Previsão das cargas iônicas O número de elétrons que um átomo perde está relacionado com a sua posição na tabela periódica.

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Transcrição:

Aula 4 Formação de cátions e ânions Ligações químicas

Ións e compostos iônicos Em geral: átomos metálicos tendem a perder elétrons para se transformarem em cátions; íons não-metálicos tendem a ganhar elétrons para formarem ânions. Previsão das cargas iônicas O número de elétrons que um átomo perde está relacionado com a sua posição na tabela periódica.

Ións e compostos iônicos Previsão das cargas iônicas i - - - - -

Cátions com valência variável

Ligações químicas Ligação química: é a força atrativa que mantém dois ou mais átomos unidos. Ligação iônica: resulta da transferência de elétrons de um metal para um não-metal. Ligação covalente: resulta do compartilhamento de elétrons entre dois átomos. Normalmente encontrada entre elementos não-metálicos. Ligação metálica: é a força atrativa que mantém metais puros unidos.

Ligação iônica Considere a reação entre o sódio e o cloro: Na(s) + ½Cl 2 (g) NaCl(s) ΔHº f = -410,9 kj

Ligação iônica A reação é violentamente exotérmica. Inferimos que o NaCl é mais estável do que os elementos que o constituem. Por quê? O Na perdeu um elétron para se transformar em Na + e o cloro ganhou o elétron para se transformar em Cl. Observe: Na + tem a configuração eletrônica do Ne e o Cl tem a configuração do Ar. Isto é, tanto o Na + como o Cl têm um octeto de elétrons circundando o íon central.

Ligação iônica Por que formam-se os sais? O ciclo de Born-Haber contabilização das energias envolvidas na formação de sais. (1) Vaporização do Li 155 kj (2)Energia de Ligação do F 2 77,5 kj (3)Potencial de Ionização do Li 520 kj (4) Afinidade Eletrônica do F 328 kj (5) Energia de Rede Cristalina do LIF 1030 kj Total 605,55 kj

Afinidades eletrônicas

Ligação iônica

Ligação covalente Quando dois átomos similares se ligam, nenhum deles quer perder ou ganhar um elétron para formar um octeto. t Quando átomos similares se ligam, eles compartilham pares de elétrons para que cada um atinja o octeto. Cada par de elétrons compartilhado constitui uma ligação química. Por exemplo: H + H H 2 tem elétrons em uma linha conectando os dois núcleos de H.

Ligação covalente

Formação do H 2

Polaridade da ligação e eletronegatividade Em uma ligação covalente, os elétrons estão compartilhados. O compartilhamento de elétrons para formar uma ligação covalente não significa compartilhamento igual daqueles elétrons. Existem algumas ligações covalentes nas quais os elétrons estão localizados mais próximos a um átomo do que a outro. O compartilhamento desigual de elétrons resulta em ligações polares.

Polaridade da ligação e eletronegatividade Eletronegatividade ti id d Eletronegatividade: é a habilidade de um átomo de atrair elétrons para si em certa molécula l. Pauling estabeleceu as eletronegatividades em uma escala de 0,7 (Cs) a40(f) 4,0 (F). A eletronegatividade aumenta: ao logo de um período e ao descermos em um grupo.

Polaridade da ligação e eletronegatividade Eletronegatividade

Polaridade da ligação e eletronegatividade Eletronegatividade ti id d e polaridade de ligação A diferença na eletronegatividade entre dois átomos é uma medida da polaridade de ligação: as diferenças de eletronegatividade próximas a 0 resultam em ligações covalentes apolares (compartilhamento de elétrons igual ou quase igual); as diferenças de eletronegatividade ti id d próximas ói a 2 resultam em ligações covalentes polares (compartilhamento de elétrons desigual); as diferenças de eletronegatividade próximas a 3 resultam em ligações iônicas (transferência de elétrons).

Polaridade da ligação e eletronegatividade Eletronegatividade ti id d e polaridade de ligação Não há distinção acentuada entre os tipos de ligação. A extremidade positiva (ou polo) em uma ligação polar é representada por δ+eopolo negativo por δ-.

Polaridade da ligação e eletronegatividade Momentos de dipolo Considere HF: A diferença de eletronegatividade leva a uma ligação polar. Há mais densidade eletrônica no F do que no H. Uma vez que há duas extremidades diferentes da molécula, chamamos o HF de um dipolo. O momento de dipolo, μ, é a ordem de grandeza do dipolo: δ μ = δ r onde é o valor das cargas parciais i e r o comprimento da ligação. Os momentos de dipolo são medidos em debyes (D). 1D = 3,34x1034x10-30 Cm C.m

Desenhando as estruturas de Lewis Estruturas de ressonância Exemplo: no ozônio, as possibilidades extremas têm uma ligação dupla e uma simples. A estrutura de ressonância tem duas ligações idênticas de caráter intermediário. O O O O O O Exemplos comuns: O 3, NO 3-, SO 4 2-, NO 2 e benzeno.

Desenhando as estruturas de Lewis Ressonância no benzeno O benzeno consiste de seis átomos de carbono em um anel hexagonal. Cada átomo de C está ligado a dois outros átomos de C e um átomo de hidrogênio. Existem ligações simples e duplas alternadas entre os átomos de C. A estrutura experimental do benzeno mostra que todas as ligações p q g ç C-C têm o mesmo comprimento. Da mesma forma, sua estrutura mostra que o benzeno é plano.

A ordem de ligação

Espectrofotometria p de Infravermelho

Espectrofotometria de Infravermelho

Espectrofotometria de Infravermelho