VIII Jornada de Estágio de Serviço Social A PRÁTICA DO SERVIÇO SOCIAL NO HOSPITAL SANTA CASA DE MISERICÓRDIA: SETOR DE TERAPIA RENAL SUBSTITUTIVA



Documentos relacionados
PARECER COREN-SP 010/2012 CT PRCI nº /2012 Ticket s nº , e Revisado e atualizado em 21/11/2013

CONCURSO PÚBLICO PARA BOLSA DE ESTÁGIO SECRETARIA DE AÇÃO SOCIAL E CIDADANIA

REGULAMENTO DE ESTÁGIO DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM TERAPIA OCUPACIONAL

CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SÃO PAULO PARECER COREN-SP GAB Nº 040 / 2011

Plano Integrado de Capacitação de Recursos Humanos para a Área da Assistência Social CAPACITAÇÃO CONSELHEIROS MUNICIPAIS.

PARECER COREN-SP 50/2013 CT PRCI n Tickets nº , , , e

CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SÃO PAULO PARECER COREN-SP GAB Nº 046 / 2011

ACOLHIMENTO EM CLÍNICA-ESCOLA: UMA OPORTUNIDADE DE CONSTRUÇÃO DO SER PSICÓLOGO

5.1 Processo de Avaliação de Organizações Prestadoras de Serviços Hospitalares O processo de avaliação e visita deve ser orientado pela aplicação do

REGULAMENTO DE ESTÁGIO OBRIGATÓRIO DO CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO I INTRODUÇÃO

Anexo 03 Normas para a realização de Estágio

RESOLUÇÃO N 59/2009/CONEPE. O CONSELHO DO ENSINO, DA PESQUISA E DA EXTENSÃO da UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE, no uso de suas atribuições legais,

CAPÍTULO II DOS OBJETIVOS DO ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO

Normas Gerais do Estagio Supervisionado/Projeto Orientado

RIO GRANDE DO NORTE TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO R E S O L V E:

I. Nomeação de mais 50% das/os candidatadas/os aprovadas/os nesse concurso

RESOLUÇÃO CGRAD 020/08, DE 16 DE JULHO DE 2008

Processo seletivo ADRA/Prefeitura Municipal de Cariacica. Conforme oferta descrita no quadro a seguir:

PROCESSO CONSULTA Nº 09/13 PROTOCOLO Nº 12811/2013. INTERESSADO: C. S. D. U. ASSUNTO: Supervisão de estudante para realização de estudo urodinâmico

Normas do Laboratório de Práticas de Enfermagem

PLANO DE ENSINO. Tal competência será desenvolvida a partir das seguintes habilidades:

SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE COORDENADORIA DE SERVIÇOS DE SAÚDE - CSS

Nº / ANO DA PROPOSTA: /2011 DADOS DO CONCEDENTE. OBJETO: Aquisição de equipamento para o Hospital Amaral Carvalho.

Manual de Estágio. Gestor

EDITAL INTERNO FAP Nº 001/2015 DISPÕE SOBRE A INSCRIÇÃO E SELEÇÃO DE CANDIDATOS PARA ESTÁGIO PROFISSIONALIZANTE EM PSICOLOGIA/FAP

UNIVERSIDADE DE RIO VERDE-FESURV FACULDADE DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS MANUAL DE ESTÁGIO

CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI

DIRETRIZES PARA ESTRUTURAÇÃO DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO DE GRADUAÇÃO DO CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

RESOLUÇÃO 18 DE 29 DE SETEMBRO DE 1995

R E S O L U Ç Ã O. Fica aprovado, conforme anexo, o Regulamento de Monitoria para os cursos de graduação das Faculdades Integradas Sévigné.

Resumo da Lei nº8080

R E S O L U Ç Ã O. Bragança Paulista, 30 de maio de Profa. Márcia Aparecida Antônio Presidente

Natureza do Serviço Modalidade / N de vagas Localidade de Trabalho

CAPÍTULO II DA NATUREZA E DOS OBJETIVOS

Página 2 de 5 01 Centro de Referência para até casos novos anuais 02 Centros de Referência para > casos novos anuais 03 Centros de

EDITAL PROCESSO SELETIVO. Instituição Criança Somos o Amanhã Nº 01/2016

Perguntas e Respostas

ATO NORMATIVO CRN-3 N.º 06/2001

Anexo 2 Normas de Estágio Curricular do Bacharelado em Sistemas de Informação

SUMÁRIO. Sobre o curso Pág. 3. Etapas do Processo Seletivo Pág. 5. Cronograma de Aulas Pág. 10. Coordenação Programa e metodologia; Investimento

PROGRAMA DE DISCIPLINA

REGULAMENTO DE ESTÁGIO NÃO OBRIGATÓRIO DO CURSO DE ADMINISTRAÇÂO CAPÍTULO I DA DEFINIÇÃO

Curso: Bacharelado em Psicologia. Portaria de Autorização n 657 de 08/05/2009 Publicado no D.O.U. 11/05/2009

INFORMAÇÕES PARA S UBSÍDIAR POLÍTICAS DE S AÚDE

CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS PARA PROVA ESCRITA

Ministério da Saúde Agência Nacional de Vigilância Sanitária RESOLUÇÃO DA DIRETORIA COLEGIADA RDC Nº 23 DE 4 DE ABRIL DE 2012.

SUMÁRIO. Sobre o curso Pág. 3. Etapas do Processo Seletivo Pág. 5. Cronograma de Aulas. Coordenação Programa e metodologia; Investimento.

PPA e o SUS: gestão, participação e monitoramento

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL SECRETARIA DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE ASSISTÊNCIA HOSPITALAR E AMBULATORIAL DEPARTAMENTO DE AÇÕES EM SAÚDE

Gestão de Tecnologias em Saúde na Saúde Suplementar. GRUPO TÉCNICO REVISÃO DO ROL Karla Santa Cruz Coelho Fevereiro/2009

Município de Vitória da Conquista/BA

POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO ONCOLÓGICA

Plano de Trabalho Docente Ensino Técnico

Programa de Apoio e Qualificação dos Hospitais Públicos de Referência Local e Microrregional do Paraná - HOSPSUS Fase 3

REGULAMENTO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO

REGULAMENTO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO DE PEDAGOGIA, LICENCIATURA. Resolução CP n. 01 Aparecida de Goiânia, 28 de janeiro de 2015.

MINISTÉRIO DA FAZENDA Secretaria de Acompanhamento Econômico Coordenação Geral de Transportes e Logística

Processo Seletivo. Para atuar em Equipe NASF. Vaga em Aberto e Formação de Cadastro Reserva

PARECER N, DE RELATORA: Senadora VANESSA GRAZZIOTIN. A proposta está estruturada em três artigos.

ESTADO DE MATO GROSSO PREFEITURA MUNICIPAL DE COLNIZA CNPJ: /

Para garantir uma prestação de serviços de qualidade nas APAEs é fundamental que haja um Gerenciamento de Recursos Humanos com objetivos claros.

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO SECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE INTERNO RELATÓRIO DE FISCALIZAÇÃO

PORTARIA Nº 3.090, DE 23 DE DEZEMBRO DE 2011 Legislações - GM Seg, 26 de Dezembro de :00

Código Brasileiro de Ocupações e Médico Especialista RELATOR: Cons. Celso Murad

INTRODUÇÃO A CONTABILIDADE

AÇÃO EDUCATIVA COMO INSTRUMENTO DE TRABALHO DO ENFERMEIRO: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Norma para Trabalho de Conclusão de Curso em. CAPÍTULO I Das Disposições Preliminares

REGULAMENTO DO NÚCLEO DE PRÁTICA JURÍDICA Escritório de Assistência Jurídica EAJ CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

CURSO: BIOMEDICINA ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM ANÁLISES CLINICAS REGIMENTO

Centro Universitário de Araraquara UNIARA

O profissional da informação e o papel de educador em uma Escola Técnica de Porto Alegre-RS

EDITAL FUNDASUS Nº 02/2013.

NORMAS PARA AS DISCIPLINAS OPTATIVAS E ESTÁGIOS EXTERNOS DO CURSO DE MEDICINA

PALAVRAS-CHAVE Medicamentos. Assistência Farmacêutica. Qualidade do serviço prestado.

REGULAMENTO DAS ATIVIDADES COMPLEMENTARES DO CURSO DO DIREITO DA FIB

CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SÃO PAULO. PARECER COREN-SP 025/2012 CT PRCI n /2012 e Ticket n

PARECER CRM/MS N 37/2012 PROCESSO CONSULTA N 26/2012 INTERESSADO: DR. PROMOTOR DE JUSTIÇA CONSELHEIRO PARECERISTA: JUBERTY ANTONIO DE SOUZA

HIV/AIDS NO ENTARDECER DA VIDA RESUMO

CAPÍTULO I DA DEFINIÇÃO

Currículos dos Cursos UFV NUTRIÇÃO. COORDENADORA Ana Íris Mendes Coelho

PROCESSO N.º 282/06 PROTOCOLO N.º PARECER N.º 303/07 APROVADO EM 11/05/07

TÍTULO: AUTORES INNSTITUIÇÃO: ÁREA TEMÁTICA INTRODUÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CENTRO DE CIÊNCIAS MÉDICAS COLEGIADO DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM MEDICINA

PRÉ-VESTIBULAR SOLIDÁRIO FORMULÁRIO DE INSCRIÇÃO

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CONSELHO UNIVERSITÁRIO CÂMARA SUPERIOR DE ENSINO

Aula 7 Projeto integrador e laboratório.

EDITAL DE SELEÇÃO DE PESSOAL Nº 03/2016

SAÚDE MENTAL E ATENÇÃO PRIMARIA À SAÚDE NO BRASIL. Dr Alexandre de Araújo Pereira

Plano de Trabalho Docente Ensino Técnico

Regulamento Interno Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) Artes Visuais - Licenciatura e Bacharelado

CIRCULAR Nº Dispõe sobre o funcionamento de componente organizacional de ouvidoria das administradoras de consórcio.

O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições legais e regimentais,

Por determinação deste Conselho, fomos ao estabelecimento acima identificado verificar suas condições de funcionamento.

EXERCÍCIO 02. Professora: Kênia do Couto Gonçalves Silva. Disciplinas: Legislações Sanitárias (RDC 63/2011; RDC 36/2013; Portaria 529/2013).

PROCEDIMENTO INTERNO

Resolução COFEN Nº. 293/2004

Natureza - OBRIGATÓRIA TEÓRICA 72. Natureza - OBRIGATÓRIA TEÓRICA 36. Natureza - OBRIGATÓRIA PRÁTICA 18. Natureza - OBRIGATÓRIA TEÓRICA 54

Transcrição:

VIII Jornada de Estágio de Serviço Social A PRÁTICA DO SERVIÇO SOCIAL NO HOSPITAL SANTA CASA DE MISERICÓRDIA: SETOR DE TERAPIA RENAL SUBSTITUTIVA 1 BECHER, Francine de Carvalho 2 SILVA, Jéssica da 3 VERILLO, Thaís do Prado Dias 4 SOUZA, Cristiane Gonçalves de Apresentador (as): Francine de Carvalho Becher e Jéssica da Silva. Resumo: Este trabalho tem por finalidade apresentar o campo de estágio no Hospital Santa Casa de Misericórdia de Ponta Grossa no Setor de Terapia Renal Substitutiva TRS, através de uma contextualização do mesmo, especificando qual a população atendida neste setor, as suas demandas e as modalidades de tratamento disponíveis. Serão relatados os objetivos da prática profissional do Assistente Social e quais instrumentais utilizados pelo Serviço Social neste setor. Será exposta a metodologia dos trabalhos realizados no âmbito profissional do Serviço Social e sobre os resultados alcançados com essa prática. O serviço de Terapia Renal Substitutiva, conta com a especialidade do Serviço Social, onde é cabível a esta profissão prestar serviços no âmbito de assistência social aos pacientes e seus familiares, identificando e analisando problemas e necessidades, aplicando métodos e processos básicos do Serviço Social para a sua resolução, visando garantir a qualidade do atendimento. Todo o trabalho desenvolvido juntamente com o profissional assistente social, está embasado a partir de referenciais teóricos como o Código de Ética do/a Assistente Social Comentado (2012), Serviço Social e Saúde (2006), Os Parâmetros para Atuação de Assistentes Sociais na área da saúde (2009), Lei Orgânica da Saúde LOS (1990), Lei Orgânica da Assistência Social LOAS (1993). Palavras-chave: Estágio, Serviço Social, Saúde. Introdução A Santa Casa de Misericórdia de Ponta Grossa é um hospital de caráter filantrópico sem fins lucrativos, que tem por finalidade prestar assistência médico hospitalar e social a todas as pessoas que dela necessitam. O hospital conta com um setor de Terapia Renal Substitutiva TRS, sendo o único hospital com esta especialidade na região de Ponta Grossa. A Terapia Renal Substitutiva é uma das formas de tratamento para a Insuficiência Renal Crônica, que é quando os rins 1 Acadêmica do terceiro ano do curso de Serviço Social, da Universidade Estadual de Ponta Grossa. 2 Acadêmica do terceiro ano do curso de Serviço Social, da Universidade Estadual de Ponta Grossa. 3 Assistente Social do Hospital Santa Casa de Misericórdia, setor de Terapia Renal Substitutiva. 4 Assistente social e professora orientadora de estágio na Universidade Estadual de Ponta Grossa.

param de funcionar. Existem três principais opções de tratamento para a perda da função renal: a hemodiálise, as modalidades de diálise peritoneal e o transplante. A Terapia Renal Substitutiva conta com especialidade do Serviço Social para prestar assistência aos pacientes e familiares. Contextualização do campo de estágio O Serviço de Terapia Renal Substitutiva atende os pacientes com Doença Renal Crônica, a qual é a perda total e permanente das funções dos rins. Para o tratamento dessa doença, é necessário optar por algum tipo de Terapia Renal Substitutiva (TRS): a Hemodiálise, as modalidades de Diálise Peritoneal ou o Transplante. A hemodiálise é um procedimento intermitente, ou seja, três vezes por semana. O paciente deve se deslocar para o hospital e permanecer de três a quatro horas ligado a uma máquina chamada de Rim Artificial. Nesse processo, a circulação é extracorpórea. Com a ajuda de uma bomba específica, o sangue é removido para fora do corpo, passa por dentro de um dialisador que em contato com a solução de hemodiálise, aspirada e diluída na máquina, promove a filtração retirando toxinas e líquidos. Depois desse processo o sangue purificado retorna ao paciente. Já a diálise peritoneal é um tratamento domiliciar que utiliza uma membrana semipermeável que existe dentro do corpo, como um filtro natural chamado de peritônio, uma membrana que reveste o abdômen. Por meio de uma cirurgia, um cateter é implantado no abdômen, permitindo que a solução de diálise entre e saia da cavidade peritoneal. Este tratamento baseia-se na infusão da solução de diálise na cavidade peritoneal por meio do cateter. O excesso de água e as substancias tóxicas que saem do sangue passam através da membrana peritoneal e ficam acumulados na solução de diálise. Após quatro ou seis horas a solução de diálise precisa ser trocada. E o Transplante Renal que é também uma das formas de tratamento, pois exige uma série de exames e supervisão clínica após a intervenção cirúrgica, onde um novo rim é inserido.

O Serviço Social na Terapia Renal Substitutiva Objetivos do Serviço Social Cabe ao Serviço Social prestar serviços no âmbito de assistência social aos pacientes e seus familiares, identificando e analisando problemas e necessidades, aplicando métodos e processos básicos do serviço social para a sua resolução, visando garantir a qualidade do atendimento. Também é objetivo do serviço social orientá-los quanto aos seus direitos e deveres durante a permanência na Instituição, como também realizar atendimento aos usuários do Sistema Único de Saúde, Convênios, Particulares, estejam eles internados ou em atendimento ambulatorial. Metodologia dos trabalhos realizados A assistente social da Terapia Renal está inserida em uma rede de atendimento especializada e atua junto à equipe multiprofissional do serviço de hemodiálise. Sua atuação dentro do serviço de diálise é estabelecida de acordo com o Regulamento Técnico para Funcionamento do Serviço de Diálise, da Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) RDC nº 154, o qual disciplina as exigências mínimas de funcionamento de um serviço de diálise. A assistente social tem como papel principal: intermediar a comunicação entre equipe clínicas e pacientes renais crônicos e familiares, visando à garantia da melhoria da qualidade de vida dos pacientes atendidos pelo serviço; desenvolver ações interventivas baseadas nos princípios de cidadania, buscando assessorar e apoiar pacientes e familiares no que tange assuntos relacionados às políticas sociais, no exercício e na defesa dos seus direitos civis, políticos e sociais; orientar pacientes renais crônicos e familiares quanto às rotinas de tratamento do paciente dentro da unidade de diálise; encaminhar providências e prestar orientação social; providenciar vagas de internamentos quando preciso; intervir com relação ao transporte para o tratamento; conduzir pacientes e familiares, quando necessário, a programas assistenciais municipal, estadual e federal; encaminhar os pacientes para consultas e exames solicitados; contatar entidades sociais e unidades básicas de saúde para orientação adequada; orientar e providenciar documentação necessária para perícias médicas junto ao INSS; realizar visitas domiciliares, perícias técnicas, relatórios, pareceres sobre situação sócio-econômica dos pacientes e familiares;

preencher ficha social; fazer contato com outras unidades de diálise afim de trânsito ou transferência de pacientes; intervir em casos relacionados a transplantes renais realizados fora do município; além de levantamentos socioeconômicos, assim como a interpretação destes dados coletados. Resultados e/ou Considerações sobre os programas e/ou projetos desenvolvidos Em pesquisa socioeconômica realizada no período de março a maio de 2012, através de entrevista social junto aos pacientes de hemodiálise durante seu tratamento, foram entrevistadas 137 pacientes, num total de 144 pacientes em tratamento neste período. Os sete pacientes que não participaram, não tiveram condições clínicas ou cognitivas para participarem da pesquisa. Fazendo um comparativo com o levantamento de dados feito em 2006, naquele ano 160 pacientes foram incluídos na pesquisa, sendo neste ano 2012 foi um total de 144 pacientes. Entende-se que as pesquisas realizadas tanto em 2006, quanto em 2012, tem o intuito de caracterizar a população atendida neste serviço, o que proporcionará um atendimento de qualidade a estes pacientes. Em posse desses dados coletados o profissional que presta serviço poderá auxiliá-los de maneira mais específica e individualizada, levando em conta o resultado da pesquisa. Como por exemplo, como orientar um paciente analfabeto e com déficit cognitivo quanto à dieta, uso de medicamento, horário marcado para consulta? Ele possui familiares que o apóiam? A renda familiar e per capita o permitem realizar um exame particular tido como urgente? Então, tem-se que todas essas questões podem ser respondidas e pensadas em soluções a partir do levantamento realizado. Levantamento este, que beneficiará toda a equipe clínica envolvida no tratamento do mesmo (médicos, enfermeiras, psicóloga, nutricionista, farmacêutica). Referenciais Teóricos Com base nos Parâmetros para atuação de Assistentes Sociais na área da saúde (2009), e na Lei que Regulamenta a Profissão, as competências e atribuições das (os) assistentes sociais dizem respeito a:

Apreensão crítica dos processos sociais de produção e reprodução das relações sociais numa perspectiva de totalidade; Análise do movimento histórico da sociedade brasileira, apreendendo as particularidades do desenvolvimento do capitalismo no país e as particularidades regionais; Compreensão do significado social da profissão e de seu desenvolvimento sócio-histórico, nos cenários internacionais e nacionais, desvelando as possibilidades de ação contidas na realidade; Identificação das demandas presentes na sociedade, visando a formular respostas profissionais para o enfrentamento da questão social, considerando as novas articulações entre o público e o privado. Conclusão Com a inserção no campo de estágio em um Hospital, o objetivo que se tem é adquirir conhecimentos sobre a prática do Serviço Social na área da saúde. Como se dá a realização da teoria/prática, quais instrumentais utilizados nesta área e como utilizar esses instrumentais, visto que se têm conhecimentos destes apenas na teoria. Referências bibliográficas Conselho Federal de Serviço Social. Parâmetros para atuação de assistentes Sociais na área da saúde (versão Preliminar). Brasília, 2009. Cartilha Hospital Santa Casa de Misericórdia. Diálise Peritoneal: Informações para Pacientes e seus familiares. Cartilha Hospital Santa Casa de Misericórdia. Hemodiálise: Informações para Pacientes e seus familiares. DAUGIRDAS, J.T.; BLAKE, P. G.; ING, T.S. Manual de Diálise. 3ª Ed, 2003. MINISTÉRIO DA SAÚDE. RDC/ANVISA nº 154/2004.