rivalidades económicas e nacionalismos: Disputa entre Inglaterra e Alemanha pelo domínio dos mercados mundiais; Tensão entre a França e a Alemanha pela definição das suas fronteiras e pela posse da Alsácia e da Lorena; Movimentos nacionalistas na península balcânica; Nacionalismo exagerado por parte da Alemanha, França e Inglaterra; Política Imperialista por parte da Alemanha, do Império Austro-húngaro e do Império Russo. Contrastes entre as potências europeias: Políticos De um lado Regimes Liberais e Democráticos, do outro Regimes Autoritários; Económicos Existência de países com diferentes ritmos de industrialização A eventualidade de um conflito e os interesses dos diversos países leva à corrida ao armamento e ao estabelecimento de uma política de alianças: Tríplice Aliança entre a Alemanha, a Itália e o Império Austro-húngaro; Tríplice Entente entre a França, a Inglaterra e a Rússia. A FORMAÇÃO DE ALIANÇAS (se um país fosse atacado os outros prestar-lhe-iam apoio militar) TRÍPLICE ALIANÇA (1882) Alemanha Império Austro- Húngaro Itália Mais tarde sai a Itália e junta-se o Império Otomano e a Bulgária TRÍPLICE ENTENTE (1907) França Rússia Reino Unido Mais tarde juntam-se a Itália, Portugal, Estados-Unidos, Japão, China, Brasil 4

RIVALIDADES EUROPEIAS EM 1914 CORRIDA AO ARMAMENTO In Rumos da História, Aníbal

consequências da celebração das alianças; a expressão que melhor caracteriza a

In Rumos da História, Aníbal Barreira e Mendes Moreira, EDIÇÕES ASA ASSASSINATO

herdeiro do Império Austro- Húngaro, Francisco Fernando, é assassinado, em

In Rumos da História 9, Ficheiro de Actividades de História, Aníbal Barreira e

5 RIVALIDADES EUROPEIAS EM 1914 CORRIDA AO ARMAMENTO In Rumos da História, Aníbal Barreira e Mendes Moreira, EDIÇÕES ASA A corrida ao armamento é uma das consequências da celebração das alianças; a expressão que melhor caracteriza a Europa antes do deflagrar da 1ª Guerra Mundial é Paz Armada. In Rumos da História, Aníbal Barreira e Mendes Moreira, EDIÇÕES ASA ASSASSINATO DO ARQUIDUQUE FRANCISCO FERNANDO APELO À MOBILIZAÇÃO A 28 de Junho de 1914, o herdeiro do Império Austro- Húngaro, Francisco Fernando, é assassinado, em Sarajevo, na Bósnia, por um estudante nacionalista sérvio, Gavrilo Prinzip. In Rumos da História 9, Ficheiro de Actividades de História, Aníbal Barreira e Mendes Moreira, EDIÇÕES ASA A mobilização decorreu num clima de grande entusiasmo e alegria; pensava-se que a guerra seria breve e rápida. 5

Guerra em três fases 1ª fase - 1914 GUERRA DE MOVIMENTOS A Alemanha, entre Agosto e Setembro, procura chegar o mais rapidamente a Paris; para isso invade a Bélgica, país neutral e entra em França

1914 A 1917 2ª fase - GUERRA DAS TRINCHEIRAS Os dois exércitos abriram vastas valas, protegidas por uma nova arma, o arame farpado, e instalaram-se em duas frentes principais: Frente Ocidental do mar

6 Guerra em três fases 1ª fase GUERRA DE MOVIMENTOS A Alemanha, entre Agosto e Setembro, procura chegar o mais rapidamente a Paris; para isso invade a Bélgica, país neutral e entra em França quase chegando a Paris. A Alemanha invade a Rússia obrigando a uma apressada mobilização. As tropas alemãs são travadas na batalha do Marne, por exércitos franceses e ingleses A ª fase - GUERRA DAS TRINCHEIRAS Os dois exércitos abriram vastas valas, protegidas por uma nova arma, o arame farpado, e instalaram-se em duas frentes principais: Frente Ocidental do mar do Norte à Suíça. Frente Oriental na Rússia. PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL ( ) MEDALHAS DE SOLDADO PORTUGUÊS Em 1916 a Inglaterra solicita a Portugal a apreensão dos barcos alemães atracados nos seus portos. Portugal assim faz e a Alemanha declara-nos guerra. Portugal entra na guerra nesse mesmo ano. 6

1917 OS EUA ENTRAM NA GUERRA 1917 - A RÚSSIA RETIRA DA GUERRA Os submarinos alemães atacavam os navios de mercadorias e de passageiros dos Estados Unidos, o que fez com que

A Rússia, devido a problemas internos (revolução de Outubro), retira da guerra e assina um tratado de paz, o tratado de Brest- Litovsk.

CONSEQUÊNCIAS DA 1º GUERRA MUNDIAL CONSEQUÊNCIAS DEMOGRÁFICAS Aproximadamente 9 milhões de mortos; decréscimo da taxa de natalidade; diminuição da esperança média de vida;

7 1917 OS EUA ENTRAM NA GUERRA A RÚSSIA RETIRA DA GUERRA Os submarinos alemães atacavam os navios de mercadorias e de passageiros dos Estados Unidos, o que fez com que este país entrasse na guerra. A entrada de tropas frescas e bem armadas na guerra fez desequilibrar as forças para o lado dos aliados. A Rússia, devido a problemas internos (revolução de Outubro), retira da guerra e assina um tratado de paz, o tratado de Brest- Litovsk. 3ª fase - GUERRA DE MOVIMENTOS Em 1918 os exércitos voltam à guerra de movimentos. A 11 de Novembro de 1918 a Alemanha assina o Armistício, ou seja, assina a paz. CONSEQUÊNCIAS DA 1º GUERRA MUNDIAL CONSEQUÊNCIAS DEMOGRÁFICAS Aproximadamente 9 milhões de mortos; decréscimo da taxa de natalidade; diminuição da esperança média de vida; envelhecimento da população. Gripe pneumómica Um surto severo de gripe pneumónica (também chamada de gripe espanhola) contribuiu também para graves consequências na Europa; Provocou a morte de cerca de 5% da população mundial, mais do que a Peste Negra ou a 1ª Guerra. 7

8 CONSEQUÊNCIAS SOCIAIS PARA A EUROPA Desequilíbrio entre população feminina e masculina - excesso de mulheres; milhões de feridos e mutilados; envelhecimento da população; aumento das viúvas (c. de 4 milhões) e dos órfãos (c. de 5 milhões); desemprego; aumento da emigração; aumento dos conflitos sociais. CONSEQUÊNCIAS ECONÓMICAS PARA A EUROPA Empobrecimento geral com gastos brutais no esforço de guerra; enriquecimento dos empresários de guerra; quebra geral das produções e perda de mercados; subida dos preços inflação; destruição das vias de comunicação; desvalorização das moedas; endividamento dos estados europeus em relação aos EUA: a Europa passa de credora a devedora. 8

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