DO-OP-/P-028 Página: 1/9 1. OBJETIVO Determinar a metodologia para a substituição de cruzetas nas estruturas Tipo 4 com rede desenergizada. 2. ABRANGÊNCIA Este procedimento aplica-se a todas as Empresas de Distribuição da Eletrobras - EDEs nos serviços de campo. 3. REFERÊNCIAS 3.1 Norma Regulamentadora NR-06 (Equipamento de Proteção Individual); 3.2 Norma Regulamentadora NR-18 (Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção); 3.3 Norma Regulamentadora NR-10 (Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade); 3.4 Norma Brasileira Regulamentadora NBR 5434 (Redes de Distribuição Aérea Urbana de Energia Elétrica); As demais normas e procedimentos não listados acima e necessários para a execução da tarefa deverão ser pesquisados e utilizados. 4. MATERIAIS NECESSÁRIOS 4.1 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL Vestimenta especial para classe de risco 2 (Vestimenta retardante a chama); Capacete de Segurança classe B com jugular; Óculos de Proteção; Luva de Raspa; Luva de vaqueta; Cinturão de Segurança tipo pára-quedista; Talabarte de posicionamento; Trava-queda; Sapato ou Botina de Segurança para áreas com influência de eletricidade; Capa proteção contra chuva. 4.2 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA Cones de sinalização de altura 75cm; Fita/corrente de sinalização para delimitação de área; Bandeirolas;
DO-OP-/P-028 Página: 2/9 Escada extensível (fibra ou madeira) com bandeirola; Dispositivos de ancoragem (agulhão, gancho, fita para escada extensível e dispositivo para fixação na cabeça do poste); Fita de ancoragem 1.200mm para extensão da linha de vida; Fita de ancoragem 1.500mm para extensão da linha de vida; Freio antipânico ABS para resgate; Corda para linha de vida; Mosquetão em aço com dupla trava; Vara telescópica com sacola de acondicionamento; Sacola para acondicionar o Kit para trabalho em altura; Detector de Tensão de 1kV a 138kV (AT); Sacola/balde de lona; Corda de serviço com carretilha; Moitão com dois gornes. 4.3 FERRAMENTAIS E DEMAIS ITENS NECESSÁRIOS Estojo de primeiros socorros; Rádio de Comunicação; Farol de Emergência; Lanterna; Alicate universal; Alicate Volt-amperímetro; Chave de fenda; Chave regulável 12 ; Formulário APR Análise Preliminar de Risco. Os demais materiais, ferramentas, EPIs e EPCs não listados acima e necessários para a execução da tarefa deverão ser relacionados e utilizados de acordo com a análise de risco no local. 5. RESPONSABILIDADES E AUTORIDADES Cabe aos Gerentes, Líderes das Localidades e Técnicos dos Processos exigirem a prática deste procedimento, bem como garantir o treinamento do teor deste aos empregados envolvidos no serviço de campo. Cabe aos supervisores/encarregados de equipes e executores orientar, aplicar e cumprir os critérios deste procedimento. 6. IDENTIFICAÇÃO E MEDIDAS DE CONTROLE DE RISCOS E IMPACTOS Antes da execução da tarefa, deve-se realizar seu planejamento, análise preliminar de riscos (APR) e identificar impactos ambientais, eliminando-os ou aplicando seus respectivos controles e/ou providências cabíveis, conforme NR-10 e procedimentos específicos.
DO-OP-/P-028 Página: 3/9 7. DISPOSIÇÕES GERAIS 7.1 Os serviços em instalações energizadas, ou em suas proximidades devem ser suspensos de imediato na iminência de ocorrência que possa colocar os trabalhadores em perigo; 7.2 O responsável pela execução do serviço deve suspender as atividades quando verificar situação ou condição de risco não prevista, cuja eliminação ou neutralização imediata não seja possível; 7.3 Os trabalhadores devem interromper suas tarefas exercendo o direito de recusa, sempre que constatarem evidências de riscos graves e iminentes para sua segurança e saúde ou a de outras pessoas, comunicando imediatamente o fato a seu superior hierárquico, que diligenciará as medidas cabíveis; 7.4 A tarefa poderá ser executada no período noturno, em caso de emergência, somente se houver dois pontos de iluminação (eficiente), sendo um fixo no veículo e um portátil, para ser manuseado pelo eletricista auxiliar; 7.5 Antes da execução do serviço, obrigatoriamente, deve ser realizada inspeção acurada da estrutura, postes e equipamentos adjacentes, verificando o grau de deterioração do material, com a finalidade de identificar falhas no condutor, cruzetas podres, vespeiros, isoladores danificados, etc., para a execução da tarefa com segurança conforme POP - Inspeção de Postes em Redes de Baixa e Média Tensão. 7.6 Quando a cruzeta for de concreto, utilizar o moitão ou caminhão tipo guindauto. 8. PROCEDIMENTOS DE EXECUÇÃO PASSO A PASSO 8.1 PROCEDIMENTOS INICIAIS Desenvolvimento Competência Riscos Controle Passo 1 Motorista. Estacionar veículo. Passo 2 Sinalizar veículo, Instalando equipamentos de sinalização: Cones. Passo 3 Planejar execução da tarefa. Detalhes: a) Realizar a análise de riscos, inspeção visual na estrutura, no Abalroamento; Colisão; Atropelamento. Obedecer ao código nacional de transito; Ligar pisca alerta; Utilizar freio de estacionamento. Atropelamento. Observar o tráfego, cuidados ao se movimentar na via publica; Manter-se de frente para o fluxo de veículos. Chefe de turma; Atropelamento; Ataque de insetos e animais peçonhentos. Sinalizar veículo; Observar o tráfego, cuidados ao se movimentar na via pública; Certificar-se da inexistência de insetos/ animais agressivos, caso existam, providenciar a remoção.
DO-OP-/P-028 Página: 4/9 equipamento e adjacências, para identificar espiras rompidas, cruzetas podres, vespeiros e isoladores danificados; b) Preencher Análise Preliminar de Riscos (APR); Passo 4 Delimitar área de trabalho, instalando os equipamentos de sinalização delimitando toda área de trabalho: cones, fitas/correntes e bandeirolas. Passo 5 Isolar trecho a ser trabalhado (Desenergizar circuito). Chefe de turma; Queda no mesmo nível; Acidentes com terceiros/bens; Avaliar a área de trabalho ao redor do poste com vista a sua delimitação; Não permitir a presença de pessoas ou bens estranhos dentro da área de trabalho; para levantamento de peso. Proceder conforme POPs Operação de Chaves Fusíveis e Facas e ATAS. Passo 6 Confirmar execução do ATAS junto ao Centro de Operação. Eletricista Testar e curtocircuitar a BT, um poste antes e um depois do poste a ser substituído. 8.2 PROCEDIMENTOS PARA SUBSTITUIÇÃO DE CRUZETA TIPO 4 Desenvolvimento Competência Riscos Controle Passo 1 Preparar para trabalho em altura Queda da escada; Lesão corporal. para levantamento de peso. Detalhes: a) Posicionar duas escadas nas laterais do poste; b) Proceder conforme POP Trabalho em Altura. Passo 2 Içar ferramentas utilizando balde de lona com ferramentas pela material. Manusear carretilha/moitão firmemente.
DO-OP-/P-028 Página: 5/9 corda de serviço com ou sem carretilha/moitão. Passo 3 Içar esticador (talha manual), utilizando corda de serviço com ou sem carretilha/moitão e instalá-lo com estropo na cruzeta. Passo 4 Instalar sistema de tensionamento. material. Manusear carretilha/moitão firmemente. Detalhes: a) Tensionar o condutor utilizando conjunto de tensionamento (talha manual ou moitão, esticador), para facilitar a liberação da cadeia de isoladores de ancoragem; b) A seqüência deverá iniciar por uma das fases e por ultimo pela fase do meio. Passo 5 Liberar cadeia de isoladores, soltando o gancho de suspensão preso ao parafuso olhal da estrutura. Detalhes: a) Utilizar estropo para manter tensionados os condutores e permitir a liberação do conjunto de tensionamento; b) Descer cadeia de isoladores com o cabo utilizando corda de serviço com ou sem carretilha/moitão; c) Descer conjunto de tensionamento (talha manual/moitão, esticadores). NOTA 1: Repetir passos 4 e 5, para as demais fases. Passo 6 Retirar as ferragens das cruzetas para soltá-las do poste. Lesão corporal; material/ferramenta. para o serviço; Manusear ferramenta firmemente.
DO-OP-/P-028 Página: 6/9 a) Retirar o parafuso olhal das fases laterais; b) Soltar e retirar as porcas dos parafusos e da mão francesa de fixação da cruzeta e girá-la para a posição vertical. Passo 7 Retirar a cruzeta do parafuso de fixação, estando a mesma sustentada pela corda da carretilha/moitão. Torção lombar. Passo 8 Descer 1,20m a cruzeta e amarrar com a corda auxiliar a outra extremidade. Passo 9 Descer a primeira cruzeta pela corda da carretilha/moitão. Passo 10 Descer a segunda cruzeta. Repetir passos 8 e 9. Torção lombar; Queda da cruzeta. Torção lombar; Queda da cruzeta. Torção lombar; Queda da cruzeta. a execução do serviço; Manusear firmemente a cruzeta e a corda da carretilha/moitão. a execução do serviço; Manusear firmemente a cruzeta e a corda da carretilha/moitão. a execução do serviço; Manusear firmemente a cruzeta e a corda da carretilha/moitão. Passo 11 Transferir a corda da carretilha/moitão e a corda auxiliar para a nova cruzeta, equipada com os parafusos olhais fixada na mesma. Torção lombar. A corda Auxiliar será usada no caso da utilização do moitão, necessário quando a cruzeta for de concreto. Passo 12 Içar a nova cruzeta pela corda da carretilha/moitão, até que seu topo fique na altura Torção lombar; Queda da cruzeta. Usar luvas de raspa Manusear firmemente a cruzeta e
DO-OP-/P-028 Página: 7/9 do parafuso de fixação. Passo 13 Encaixar a cruzeta no parafuso de fixação, sustentada pela corda da carretilha/moitão. Passo 14 Colocar a cruzeta na posição horizontal com o parafuso e fixá-la ao poste. Em caso de uso de moitão utilizar corda auxiliar. Passo 15 Desamarrar a corda da carretilha/moitão e corda auxiliar das extremidades da cruzeta. Queda da ferramenta; materiais; Lesão nos olhos/cabeça; Torção lombar. Queda da ferramenta; materiais; Lesão nas mãos. Torção lombar. a corda da carretilha/moitão. Manusear a ferramenta firmemente; Manusear o laço firmemente até sua retirada; Não utilizar ferramentas inadequadas; Usar óculos de segurança; Manusear a ferramenta firmemente; Manusear o laço firmemente até sua retirada; Usar luvas de raspa Não utilizar ferramentas inadequadas. Passo 16 Içar a segunda cruzeta e fixá-la nos parafusos, regulando a distância entre as cruzetas. Passo 17 Içar conjunto de tensionamento (talha manual, esticadores), utilizando corda de serviço com ou sem carretilha/moitão e instalá-lo com estropo na nova estrutura. Passo 18 Elevar os condutores com as cadeias de isoladores de ancoragem, utilizando corda de serviço com ou sem carretilha/moitão e engatá-los ao esticador. Passo 19 Tencionar os condutores utilizando esticador (talha manual) e fixar o gancho de suspensão da cadeia, no olhal do parafuso da Queda da ferramenta; materiais; Lesão nas mãos. Manusear a ferramenta firmemente; Manusear a sacola firmemente até sua descida e certifica-se de que está firmemente amarrada; Usar luvas de raspa.
DO-OP-/P-028 Página: 8/9 cruzeta. A seqüência deverá iniciar pela fase do meio, realizando em seguida as fases laterais. Nota 2: Utilizar passo 19 nas fases laterais. Passo 20 Retirar conjunto de tensionamento (talha manual, esticador) dos condutores e descê-lo utilizando corda de serviço com ou sem carretilha/moitão. Passo 21 Descer da escada. Proceder conforme POP Trabalho em Altura. Passo 22 Executar procedimentos finais. Queda da escada. Evitar movimentos bruscos; 8.3 PROCEDIMENTOS FINAIS A escada deve estar segura pelo auxiliar. Desenvolvimento Competência Riscos Controle Passo 1 Restabelecer sistema Proceder conforme POP ATAS. Passo 2 Recolher materiais, ferramentas, equipamentos, lona e resíduos provenientes da execução da tarefa. Passo 3 Recolher Isolamento e sinalização da área de trabalho, retirar os calços do caminhão guindauto. Motorista/ Eletricistas Lesão nas mãos Abalroamento Colisão Atropelamento. Abalroamento; Colisão; Atropelamento; Tombamento; Lesão nas mãos. Adotar Técnica e postura correta para levantamento de peso; Evitar caminhar pela via após a retirada da sinalização da área de trabalho. Retirar o isolamento e a sinalização na ordem inversa da instalação, mantendo-se sempre de frente para o fluxo de veículos; Evitar caminhar pela via após a retirada da sinalização da área de trabalho; Adotar Técnica e postura correta para levantamento de peso.
DO-OP-/P-028 Página: 9/9 Passo 4 Desequipar-se de EPIs e acondicioná-los adequadamente. 9. HISTÓRICO 9.1 As anotações das alterações nesta Norma devem ser realizadas e acompanhadas pela Gerência da Qualidade de Processos e Documentação Normativa, seja de conteúdo ou modificação da legislação pertinente, registrando a versão atual do normativo aprovado. 10. ORIENTAÇÕES FINAIS 10.1 Toda e qualquer situação, que não esteja contemplada neste procedimento, será analisada e orientada pelo grupo de elaboração dos POPs, juntamente com equipes de execução de serviços de campo; 10.2 As excepcionalidades relacionadas a este Procedimento devem ser justificadas pela área envolvida e submetida à aprovação do diretor da área solicitante; 10.3 Toda e qualquer excepcionalidade ou caso omisso neste Procedimento deve ser analisado pela área gestora do processo e submetido à aprovação do Diretor de Gestão e, se for o caso, levado à Diretoria Executiva; 10.4 As eventuais necessidades de alterações neste Procedimento, com o objetivo de otimização dos processos ou sua atualização em face de novas legislações sobre o assunto, devem ser submetidas à Diretoria Executiva, com as devidas justificativas; 10.5 A vigência dos instrumentos normativos é considerada a partir da data de sua aprovação, sendo revogados somente quando de sua alteração ou extinção; 10.6 As infrações quanto ao cumprimento deste Procedimento sujeitará o infrator às penalidades previstas nos normativos concernentes; 10.7 Este Procedimento revoga todos os dispositivos anteriores sobre o assunto.