Modelos atômicos. Modelo de Bohr

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CAPÍTULO II O ÁTOMO E A TABELA PERIÓDICA

Proposta de Resolução

PROPRIEDADES PERIÓDICAS

Transcrição:

Modelos atômicos Modelo de Bohr O modelo de Bohr apresenta limitações significativas, não servindo para explicar vários dos fenômenos nos quais estão envolvidos elétrons.

As deficiências do modelo de Bohr foram supridas pelo modelo atômico da mecânica quântica. Neste modelo o elétron apresenta características tanto de onda quanto de partícula. O elétron não é mais tratado como uma partícula que se movimenta num orbital discreto. Sua posição passa a ser considerada como a probabilidade de se encontrar um elétron em um local próximo do núcleo.

Distribuição eletrônica, segundo: (a) modelo atômico de Bohr (b) mecânica quântica

Mecânica quântica Equação de Einstein (~ 1910) Princípio da incerteza

Mecânica ondulatória e mecânica quântica De Broglie (1924) Equação da corda vibrante Equação de Schröedinger (1926)

Números quânticos

Soluções da Equação de Schröedinger

Soluções da Equação de Schröedinger

Soluções da Equação de Schröedinger

Átomo de hidrogênio

Molécula de hidrogênio

Ligação iônica e covalente

Ligação metálica Ligação metálica

Transição contínua entre tipos de ligação

MATERIAIS SEGUNDO O TIPO DE LIGAÇÃO Tetraedro que representa a contribuição relativa dos diferentes tipos de ligação para as quatro categorias fundamentais de materiais de engenharia (metais, cerâmicas, polímeros e semicondutores)

Distância de equilíbrio entre átomos ou íons

VISÃO ATÔMICA DO MÓDULO DE ELASTICIDADE

VISÃO ATÔMICA DA FRATURA

Algumas propriedades de materiais

TABELA PERIÓDICA Os elementos químicos são classificados de acordo com a sua configuração eletrônica.

A eletronegatividade dos elementos

LIGAÇÕES PRIMÁRIAS LIGAÇÃO IÔNICA envolve a transferência de elétrons de um átomo para outro a ligação é não-direcional a ligação iônica resulta da atração eletrostática entre dois íons de cargas opostas Exemplo: Para o cloreto de sódio, tanto o cátion Na + quanto o ânion Cl - ficam com seus orbitais externos completos.

CRISTAIS IÔNICOS

CRISTAIS IÔNICOS

CRISTAIS IÔNICOS

CRISTAIS IÔNICOS Óxido de urânio Óxido de magnésio

LIGAÇÕES PRIMÁRIAS LIGAÇÃO COVALENTE compartilhamento dos elétrons de valência de dois átomos adjacentes a ligação resultante é altamente direcional

COVALÊNCIA Orbital que penetra dois núcleos Orbitais híbridos

HIBRIDIZAÇÃO sp 3 Molécula de metano

HIBRIDIZAÇÃO sp 3

HIBRIDIZAÇÃO sp 2 Molécula de etileno

HIBRIDIZAÇÃO sp 2 Anel de benzeno Grafita

HIBRIDIZAÇÃO sp 1 Molécula de acetileno

ESTRUTURAS DA SÍLICA

LIGAÇÕES PRIMÁRIAS LIGAÇÃO METÁLICA envolve compartilhamento de elétrons não direcional metais possuem de um a três elétrons de valência os elétrons de valência passam a ser elétrons livres, que (i) apresentam a mesma probabilidade de se associar a um grande número de átomos vizinhos e (ii) formam uma nuvem eletrônica

CRISTAIS METÁLICOS

Elétrons nos sólidos Raios X e bandas de energia

Elétrons nos sólidos Superposição de estados S Níveis de energia e separação atômica

Elétrons nos sólidos Bandas de energia para metais (condutores) e isolantes

Elétrons nos sólidos Bandas de energia para materiais semi-condutores

LIGAÇÕES SECUNDÁRIAS ou de Van der Waals Ocorrem atrações entre dipolos gerados pela assimetria de cargas. O mecanismo dessas ligações é similar ao das ligações iônicas, porém não existem elétrons transferidos. As ligações dipolares podem ser entre: (i) dipolos induzidos flutuantes, (ii) dipolos permanentes e induzidos, (iii) dipolos permanentes.

Representação esquemática de (a) um átomo eletricamente simétrico e (b) um dipolo atômico flutuante. dipolo permanente

PONTE DE HIDROGÊNIO É um caso especial de ligação entre moléculas polares. É o tipo de ligação secundária mais forte. Ocorre entre moléculas em que o H está ligado covalentemente ao F (HF), O (H 2 O) ou N (NH 3 ).

MOLÉCULAS POLARES Distribuição de carga em diferentes de moléculas

Pontes de hidrogênio formando a estrutura cristalina do gêlo. PONTES DE HIDROGÊNIO

MACROMOLÉCULAS - POLÍMEROS Polímeros ramificados lisos ou que formam caroço

POLÍMEROS AMORFOS

Polímeros parcialmente cristalinos

Polímeros parcialmente cristalinos Esferulitos

Polímeros parcialmente cristalinos Estrutura do polietileno de alta densidade

LIGAÇÕES CRUZADAS - Elastômeros Nylon Borracha

LIGAÇÕES CRUZADAS Baquelite (formaldeído fenólico)

ENERGIAS DE LIGAÇÃO

Densidade: peso atômico, raio atômico (iônico) e distribuição atômica espacial. Condutividades elétrica e térmica: estão associadas à mobilidade dos portadores de carga, que depende da distribuição eletrônica espacial. Pontes de hidrogênio na água no estado sólido (gelo).

FORÇAS E ENERGIAS DE LIGAÇÃO Quando dois átomos se aproximam, eles exercem uma força um no outro: onde: F A F R F N F N força de atração força de repulsão força resultante F A F R A energia potencial (E N ) será dada por: E N N dr onde: r distância interatômica F r F A dr r F R dr

FORÇAS E ENERGIAS DE LIGAÇÃO (a) Forças de atração e de repulsão em função da distância interatômica para dois átomos isolados (b) Energia potencial em função da distância interatômica para dois átomos isolados

O comprimento da ligação entre dois átomos é a distância correspondente ao ponto de mínima energia (soma dos dois raios atômicos). (a) Para metais puros, todos os átomos têm o mesmo raio atômico. (b) Para sólidos iônicos, os raios atômicos são diferentes, uma vez que íons adjacentes nunca são idênticos.

CORRELAÇÃO DAS PROPRIEDADES COM AS CURVAS DE FORÇA E DE ENERGIA DE LIGAÇÃO Resistência mecânica: aumenta com a força máxima e com a profundidade do poço da curva de energia de ligação. Pontos de fusão e de ebulição: aumentam com a profundidade do poço da curva de energia de ligação Coeficiente de expansão térmica: diminui com a profundidade do poço da curva de energia de ligação

CORRELAÇÃO DAS PROPRIEDADES COM AS CURVAS DE FORÇA E DE ENERGIA DE LIGAÇÃO Módulo de elasticidade: aumenta com a tangente da curva de força de ligação no ponto onde a força é nula, (df N /dr), para F N =0