Economia. Prof.Carlos Nemer j20@momentus.com.br 1. Determinação do Nível de Renda e Produto Nacionais: o Mercado de Bens e Serviços.



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Economia Carlos Nemer 3ª Ed. Capítulo 13: Determinação do Nível de Renda e Produto Nacionais: o Mercado de Bens e Serviços Poli-UFRJ Copyright 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER Parte III-3-Slide 1 de 35/2005.1 Sumário I Introdução Contabilidade Nacional X Teoria Macroeconômica; II Modelo Keynesiano Básico; Demanda Agregada (DA) de Bens e Serviços; Oferta Agregada (OA) de Bens e Serviços; Hipóteses do Modelo Keynesiano Básico; Deslocamentos da DA; Say (Jean Baptiste) X Keynes (John Maynard); Deslocamentos da Oferta Agregada; Função Consumo C (Y); Função Poupança S (Y); Resumo; Equilíbrio da Renda considerando apenas o Consumo; Função Investimento Agregado IA; Equilíbrio da Renda considerando o IA; O Governo?; Equilíbrio da Renda com o Governo; Impostos (T); Exemplo 1: Hiato Inflacionário; Hiato Deflacionário; III Instrumentos de Política Macroeconômica; Política Fiscal; Exemplo 2: Poli-UFRJ Copyright 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER Parte III-3-Slide 2 de 35/2005.1 Introdução Objetivos Estudar o modelo Keynesiano básico (políticas de estabilização e geração de emprego no curto prazo); Estudar as variáveis principais que determinam o nível de renda nacional; Identificar a melhor maneira de intervir na economia de modo a atingir o pleno emprego; Além de combater o desemprego utilizar o instrumental para obter respostas quanto à diminuição da inflação, melhoria da distribuição de renda e obtenção do desenvolvimento econômico sustentado; Poli-UFRJ Copyright 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER Parte III-3-Slide 3 de 35/2005.1 j20@momentus.com.br 1

Contabilidade Nacional X Teoria Macroeconômica Microeconomia X Macroeconomia Macroeconomia analisa fundamentalmente o comportamento dos grandes agregados, sem se preocupar com as questões específicas dos agentes econômicos. Contabilidade Social ou Nacional Instrumento que mede o total das atividades econômicas de um país. Criado para acompanhar o comportamento das economias nacionais e fornece uma base para a formulação de políticas e a tomada de decisões econômicas. O sistema de contas é usado também para comparar e classificar a performance das economias dos países. Poli-UFRJ Copyright 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER Parte III-3-Slide 4 de 35/2005.1 Contabilidade Nacional X Teoria Macroeconômica Contabilidade Nacional Mede o realizado, realiza um diagnóstico possibilitando acompanhar a evolução da economia de um país; Teoria Macroeconômica Está ligado ao que se pretende, elaboração de modelos teóricos que visam a auxiliar o administrador público no processo de tomada de decisão; Poli-UFRJ Copyright 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER Parte III-3-Slide 5 de 35/2005.1 Modelo Keynesiano Básico DA = C + I + G + X M Demanda Agregada (DA) por bens e serviços se compõe da demanda de quatro agentes macroeconômicos: C = Demanda de bens de consumo pelas famílias; I = Demanda de investimentos pelas empresas; G = Demanda do Governo; X - M = Demanda Líquida do Setor Externo (Exportações X Importações M); Poli-UFRJ Copyright 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER Parte III-3-Slide 6 de 35/2005.1 j20@momentus.com.br 2

Demanda Agregada (DA) de Bens e Serviços Efeito sobre a riqueza real (preço cai - dinheiro necessário aumento da demanda agregada) P Nível Geral de DA Demanda Agregada Efeito dos juros reais (pç cai + dinheiro queda da taxa de juros investimento (aumento da demanda agregada) Efeito do comércio exterior (pç cai bens nacionais + baratos + demanda externa (aumento da demanda agregada) Q (produção real) A curva da demanda agregada mostra que quando há uma queda no nível de preços, a demanda total real aumenta. Poli-UFRJ Copyright 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER Parte III-3-Slide 7 de 35/2005.1 Oferta Agregada (OA) de Bens e Serviços Valor total da produção de uma economia à disposição da sociedade em um determinado período de tempo. O que os produtores desejam vender no mercado. OA = Renda Nacional (RN) = Produto Nacional Real (PN) OA Potencial: Pleno emprego de recursos; OA Efetiva Produção efetivamente colocada no mercado; Poli-UFRJ Copyright 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER Parte III-3-Slide 8 de 35/2005.1 Oferta Agregada (OA) de Bens e Serviços No curto prazo a curva de oferta agregada tem inclinação positiva, pois alguns fatores são rígidos, como os salários, por exemplo. Da produção nula até o nível em que os fatores começarem a atingir o pleno emprego, ou tornassem mais escassos, ficando mais dispendioso produzir mais uma unidade, a curva de oferta é paralela ao eixo da produção. Ou seja, é possível aumentar a produção sem aumentar os preços. P Nível Geral de OA Oferta Agregada Q (produção real) Quando a economia atinge o pleno emprego, ou está muito próxima disto, então a curva de oferta agregada évertical. Poli-UFRJ Copyright 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER Parte III-3-Slide 9 de 35/2005.1 j20@momentus.com.br 3

Oferta Agregada (OA) de Bens e Serviços O aumento da demanda pode causar 3 reações dos agentes responsáveis pela OA: a) Aumentam a produção física, sem aumento dos preços. Há ociosidade dos fatores de produção; b) Aumentam a produção e elevam os preços. Alguns fatores estão ociosos e outros não; P Nível Geral de Estabilidade de Desemprego OA Oferta Agregada Pleno Emprego c) Apenas elevam os preços. Pleno emprego dos fatores de produção. 0 Y PE Renda Nacional Poli-UFRJ Copyright 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER Parte III-3-Slide 10 de 35/2005.1 Hipóteses do Modelo Keynesiano Básico Ociosidade de Recursos (desemprego conjuntural): DA abaixo da OA o que significa dizer que a demanda é insuficiente para absorver toda a oferta (preços constantes e variáveis deflacionadas); Curto Prazo: Fatores de produção inalterados (o nível de utilização de mão-deobra e capital pode variar); OA fixa: AO = f (mão-de-obra (N), capital (K), Tecnologia (Tec)); No curto prazo somente a demanda é capaz de provocar variações no nível de equilíbrio da renda nacional: Say X Keynes; Poli-UFRJ Copyright 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER Parte III-3-Slide 11 de 35/2005.1 Demanda e Oferta Agregadas O raciocínio é o mesmo do que para um bem isolado, entretanto, as mudanças e deslocamentos são considerados de uma forma agregada. P Nível Geral de DA Demanda Agregada AO Oferta Agregada Q (produção real) O Gráfico Demanda e Oferta agregadas (Nível Geral de vs. Produção Real (consumido ou ofertado)) é a principal ferramenta da macroeconomia. Poli-UFRJ Copyright 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER Parte III-3-Slide 12 de 35/2005.1 j20@momentus.com.br 4

Deslocamentos da DA Os efeitos dependem em que nível de oferta agregada está a economia. Quanto mais próxima do pleno emprego mais os preços vão subir e menos a produção vai aumentar. P Nível Geral de OA A DA é mais influenciável no CP enquanto que a OA responde melhor a políticas de longo prazo (Demanda Efetiva). No curto prazo somente a demanda é capaz de provocar variações no nível de equilíbrio da renda nacional. DA DA Q (produção real) Poli-UFRJ Copyright 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER Parte III-3-Slide 13 de 35/2005.1 Say (Jean Baptiste) X Keynes (John Maynard) Say (1776-1832): A oferta agregada é que determina a demanda, toda a produção gera renda que será automaticamente revertida para o gasto com bens e serviços. Keynes (1883-1946): No curto-prazo a demanda é mais maleável do que a oferta, na verdade, é a demanda que cria a oferta e não o oposto ( no longo prazo estaremos todos mortos ). Poli-UFRJ Copyright 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER Parte III-3-Slide 14 de 35/2005.1 Deslocamentos da OA Uma redução da OA causa o que se chama estagflação (aumento de preço e queda da produção). P Nível Geral de OA OA DA Q (produção real) Poli-UFRJ Copyright 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER Parte III-3-Slide 15 de 35/2005.1 j20@momentus.com.br 5

Função Consumo C (Y) Determinada por vários fatores, sendo o mais relevante, a Renda Nacional. A Função Consumo nos mostra o nível de despesas que os consumidores estão dispostos a in-correr em bens e serviços, em todos os níveis de renda possíveis. C = f (Y) O formato de f (Y) vai depender de cada caso. Para simplificar supõe-se uma função linear, Função Linear da Renda Nacional: C (Y) b Consumo Autônomo C Função Consumo a Propensão Marginal a Consumir Y C (Y) = a Y + b Poli-UFRJ Copyright 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER Parte III-3-Slide 16 de 35/2005.1 Função Consumo C (Y) C (Y) b Consumo Autônomo Função Consumo C = b + a Y a Propensão Marginal a Consumir b = consumo autônomo parcela do consumo que independe da renda ; a = propensão marginal a consumir Δ C PMgC = Δ Y (Segundo Keynes e sua Lei Psicológica Fundamental dado um aumento de renda (Δ Y) parte desta renda vai para a poupança, as pessoas têm preferência por liquidez ). Propensão Média a Consumir PMeC: PMeC = C Y Y Poli-UFRJ Copyright 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER Parte III-3-Slide 17 de 35/2005.1 Função Poupança S (Y) Como Renda é equivalente ao Consumo (C) mais a Poupança (S): Y = C + S então: S = Y C ou S = Y f(y) No caso linear: S = Y (a Y + b) Sendo que: PMgC = a e PMgC + PMgS = 1 PMgS = 1 a ou S = Y ay b ou S = - b + Y (1- a) Onde: e PMgS = (1 a) (Propensão Marginal a Poupar) b = é poupança no nível de renda ZERO. Poli-UFRJ Copyright 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER Parte III-3-Slide 18 de 35/2005.1 j20@momentus.com.br 6

Função Poupança S (Y) Poupança S: Parcela da Renda Nacional que não é consumida. S (Y) Função Poupança S = -b + (1 -a) Y ( 1- a ) Propensão Marginal a Poupar -b Consumo Autônomo Y Poli-UFRJ Copyright 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER Parte III-3-Slide 19 de 35/2005.1 Resumo Propensão Marginal a Consumir (PMgC): PMgC = ΔC / ΔY Variação no Consumo DC / Variação na Renda DY Propensão Marginal a Consumir (PMgS): PMgS = ΔS / ΔY Variação na Poupança / Variação na Renda A PMgC mostra a tendência que cada família tem de gastar com bens de consumo. PMgC = 0,7 então 70% de um aumento na renda será destinado ao consumo. PMgC + PMgS = 1 Propensão Média a Consumir (PMeC): PMeC = Consumo / Renda = C / Y Propensão Média a Poupar (PMeS): PMeS = Poupança / Renda= S / Y Poli-UFRJ Copyright 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER Parte III-3-Slide 20 de 35/2005.1 Equilíbrio da Renda considerando apenas o Consumo OA = DA como OA= Y e DA = C então Y = C. Como C = b + ay então Y= b +ay ou: C e = b + ay e C($) Y e = (1/1-a)b Onde Y e = nível de renda de equilíbrio. b Substituindo este nível na função consumo tem-se o nível de consumo no equilíbrio: b e E e Y e C = Y = OA = DA C = b + a Y Y= OA($) Poli-UFRJ Copyright 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER Parte III-3-Slide 21 de 35/2005.1 j20@momentus.com.br 7

Função Investimento Agregado IA Investimento Agregado: Valor daquela parte do produto da economia, para qualquer período de tempo, não destinada ao consumo, ou o valor daquela parte do produto da economia que toma a forma de novas estruturas, novo equipamento durável de produção e variação nos estoques. Poli-UFRJ Copyright 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER Parte III-3-Slide 22 de 35/2005.1 Função Investimento Agregado IA O Investimento desempenha duplo papel: Elemento da Demanda Agregada; Elemento da Oferta Agregada; I($) No modelo Keynesiano o Investimento independe da renda. I = f(y) IA Y= OA($) Poli-UFRJ Copyright 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER Parte III-3-Slide 23 de 35/2005.1 Função Investimento Agregado IA Influenciam a demanda por Investimento, principalmente: Expectativas empresariais (futuro da economia). Taxas de Juros (comparação entre a de retorno e a taxa de juros). taxa Obs.: Apesar de o Investimento também ser afetado pela renda isto não será considerado por enquanto. Assim, no gráfico I por Y o investimento será uma reta paralela ao eixo da renda. Poli-UFRJ Copyright 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER Parte III-3-Slide 24 de 35/2005.1 j20@momentus.com.br 8

Equilíbrio da Renda considerando o IA A demanda agora é dada por DA = C + I Onde: C consumo planejado; I investimento planejado. Como o Investimento é constante o equilíbrio gráfico será o mesmo com a demanda agregada deslocada um pouco mais acima devido a soma com o investimento. Para o caso linear tem-se: Y = C + I = C 0 + by + I assim, Y e = [1/(1-b)](C 0 + I) C($) C e C 0 Y = OA = DA Y e Y= OA($) O equilíbrio é atingido quando a poupança é igual ao investimento. Uma variação no investimento faz a curva se deslocar mais para cima aumentando a oferta de equilíbrio. Poli-UFRJ Copyright 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER Parte III-3-Slide 25 de 35/2005.1 E 0 E 1 C + I C O Governo? O investimento pode ser utilizado como um mecanismo para se atingir o pleno emprego de uma economia. Os dispêndios governamentais agem na economia da mesma forma que os investimentos. Os gastos do governo serão considerados autônomos em relação à renda. Desta forma seu valor é fixo e independente do nível da renda. A Demanda Agregada agora é dada por DA = C + I + G onde C é o consumo planejado e I o investimento planejado e G os gastos do governo. Poli-UFRJ Copyright 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER Parte III-3-Slide 26 de 35/2005.1 Equilíbrio da Renda com o Governo Como os gastos governamentais são fixos (constantes) o equilíbrio gráfico será o mesmo com a demanda agregada novamente deslocada um pouco mais acima devido a soma com o estes gastos. Para o caso linear tem-se: C($) C e C 0 E 0 Y = OA = DA E 1 C + I +G C + I assim, Y = C + I +G = C 0 + by + I + G Y e = [1/(1-b)](C 0 + I +G) Y e Y= OA($) Verifica-se que a inclusão de gastos do governo na economia eleva o nível de equilíbrio da renda num múltiplo dos gastos realizados. Poli-UFRJ Copyright 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER Parte III-3-Slide 27 de 35/2005.1 j20@momentus.com.br 9

Impostos (T) O governo também pode intervir no nível de renda de uma economia através da cobrança de impostos (T). A tributação faz com que a renda disponível se reduza, reduzindo o consumo e diminuindo o nível de renda da economia. A Renda (Y) passa a ser dada por Y-T. Desta forma a renda de equilíbrio seria dada por: Y e = [1/(1-b)](C 0 -bt+ I +G) Poli-UFRJ Copyright 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER Parte III-3-Slide 28 de 35/2005.1 Exemplo 1: Suponha que C = 200 + 0,75 Y sem impostos e que: I = 200; G = 100. A renda de equilíbrio será determinada quando AO = DA. AO = Y e DA = C + I + G ou seja, Y e = 200 +0,75Y e + 200 + 100 Y e = 2.000 Se o governo resolve cobrar um imposto de 50 sobre a renda então: C = 200 +0,75(Y-50) e Y e = 200 +0,75(Y e 50) + 200 + 100 Y e = 1.850 A introdução de impostos, pela queda da demanda agregada da economia, provoca uma redução no nível de renda desta economia de 2.000 para 1.850. Poli-UFRJ Copyright 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER Parte III-3-Slide 29 de 35/2005.1 Hiato Inflacionário C($), I, G Y = OA = DA É o montante pelo qual a Demanda Agregada excede a Oferta Agregada no nível de Pleno Emprego (Y p ). Y p DA 2 DA 1 Hiato Inflacionário Y= OA($) Poli-UFRJ Copyright 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER Parte III-3-Slide 30 de 35/2005.1 j20@momentus.com.br 10

Hiato Deflacionário C($), I, G É o montante pelo qual a Demanda Agregada (C + I + G) fica abaixo do Pleno Emprego (Y p ). Y p Y = OA = DA DA 1 DA 2 Hiato Deflacionário Y= OA($) Poli-UFRJ Copyright 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER Parte III-3-Slide 31 de 35/2005.1 Instrumentos de Política Macroeconômica 1. Política Fiscal 2. Política Monetária 3. Política Cambial e Comercial 4. Política de Rendas Poli-UFRJ Copyright 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER Parte III-3-Slide 32 de 35/2005.1 Política Fiscal É a ação do governo com relação aos seus gastos (G) e Receitas (impostos e taxas). São utilizadas no sentido de conduzir a demanda agregada da economia ao nível de renda de pleno emprego (Yp). Poli-UFRJ Copyright 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER Parte III-3-Slide 33 de 35/2005.1 j20@momentus.com.br 11

Política Fiscal Caso a economia se encontre num hiato inflacionário, o governo deve direcionar a política fiscal de modo a reduzir a DA. Por exemplo: 1. Reduzir os gastos com a administração (G); 2. Aumentar os tributos (impostos e taxas); 3. Desestimular o Investimento (I). Poli-UFRJ Copyright 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER Parte III-3-Slide 34 de 35/2005.1 Exemplo 2: Para os seguintes dados: C = 20 + 0,75 (y - T) I = 20 G =25 T = 25 M =15 Calcule no Equilíbrio: Renda, Consumo e Poupança; Resposta: Condição de Equilíbrio OA = DA Como: oferta agregada OA = Y Demanda agregada DA = C + I + G +X M No equilíbrio: Y = C + I + G +X M Substituindo na CE: y = 20 + 0,75 (y - 25) + 20 +25 + 30-15 Renda no Equilíbrio y = 245 Consumo no Equilíbrio C = 185 Poupança no Equilíbrio S = 35 Poli-UFRJ Copyright 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER Parte III-3-Slide 35 de 35/2005.1 j20@momentus.com.br 12