Cosan Limited. Demonstrações financeiras consolidadas em 31 de dezembro de 2015 e relatório dos auditores independentes

Documentos relacionados
ASSOCIAÇÃO DIREITOS HUMANOS EM REDE CNPJ No /

Elekeiroz S.A. Demonstrações contábeis de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e com o IFRS em 31 de dezembro de 2015

SUR REDE UNIVERSITÁRIA DE DIREITOS HUMANOS

ESPORTE CLUBE VITORIA DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM

Ref: Resposta ao Ofício n ₒ

RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO. Senhores Acionistas:

CEOS Administradora de Bens S/A

Laudo de avaliação do acervo líquido formado por determinados ativos e passivos apurados por meio dos livros contábeis Companhia Brasiliana de Energia

Sumário do Pronunciamento Técnico CPC 02 (R2) Efeitos das Mudanças nas Taxas de Câmbio e Conversão de Demonstrações Contábeis

Oficina Técnica. Demonstrações do Fluxo de Caixa (Resolução CFC 1296/2010) Março Elaborado por: Luciano Perrone

1 - CÓDIGO CVM 2 - DENOMINAÇÃO SOCIAL 3 - CNPJ BRASIL INSURANCE PART. E ADM. S.A / CEP 4 - MUNICÍPIO 5 - UF

Demonstrações Financeiras Consolidadas BTG Investments LP

Demonstrações Contábeis Intermediárias. 30 de setembro de 2013 BR GAAP

Relatório da Administração

Sumário do Pronunciamento Técnico CPC 32. Tributos sobre o Lucro

Diagnóstico da Convergência às Normas Internacionais IAS 21 - The Effects of Changes in Foreign Exchange Rates

Brasnorte Transmissora de Energia S.A. Demonstrativo das mutações do ativo imobilizado em 31 de dezembro de 2011

BANCO SANTANDER (BRASIL) S.A.

Demonstrações Contábeis de 31 de dezembro de 2010 BR GAAP/IFRS. Arquivadas na CVM, SEC e SFC em 24/02/2011. Gerência Geral de Controladoria GECOL

Cosan S.A. Indústria e Comércio. Demonstrações financeiras do exercício findo em 31 de dezembro de 2015

CONTABILIDADE GERAL PARA AUDITOR-FISCAL DA RFB

Relatório dos Auditores Independentes Relatório do Comitê de Auditoria Demonstração Consolidada do Resultado... 5

COMUNICADO AO MERCADO

Demonstrações Financeiras Fundo de Investimento Imobiliário CR2 Laranjeiras. 31 de dezembro de 2012 e de 2011

USP-FEA Curso de Administração Disciplina: EAC0111 Noções de Contabilidade para Administradores. Quais são os objetivos do tópico...

PROFESSOR DOCENTE I - CONTABILIDADE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS. Com base nas informações abaixo, responda às questões de nº 26 a 30.

PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES

Cosan Limited. Demonstrações financeiras consolidadas em em 31 de dezembro de 2014 e relatório dos auditores independentes

BALANÇO PATRIMONIAL EM 31 DE DEZEMBRO

Demonstrações financeiras Consolidadas em IFRS em 31 de dezembro de 2015 e 2014

ITG 1000 PARA MICRO E PEQUENAS EMPRESAS

RBS Participações S.A. e empresas controladas

REDE D OR SÃO LUIZ S.A.

RESOLUÇÃO CFC N.º 1.437/13

Banco Safra S.A. e Empresas Controladas

Demonstrações Financeiras Arezzo Indústria e Comércio S.A.

MaxBlue Investimentos Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários S.A.

Concessionária Ecovia Caminho do Mar S.A.

Esporte Clube XV de Novembro de Jaú Demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2015 e relatório dos auditores independentes

RBS Participações S.A.

1 - CÓDIGO CVM 2 - DENOMINAÇÃO SOCIAL 3 - CNPJ LA FONTE PARTICIPAÇÕES S/A / CEP 4 - MUNICÍPIO 5 - UF

Demonstrações Financeiras Suzano Holding S.A. 31 de dezembro de 2014 e 2013 com Relatório dos Auditores Independentes

Demonstrações Financeiras Arezzo Indústria e Comércio S.A.

Cosan S.A. Indústria e Comércio. Demonstrações financeiras do exercício findo em em 31 de dezembro de 2014 e relatório dos auditores independentes

Companhia de Marcas e Controladas

1 - CÓDIGO CVM 2 - DENOMINAÇÃO SOCIAL 3 - CNPJ CALAIS PARTICIPAÇÕES S.A / CEP 4 - MUNICÍPIO 5 - UF

MÉTODO EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL. Norma aplicável: NCRF 13 Inter. em Empr. Conj. e Investimentos em Associadas

RESOLUÇÃO CFC N.º 1.137/08. Aprova a NBC T Avaliação e Mensuração de Ativos e Passivos em Entidades do Setor Público.

RESOLUÇÃO CGPC Nº 04, DE 30 DE JANEIRO DE 2002.

Anual de 2015 Demonstrações Contábeis Consolidadas IFRS

Demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2015 e 2014

Confab Anuncia Resultados para o Primeiro Trimestre de 2008

HG Brasil Shopping - Fundo de Investimento Imobiliário (CNPJ no / ) (Administrado pela Hedging-Griffo Corretora de Valores S.A.

Norma contabilística e de relato financeiro 23

Randon Brantech Implementos para o Transporte Ltda. Laudo de avaliação a valor contábil do Patrimônio Líquido em 31 de março de 2014

A seguir, a correção da prova de Julgador Administrativo Tributário, cargo integrante da Secretaria da Fazenda de Pernambuco.

Companhia Melhoramentos Norte do Paraná

Demonstrações Financeiras Atento Brasil S.A.

GIFE - Grupo de Institutos, Fundações e Empresas Demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2005 e de 2004 e parecer dos auditores independentes

ROSSI RESIDENCIAL S. A. COMENTÁRIOS SOBRE O DESEMPENHO CONSOLIDADO NO PRIMEIRO TRIMESTRE DE 2.003

RESOLUÇÃO CFC Nº 1.025, 15 DE ABRIL DE 2005

Demonstrações Contábeis Aplicadas ao Setor Público - DCASP

1 - CÓDIGO CVM 2 - DENOMINAÇÃO SOCIAL 3 - CNPJ SANTOS BRASIL TECON S.A / CEP 4 - MUNICÍPIO 5 - UF

CONTABILIDADE SOCIETÁRIA 2

COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 32. Tributos sobre o Lucro. Correlação às Normas Internacionais de Contabilidade IAS 12

Com relatório dos Auditores Independentes sobre as Demonstrações Contábeis

NORMA CONTABILISTICA E DE RELATO FINANCEIRO 25 IMPOSTOS SOBRE O RENDIMENTO

Orçamento de Caixa. Sabrina Alencar Larissa Falcão Adriana Sampaio

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010 E 2009

PLANO DE CONTAS DO ESTADO DE GOIÁS

ANÁLISE FINANCEIRA E DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

Gabarito da Apostila de Contabilidade Internacional

Demonstrações Financeiras Instituto Odeon - Filial

Relatório da Revisão Especial %R% - Com Ressalva

Cosan Limited. Demonstrações financeiras intermediárias consolidadas em 31 de março de 2016 e relatório de revisão dos auditores independentes

HSBC LEASING ARRENDAMENTO MERCANTIL (BRASIL) S.A.

Laudo de avaliação do patrimônio líquido contábil da AES Tietê S.A. Companhia Brasiliana de Energia. 30 de junho de 2015


Cosan Limited. Demonstrações financeiras consolidadas em 31 de dezembro de 2013 e relatório dos auditores independentes

IPLF Holding S.A. Laudo de avaliação do patrimônio líquido contábil apurado por meio dos livros contábeis

Cosan Limited. Demonstrações financeiras intermediárias consolidadas em 30 de setembro de 2015 e relatório de revisão dos auditores independentes

Universidade Federal de Pernambuco Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais CONTABILIDADE SOCIETÁRIA 2

NOTAS EXPLICATIVAS. (valores expressos em milhares de Reais, exceto quando indicado de outra forma)

OI S.A. (Razão Social da Companhia em Questão (Emissora))

PROVA DE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS CÓD. 14

Demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2013

Demonstrações Financeiras Azul S.A. 31 de dezembro de 2014, 2013 e 2012 com Relatório dos Auditores Independentes

CPFL LESTE PAULISTA NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS REGULATÓRIAS PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 E DE

RELATÓRIO DE RELAÇÕES COM INVESTIDORES RESULTADOS 2T ,00

SEFAZ/PE. Pessoal, vou comentar as questões da prova.

Agropecuária Uberaba S.A. Demonstrações financeiras em 31 de março de 2015 e 2014

Cosan Limited. Demonstrações financeiras intermediárias consolidadas em 30 de junho de 2014 e relatório dos auditores independentes

Diagnóstico da Convergência às Normas Internacionais IAS 33 Earnings per Share

Cosan S.A. Indústria e Comércio. Demonstrações financeiras intermediárias em 30 de setembro de 2016

COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 32. Tributos sobre o Lucro. Correlação às Normas Internacionais de Contabilidade IAS 12

Prática de Transações com Partes Relacionadas. Banco Bradesco S.A.

Fundo de Investimento Imobiliário Rodobens (Administrado pelo Banco Ourinvest S.A.) Demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2009 e de 2008 e

RESPOSTA: 80% Só Participações Ind Máquinas Pg = ,00 PL vc = ,00

Cosan Limited. Demonstrações financeiras intermediárias consolidadas em 30 de setembro de 2014 e relatório dos auditores independentes

ABCD. LFG Business, Edições e Participações Ltda. Laudo de avaliação a valor contábil

Transcrição:

Demonstrações financeiras consolidadas em 31 de dezembro de 2015 e relatório dos auditores independentes

Demonstrações financeiras consolidadas Em 31 de dezembro de 2015 Conteúdo Relatório dos auditores independentes sobre as demonstrações financeiras consolidadas... 3 Balanços patrimoniais consolidados... 5 Demonstrações dos resultados e outros resultados abrangentes consolidadas... 7 Demonstrações das mutações do patrimônio líquido consolidadas... 9 Demonstrações dos fluxos de caixa consolidadas... 12... 14 2

Relatório dos auditores independentes sobre as demonstrações financeiras consolidadas Aos Administradores e Acionistas Cosan Limited Examinamos as demonstrações financeiras consolidadas da Cosan Limited ( Companhia ) que compreendem o balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2015 e as respectivas demonstrações do resultado e do resultado abrangente, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa, para o exercício findo naquela data, assim como o resumo das principais práticas contábeis e demais notas explicativas. Responsabilidade da administração sobre as demonstrações financeiras A administração da Companhia é responsável pela elaboração e adequada apresentação das demonstrações financeiras consolidadas de acordo com as normas internacionais de relatório financeiro (IFRS) emitidas pelo International Accounting Standards Board IASB, assim como pelos controles internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração dessas demonstrações financeiras livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro. Responsabilidade dos auditores independentes Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras com base em nossa auditoria, conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Essas normas requerem o cumprimento de exigências éticas pelos auditores e que a auditoria seja planejada e executada com o objetivo de obter segurança razoável de que as demonstrações financeiras estão livres de distorção relevante. Uma auditoria envolve a execução de procedimentos selecionados para obtenção de evidência a respeito dos valores e divulgações apresentados nas demonstrações financeiras. Os procedimentos selecionados dependem do julgamento do auditor, incluindo a avaliação dos riscos de distorção relevante nas demonstrações financeiras, independentemente se causada por fraude ou erro. Nessa avaliação de riscos, o auditor considera os controles internos relevantes para a elaboração e adequada apresentação das demonstrações financeiras da Companhia para planejar os procedimentos de auditoria que são apropriados nas circunstâncias, mas não para fins de expressar uma opinião sobre a eficácia desses controles internos da Companhia. Uma auditoria inclui, também, a avaliação da adequação das práticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis feitas pela administração, bem como a avaliação da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião. Opinião sobre as demonstrações financeiras Em nossa opinião as demonstrações financeiras consolidadas acima referidas apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira consolidada da Cosan Limited em 31 de dezembro de 2015, o desempenho consolidado de suas operações e os seus respectivos fluxos de caixa para o exercício findo naquela data, de acordo com as normas internacionais de relatório financeiro (IFRS) emitidas pelo International Accounting Standards Board IASB. 3

Outros assuntos Auditoria das demonstrações financeiras dos exercícios anteriores As demonstrações financeiras consolidadas da Companhia em 31 de dezembro de 2014 e as demonstrações consolidadas do resultado e outros resultados abrangentes, das mutações do patrimônio líquido e do fluxo de caixa para o período de nove meses findo em 31 de dezembro de 2013 foram anteriormente auditados por outros auditores independentes que emitiram relatório sem modificação datado em 18 de março de 2015 e 26 de fevereiro de 2014, respectivamente. São Paulo, 9 de março de 2016 KPMG Auditores Independentes CRC 2SP014428/O-6 (Relatório original em Inglês assinado por) Carlos Augusto Pires Contador CRC 1SP184830/O-7 4

Balanços patrimoniais consolidados (Em milhares de Reais - R$) Nota 31/12/2015 31/12/2014 Ativos Caixa e equivalentes de caixa 7 3.505.824 1.649.340 Caixa restrito 57.290 - Títulos e valores mobiliários 8 749.698 149.735 Contas a receber de clientes 9 904.245 865.109 Instrumentos financeiros derivativos 34 138.105 30.069 Estoques 10 656.901 353.720 Recebíveis de partes relacionadas 13 75.229 38.357 Crédito de imposto de renda e contribuição social 135.050 94.100 Outros tributos a recuperar 11 311.892 78.818 Outras contas a receber 12-69.683 Dividendos a receber 12.064 36.130 Ativos mantidos para venda 16 149.938 25.089 Outros ativos 138.995 174.957 Ativo circulante 6.835.231 3.565.107 Contas a receber de clientes 9 60.733 480.992 Caixa restrito 200.893 - Imposto de renda e contribuição social diferidos 25 1.698.611 214.164 Recebíveis de partes relacionadas 13 221.345 212.527 Crédito de imposto de renda e contribuição social 274.597 8.778 Outros tributos a recuperar 11 633.549 17.299 Depósitos judiciais 26 680.224 418.385 Outras contas a receber 12-370.497 Instrumentos financeiros derivativos 34 2.292.191 860.509 Outros ativos 1.185.787 648.669 Investimentos em associadas 14 184.376 130.677 Investimentos em controladas em conjunto 15 8.329.520 8.404.503 Propriedades para investimento 16 2.595.035 2.641.978 Imobilizado 17 9.805.887 1.435.890 Ativos intangíveis 18 17.309.689 10.286.373 Ativo não circulante 45.472.437 26.131.241 Total do ativo 52.307.668 29.696.348 As notas explicativas são parte integrante destas demonstrações financeiras consolidadas 5

Balanços patrimoniais consolidados (Em milhares de Reais - R$) Nota 31/12/2015 31/12/2014 Passivo Empréstimos, financiamentos e debêntures 19 2.775.510 1.056.353 Arrendamentos mercantis 20 539.615 - Antecipações de créditos imobiliários 88.089 - Instrumentos financeiros derivativos 34 812 13.803 Fornecedores 23 1.963.981 1.112.459 Ordenados e salários a pagar 256.279 120.416 Imposto de renda e contribuição social correntes 59.620 30.905 Outros tributos a pagar 24 153.540 307.741 Arrendamentos e concessões 21 20.205 - Dividendos a pagar 39.934 33.354 Pagáveis a partes relacionadas 13 204.080 137.441 Receita diferida 110.517 - Outros passivos financeiros 236.698 - Outras contas a pagar 473.753 158.471 Passivo circulante 6.922.633 2.970.943 Empréstimos, financiamentos e debêntures 19 16.053.693 7.446.287 Arrendamentos mercantis 20 1.202.086 - Antecipações de créditos imobiliários 196.917 - Instrumentos financeiros derivativos 34 741.686 319.632 Fornecedores 23 1.031 - Outros tributos a pagar 24 51.327 334.565 Provisão para demandas judiciais 26 1.193.931 657.779 Arrendamentos e concessões 21 2.204.039 - Benefícios pós-emprego 35 344.447 301.850 Imposto de renda e contribuição social diferidos 25 4.179.564 1.739.274 Obrigações com acionistas preferencialistas não controladores 27 2.042.878 1.926.888 Receita diferida 95.730 - Outras contas a pagar 723.034 509.823 Passivo não circulante 29.030.363 13.236.098 Total do passivo 35.952.996 16.207.041 Patrimônio líquido 28 Capital social 5.328 5.328 Outras reservas de capital 4.006.562 3.887.109 Outros resultados abrangentes (478.207) (165.618) Lucros acumulados 2.483.283 2.117.739 Patrimônio líquido atribuível aos: Acionistas controladores 6.016.966 5.844.558 Acionistas não controladores 10.337.706 7.644.749 Total do patrimônio líquido 16.354.672 13.489.307 Total do passivo e patrimônio líquido 52.307.668 29.696.348 As notas explicativas são parte integrante destas demonstrações financeiras consolidadas 6

Demonstrações de resultados e outros resultados abrangentes consolidadas (Em milhares de Reais - R$, exceto resultado por ação) Doze meses Doze meses Nove meses findos em findos em findos em Nota 31/12/2015 31/12/2014 31/12/2013 Receita operacional líquida 30 12.458.251 9.062.304 6.878.214 Custos dos produtos vendidos e dos serviços prestados 31 (8.663.635) (6.413.720) (4.878.229) Lucro bruto 3.794.616 2.648.584 1.999.985 Despesas de vendas 31 (900.728) (881.543) (603.965) Despesas gerais e administrativas 31 (939.638) (668.613) (466.933) Outras receitas (despesas) operacionais, líquidas 33 301.062 (21.240) 76.272 Despesas operacionais (1.539.304) (1.571.396) (994.626) Lucro antes do resultado de equivalência patrimonial e do resultado financeiro 2.255.312 1.077.188 1.005.359 Resultado de equivalência patrimonial Equivalência patrimonial em associadas 14 7.978 3.540 5.497 Equivalência patrimonial das controladas em conjunto 15 775.566 588.428 242.036 783.544 591.968 247.533 Resultado financeiro 32 Despesas financeiras (2.629.440) (1.060.802) (804.606) Receitas financeiras 588.475 217.112 179.904 Variação cambial (746.058) (300.521) (324.495) Derivativos 622.295 161.363 235.485 (2.164.728) (982.848) (713.712) Lucro antes do imposto de renda e contribuição social 874.128 686.308 539.180 Imposto de renda e contribuição social 25 Corrente (176.477) (156.502) (129.976) Diferidos 188.611 112.673 90.782 12.134 (43.829) (39.194) Lucro do exercício 886.262 642.479 499.986 Outros resultados abrangentes 28 Itens que não serão reclassificados para o resultado: (Perdas) ganhos atuariais de plano de benefícios definido (28.897) 46.988 42.438 Tributos diferidos sobre os itens que não serão reclassificados para o resultado 9.825 (15.976) (14.429) (19.072) 31.012 28.009 7

Demonstrações de resultados e outros resultados abrangentes consolidadas (Em milhares de Reais - R$, exceto resultado por ação) Itens que podem ser reclassificados para o resultado: Diferenças cambiais de conversão de operações no exterior (169.904) (75.408) (42.891) Perda de hedge de fluxo de caixa em controladas em conjunto e subsidiárias (224.874) (53.958) (6.426) Variação líquida no valor justo de ativos financeiros mantidos para venda 12.447 9.110 13.753 Tributos diferidos sobre os itens que podem ser reclassificados para o resultado (4.563) (3.097) (4.676) (386.894) (123.353) (40.240) Outros resultados abrangentes, líquidos de imposto de renda e contribuição social (405.966) (92.341) (12.231) Resultado abrangente total 480.296 550.138 487.755 Lucro atribuído aos: Acionistas controladores 459.790 171.006 122.618 Acionistas não controladores 426.472 471.473 377.368 Resultado abrangente atribuível aos: Acionistas controladores 147.201 90.275 96.639 Acionistas não controladores 333.095 459.863 391.116 Lucro básico por ação das operações continuadas 29 R$ 1,74 R$ 0,65 R$ 0,46 Lucro diluído por ação das operações continuadas 29 R$ 1,68 R$ 0,58 R$ 0,40 As notas explicativas são parte integrante destas demonstrações financeiras consolidadas 8

Demonstrações das mutações do patrimônio líquido consolidadas (Em milhares de Reais - R$) Reservas de capital Outras Outros Participação de Total do Capital reservas de resultados Lucros acionistas não patrimônio social capital abrangentes acumulados Total controladores líquido Saldo em 1 de abril de 2013 5.328 3.856.849 (58.908) 2.194.051 5.997.320 7.208.701 13.206.021 Lucro do período de nove meses - - - 122.618 122.618 377.368 499.986 Outros resultados abrangentes: Diferenças cambiais de conversão de operações no exterior - - (34.984) - (34.984) (7.907) (42.891) Perda de hedge de fluxo de caixa em controladas em conjunto - - (4.004) - (4.004) (2.422) (6.426) Ganhos atuariais em plano de benefício definido, líquido de imposto - - 11.334-11.334 16.675 28.009 Variação líquida no valor justo de ativos financeiros mantidos para venda, líquido de imposto - - 1.675-1.675 7.402 9.077 Total de outros resultados abrangentes, liquido de impostos - - (25.979) 122.618 96.639 391.116 487.755 Contribuições e distribuições para os acionistas: Opções sobre ações exercidas - 10.120 - - 10.120 6.123 16.243 Efeito da distribuição de dividendos para não controladores - 889 - - 889 (589) 300 Opções outorgadas reconhecidas - 4.109 - - 4.109 2.486 6.595 Dividendos propostos - - - (179.694) (179.694) (148.586) (328.280) Total de contribuições e distribuições de e para os acionistas - 15.118 - (179.694) (164.576) (140.566) (305.142) Transações com os acionistas: Ações em tesouraria - (43.412) - - (43.412) (26.268) (69.680) Prescrição de dividendos - 303 - - 303 507 810 Total de transações com os acionistas - (43.109) - - (43.109) (25.761) (68.870) Saldo em 31 de dezembro de 2013 5.328 3.828.858 (84.887) 2.136.975 5.886.274 7.433.490 13.319.764 As notas explicativas são parte integrante destas demonstrações financeiras consolidadas 9

Demonstrações das mutações do patrimônio líquido consolidadas (Em milhares de Reais - R$) Reservas de capital Outras Outros Participação de Total do Capital reservas de resultados Lucros acionistas não patrimônio social capital abrangentes acumulados Total controladores líquido Saldo em 1 de janeiro de 2014 5.328 3.828.858 (84.887) 2.136.975 5.886.274 7.433.490 13.319.764 Lucro do exercício - - - 171.006 171.006 471.473 642.479 Outros resultados abrangentes: Diferenças cambiais de conversão de operações no exterior - - (66.653) - (66.653) (8.755) (75.408) Perda de hedge de fluxo de caixa em controladas em conjunto e subsidiárias - - (33.687) - (33.687) (20.271) (53.958) Ganhos atuariais em plano de benefício definido, líquido de imposto - - 18.285-18.285 12.727 31.012 Variação líquida no valor justo de ativos financeiros mantidos para venda, líquido de imposto - - 1.324-1.324 4.689 6.013 Total de outros resultados abrangentes, liquido de impostos - - (80.731) 171.006 90.275 459.863 550.138 Contribuições e distribuições para os acionistas: Opções sobre ações exercidas - 28.436 - - 28.436 17.111 45.547 Efeito da distribuição de dividendos para não controladores - 3.411 - - 3.411 857 4.268 Opções outorgadas reconhecidas - 8.073 - - 8.073 4.851 12.924 Dividendos propostos - - - (190.242) (190.242) (255.293) (445.535) Total de contribuições e distribuições de e para os acionistas - 39.920 - (190.242) (150.322) (232.474) (382.796) Transações com os acionistas: Aquisição de participação de acionistas não controladores - 18.331 - - 18.331 (16.130) 2.201 Total de transações com os acionistas - 18.331 - - 18.331 (16.130) 2.201 Saldo em 31 de dezembro de 2014 5.328 3.887.109 (165.618) 2.117.739 5.844.558 7.644.749 13.489.307 As notas explicativas são parte integrante destas demonstrações financeiras consolidadas 10

Demonstrações das mutações do patrimônio líquido consolidadas (Em milhares de Reais - R$) Reservas de capital Outras Outros Participação de Total do Capital reservas de resultados Lucros acionistas não patrimônio social capital abrangentes acumulados Total controladores líquido Saldo em 1 de janeiro de 2015 5.328 3.887.109 (165.618) 2.117.739 5.844.558 7.644.749 13.489.307 Lucro do exercício - - - 459.790 459.790 426.472 886.262 Outros resultados abrangentes: Diferenças cambiais de conversão de operações no exterior - - (160.956) - (160.956) (8.948) (169.904) Perda de hedge de fluxo de caixa em controladas em conjunto e subsidiárias - - (140.777) - (140.777) (84.428) (225.205) Perdas atuariais em plano de benefício definido, líquido de imposto - - (12.192) - (12.192) (6.880) (19.072) Variação líquida no valor justo de ativos financeiros mantidos para venda, líquido de imposto - - 1.336-1.336 6.879 8.215 Total de outros resultados abrangentes, liquido de impostos - - (312.589) 459.790 147.201 333.095 480.296 Contribuições e distribuições para os acionistas: Efeito da distribuição de dividendos para não controladores - (3.847) - - (3.847) 3.847 - Opções outorgadas reconhecidas - 7.628 - - 7.628 5.033 12.661 Dividendos propostos - - - (94.246) (94.246) (437.256) (531.502) Total de contribuições e distribuições de e para os acionistas - 3.781 - (94.246) (90.465) (428.376) (518.841) Transações com os acionistas: Aquisição de participação de acionistas não controladores - 636 - - 636 (10.838) (10.202) Combinação de negócios - ALL - 118.937 - - 118.937 2.820.416 2.939.353 Custos com recompra de ações da Rumo - (3.901) - - (3.901) (21.340) (25.241) Total de transações com os acionistas - 115.672 - - 115.672 2.788.238 2.903.910 Saldo em 31 de dezembro de 2015 5.328 4.006.562 (478.207) 2.483.283 6.016.966 10.337.706 16.354.672 As notas explicativas são parte integrante destas demonstrações financeiras consolidadas 11

Demonstrações dos fluxos de caixa consolidadas (Em milhares de Reais - R$) Doze meses Doze meses Nove meses findos em findos em findos em Nota 31/12/2015 31/12/2014 31/12/2013 Fluxo de caixa das atividades operacionais Lucro antes do imposto de renda e contribuição social 874.128 686.308 539.180 Ajustes para: Depreciação e amortização 17 / 18 1.178.836 679.101 439.144 Amortização do direito de concessão 124.376 - - Equivalência patrimonial em associadas 14 (7.978) (3.540) (5.497) Equivalência patrimonial das controladas em conjunto 15 (775.566) (588.428) (242.036) Perda apurada nas alienações de ativo não circulante 22.424 9.958 6.922 Opções outorgadas reconhecidas 13 12.661 12.924 6.595 Mudança no valor justo de propriedades para investimento 16 / 33 (51.073) (131.697) (121.543) Provisão para demandas judiciais 33 58.956 51.347 80.944 Juros, variações monetárias e cambiais, líquidos 2.394.013 1.086.158 825.774 Ganhos com ações indenizatórias (297.203) - - Outros 116.306 42.557 40.167 3.649.880 1.844.688 1.569.650 Variação em: Contas a receber de clientes 66.858 (268.813) (254.236) Estoques (200.034) (40.321) (28.324) Impostos a recuperar (155.567) 51.013 (13.167) Partes relacionadas 98.555 (112.251) (8.519) Fornecedores 283.167 241.827 55.728 Outros passivos financeiros 63.152 - - Ordenados e salários a pagar (71.931) (58.098) (14.216) Provisão para demandas judiciais (36.394) (50.136) (107.484) Depósitos judiciais (14.683) (3.723) (8.142) Benefícios pós-emprego (29.312) (14.002) (10.222) Outros tributos a pagar (69.779) (458.979) (156.476) Outros ativos e passivos, líquidos (233.350) (14.055) 105.658 (299.317) (727.538) (439.400) Caixa líquido decorrente das atividades operacionais 3.350.563 1.117.150 1.130.250 Fluxo de caixa de atividades de investimento Aporte de capital em controladas e coligadas (82.765) (46.259) (79.594) Títulos e valores mobiliários 208.775 - - Caixa restrito (26.565) - 18.220 12

Demonstrações dos fluxos de caixa consolidadas (Em milhares de Reais - R$) Caixa líquido adquirido em combinação de negócios 5 103.044 - - Dividendos recebidos de controladas e associadas 8.515 3.118 3.684 Dividendos recebidos de controladas em conjunto 671.351 705.072 406.424 Adições ao imobilizado, intangível e investimentos (2.012.197) (1.063.412) (976.119) Caixa recebido na venda de ativos imobilizado, intangível e investimentos 8.412 1.196 65.350 Caixa recebido de venda de operações descontinuadas 118.362 68.633 57.175 Caixa líquido utilizado nas atividades de investimento (1.003.068) (331.652) (504.860) Fluxo de caixa de atividades de financiamento Captações de empréstimos e financiamentos 5.201.072 1.720.385 1.072.339 Amortização de empréstimos e financiamentos Principal (3.901.237) (2.905.983) (1.083.944) Juros (1.195.814) (725.309) (376.526) Amortização de arrendamento mercantil Principal (289.606) - - Juros (166.760) - - Antecipações de créditos imobiliários (99.381) - - Instrumentos financeiros derivativos 581.753 (84.951) 82.621 Captação por meio de ações preferenciais - 1.946.736 - Dividendos pagos (656.669) (630.233) (314.446) Ações em tesouraria (12.186) - (69.659) Partes relacionadas (3.806) (1.643) - Opções de ações exercidas - 45.547 16.243 Caixa líquido utilizado pelas atividades de financiamento (542.634) (635.451) (673.372) Aumento (decréscimo) líquido em caixa e equivalentes de caixa 1.804.860 150.047 (47.982) Caixa e equivalentes de caixa no início do exercício 1.649.340 1.509.565 1.544.072 Efeito da variação cambial sobre o saldo de caixa e equivalentes de caixa 51.624 (10.272) 13.475 Caixa e equivalentes de caixa no final do exercício 3.505.824 1.649.340 1.509.565 Informação suplementar: Imposto de renda e contribuição social pagos 109.875 157.285 129.539 As notas explicativas são parte integrante destas demonstrações financeiras consolidadas 13

1 Contexto operacional A Cosan Limited ( Cosan ) foi constituída em Bermuda, em 30 de abril de 2007. As ações ordinárias Classe A da Cosan são negociadas na Bolsa de Valores de Nova Iorque (NYSE) (ticker - CZZ). Os BDRs (Brazilian Depositary Receipts) representam as ações ordinárias Classe A da Cosan, listadas na Bolsa de Valores de São Paulo (BM&FBOVESPA) (ticker CZLT33). O Sr. Rubens Ometto Silveira Mello é o controlador em última instância da Cosan. A Cosan controla suas subsidiárias Cosan S.A. Indústria e Comércio ( Cosan S.A. ) e Cosan Logística S.A. ( Cosan Logística ) por meio de uma participação de 62,51% e 63,27%, respectivamente. Cosan, Cosan S.A., Cosan Logística e suas subsidiárias são coletivamente referidas como Companhia. A Companhia atua nos seguintes segmentos de negócio: (i) distribuição de gás natural canalizado em parte do território do Estado de São Paulo por meio de sua controlada Companhia de Gás de São Paulo COMGÁS ( COMGÁS ); (ii) serviços logísticos de transporte, armazenagem e elevação portuária de commodities, principalmente açúcar, por meio de suas controladas indiretas Rumo Logística Operadora Multimodal S.A. ( Rumo ) e América Latina logística S.A. ( ALL ), segmento logística ( Logística ); (iii) compra, venda e arrendamento de terras agrícolas por meio de suas controladas Radar Propriedades Agrícolas S.A. e Radar II Propriedades Agrícolas S.A. ( Radar ); e (iv) produção e distribuição de lubrificantes, por meio de suas controladas indiretas Cosan Lubrificantes e Especialidades S.A. ( CLE ) e Comma Oil & Chemical Ltd. ( Comma ), licenciados sob a Marca Mobil no Brasil, Bolívia, Uruguai e Paraguai, além de mercado europeu e asiático com a marca Comma ( Lubrificantes ); e (v) demais investimentos, além das estruturas corporativas da Companhia ( Cosan outros negócios ). A Companhia também possui participação em duas companhias controladas em conjunto ("Joint Ventures" ou "JVs"): (i) Raízen Combustíveis S.A. ( Raízen Combustíveis ), no negócio de distribuição de combustíveis, e (ii) Raízen Energia S.A. ( Raízen Energia ), no negócio de produção e comércio de açúcar, etanol e cogeração de energia, principalmente, produzida a partir do bagaço de cana de açúcar. Em Assembleia Geral Ordinária realizada em 31 de julho de 2013 foi deliberada a alteração do exercício social da Companhia de 31 março para 31 de dezembro. Esta alteração foi motivada por mudanças na carteira de investimentos da Companhia, no qual os outros negócios que se tornaram significativos, não usam o ano safra (31 de março). Com essa mudança, o ano fiscal da Companhia começa em 1 de janeiro e termina em 31 de dezembro de cada ano. Assim sendo, as demonstrações financeiras consolidadas do período de nove meses findos em 31 de dezembro de 2013 (período de transição) não são comparáveis. Em 31 de dezembro de 2015, a Cosan Logística apresentou um capital circulante líquido consolidado negativo de R$ 2.002.026. A Administração da Cosan Logística vem trabalhando em ações para mitigar qualquer incerteza significativa sobre a capacidade da Cosan Logística em continuar operando no futuro previsível, que inclui um compromisso de aporte da Companhia de até R$ 750.000 em caixa como dívida ou capital para financiamento. As subsidiarias Cosan S.A. e Cosan Logística fazem parte de um acordo com acionistas não controladores da Rumo, cujo aditivo possuía eficácia a partir da incorporação de ações da ALL pela Rumo. O acordo prevê um direito de substituições de ações da Rumo por determinado número de ações a serem emitidas pelas subsidiarias Cosan S.A. e Cosan Logística. No momento da conclusão da operação não foi identificado impactos nas demonstrações financeiras consolidadas da Companhia. 14

2 Base de preparação 2.1 Declaração de conformidade As demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas de acordo com as Normas Internacionais de Relatório Financeiro (IFRS) emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB). A emissão dessas demonstrações financeiras consolidadas foi autorizada pela Administração em 16 de fevereiro de 2016. 2.2 Moeda funcional e moeda de apresentação As demonstrações financeiras consolidadas são apresentadas em Reais (R$). No entanto, a moeda funcional da Cosan Limited é o Dólar (US$). O Real é a moeda funcional das suas subsidiárias e controladas em conjunto domiciliadas no Brasil, uma vez que é a moeda do principal ambiente econômico em que operam, geram e consomem o caixa. As principais moedas funcionais das subsidiárias localizadas fora do Brasil são o Dólar ou a Libra Esterlina (GBP). 2.3 Uso de estimativas e julgamentos A preparação das demonstrações financeiras consolidadas em conformidade com as normas IFRS requer que a Administração faça julgamentos, estimativas e adote premissas que afetam a aplicação de políticas contábeis e os valores reportados de ativos, passivos, receitas e despesas. Os resultados reais podem divergir dessas estimativas. As estimativas e premissas são revisadas de forma contínua. As revisões das estimativas contábeis são reconhecidas prospectivamente. As informações sobre julgamentos críticos e incertezas referentes as políticas contábeis adotadas que apresentam efeitos sobre os valores reconhecidos nas demonstrações financeiras consolidadas estão incluídas nas seguintes notas explicativas: Notas 17 e 18 - Imobilizado e Intangíveis A Companhia realiza anualmente uma avaliação dos indicadores de impairment de ativos intangíveis com vida útil e imobilizados. Além disso, um teste de impairment é efetuado para o ágio e ativos intangíveis com vida útil indefinida. Um impairment existe quando o valor contábil de um ativo ou unidade geradora de caixa excede o seu valor recuperável, que é o maior entre o valor justo menos os custos de venda e o seu valor em uso. As principais premissas utilizadas para determinar o valor recuperável em diferentes unidades geradoras de caixa para as quais o ágio é alocado são explicadas na nota 18. A controlada COMGÁS possui contrato de concessão pública de serviço de distribuição de gás, conforme descrito em que o Poder Concedente controla quais serviços devem ser prestados e a que preço, bem como detém, participação significativa na infraestrutura ao final da concessão. Esse contrato de concessão representa o direito de cobrar dos usuários pelo fornecimento de gás, durante a vigência do contrato. Assim sendo, a Companhia reconhece como ativo intangível esse direito. Dessa forma, a construção da infraestrutura necessária para a distribuição de gás é considerada um serviço prestado ao Poder Concedente e a correspondente receita é reconhecida a valor justo. Os custos de financiamento diretamente relacionados à construção são também capitalizados. 15

A Companhia não reconhece margem na construção de infraestrutura, pois essa margem está, em sua grande maioria, vinculada aos serviços contratados de terceiros por valores que refletem o valor justo. Sujeito a aprovação do Poder Concedente, a Companhia tem a opção de requerer uma única vez a prorrogação dos serviços de distribuição por mais 20 anos. Extinta a concessão, os ativos vinculados à prestação de serviço de distribuição de gás serão revertidos ao Poder Concedente, tendo a Companhia direito à indenização a ser determinada com base nos levantamentos e avaliações observando os valores contábeis a serem apurados nessa época. Atualmente os valores referentes a indenização não são preestabelecido ou determináveis, motivo pelo qual a Companhia não aplicou o modelo bifurcado para a contabilização do ativo financeiro. A amortização do ativo intangível reflete o padrão em que se espera que os benefícios econômicos futuros do ativo sejam consumidos pela controlada COMGÁS durante o período de vigência do contrato de concessão, considerando a prorrogação, os quais correspondem à vida útil dos ativos componentes de infraestrutura em linha com as disposições da Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo ( ARSESP ), conforme divulgado na nota 18. A amortização dos componentes do ativo intangível é descontinuada quando o respectivo ativo tiver sido totalmente consumido ou baixado, deixando de integrar a base de cálculo da tarifa de prestação de serviços de concessão, o que ocorrer primeiro. A controlada Rumo possuí contratos de concessão gerados na combinação de negócios da ALL e foram alocados integralmente à concessão da ALL Malha Norte e sua amortização será realizada linearmente até o final do contrato. Nota 20 - Compromissos de arrendamento operacional A Companhia contratou arrendamentos mercantis comerciais e avaliou os termos e condições dos contratos, os riscos e benefícios assumidos, e desta forma, contabiliza os contratos como arrendamentos mercantis operacionais. Nota 25 - Imposto de renda e contribuição social diferidos Impostos diferidos ativos são reconhecidos para todos os prejuízos fiscais não utilizados na extensão em que seja provável que o lucro tributável estará disponível contra o qual os prejuízos possam ser utilizados. Julgamento significativo da Administração é requerido para determinar o valor do imposto diferido ativo que pode ser reconhecido, com base no prazo provável e nível de lucros tributáveis futuros, juntamente com estratégias de planejamento fiscal futuras. Outros ativos não circulantes A Companhia é parte ativa em ações movidas contra a União Federal, visando as devidas indenizações decorrentes da defasagem de preços de açúcar e etanol. Um crédito de ação indenizatória é reconhecido quando é praticamente certo que ocorrerá uma entrada de benefícios econômicos. Os saldos de crédito de ações indenizatórias estão registrados na linha de Outros Ativos, no ativo não circulante, nos montantes de R$ 830.461 e R$ 460.103 em 16

31 de dezembro de 2015 e 2014, respectivamente (nota 26). Em função de recentes decisões judiciais, durante o exercício foi reconhecido o valor de R$ 290.180 (líquido da provisão de honorários advocatícios) relativo a outra ação da mesma natureza descrita acima na linha de Outras receitas operacionais, líquidas (nota 33). A Companhia possui ações indenizatórias adicionais às mencionadas acima, as quais por serem consideradas prováveis não foram registradas por representarem ativos contingentes. Nota 16 - Mensuração a valor justo de propriedades para investimento A Companhia apresenta suas propriedades para investimento a valor justo, sendo as mudanças no valor justo reconhecidas na demonstração do resultado. A Companhia contratou avaliadores independentes para determinar o valor justo em 31 de dezembro de 2015. Para propriedades para investimento, o avaliador utilizou a técnica de avaliação com base no método comparativo direto de dados do mercado (Nível 2), tais como pesquisa de mercado, homogeneização de valores, fatores preços de mercado a vista, vendas, distâncias, facilities, acesso as terras, topografia e solo, uso da terra (cultura), nível pluviométrico, entre outros. Nota 34 - Valor justo dos derivativos e outros instrumentos financeiros Quando o valor justo dos ativos e passivos financeiros apresentados no balanço patrimonial não puder ser obtido de mercados ativos, é determinado utilizando técnicas de avaliação, incluindo o modelo de fluxo de caixa descontado. Os dados para esses métodos se baseiam naqueles praticados no mercado, quando possível; contudo, quando isso não for viável, um determinado nível de julgamento é requerido para estabelecer o valor justo. O julgamento inclui considerações sobre os dados utilizados, tais como o risco de liquidez, risco de crédito e volatilidade. Mudanças nas premissas sobre esses fatores poderiam afetar o valor justo apresentado dos instrumentos financeiros. Nota 35 - Mensuração de obrigações de benefícios definidos Passivos atuariais O custo de planos de aposentadoria com benefícios definidos e outros benefícios pós-emprego e o valor presente da obrigação de aposentadoria são determinados utilizando métodos de avaliação atuarial. A avaliação atuarial envolve o uso de premissas sobre as taxas de desconto, taxas de retorno de ativos esperadas, aumentos salariais futuros, taxas de mortalidade e aumentos futuros de benefícios de aposentadorias e pensões. A obrigação de benefício definido é altamente sensível a mudanças nessas premissas. Todas as premissas são revisadas a cada data de balanço. Nota 36 - Pagamento baseado em ações A Companhia mensura o custo de transações liquidadas com ações com funcionários baseado no valor justo dos instrumentos patrimoniais na data da sua outorga. A estimativa do valor justo dos pagamentos com base em ações requer a determinação do modelo de avaliação mais adequado para a concessão de instrumentos patrimoniais, o que depende dos termos e condições da concessão. Isso requer também a determinação dos dados mais adequados para o modelo de avaliação, incluindo a vida esperada da opção, volatilidade e rendimento de dividendos e correspondentes premissas. As premissas e modelos utilizados para estimar o valor justo dos pagamentos baseados em ações são divulgados na nota 36. 17

Nota 26 - Provisão para demandas judiciais As provisões para demandas judiciais são reconhecidas quando: a Companhia tem uma obrigação legal ou constituída como resultado de eventos passados; é provável que uma saída de recursos seja necessária para liquidar a obrigação; e o montante foi estimado com segurança. A avaliação da probabilidade de perda inclui a avaliação das evidências disponíveis, a hierarquia das leis, as jurisprudências disponíveis, as decisões mais recentes nos tribunais e sua relevância no ordenamento jurídico, bem como a avaliação dos advogados externos. As provisões são revisadas e ajustadas para levar em conta alterações nas circunstâncias, tais como prazo de prescrição aplicável, conclusões de inspeções fiscais ou exposições adicionais identificadas com base em novos assuntos ou decisões de tribunais. Provisão para demandas judiciais proveniente de uma combinação de negócios é mensurada ao valor justo na data de aquisição como parte da combinação de negócios. Nota 15 - Investimento nas controladas em conjunto A Companhia detém 50% do direito a voto em seu acordo conjunto. A Companhia detém o controle conjunto pois, conforme os acordos contratuais, é requerido consenso unânime entre todas as partes do acordo para todas as atividades relevantes. As controladas em conjunto Raízen Energia e Raízen Combustíveis são sociedades cuja forma legal faz uma separação entre as partes do acordo conjunto e a própria Companhia. Além disso, segundo os acordos contratuais, confere a Companhia e às partes do acordo, direitos aos ativos líquidos da sociedade. Por essa razão, esse acordo é classificado como joint venture. Mensuração do valor justo Uma série de políticas e divulgações contábeis da Companhia requer a mensuração de valor justo para ativos e passivos financeiros e não financeiros. A Administração revisa regularmente dados não observáveis significativos e ajustes de avaliação. Se informações de terceiros, tais como cotações de corretoras ou serviços de preços, é utilizada para mensurar valor justo, a Administração analisa as evidências obtidas para suportar a conclusão de que tais avaliações atendem os requisitos dos IFRS, incluindo o nível de hierarquia do valor justo em que tais avaliações devem ser classificadas. Ao mensurar o valor justo de um ativo ou um passivo, a Companhia usa dados observáveis de mercado, quanto possível. Os valores justos são classificados em diferentes níveis em uma hierarquia baseada nas informações (inputs) utilizadas nas técnicas de avaliação da seguinte forma: Nível 1: preços cotados (não ajustados) em mercados ativos para ativos e passivos idênticos; Nível 2: inputs, exceto os preços cotados incluídos no Nível 1, que são observáveis para o ativo ou passivo, diretamente (preços) ou indiretamente (derivado de preços); e Nível 3: inputs, para o ativo ou passivo, que não são baseados em dados observáveis de mercado (inputs não observáveis). 18

A Companhia reconhece as transferências entre níveis da hierarquia do valor justo no final do período das demonstrações financeiras em que ocorreram as mudanças. 2.4 Base de mensuração As demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas com base no custo histórico com exceção dos seguintes itens materiais reconhecidos nos balanços patrimoniais consolidados: os instrumentos financeiros derivativos mensurados pelo valor justo; os instrumentos financeiros mensurados pelo valor justo por meio do resultado; os ativos financeiros disponíveis para venda mensurados pelo valor justo por meio do resultado; pagamentos contingentes assumidos em uma combinação de negócios são mensurados pelo valor justo; propriedades para investimento são mensuradas pelo valor justo; e obrigações de benefícios definidos dos empregados são apresentados pelo valor presente da obrigação atuarial líquido do valor justo dos ativos do plano, conforme nota 35. 3 Principais políticas contábeis As políticas contábeis descritas abaixo têm sido aplicadas de maneira consistente pela Companhia a todos os exercícios e períodos apresentados nestas demonstrações financeiras consolidadas. 3.1 Base de consolidação As demonstrações financeiras consolidadas incluem as informações financeiras da Cosan e suas controladas, listadas a seguir: Participação direta em subsidiária 19 31/12/2015 31/12/2014 Cosan Logística S.A. (i) 63,27% 62,51% Cosan S.A. Indústria e Comércio 62,51% 62,51% Participação da Cosan S. A. Indústria e Comércio em suas entidades controladas Águas da Ponte Alta S.A. 65,00% 65,00% Bioinvestments Negócios e Participações S.A. 65,00% 65,00% Comma Oil Chemicals Limited 100,00% 100,00% Companhia de Gás de São Paulo - COMGÁS 61,33% 60,69% Cosan Biomassa S.A. 100,00% 100,00% Cosan Cayman II Limited 100,00% 100,00% Cosan Global Limited 100,00% 100,00% Cosan Investimentos e Participações S.A. 100,00% 100,00% Cosan Lubes Investments Limited 100,00% 100,00% Cosan Lubrificantes e Especialidades S.A. 100,00% 100,00% Cosan Luxembourg S.A. 100,00% 100,00%

Cosan Overseas Limited 100,00% 100,00% Cosan Paraguay S.A. 100,00% 100,00% Cosan US, Inc. 100,00% 100,00% Ilha Terminal Distribuição de Produto Químicos Ltda. 100,00% - Nova Agrícola Ponte Alta S.A. 29,50% 29,50% Nova Amaralina S.A. Propriedades Agrícolas 29,50% 29,50% Nova Santa Barbara Agrícola S.A. 29,50% 29,50% Pasadena Empreendimentos e Participações S.A. 100,00% 100,00% Proud Participações S.A. 65,00% 65,00% Radar II Propriedades Agrícolas S.A. 65,00% 65,00% Radar Propriedades Agrícolas S.A. 29,50% 29,50% Terras da Ponte Alta S.A. 29,50% 29,50% Vale da Ponte Alta S.A. 65,00% 65,00% Zip Lube S.A. 100,00% 100,00% Participação da Cosan Logística S. A. em suas entidades controladas Rumo Logística Operadora Multimodal S.A. 26,26% 75,00% Logispot Armazéns Gerais S.A. 13,39% 38,25% Rumo Um S.A. - 75,00% Rumo Dois S.A. - 75,00% ALL América Latina Logística S.A. 26,26% - ALL Intermodal S.A. 26,26% - ALL Malha Oeste S.A. 26,26% - ALL Malha Paulista S.A. 26,26% - ALL Malha Sul S.A. 26,26% - ALL Malha Norte S.A. 26,06% - ALL Participações S.A. 26,26% - ALL Armazéns Gerais Ltda. 26,26% - Portofer Ltda. 26,26% - Boswells S.A. 26,26% - Brado Holding S.A. 26,26% - Brado Logística e Participações S.A. 16,34% - Brado Logística S.A. 16,34% - ALL Serviços Ltda. 26,26% - ALL Equipamentos Ltda. 26,26% - ALL Argentina S.A. 23,89% - ALL Mesopotâmica S.A. 18,53% - ALL Central S.A. 19,31% - Paranaguá S.A. 26,22% - ALL Rail Management Ltda. 13,13% - PGT S.A. 26,26% - 20

(i) A mudança na participação societária da Cosan Logística está relacionada ao programa de recompra de suas ações ordinárias, de acordo com o comunicado ao mercado emitido em 7 de abril de 2015. a) Combinações de negócios Combinação de negócios é registrado utilizando o método de aquisição. A contraprestação de aquisição transferida é geralmente mensurada ao valor justo, assim como os ativos líquidos identificáveis adquiridos e passivos assumidos. Qualquer ágio derivado da transação é testado anualmente para perda por redução ao valor recuperável (impairment). Os custos das transações são registrados no resultado conforme incorridos, exceto os custos relacionados à emissão de instrumentos de dívida ou patrimônio. A contraprestação transferida não inclui montantes referentes aos pagamentos de relacionamentos preexistentes. Esses montantes são reconhecidos no resultado do exercício. b) Participação de acionistas não controladores Para cada combinação de negócios, a Companhia opta por mensurar qualquer participação de não controladores na adquirida, tanto: em valor justo; ou em participação proporcional dos ativos líquido identificáveis da adquirida, que são geralmente a valor justo. Mudanças na participação da Companhia em uma controlada que não resultem em perda de controle são contabilizados como transações de patrimônio líquido. c) Controladas Controladas são todas as entidades nas quais a Companhia detém o controle. As controladas são totalmente consolidadas a partir da data em que o controle é transferido para a Companhia. A consolidação é interrompida a partir da data em que a Companhia deixa de ter o controle. As políticas contábeis das controladas são alteradas, quando necessário, para assegurar a consistência com as políticas adotadas pela Companhia. d) Investimento em coligadas (equivalência patrimonial das investidas) As coligadas são aquelas entidades nas quais a Companhia tenha influência significativa, mas não controle ou controle conjunto, sobre as políticas financeiras e operacionais. A influência significativa supostamente ocorre quando a Companhia, direta ou indiretamente, mantém entre 20% e 50% do poder votante da entidade. Os investimentos em coligadas são contabilizados por meio do método de equivalência patrimonial e são reconhecidos inicialmente pelo custo. O custo dos investimentos incluem os gastos com transação. De acordo com o método da equivalência patrimonial, a parcela atribuível à Companhia sobre o lucro ou prejuízo líquido do exercício desses investimentos é registrada na demonstração do 21

resultado sob a rubrica Resultado de equivalência patrimonial. Todos os saldos intragrupo, receitas e despesas e ganhos e perdas não realizados, oriundos de transações intragrupo, são eliminados por completo. Os outros resultados abrangentes de controladas são registrados diretamente no patrimônio líquido da Companhia sob a rubrica Outros resultados abrangentes. e) Investimento em controladas em conjunto A Companhia tem participação em Joint Ventures, que são entidades controladas em conjunto, em que os empreendimentos têm um acordo contratual que estabelece o controle conjunto sobre voto e as atividades econômicas das entidades. O acordo exige unanimidade para as decisões financeiras e operacionais entre os empreendimentos. A Companhia reconhece sua participação nas Joint Ventures, utilizando o método de equivalência patrimonial (nota 15). f) Transações eliminadas na consolidação Saldos e transações intergrupo, e quaisquer receitas ou despesas não realizadas derivadas de transações intergrupo, são eliminados na preparação das demonstrações financeiras. Ganhos não realizados oriundos de transações com investidas registradas por equivalência patrimonial são eliminados contra o investimento na proporção da participação da Companhia na investida. Prejuízos não realizados são eliminados similarmente, mas somente até o ponto em que não haja evidência de perda por redução ao valor recuperável. 3.2 Moeda estrangeira a) Transações em moeda estrangeira Transações em moeda estrangeira são convertidas para as respectivas moedas funcionais de cada subsidiária, utilizando as taxas de câmbio nas datas das transações. Ativos e passivos monetários denominados e apurados em moedas estrangeiras na data de apresentação são convertidas para a moeda funcional à taxa de câmbio apurada naquela data. b) Operações no exterior Os ativos e passivos de operações no exterior, incluindo ágio e ajustes de valor justo resultantes na aquisição, são convertidos para Real às taxas de câmbio apuradas na data de apresentação. As receitas e despesas de operações no exterior são convertidas em Reais às taxas de câmbio apuradas nas datas das transações. As diferenças de moedas estrangeiras são reconhecidas em outros resultados abrangentes, e apresentadas no patrimônio líquido. Entretanto se a controlada não for uma controlada integral, então a parte proporcional da diferença de conversão é atribuída aos acionistas não controladores. Quando uma operação no exterior (controlada, associada ou entidade controlada em conjunto) é alienada, o valor registrado em conta de ajuste acumulado de conversão é transferido para resultado como parte do resultado na alienação. c) Conversão das demonstrações financeiras das controladas Estas demonstrações financeiras consolidadas foram convertidas para o Real utilizando os seguintes critérios: 22

os ativos e passivos foram convertidos pela taxa de câmbio na data do balanço; o resultado, resultado abrangente e os fluxos de caixa foram convertidos pela taxa de câmbio média mensal; e o patrimônio líquido foi convertido utilizando a taxa de câmbio histórica. As diferenças cambiais resultantes da conversão são reconhecidas na rubrica de patrimônio líquido denominada Diferenças cambiais de conversão de operações no exterior. As demonstrações financeiras de cada controlada incluída nestas demonstrações financeiras consolidadas e os investimentos pelo método da equivalência patrimonial foram preparadas com base na respectiva moeda funcional. Para as empresas controladas, cuja moeda funcional é diferente do Real, as contas de ativos e passivos são convertidas para a moeda de reporte da Companhia, usando as taxas de câmbio em vigor na data de balanço, e as receitas e despesas são convertidas pelas taxas médias de câmbio do período. As taxas de conversão do Real (R$) para o dólar norte americano (US$) eram R$ 3,9048 = US$ 1,00 em 31 de dezembro de 2015, R$ 2,6562 = US$ 1,00 em 31 de dezembro de 2014 e R$ 2,3426 = US$ 1,00 em 31 de dezembro de 2013. 3.3 Instrumentos financeiros a) Ativos financeiros não derivativos A Companhia reconhece os empréstimos e recebíveis e depósitos inicialmente na data em que foram originados. Todos os outros ativos financeiros (incluindo os ativos designados pelo valor justo por meio do resultado) são reconhecidos inicialmente na data da negociação na qual a Companhia se torna uma das partes das disposições contratuais do instrumento. A Companhia classifica os ativos financeiros não derivativos nas seguintes categorias: ativos financeiros registrados pelo valor justo por meio do resultado, investimentos mantidos até o vencimento, empréstimos e recebíveis e ativos financeiros disponíveis para venda. (i) Ativos financeiros mensurados pelo valor justo por meio do resultado Um ativo financeiro é classificado pelo valor justo por meio do resultado caso seja classificado como mantido para negociação, ou seja, designado como tal no momento do reconhecimento inicial. Os ativos financeiros são designados pelo valor justo por meio do resultado se a Companhia gerencia tais investimentos e toma decisões de compra e venda baseadas em seus valores justos de acordo com a gestão de riscos documentada e a estratégia de investimentos da Companhia. Os custos da transação são reconhecidos no resultado como incorridos. Ativos financeiros registrados pelo valor justo por meio do resultado são medidos pelo valor justo, e mudanças no valor justo desses ativos, os quais levam em consideração qualquer ganho com dividendos, são reconhecidas no resultado do exercício. Os ativos financeiros classificados como mantidos para negociação incluem títulos de dívida de curto prazo ativamente gerenciados pelo departamento de 23

tesouraria da Companhia para garantir liquidez de curto prazo necessária. Ativos financeiros designados como pelo valor justo por meio do resultado compreendem instrumentos patrimoniais que de outra forma seriam classificados como disponíveis para venda. (ii) Ativos financeiros mantidos até o vencimento Ativos financeiros não derivativos com pagamentos fixos ou determináveis e vencimentos fixos são classificados como mantidos até o vencimento, quando a Companhia tem a intenção positiva e capacidade de manter até o vencimento. Juros, taxa de câmbio, deduzidos de perdas por redução ao valor recuperável, quando aplicável, são reconhecidos no resultado quando incorridos na rubrica de receitas e despesas financeiras. No caso da Companhia, ativos financeiros mantidos até o vencimento compreendem debêntures. Após o reconhecimento inicial, os ativos financeiros mantidos até o vencimento são mensurados pelo custo amortizado. (iii) Empréstimos e recebíveis Empréstimos e recebíveis são ativos financeiros com pagamentos fixos ou calculáveis que não são cotados no mercado ativo. Tais ativos são reconhecidos inicialmente pelo valor justo acrescido de quaisquer custos de transação atribuíveis. Após o reconhecimento inicial, os empréstimos e recebíveis são medidos pelo custo amortizado por meio do método dos juros efetivos, decrescidos de qualquer perda por redução ao valor recuperável. Os empréstimos e recebíveis abrangem caixa e equivalentes de caixa, caixa restrito, clientes e outros créditos. (iv) Caixa restrito O caixa restrito é representado por aplicações financeiras que são vinculadas a empréstimos da Companhia, bem como escrow para alienações fiduciárias. (v) Caixa e equivalentes de caixa Caixa e equivalentes de caixa abrangem saldos de caixa e investimentos financeiros resgatáveis em três meses ou menos a partir da data da contratação. Os quais são sujeitos a um risco insignificante de alteração no valor, e são utilizados na gestão das obrigações de curto prazo. (vi) Ativos financeiros disponíveis para venda Ativos financeiros disponíveis para venda são ativos financeiros não derivativos que são designados como disponíveis para venda ou não são classificados em nenhuma das categorias anteriores. Ativos financeiros disponíveis para venda são registrados inicialmente pelo seu valor justo acrescido de qualquer custo de transação diretamente atribuível. 24