O papel das Alfândegas no Comércio Internacional Jorge Carvalho Aveiro, 26 de maio de 2014
Índice I. Missão e Intervenção das Alfândegas II. As Alfândegas e a Exportação III. A relação aduaneira com a Colômbia e com o Chile IV. Conclusões 2
Missão e Intervenção das Alfândegas MISSÃO Desempenha papel fundamental na administração e supervisão do comércio internacional da UE e controlo da cadeia de abastecimento global: Cobrança dos direitos aduaneiros e demais imposições Proteção da União contra o comércio desleal e ilegal, apoiando simultaneamente as atividades económicas legítimas Segurança da cadeia logística Proteção da sociedade, do ambiente e do património cultural Desenvolve a sua atividade tendo em conta o binómio controlo vs facilitação 3
Missão e Intervenção das Alfândegas TERRITÓRIO ADUANEIRO DA COMUNIDADE (TAC) No âmbito do mercado interno, com a livre circulação de mercadorias no interior da União Europeia, foram abolidas as fronteiras internas e os controlos aduaneiros nas trocas comerciais entre os Estados-membros da UE. Território dos seus Estados-membros: Alemanha* Áustria Bélgica Bulgária Chipre Croácia Dinamarca* Eslováquia Eslovénia Espanha* Estónia Finlândia França* Grécia Hungria Irlanda Itália* Letónia Lituânia Luxemburgo Malta Países Baixos Polónia Portugal Reino Unido* República Checa Roménia Suécia Fonte: União Europeia 4
As Alfândegas e a Exportação EXPORTAÇÃO: REGIME ADUANEIRO O regime aduaneiro que permite a saída das mercadorias do TAC denomina-se Exportação! A saída das mercadorias do TAC está sujeita ao cumprimento de formalidades aduaneiras e à aplicação de eventuais medidas de política comercial: Apresentação de declaração aduaneira; Restrições e proibições; ( ) 5
As Alfândegas e a Exportação DECLARAÇÃO ADUANEIRA Processada por via eletrónica declarações eletrónicas Emissão desmaterializada de (quase) todos os documentos aduaneiros no processo de exportação Contém os dados referentes à transação em concreto, com base nos documentos comerciais emitidos. Papel dos declarantes aduaneiros Sujeita a uma análise de risco automática prévia à autorização de saída que poderá resultar na seleção para controlo aduaneiro Prazos mínimos de entrega da declaração aduaneira de exportação Tempo médio de desalfandegamento de, aproximadamente, 15 minutos 6
As Alfândegas e a Exportação MEDIDAS SIMPLEX PARA A EXPORTAÇÃO Interconexão do STADA-Exportação com o SDS Objetivo: disponibilização mais rápida do documento comprovativo da certificação de saída das declarações de exportação, para efeitos de isenção de IVA prazo médio de 8 dias para mercadorias saídas por portos ou aeroportos nacionais Interconexão do STADA-Exportação com o SIC-EU Objetivo: no âmbito da exportação de produtos sujeitos a IEC, apuramento automático da operação tutelada pelo CIEC Emissão eletrónica do Certificado Comprovativo de Exportação (CCE) Objetivo: emissão desmaterializada do CCE e sua disponibilização de forma mais célere e sem custos aos operadores Alargamento do prazo para apresentação de documentos Conceder um período mais alargado, 15 dias, para apresentação dos documentos que suportam a declaração de exportação, nos casos em que tal é solicitado após a saída das mercadorias 7
As Alfândegas e a Exportação OPERADOR ECONÓMICO AUTORIZADO - AEO Benefícios: Acesso mais facilitado às simplificações aduaneiras Menos controlos físicos e documentais Tratamento prioritário em caso de seleção para controlo Redução de dados ao nível do processo declarativo Informação prévia em caso de seleção para controlo físico Reconhecido como um parceiro de negócios seguro Indiretos Reconhecimento mútuo Acordos de reconhecimento mútuo estabelecidos com países terceiros: Noruega Suíça Japão Estados Unidos da América 8
A relação aduaneira com a Colômbia e com o Chile TRÊS PILARES ADUANEIROS Classificação pautal Convenção Internacional sobre o Sistema Harmonizado de Designação e Codificação de Mercadorias Organização Mundial das Alfândegas Valor Aduaneiro Acordo do Valor Aduaneiro da Organização Mundial do Comércio (artigo VII do Acordo Geral sobre Pautas Aduaneiras e o Comércio GATT) Origem Origem não Preferencial Origem Preferencial 9
A relação aduaneira com a Colômbia e com o Chile TARIFAS ADUANEIRAS COLÔMBIA E CHILE Fonte: Organização Mundial do Comércio 10
A relação aduaneira com a Colômbia e com o Chile ORIGEM PREFERENCIAL Colômbia Acordo comercial, assinado em 26 de junho de 2012, com entrada em vigor em 1 de março de 2013. Está previsto para 2031 o fim do período de implementação do acordo. Chile Acordo de Associação, assinado em 18 de novembro de 2002, com entrada em vigor em 1 de fevereiro de 2003. 11
A relação aduaneira com a Colômbia e com o Chile ORIGEM PREFERENCIAL Regras de origem Definidas em anexo aos acordos: Produtos inteiramente obtidos produtos minerais extraídos dos respetivos solos; produtos do reino vegetal colhidos; os animais vivos nascidos e criados, ( ) Produtos obtidos resultantes da utilização de matérias não inteiramente obtidas mas que são sujeitas a operações de complemento de fabrico ou de transformação suficientes lista de operações definidas nos acordos respetivos de acordo com o código pautal da mercadoria Exemplo (Acordo Chile): ex 8419 Aparelhos e dispositivos destinados às indústrias da madeira, da pasta de papel, do papel e do cartão Fabricação na qual: Fabricação na qual o valor de todas as matérias utilizadas não exceda 30 % do preço à saída da fábrica do produto o valor de todas as matérias utilizadas não exceda 40 % do preço à saída da fábrica do produto, e dentro do limite acima indicado, o valor de todas as matérias da mesma posição da do produto utilizadas não exceda 25 % do preço à saída da fábrica do produto 12
A relação aduaneira com a Colômbia e com o Chile ORIGEM PREFERENCIAL Acumulação de origem Chile - Acumulação bilateral da origem Promove a integração industrial e comercial entre as duas partes contratantes de um acordo, uma vez que, facilitando a aquisição do carácter originário, leva cada uma das partes a aprovisionar-se de matérias primas junto da outra Colômbia Acumulação bilateral de origem e acumulação de origem com outros países Promove, igualmente, a integração entre todas as partes envolvidas Documentos comprovativos da origem preferencial Certificado de circulação EUR.1 Declaração na fatura Exportador Autorizado Regra do não Draubaque As matéria não originárias utilizadas na produção de produtos, para os quais é emitida uma prova de origem, não poderão ser objeto de isenção do pagamento direitos ou de reembolso 13
Conclusões CONCLUSÕES Preocupação das alfândegas, no âmbito da sua supervisão do comércio com territórios não pertencentes ao TAC, de facilitar e promover o comércio legítimo Exigência de cumprimento de formalidades e de aplicação de eventuais medidas de política comercial nas transações com países terceiros Desmaterialização do processo declarativo e comunicação automática entre os diversos sistemas aduaneiros, permitindo uma maior celeridade na emissão dos documentos para envio aos operadores Aplicação de metodologias de análise de risco no âmbito da prossecução da sua missão estatuto de AEO Acordos preferenciais e regras de origem 14
MUITO OBRIGADO Jorge Carvalho 26 de maio de 2014 aaveiro@at.gov.pt 15